Safado Escreveu:
Mas estes jogos, hoje são uma vontade de rir tão grande que um gajo não consegue ter explicação como é que jogava aquilo.
Acho que não é preciso grande explicação.
Os jogos apresentavam desafios que tínhamos de ultrapassar.
Além disso até eram excitantes porque eram high tech, se comparados com jogos de tabuleiro, por exemplo.
Tinham velocidade, som, eram interactivos.
Só não tinham grande qualidade gráfica ou sonora.
Mas até nesse aspecto... talvez seja como ver o ciclope do Sinbad de 1950 e troca-o-passo, comparar com os filmes de hoje em dia, e pensar como é possível que aquele monstro fosse assustador. Comparado com os efeitos especiais de hoje em dia, aquilo também faz rir.
Mas... "the mind can feel in the gaps".
Nós só precisamos do estímulo. O cérebro faz o resto.
Mesmo hoje em dia, o fenómeno ainda acontece.
Nós vibramos com um jogo de corridas, mas estamos a olhar para um ecran. O que é bem diferente de estar dentro dum carro de corridas. Eu sei que há volantes que vibram, assentos que fazem sentir as pancadas, e cenas dessas. Mas a maior parte joga só com um comando e um ecran. E vibra à brava, como se estivesse mesmo numa corrida. Mas por muito reais que sejam as imagens, não é o mesmo que estar mesmo numa corrida a sério.
Mas a mente torna tudo mais real. Obviamente que a qualidade dos gráficos e dos sons ajuda bastante, mas continua a ser o cérebro que faz a maior parte do trabalho.
E o desafio até continua a ser basicamente o mesmo.
Nós temos um carro, há outros carros, e queremos chegar em 1º. Temos de ultrapassar os outros, travar, acelerar, fazer curvas, etc.
A parte substancial do divertimento que é ultrapassar esses desafios são basicamente os mesmos.
Eu ainda me consigo divertir com jogos antigos.
Há 2 ou 3 anos joguei o 1º Dune do principio ao fim.
E diverti-me. E matei saudades.