Só política, história e militarices:

«Salazar e Alfredo Pimenta - Correspondência 1931/1950»
«D. Carlos» - Rui Ramos
«The Ethnic Cleansing of Palestine» - Ilan Paape
«The First World War» - John Keegan
«Stalin and his Hangmen» - Donald Rayfied

Recuperando de uma lacuna na minha lista dei por mim a ler:

« - Para já, senhor subchefe, aqui a miúda não tem nada que ver com o caso. Ela nem sabe que eu guardei esta porcaria. Guardei disse bem. Guardei de penhor - de penhor, ouviu? - porque esses grandes filhos da put*, peço desculpa senhor subchefe, filhos de meretriz, queria eu dizer, serviram-se e não pagaram. Os grandes vigaristas! Ainda por cima umas tristezas na cama, um frete, um desconsolo, ai senhor subchefe só queria que visse. Então eu saquei-lhes isto de penhor: têm que nos dar os sessenta paus a cada uma, mais os setenta da pensão. Se quiserem, está claro. Se não quiserem vou direitinha pedir a massa às mulheres deles, já descobri as moradas. Ai queridos, tenham paciência: vou cobrar lá a casa, eu não dê mais um passo! Ando há vinte e seis anos nesta vida e ainda não houve um filho da put*, perdão senhor subchefe, de meretriz, que se ficasse a rir da Lina Despachada. Agora vocês resolvam... »

Mário Zambujal, Crónica dos Bons Malandros

Èpa,eu tambem ando a reler isso. <<-"Profissao?".........."GPs,senhor subchefe."

Gostei muito de ler este, e, apenas um excerto para adoçar o gosto:
Henry Miller - Os livros da minha vida
"Todo o rapaz genuíno é um rebelde e um anarquista. Se lhe permitissem desenvolver-se ao sabor dos seus próprios instintos, das suas inclinações, a sociedade sofreria uma transformação tão radical e revolucionária que o adulto teria de se encolher e de se submeter. É provável que o seu modelo de organização não fosse confortável nem benévolo, mas reflectiria a justiça, o esplendor e a integridade. Viria acelerar o ritmo da vida, bem como encorajá-la e reforçá-la. E que poderia ser mais terrível para os adultos do que uma perspectiva?"


Homero - Ílidia
"Amigos, será que não há nenhum homem que confie em seu espírito audacioso para entre os magnânimes Troianos se infiltrar? Poderia acaso tomar algum dos inimigos que ficou para trás, ou ouvir algum rumor entre Troianos - que conselhos trocam entre si, se hão-de regressar à cidade, uma vez que já deixaram os Aqueus na mó de baixo. Tudo isto ele poderi saber e de novo regressar para nós incólume. Grande seria sob o céu o seu renome entre todos os homens, e sua seria uma dádiva honrosa. Pois todos quantos detêm o poder sobre as naus, destes cada um lhe daria uma ovelha negra a amamentar o seu cordeiro: prenda não há que com esta assemelhe. E para sempre ele estará presente nos banquetes e festins."


Neste momento estou a ler este!
"...A religião é o símbolo fálico guardado nas celas dos templos, estilizado na forma de um enorme fradépio de pedra negra, untado e reluzente a óleo sagrado, espargido de corolas de flores vermelhas na ponta, mergulhando numa obscuridade sinistra, promíscua, fétida, sórdida e gélida. Ao mesmo tempo, a religião é o buda gigantesco esculpido na rocha da última gruta de Ajanta, estendido e em estado de nirvana numa penumbra limpa e monástica, a cabeça apoiada na mão, o braço estendido ao longo do corpo, as pálpebras cerradas, dir-se-ia que não tanto sobre os olhos quanto sobre o mundo inteiro que está dentro dele. Religião são também rodas de coitos a toda a volta dos templos de Khajurah;..."

[O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa lêem apenas uma página.] Agostinho de Hipona

Cesário Verde - Um Génio Ignorado
"Sei que em tudo atentavas, tudo vias!
Eu por mim tinha pena dos marçanos,
Como ratos, nas gordas mercearias,
Encafurnados por imensos amos!(...)

E assim ao meu capricho abandonada,
Errámos por travessas, por vielas,
E passámos por pé duma tapada
E um palácio real com sentinelas.

E eu que busco a moderna e fina arte,
Sobre a umbrosa calçada sepulcral,
Tive a rude intenção de violentar-te
Imbecilmente como um animal!

Mas ao rumor dos ramos e da aragem,
Como longínquos bosques muito ermos,
Tu querias no meio da folhagem
Um ninho para nós vivermos.(...)

Fins de semana! Que miséria em bando!
O povo folga, estúpido e grisalho!
E os artistas de ofício iam passando,
Com as férias, ralados do trabalho."

Apocalipse Nau - Rui Zink

A reler o "Baudolino" de Umberto Eco... nunca é demais. Nos intervalos, vou picando alguns poemas de Jorge Luís Borges...

caros confrades!!!
E até para quem n e mto dado a leituras recomendo vivamente "sexo tantrico- a arte do amor" para ler, reler e praticar a 2, a 3....
ah! e mais: agora até temos aulitas para o efeito
check it out in: Sommassagens.com/tantra

Confrade, vê se isso tá bem escrito. Esse site não existe...

com toda a razao meu amigo!!!!
aqui vai www.somassagens.com/cursos.html
parece bem bom!!!

3 livritos à cabeceira neste momento:


Rui Zink - Dádiva Divina
Sam Espinosa é um homem que não acredita em nada. Até ao dia em que morre e se enamora. A partir daí não tem outro remédio senão passar a acreditar.
Em suma, ele ainda não sabe, mas vai encontrar Jesus".

Este novo romance de Rui Zink é uma história de amor e... enfim, romance. É um percurso em busca do sentido da vida. Um livro cheio de humor onde o autor explora as mais diversas situações e personagens com a habitual ironia. Uma história alucinante com um desenlace que nos deixará ainda mais surpreendidos.
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Sófocles - Rei Édipo
Reedita-se, em tradução a partir do original grego, a peça que se tornou, para o teatro ocidental, uma espécie de paradigma da tragédia grega.
Todo o pano de fundo em que decorre a peça é formado por dados que a tradição já registara e que, consequentemente, o público conhece: o nascimento de Édipo, votado a um futuro de parricida incestuoso, o seu abandono pelos pais, a sua adopção pelos reis de Corinto, a descoberta do oráculo sobre o seu destino, a morte acidental do pai, o episódio da esfinge, o casamento com Jocasta, a mãe, e a revelação trágica do duplo crime e da verdade dos oráculos...
Tragédia do conhecimento de si, Rei Édipo é, assim, uma tragédia da condição humana, tal como Sófocles a concebeu, com muito do sentimento do efémero patente na lírica arcaica, onde o homem, embalado pela canção da aparência, caminha, cego, para a sua ruína, pensando ter sido escolhido o rumo exacto, tornando assim todo o orgulho vão, e frágil toda a certeza de si próprio.
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Link do livro para quem quiser ler UMA TEMÁTICA UNIVERSAL E INTEMPORAL NOS PROGRAMAS DO ENSINO BÁSICO – A ODISSEIA DE JOÃO DE BARROS
A Odisseia de Homero,
contada às crianças e ao povo,
numa adaptação em prosa do poema de Homero por João de Barros, com ilustrações de André Letria

"A história que ides ler passou-se há alguns milhares de anos. Mas, século a século, os homens têm-na ouvido e repetido sem nunca se enfadarem. Veio até nós da Grécia antiga, berço da nossa civilização. [...] É esta a gloriosa história de Ulisses, do homem de mil façanhas e ardis, do herói que, depois do cerco, tomada e incêndio de Tróia, cidade célebre da Ásia Menor - visitou as cidades mais diversas, conheceu gentes estranhas e enfeitiçou a alma de povos distantes." Excerto do prefácio do livro

Comecei há dias também a ler este:

BEATLES - A História Secreta

sinceramente meus gostos literários são um pouco duvidosos...
a dias ofereceram-me este livro que tem-me feito perder algumas horas de sono...



cump's

Neste momento "O Pendulo de Foucault" de Umberto Eco...
Alguém referiu a páginas tantas o "Clube Bilderberg", que eu também aconselho vivamente. Escrita um pouco massadora, porém interessante.

Mas de sempre e para sempre, o meu querido Eça que eu leio e releio vezes sem conta

Beijinhos
Miana

Cara Miana, eu estou verdadeiramente impressionado com a menina. Só num post pequenino consegue quatro referências que impressionam:

1º Gosta de ler e tem bom gosto naquilo que escolhe para ler;

2º Interessa-se por assuntos como o Clube de Bilderberg (o livro é sobre este "grupo de pressão" de elite, imagino eu, já que não o li);

3º É fã do Grande Eça (se gosta, aconselho-a vivamente a ler Machado de Assis, contemporâneo brasileiro do Eça);

4º Tem como assinatura uma citação de Nietzsche.

Como não bastasse tudo isto, ainda por cima parece ser gira.

E logo eu que não costumo achar muita graça a meninas ainda tão joviais e viçosas. Tenho que começar a perder algumas manias, está visto.