Savalas,

Por acaso não acho errada a estratégia da escolha de Tim Kaine para vice-presidente. Não é tão carismático e nem tão à esquerda como o Bernie Sanders que é um socialista confesso, numa América onde tudo o que é socialista/comunista e nazi são proibidos. Só há lugar para os dois partidos do centro: republicanos e democratas e mais umas migalhas para os verdes e alguns partidos liberais.

O Tim Kaine tem posições bem mais à direita do que o partido democrata a que pertence. Criticou a atitude de Obama por não ter declarado guerra aberta ao Daesh, é católico, é contra o aborto, é contra a liberalização das drogas e tem uma posição bastante contida sobre os gays e a comunidade LGBT. Ora um candidato com este perfil consegue entrar no eleitorado republicano. Além do mais fala castelhano fluentemente o que permite seduzir o eleitorado latino ou hispânico como são designados na América. O problema é que ele não é enérgico e não tem carisma.

É verdade que a Hillary não descola nas sondagens e isso acontece porque o americano médio acha que ela não consegue resolver 3 problemas fundamentais:

- Enfrentar e derrotar o terrorismo
- Conter os fluxos migratórios dos sírios e outras localidades
- Pôr a economia a crescer

Acham que o Trump é o homem capaz de o fazer porque é duro e determinado. Acham ainda que ele consegue gerir melhor a economia porque é um homem de negócios. Herdou do pai uma fortuna de 200 milhões de dólares e conseguiu multiplicar essa fortuna em biliões.

Os americanos neste momento estão apavorados com o que se passa na Europa. Acham inclusivamente que precisam de um presidente com uma personalidade forte e que meta medo a toda a gente. Alguém como o Putin ou o Benjamin Natanyahu. Acham o Obama um gajo mole e não querem perpetuar alguém com uma personalidade semelhante no mais alto cargo da nação. Alguns vêm o Trump como um novo Ronald Reagan que à sua época conseguiu enfrentar os iranianos e atingiu resultados económicos que só foram ultrapassados mais tarde por Bill Clinton.

O discurso democrata para consumo interno sobre a saúde (continuação do Obamacare) e educação para todos, integração dos imigrantes, proibição do livre porte de armas não está a passar. O discurso externo de tolerância, boas relações com todos os povos (Cuba, Irão, etc...) também não tem tido aceitação. O americano médio quer guerra se for preciso e acredita que pode voltar a ser o número um do mundo ainda que tenha que aniquilar a China, a Coreia do Norte e o Estado Islâmico.

Têm razão? Obviamente que não!!! Mas neste momento os discursos emocionais estão a dar melhores resultados e é por isso que acho que se este trend se mantiver, o Trump ganha.
Quase todos os dias vejo a CNN e os comícios e a percepção da vitória de Trump é cada vez mais forte.
Será preciso acontecer algo de muito grave do lado republicano para inverter a tendência actual.

Nota: Acho que todos devíamos votar nas eleições americanas porque às vezes a América toma decisões que acaba por influenciar as nossas vidas. No actual contexto nunca votaria em Trump mas acho que a eleição dele neste momento é uma inevitabilidade. Pessoalmente, acho que algo tem que ser feito para resolver o problema do terrorismo islâmico e não é com falinhas mansas de condenação ao terrorismo ou frases como "Je suis Charlie" ou marchas de solidariedade que se vai lá. Tem que ser algo avassalador e disruptivo senão vamos continuar nesta pouca vergonha da matança de gente inocente.

Pedro, o americano comum sabe lá quem é o tim Kaine e quais as posições.

Numa eleição como esta, Hillary/Sanders ganhava. Teriam um problema ainda mais grave para lidar com o congresso - daí sempre escolhas de VP ao centro - mas Hillary pode nem chegar a ter esse problema.


Há um hipótese realista de Trump mandar todas as promessas idiotas pelo lixo caso seja eleito. Há quem diga que no DNA, ele é mais democrata do que Hillary.

Não vou por a mão no fogo por isso. Aliás, imprevisibilidade traz instabilidade.

Quanto à promessas, aguardamos que Obama encerre Guantánamo

por agora ... não vejo pressa ... nem vantagem ... em acabar com o Estado Islâmico

faltam ainda 100 dias para as eleições ... em política ... é uma eternidade

Foi a cia que criou o EI
Nenhum presidente vai acabar com ele porque interessa aos EUA
Nunca os EUA se preocuparam com o bem estar de qualquer povo a nao ser pelo interesse politico ou economico veja-se a ucrania e o medio oriente
Nao è agora que vai mudar

Ja agora o proximo presidente devia preocupar-me mais com o que está a acontecer nas ruas da america
Ja faltou mais para aparecer outro luther king

Esta eleição está num desvario emocional que os apoiantes de Bernie apuparam a fase inicial da convenção democrata a favor de Hillary, até mesmo o próprio Bernie.

Possas.

A america que se precupe mas è em resolver a jorda toda que tem em casa
Tanto racismo
E tanta gente pobre
Obama foi mais um que por la passou

Não há pessoa mais pobre do que aquela que é pobre num país rico. Infelizmente, parece que só nós é que sabemos estas coisas; os gajos que mandam nunca entendem isso.

E não sei: tenho a maior desconfiança do Trump, mas na Clinton confio ainda menos. Porque diabo tinha ela que se lembrar que queira ser presidente?

É a merda mais pequena. O Trump é a merda maior. Ou não. Sabe-se lá... se eu fosse americano, votava Clinton em apneia. A seguir, logo se verá...

É como dizes: sabe-se lá....

O problema de confiança na Hillary está no facto de não ter mandado o Bill cagar aquando da descoberta da infidelidade

Algures nos anos 80 quando ainda estavam no Arkansas

Engoliu - ao contrário das amigas do Bill - em favor da parceria mais forte que os poderia levar a sítios.

E sem criticar a relação deles, o comportamento da Hillary mostra o querer atingir um fim apesar de tudo.

Vendo bem a Hillary poderá vir a ser a Presidente que os EUA precisam.

O Bernie Sanders é um velho que provavelmente não teria condições físicas para exercer o segundo mandato.

Não me incomoda a personalidade da Hillary porque sei que terá sempre a sombra do Bill Clinton a ajudá-la, aquele que para mim foi o melhor presidente dos EUA até hoje. O homem é simplesmente fora de série. Um indivíduo que chega a governador aos 33 anos (Estado do Arkansas) e que partir daí teve a carreira que todos conhecemos. Deixou a Presidência dos EUA com a maior taxa de popularidade de todos os tempos e superavit nos anos 1998-1999-2000. Durante os seus mandatos a economia cresceu como nunca, foram criados 10 milhões de postos de trabalho. Interveio na guerra da Jugoslávia mas acabou tudo bem, ao contrário de outros que fizeram outras guerras que acabaram por complicar ainda mais as coisas. Lutou a luta por causas socias, internas e externas aos EUA. Tem uma aceitação junto do eleitorado afro-americano a ponto do New York Times o designar como o primeiro presidente negro dos EUA.
Não sei nada sobre as leis americanas mas diria que se fosse possível ele concorrer novamente de certeza que ganharia. É respeitado no mundo inteiro e os americanos continuam a ter um carinho especial por ele.

Apenas uma nota sobre o escândalo com a Monica Lewinsky que foi um ponto menos positivo mas que eu pessoalmente até nem condeno porque sofro das mesmas fraquezas e um segundo ponto menos conseguido foi a promessa de campanha de acabar com o livre porte de armas que acabou por não concretizar porque o lobby da indústria das armas no Congresso é muito poderoso.

Bill Clinton tem qualidades que para mim são intrínsecas das personalidades extraordinárias e que são a bondade (sim, é um homem bom!) e o poder da comunicação. Está para nascer outro igual.

ontem vi o Late Show ... uma expressão fabulosa ... a América é a namorada de Deus

Esta que contas é uma situação clássica: um objetivo comum de fundo é um cola poderosa que mantém as pessoas juntas, aconteça o que acontecer.

Um dos discursos mais vibrantes que me ficaram na cabeça durante a convenção do partido democrata. A Elizabeth Banks devia ser candidata à presidência dos E.U.A.. De certeza que ganhava. Apesar da idade continua podre de boa e bonita.