Hoje ouvi no Rádio Clube Português, pela manhã, que em Portugal 45% dos computadores usavam software pirata.

Devo confessar que no meu computador particular tenho lá muita coisa pirata, claro está desde música a filmes, passando pelo Office. No da empresa é que as coisas fiam mais fino. Penso que está tudo legal, mas não sou eu o dono dela, por isso eles é que se têm de preocupar. Eu só tenho de evitar ser apanhado com tralhas clandestinas nele

Mas às vezes ponho-me a pensar por que razão tenho megas e megas de música que há séculos não oiço no computador, ou nunca ouvi, bem como toneladas de filmes (a esmagadora maioria pornos) se muitos nunca os vi. Por que razão tenho o office 2003 instalado se raramente o utilizo e quando o uso o OpenOffice serve perfeitamente ou até as ferramentas do Google.

Questões que coloco: Seremos mesmo um pais de Piratas ou somos como os outros? Fazemos toneladas de Downloads, que sabemos que não vamos utilizar, só pelo facto de termos uma Happy Hour do nosso ISP ou não temos limites de descargas?

Lá diz o ditado: "Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão".

Não tenho pena nenhuma deles!.Lucros ao final do ano de milhões de euros.

Se somos dos países com a net mais cara, porque não "atenuar", de certa forma, esse prejuízo?
Concordo que se fazem downloads de coisas que nao se irão utilizar. Acho que é típico do português espremer tudo. Agora temos muitas soluções freeware, sistemas operativos alternativos...que podem compensar o facto do software ser, na minha modesta opinião, caro demais para aquilo que é o estilo de vida dos portugueses...

Nao uso software licenciado, uso software das vitimas do costume: Adobe, Microsoft, Corel, etc mas se fosse obrigado a licenciar ou pagar para ter nao o faria, utilizaria ferramentas gratuitas.

O preco do software e proibitivo: 500 € um SO??? milhares de €s por uma suite de produtividade seja ela para finalidades web, office ou design???

Concerteza para uma empresa estes valores sao acessiveis agora para mim enquanto utilizador domestico sao incomportaveis, se fosse fazer as contas tinha 10 ou 20 mil €s de software no meu PC!!! a maior parte dos quais uso uma ou duas vezes por mes (algumas por trimestre).

O unico software que compro actualmente sao jogos, mas nao sem antes experimentar uma copia... faço-o para compensar aqueles que de facto fazem jogos de qualidade pois se ninguem comprar nao existira compensacao para que sejam feitos...




Noutra perspectiva tenho que concordar com o user que diz que tem o disco cheio de Cds e DVDs que nunca ouviu... comigo passa-se precisamente a coisa...

A bem dizer acho que está tudo dito : há muito poucas pessoas que usam 10% do que têm e existe muito pouco (ou quase nenhum) software que, para o utilizador caseiro, open source não sirva perfeitamente....

Desde software de office, passando por utilitários vários ou mesmo fotografia semi-avançada - open source tem quase tudo. Infelizmente existe uma coisa que condiciona a passagem final para plataforma open (linux e suas tools livres) : jogos !!!
Jogos pedem directx e afins e máquinas potentes ("sai daí emulação") e isto implica windows.Um pena de facto esta lacuna.

Seremos um país de piratas ? Nahhh, eu acho que somos um país de coleccionadores

Gostei dessa de sermos um país de Coleccionadores, acho que estás correctissimo. Não tinha pensado nos jogos como empedimento para a massificação do Linux, como não utilizo, mas claro têm esse problema.

Acho que somos tao piratas como os donos das empresas que nos cobram (roubam) balordios por um dvd ou por um cd, que so lhes engorda as contas bancarias ás nossa custas....

O mais engraçado é que o custo de produção de um dvd ou cd,não ultrapassa os 3€.Ed depois querem eles que a malta não saque os álbuns da net!

VERTIGO, acredita que a produção com caixa, impressão e DVD ou CD nem chega a metade desse valor. Mas claro que depois existem outros valores acrescentar!
Tens a distribuição, direitos, etc...
Só para o canal de distribuição conta com mais ou menos 35% do valor!
Depois tens os impostos e o IVA... Que o consumidor comum não tem hipotese de abater nas suas deduções
Afinal onde fica o grosso do guito?!

Outro factor a reter é o iva a 21%

A MicroSoft deixou piratear o Windows como estratégia de o disseminar por todo o mundo. Como não o pagávamos éramos mais tolerantes com as mensagens de erro estúpidas. Mas se nós pirateámos o Windows, o Office, etc. foi a MicroSoft que começou por copiar um sistema operativo gráfico à Apple, que se queixou em tribunal mas perdeu, pois por sua vez teria copiado o sistema gráfico das impressoras Rank Xerox…

O Word é o WordStar com o nome da MS.

O Excel é o Lotus com o nome da MS.

O Internet Explorer é o Mosaic…

O MSN é o ICQ…

Quando vão comprar um computador novo, pagam mais para as licenças do Windows e do Office que pelas peças do comp.

Nós é que somos piratas?

Concordo consigo confrade "avidaebela" a microsoft chegou onde está hoje copiando as ideias de outros. Se tivessem mantido na linha do MS-DOS os produtos Microsoft não tinham a implantação que têm hoje. Também temos um problema não há muita concorrência face à toda podorosa Microsoft.

Até ao Windows Vista/Office 2007 sempre tive no meu computador as últimas versões destes softwares (claro está que piratas ou vinham no computador). Agora abri um pequeno negócio e o dinheiro não abunda, por essa razão os PCs têm o Windows (que vem instalado) e o software de produtividade é o Open Office e as ferramentas do Google e digo sinceramente não tenho sentido falta nenhuma dos produtos da Microsoft, faço tudo o que fazia antes com a vantagem de estar legal, pois uso freewares.

Mais essa.... Nem o DOS inventaram! Compraram o QDOS à Digital Research e mudaram-lhe o nome para MS-DOS
http://www.ibytes.com.br/informatica.php?id=31

Essa não sabia... mais uma a juntar ao rol...

Meus caros, tendes todos razão e contam-me do vosso lado nos vários pontos de vista. Devo dizer que a estratégias de "deixa copiar" da Miscro$oft já era conhecida desde que saíu o primeiro "windows gráfico". Já não estou de acordo na questão "é uma cópia de" - e pela simples razão que todos os construtores de carros hoje seriam cópias do primeiro carro movido a motor de Karl Benz - uma coisa é copiar e outra é criar algo segundo os novos conceitos, tecnologias ou mesmo tendências da actualidade. Quem definiu a abordagem gráfica de janelas e pointer (rato) não foi concerteza a M$ mas esta não podia ficar parada, teve que seguir a tendência e as exigências do consumidor. Isto é válido para quase todos os negócios ...

No que respeita a uso de Open Source é garantido que, para a esmagadora maioria dos pequenos negócios é perfeitamente viável - desde que se saiba o mínimo de informática, claro está. Em casa tenho práticamente tudo Open Source e faço o mesmo que no escritório.

A grande vantagem do software pago é acima de tudo a assistência técnica e o suporte. Em Open Source estamos ao sabor do vento e da boa vontade dos contribuintes, no software pago temos direito a correcção de bugs.

Acabo com uma curiosidade ou "food for thought", muitos confrades acham caro software que custa 150 euros ou 300 e usam durante anos mas não acham 150 euros por 1 hora com uma GP demasiado (que eu pessoalmente não dou nem 100 porque acho um abuso de dinheiro).

Já agora, não somos nem mais nem menos piratas que a grande maioria dos países. Eu não sou um defensor da pirataria como método mas sou um acérrimo defensor da pirataria como regulador de mercado. E explico, antes da pirataria não conseguia comprar um DVD ou CD sem pagar preços absurdos (face aos custos), agora consigo comprar DVDs e CDs a um preço mais razoável (e não acredito que as produtoras estejam a fabricar DVDs para ter prejuízo). Acabar com a pirataria ? Sem dúvida, mas praticando ao mesmo tempo preços justos e acessíveis.