virtual - susceptível de se realizar; possível; resultado de simulação;

imaterial - que não é formado por matéria; incorpóreo; impalpável;

Caro kwacha,
então eu peço para não se inibir, para dar com força e você vem com a definição de duas palavras vistas no dicionário online?!
Esperava uma resposta à altura do seu vasto conhecimento destas coisas... poderia fazer muito melhor
Assim de repente fiquei sem perceber o sentido da sua brilhante resposta

a finalidade foi de esclarecer ...

acções, obrigações, futuros, opcções, derivados etc, são títulos de propriedade ou contratos com respaldo físico e material, mas para efeitos de transacção em bolsa, são colocados através de "cupão" (devidamente acreditado em normas internacionais e aceite por todos)

a taxa de juro é uma relação efectiva entre capital e tempo, não tem nada de virtual ou imaterial
está associada a todas as operações de crédito, sejam estas operações empréstimos ou depósitos

Caro kwacha,
bem já está uma resposta mais elaborada, com uma tentativa de definição do que é o que... mas vejamos o mundo "virtual" onde vivemos:

É uma relação efectiva entre capital e tempo, certo... mas não e' determinística nem muito menos o é uma relação linear... ora como bem sabe podemos andar aqui a fazer negocio (e é o mais comum) com a subida e descida das taxas de juro. Alias, passamos a vida a ouvir falar de uma suposta relação de (des)confiança dos mercados e as mexidas das taxas de juro... parece que é a justificação mais vezes repetida, aparece em qualquer livro da especialidade e tudo. Isto parece-lhe algo material? o que é que isto tem de material? representações de desconfiança? taxa extra paga para justificar um suposto risco? risco esse muito subjectivo? a mim parece-me francamente "virtual" ou "imaterial"...


Bem, em mercados organizados o "devidamente acreditado em normas internacionais aceites por todos" é óbvio e verdade.
Também é verdade que são tudo títulos... mas e isso confere "materialidade" á coisa? É que se for assim, as bitcoins também são representações de um valor, pois no acto da compra ou venda são o valor intrínseco ao produto... (sera' que você está a pensar que so' o que é acreditado por normas internacionais tem o tal valor material?!)
Mas aquela parte do "respaldo físico e material"... isso justifica o que? o ser real? o não passar de um negocio dentro de bits e bytes?
O que tem de real um futuro sobre o tempo(clima)? eu sei para que servem e conheço os bonitos exemplos que vêm nos livros, mas apostar no tempo não deixa de ser um negocio totalmente "virtual" e "imaterial"...
O que tem de real uma opção barreira se aquilo é puramente artificial (e custa menos que uma opção simples) e serve apenas para se ganhar dinheiro tal e qual um jogo de casino... é um instrumento que se explicado a um leigo, a primeira ideia com que ele fica é a de que é um jogo para miúdos/as grandes se divertirem e tentarem ganhar dinheiro...
Alias, o conceito de opção faz todo o sentido, e conheço a historia por detrás da criação de opções e para que servem... mas há coisa mais "virtual" do que o apreçamento de opções? o valor da opção reflete o que? e as mexidas, são exclusivamente relacionadas com o underlying?
E apostar nas mexidas de um índice? parece-lhe material? para mim, ganhar dinheiro a partir de um índice é muito mais "virtual" e "imaterial" do que a utilização de bitcoins...
Como vê, o que não falta são exemplos de criação de dinheiro do nada... mas claro, tudo bem regulamentado e acreditado por normas internacionais... afinal, é tudo uma questão de perspectiva

Cumprimentos

Caro ze_pombo_ist,

Se acredita que será possível algum dia haver uma moeda virtual sem regulamentações nem controlos nada tenho a opor mas como sou terreste isso para mim é uma visão lunática

Ao contrário penso que deve haver regras e controlos bem apertados e quem deve fazer essas verificações são as entidades competentes pela circulação das respectivas moedas, com tudo o que isso implica de virtudes e defeitos do ser humano

Li o FAQ - Bitcoin que me recomendou e achei estranho falar em taxas e até numa pequena taxa voluntária ...

quando nasci também era pequenino mas agora sou mais maior ...

com todo respeito e admiração pelas suas crenças, gostaria de lhe dedicar esta canção

Manuel Freire - Pedra filosofal

http://www.youtube.com/watch?v=kGvY4tqcgUQ

Caro aranha,
leu mesmo a FAQ? É que lendo a sua resposta...

vai aqui muita confusão... ja' existe uma moeda virtual... alias, ate mais que uma, mas como neste caso falamos de bitcoins... mas afinal ainda não percebi que regulamentações se refere, não se importa de ser mais especifico? fala em termos de segurança? mas que controlos quer? controlo do quê mais precisamente (seja especifico)? Se não for concreto não conseguirei rebater qualquer ideia sua...

Quanto ao ser lunático, noutro tópico (crise financeira 2.0 https://www.gp-pt.net/forum/viewtopic.php?p=757534#p757534) até deixei uns links com algumas noticias, se quiser dar uma olhadela... depois falaremos de novo em ser lunático...


Mas quais regras e controlos você acha necessário haver? Em que sentido você quer controlar a moeda? com que fim? e que regras? essas regras servem para regular o que? quais serão? (já existem regras e controlos para tornar a moeda segura e fiável) Relembro que a moeda virtual não "pertence" a um pais...


Leu tudo? e percebeu bem? acredite que não estou a ser depreciativo, mas reparou que quase não existem taxas, e os fees que eles falam, viu para que servem? leu e percebeu bem a parte do mining? (a taxa voluntaria, como o nome indica, é voluntaria e a explicação é obvia "...but users are encouraged to pay a small voluntary fee for faster confirmation of their transactions and to remunerate miners..."


Optimo, então abra bem os olhos porque no mundo financeiro o que mais existe é magias e enganos mas pelos vistos com as tais "regras" e "controlos" e como a iliteracia financeira (da população em geral) é enorme e gritante, vale tudo ate arrancar olhos... leia o meu post acima sobre produtos financeiros, é tudo controlado e com as tais regras internacionais, mas não deixa de ser fazer dinheiro do nada... mas ai como é com regras, como tem uma formulação matemática toda catita, como tem nomes artísticos (em finanças adora-se dar nome bonitos, e quando um produto fica queimado, mudamos o nome e pimba, é um novo produto), já é maravilhoso, fascinante e totalmente "terrestre"...
Tenho uma pergunta, CDO diz-lhe algo????
Se nada lhe disser, espere por uma possível resposta do kwacha (adorava ler qualquer coisa escrita pelo kwacha sobre CDO's, mas dado a questão ser delicada duvido que surja alguma), ele que adora banqueiros (ele lá saberá porque) pode ser que diga as brilhantes vantagens dos CDO's e o porque de se tornarem tão diabólicos... Desses convém não falar, pois os santos dos banqueiros, mais as maravilhosas regras e controlos muito bem feitos e organizados, somando a burrice financeira geral com uma ganancia cega, deu no que deu... mas isso fica em segredo... a quase totalidade da população não faz ideia que alguma vez existiram tais bichos com nome tão artístico, muito menos que tais bichos tiveram um impacto tão grande, que faz parece que qualquer vírus, por exemplo o vírus da sida em Africa é quase uma brincadeira de crianças...

E você (aranha) acha mesmo que as grandes regras e controlos servem para alguma coisa?! acha mesmo que defendem o superior interesse da população?!
Só lhe posso dizer obrigado pela dedicatória da canção, já conhecia, mas quando você desconhece totalmente que o mundo financeiro é uma constante da via mas vive nos sonhos das pessoas, aparentemente tão concreto e definido (já lhe falei dos CDO's?????) como outro esquema qualquer, então seremos todos como o ribeiro manso em sereno sobressalto...

Cumprimentos

não quero que vos falte nada aqui vai uma lista relevante de venenos e malfeitorias


CMVM - Guia sobre Produtos Financeiros Complexos
http://www.cmvm.pt/CMVM/Recomendacao/Recomendacoes/Pages/GuiaPFC.aspx

Caro kwacha,
obrigado pelo documento, pelo menos tenta elevar a literacia financeira aqui da malta.
Gosto especialmente desta parte do documento:
"Atendendo a que muitos desses instrumentos são dotados de elevada sofisticação e complexidade técnica, conduzindo a uma dificuldade acrescida de percepção, quer do seu funcionamento, quer dos riscos envolvidos, a CMVM, numa tentativa de contribuir para a respectiva clarificação, vem com o presente documento disponibilizar aos investidores uma descrição simples do funcionamento e dos principais riscos associados a alguns desses produtos financeiros."

Está genial, de certeza que foi escrito por um financeiro de grande ego e só demonstra a cultura do meio (conhecemos a cultura do meio)... realmente o documento para um leigo de nada serve, e para quem já não é leigo, serve para reavivar o que já sabe...
Fica sempre bem, num suposto documento para clarificar, usando uma suposta descrição simples, usaram e abusarem de jargões técnicos,formalismos e ideias vagas e inconclusivas...

Os tipos da CMVM são cá um bando...

PS: Epá para quem falava de virtualidades... de imaterial... comparativamente com uma simples moeda digital, este documento (os objectos que ele tenta retratar) parece o manual do maior jogo de realidade virtual

Caro kwacha,
quanto aos CDO's , nem uma palavra sua... pois, eu percebo... os banqueiros... aquela gente imaculada...
Lembra-se de ter escrito:


Pois os CDO's (ao contrario das bitcoins) fizeram muita gente rica e provocaram muitos muitos milhões de desesperos...
E trabalharam que se fartaram...
E realmente capitalismo selvagem??? selvagem não, autenticamente pirata e assassino...

Já agora, aquilo era tudo com regras, avaliações, com todo o formalismo, com as CMVM's todas a olhar para aquilo, e assim de repente pareceu-me algo tão virtual (segundo a sua definição de virtual)... não lhe pareceu? A mim e a muita gente pareceu bem mais virtual do que as coitadas das bitcoins...
Mas deixe estar, eu vou fingir que você não reparou na "caos virtual" que causaram os brinquedos (cdo's) dos seus amigos banqueiros...
Realmente que utopia uma moeda descentralizada, fora de controlo apertado dos esplendidos bancos centrais e das brilhantes CMVM's... a malta que pensa nestas coisas das moedinhas virtuais deve andar parva...

de facto são uns bandidos ... a tentativa para retratar o objecto é um deprimente e enfadonho manual de jogo de realidade virtual ...

o sector financeiro, em particular os banqueiros, os administradores dos grandes grupos bancários e as entidades reguladoras, agradecem as suas sábias e argutas palavras, porque com uma argumentação deste calibre, qualquer um deles pode dormir descansado

abaixo fica a transcrição de um exemplo de escrita e informação, resultado de um despudorado ego e de falta de cultura do meio, sendo possível ler nas entrelinhas a capacidade letal deste produto, fruto de uma mentalidade selvagem, pirata e assassina ...

podem-me chamar o que quiserem, mas por mim assunto encerrado

***********

Obrigações Estruturadas

Descrição/Funcionamento:

Valor mobiliário que combina uma obrigação – instrumento de dívida que assegura o reembolso do capital investido na maturidade, acrescido do pagamento certo ou incerto, fixo ou variável, de um montante adicional a título de remuneração ­ – com um instrumento derivado embutido naquela obrigação, por força do qual o rendimento da obrigação fica dependente, na sua existência e/ou montante, do desempenho de um outro activo, instrumento ou contrato financeiro e que pode potenciar ou alavancar esse rendimento. O rendimento da obrigação dependerá, proporcionalmente ou não, da variação do valor do indexante.

Pela complexidade que implica, as obrigações estruturadas importam um risco de incompreensão da estrutura e dos riscos do produto.

Possíveis Activos Subjacentes ou Indexantes:

- uma acção ou um conjunto (cabaz) de acções;
- um índice (ex: PSI 20, Nikkei, Dow Jones ou CAC 40) ou um cabaz de índices (incluindo índices criados pelo próprio Emitente ou por entidade com este relacionada);
- uma “matéria-prima” ou conjunto/“cabaz” de “matérias-primas” (ouro, petróleo, cacau, etc.), cujo preço é, em geral, definido por referência ao preço dos respectivos contratos de futuros;
- taxas de câmbio ou diferenças entre taxas de câmbio (ex: EUR/USD).

Algumas Variantes/Modalidades:

- com ou sem possibilidade de reembolso antecipado, pelo investidor e/ou pelo emitente;
- com ou sem reembolso automático despoletado pelo atingir de determinados níveis de variação do activo subjacente pré-estabelecidos (strike price ou barreiras knock-out);
- com ou sem rendimento mínimo garantido;
- com ou sem limiares máximos de rendibilidade;
- com ou sem rendibilidade dependente da variação do activo subjacente, acima ou abaixo de uma determinada barreira (preço de exercício (strike price) ou barreira de knock-out);
- com liquidação física através da entrega de unidades do activo subjacente, com liquidação financeira, ou ambas;
- com mecanismo switch – a rendibilidade do produtos fica sujeita a um evento switch, determinado previamente mas de forma discricionária pelo emitente e que lhe permite optar, num determinado momento e segundo critérios pré-definidos, por um critério de cálculo e pagamento da rendibilidade alternativo em substituição de outro critério inicialmente estabelecido.

Principais Riscos Financeiros:

- risco de perda total ou parcial do capital investido em caso de reembolso antecipado ou de insolvência do emitente, ou de perda do activo em que se dá a conversão no caso dos reverse convertible;
- remuneração não garantida;
- risco de reembolso antecipado pelo emitente;
- risco de liquidez, se:
--- não houver admissão à negociação em mercado (regulamentado ou não);
--- reduzida liquidez do mercado, designadamente quando não exista criador de mercado (market maker);
--- não houver possibilidade de solicitação de reembolso antecipado por opção do investidor.

Principais Riscos Não Financeiros:

- risco de conflitos de interesses, designadamente por força de coincidência ou ligações entre o emitente, o comercializador e o agente de cálculo;
- riscos jurídicos (alterações no regime legal de tributação ou de transmissão, exercício de direitos, etc.).

Caro kwacha,
mais uma vez lhe agradeço a tentativa de aumentar a literacia financeira aqui da malta.
Você é um ás da argumentação esquiva, do malabarismo das ideias, dou-lhe os parabéns por isso.
Mas os tais CDO's... não os vejo na ardilosa argumentação... ficam para uma próxima vez certo?! (tou a ver... já dizia o outro, "canta muito mas não me encanta")
Imagino o que teria o caro kwacha de se torcer na cadeira para tentar esboçar umas palavras amigáveis sobre tal assunto e que ligue com os seus amigos banqueiros (seu amigos não, amigos do povo, tão impoluta gente)
Ou não me diga que a CMVM tem mais um documento todo supimpa para explicar o que são os CDO's e os seus impactos na economia??? Se calhar não, visto já não ser nova tecnologia e já terem usado e abusado
Você é um musico para ombrear com uns Rolling Stones...

Caro ze_pombo_ist,


Leu tudo? e percebeu bem? acredite que não estou a ser depreciativo, mas reparou que quase não existem taxas, e os fees que eles falam, viu para que servem? leu e percebeu bem a parte do mining? (a taxa voluntaria, como o nome indica, é voluntaria e a explicação é obvia "...but users are encouraged to pay a small voluntary fee for faster confirmation of their transactions and to remunerate miners..."

não leve a mal a comparação mas fez-me lembrar a " dízima " aqui como é virtual não se sabe bem a que igreja vai parar ...

mas tudo bem vamos esperar que os bitcoins comecem a proliferar por aí e me " abram os olhos " porque realmente dou uns palpites mas não sou nenhum especialista na matéria, a instrução também é pouca e básica e posso sempre estar enganado porque o " nunca me engano e raramente tenho dúvida " só há um

quanto aos banqueiros e outros afins maus da fita também não os tenho como " santos " mas continuo na minha, se fosse possível exterminá-los a todos, logo apareceriam outros a substituí-los e a minha eterna dúvida é se ficaríamos melhor ...

sem entrar em produtos complexos como os que falou , na minha humilde contribuição para elevar a literacia financeira aqui da malta como diz , já ficaria satisfeito se todos que nos lêem fossem por exemplo, mais eficazes em gerir a suas poupanças /economias e não se acomodassem como é costume num banco sem procurarem melhores condições e vantagens e com isso perderem muito dinheiro e os " bandidos " ficarem com vários milhares/milhões todos os anos ... por inércia e comodismo do " zé e da maria "

Pitbull Wallet (pelo menos o nome é sugestivo)

Cartão à prova de roubo made in Portugal para guardar palavras-passe e Bitcoins
http://tek.sapo.pt/noticias/computadores/cartao_a_prova_de_roubo_made_in_portugal_para_1365606.html

eu sou um analfabeto digital
achei interessante o artigo por surgir em contramão
aguardo que os informáticos cá do tasco digam de sua justiça


Porque não devemos usar o WhatsApp?
http://pplware.sapo.pt/informacao/seguranca/porque-no-devemos-usar-o-whatsapp/

Oh Kwacha, apesar de não ser fã das ferramentas de chat, sou um utilizador assíduo do WhatsApp e do Viber.

Quanto ao tema da segurança do WhatsApp, há alguns pontos importantes a reter:
- o que está explicado tecnicamente no artigo é verdade
- não existem sistemas informáticos 100% seguros
- o WhatsApp é uma ferramenta para uso social. Dados confidenciais como por exemplo, dados bancários e outros altamente confidenciais não devem ser enviados através desta ferramenta. Existem ferramentas e protocolos específicos de comunicação de dados para o efeito.

Engraçado que este artigo fez-me lembrar o filme "Bowling for Columbine" onde Michael Moore retrata a questão do porte de armas nos EUA e as duas ideias reinantes na cultura americana: "nós não estamos seguros" e "a melhor defesa é o ataque". O governo age sobre os cidadãos americanos, provocando uma insegurança nacional que faz com que o medo seja um sentimento crónico e consequentemente os faça buscar uma falsa segurança "armamentista" e violenta. Mas cuidado, eu gosto dos americanos. Todas estas ideias inovadoras vêm dos States e não da Índia ou da China onde até existem centros de desenvolvimento, mas a ideia original nasce sempre nos EUA.