Caro xkiter, as leis não são feitas porque se vai gritar para a porta da assembleia, mas sim porque alguem se lembra de dar a ideia aos grupos parlamentares.

De todo o modo, vejo como muito dificil, pois a demagogia destes políticos ia inviabilizar, por muito que se dissesse que era para todos os profissionais liberais sem estabelecimento certo, tal como massagistas, acompanhantes, etc.


Grande texto, totalmente de acordo
Em Portugal parece crime criar riqueza
Vamos lá taxar o rico que tem imóveis de meio milhão de euros

Gosto do raciocínio subjacente ao texto:
- a minha opinião política está certa porque é minha;
- quem tem opiniões políticas diferentes está sempre errado;
- quem tem opiniões políticas diferentes nem sequer é o mesmo tipo de pessoa que eu;
- quem tem opiniões políticas diferentes não tem os mesmos direitos que eu;
- quem é diferente é ridicularizável;
- temos por isso direito de perseguir, criticar, ridicularizar quem é diferente porque somos moralmente superiores a eles.

E isto no século 21, defendido por quem supostamente é um paladino da democracia.... gostei! Já começaram a renovação de Auschwitz?

Aquela parte do texto do confrade Xkiter, citada pelo Matic, está sublime!!!

O pensamento da luta e emancipação dos pobres, não pelo trabalho e iniciativa, mas para tirar a quem tem, é muito típico dos países latinos....

Eu ainda sou do tempo em que na escola um puto (de 13/14 anos) porreiro e que todo (a maior parte) o pessoal respeitava era um baldas que desestabilizava a sala de aula. Um chavalo com este perfil tinha sucesso garantido entre os seus pares e entre as chavalitas que já tinham comichão no grelo.
Quem estudasse e tirasse boas notas era um chato do caralho, um marrão bom para ser gozado pelo resto da turma.
É esta mentalidade, com as devidas adaptações, que uma parte muito substancial da sociedade portuguesa (ainda) tem.
Por isso, político bom é aquele que distribui o que não há (o défice está controlado/martelado mas a dívida não se pode martelar e já subiu 10 mil milhões de 11/2015 a 11/2016) e que taxa sem dó nem piedade quem ganha mais uns cobres do que a média com o seu trabalho (taxas de IRS, essas sim, pornográficas).

Outro bom texto, sem dúvida...

Pois é... Realmente o gajo que era atinadinho e que se esforçou para conseguir ser melhor do que os demais (o marrão do ciclo como lhe chama) depois de terminado o percurso académico (onde a descriminação decorrente da ascendência até é esbatida) cá no burgo, quando vai para o mercado de trabalho sozinho pelo seu próprio pé (sem os típicos encostos de casta e hereditários que por cá se verificam) em primeiro lugar, qual regra universal de reconhecimento do mérito (méritocracia) vê serem-lhe dadas condições de trabalho e em segundo lugar, vê ser-lhe reconhecido o seu mérito! É neste país que o senhor vive? Onde é que o senhor vê por cá a aplicação da méritocracia? Onde é que o senhor vê por cá ascensão social por via do mérito no trabalho? Eu por cá, aquilo que vejo, é um modelo social e laboral baseado no modelo empregue pela Cotonang na Baixa do Cassange, com a diferença de que por cá haver muito quem se identifique com esse modelo mesmo sendo vítima dele próprio... Por acaso conhece a história contada pelos Goeses a respeito dos dois caranguejos capturados num balde em que um tentava subir pelo balde enquanto o outro, para evitar que o primeiro fugisse o puxava para o fundo do balde?

Eu sou do tempo em que os rapazes tinham que ser bons estudantes e bem comportados: havia assim como que uma linha divisória: de um lado os bons estudantes, do outro lado os bons desportistas e os que tinham mais sucesso com as pequenas. Eram tempos terríveis.

E o pior é que essa maneira de pensar se entranhava na pessoa, que levava muito tempo a libertar-se. Lembro-me de ter uns treze anos e um primo me ter mostrado ma foto de uma pequena a fazer-lhe um broche. Até fiquei abanado; achei que ele era um extraterrestre. É verdade que ele era muito à frente para o tempo. Lembro-me dele, com uns dezasseis anos a escapulir-se de casa para ir papar uma sopeira boazona de um hotel que havia mais abaixo, e a regressar, pé ante pé, ao raiar da aurora. E eu, dois anos mais novo, ficava em casa a ler a enciclopédia e a ver o Fugitivo. Este mundo não é justo.

É verdade que depois fui fui fazendo por recuperar o tempo perdido, mas não é a mesma coisa: ter dezasseis anos e comer uma mulher boa quase dez anos mais velha é o máximo. E ela chupava e engolia. Impressionante, se pensarmos que já passaram quase cinquenta anos. Eu aprendi a calcular integrais e ele não, mas eu trocava os meus integrais por umas quantas pachachas que ele comeu - e trocava umas quantas que papei pelas dele.

Meritocracia???? Então mas isso não é um chavão de direita.....aqueles sacanas?

Não é a direita que advoga o mérito como condição essencial para progredir? Não é a esquerda que impõe o direito á progressão automática por tempo de trabalho?

É que este tópico é sobre os sacanas de direita......convém não esquecer.

Realmente essa direita... tem que aprender com os "justos" de esquerda que só querem o bem dos concidadões... O Maduro da Venezuela ensina-nos:



Notícia de hoje em: http://www.dn.pt/mundo/interior/acusado-de-abandono-do-cargo-maduro-cria-comando-antigolpe-5595830.html

Eu também não disse que era contra princípios de direita... Eu sempre tenho dito que é que a direita em Portugal me enoja porque é uma direita sarrafeira, ressabiada, caceteira e um nadinha para o troglodita porque cristalizou em muitos aspectos no tempo do Botas...

E já agora Matic... Onde é que vê a méritocracia aplicada cá no burgo? Sou só eu que não a vejo ou serei eu que ando um nadinha distraído?