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- Voyeur
Lições sobre Economia
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27 Mar 2015
CarlaFelicio
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Re: Lições sobre Economia
Quando penso do friedman, imagino-o sempre num congresso do bloco de esquerda a dar as suas palestras enquanto os bloquistas assobiam e lhe mandam tomates.
Cada vez que vejo algo dele dá-me vontade de rir por ser tão distante do discurso da esquerda em Portugal. É que nem a direita mais liberal tem a coragem de dizer o que este gajo diz.
De todo o modo, há coisas que ele sempre disse e que eu repito, às vezes diariamente: "o dinheiro tem de vir de algum lado". "Como pagas algo se não tens como pagar?".
_________________ Definição de BOP = Baba Ovo de put*, ou seja, um Babão Escravo de GPs.
28 Mar 2015
savalas
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- Voyeur
Re: Lições sobre Economia
"Money talks and bulshit walks"
Nao eh uma citacao do friedman mas eh o corolario da sua politica monetarista.
Keynes era um toto. Aquilo ate funciona mas nao se um energumeno arranja dinheiro barato na europa para investir futuros na indonesia.
_________________ Who loves ya, baby ?
28 Mar 2015
Liding
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Re: Lições sobre Economia
Uma lição de Economia Austríaca para o Dia dos Namorados
Sendo eu um tipo solteiro, de 21 anos, sempre tive dificuldades em conseguir miúdas simplesmente conversando com elas sobre economia. Talvez tenha sido uma overdose de gráficos de oferta e procura na faculdade, mas o facto é que qualquer referência à palavra “economia” deixa-me com os olhos vidrados e ansioso para conversar ao telefone sobre o assunto. Mas o telefone nunca toca. E isso é triste.
Todos nós utilizamos a ciência económica nas rotinas diárias, a todo o momento, e não apenas quando entramos numa loja para fazer uma compra qualquer. A maneira como entendemos a economia influencia cada aspecto das nossas vidas, percebamos ou não. O Dia dos Namorados dá-me uma desculpa perfeita para demonstrar essa verdade.
Quando me pedem para definir o que é a ciência económica, eu digo que se trata da aplicação da filosofia à área dos recursos finitos. Um recurso que é, ao mesmo tempo, finito e comum a todas as pessoas é o tempo. Qualquer acção que empreendemos é igual a um investimento pessoal no capital “tempo”. Os momentos económicos difíceis — as épocas de recessão — são frequentemente negligenciados pelas outras escolas de pensamento económico, porém sempre foi um ponto bastante enfatizado pelos economistas seguidores da Escola Austríaca. Não é surpresa, portanto, que a “economia do romance” recorre à Escola Austríaca para interpretar a sua realidade. Com efeito, um "ciclo romântico austríaco" seria bastante similar a um ciclo económico austríaco.
Todo o romance começa com uma primeira acção, uma primeira atitude. Assim como os austríacos entendem que é função do empreendedor assumir os riscos de investir capital com o objectivo de obter um lucro potencial, podemos entender que é o papel de um sedutor correr riscos na esperança de obter êxito na sua investida romântica. Sem um empreendedor, o crescimento económico é insustentável; sem que a alguém tome a primeira atitude, o crescimento romântico é inalcançável.
Assim, pensemos num rapaz, o Ricardo, que vai a uma festa à procura da rapariga dos seus sonhos. Ricardo encontra uma rapariga, Elisabete, e começa uma conversa. Caso ambos já se conheçam há mais tempo, isto é, caso Ricardo já tenha investido muito tempo em Elisabete, de modo a que ela já esteja interessada nele — o que significa que Ricardo é como um investidor que já tem em mãos o dinheiro necessário para começar um empreendimento —, então Ricardo não precisará de nenhum crédito para fechar o negócio.
Mas e se Ricardo ainda não conhecer Elisabete? Como um investidor que apresenta o seu plano para conseguir um empréstimo bancário, Ricardo terá agora de convencer Elisabete de que ele vale o risco trazido por todas as coisas que envolvem o coração.
Caso Ricardo se comporte de acordo com a filosofia do liberalismo, caso ele se apresente honestamente e permita que o seu sucesso ou fracasso com Elisabete ocorra naturalmente, então, independentemente de ele conseguir ou não entender-se com ela, o facto é que sua vida romântica será feita (relativamente) sem dramas; e quando ele, de facto, encontrar uma rapariga interessada nele, o interesse será genuíno.
No entanto, suponha que Ricardo está frustrado em decorrência de vários fracassos românticos. Cansado da sua falta de sucesso, Ricardo resolve adoptar uma táctica artificial: começa a contar mentiras descaradas para impressionar as raparigas. Assim, começa a dizer a todas as raparigas que conhece que já salvou órfãos contra violentos canibais na ilha de Rojinda, que já escalou o Monte Evereste e que até já debateu — e venceu — Ron Paul dentro do Congresso. Ou seja, Ricardo decidiu manipular sua "taxa de juro", reduzindo-a artificialmente para estimular os seus investimentos.
Repentinamente, Ricardo passa a ser o centro das atenções. Elisabete e Juliana começam a lutar por ele; até mesmo Rita resolve entrar na disputa quando ouve dizer que Ricardo cresceu junto de Johnny Depp. Assim, Ricardo vê-se subitamente num “boom” romântico. Enquanto conseguir manipular mentiras convincentes e enquanto as pessoas acreditarem nele, o seu sucesso romântico continuará.
Em algum momento, no entanto, as mentiras de Ricardo serão descobertas. Johnny Depp não aceita o seu pedido de amizade no tromba*book; ninguém consegue encontrar no Youtube o vídeo do debate entre Ricardo e Ron Paul; a Wikipédia mostra que não existe uma ilha chamada Rojinda; o irmão de Juliana diz que estava num acampamento com Ricardo na mesma altura em que ele dizia ter escalado o Evereste. A bolha de Ricardo estourou.
Elisabete, enraivecida, dá um estalo ao Ricardo. Juliana espalha a verdade pelas raparigas da escola, arruinando as hipóteses de Ricardo com qualquer uma delas. Talvez o pior de tudo seja o facto de Rita, por quem Ricardo nutria sentimentos genuínos e com quem ele realmente tinha muito em comum, ter jurado nunca mais conversar com ele. Todos os ganhos de curto prazo que Ricardo obteve desvaneceram-se e transformaram-se em consequências de longo prazo bem piores do que aquelas que ele, porventura, teria enfrentado caso apenas tivesse sido honesto desde o início.
Além de demonstrar de forma simples as consequências naturais das manipulações arbitrárias dos juros, a ciência económica também nos ajuda a gerir melhor a nossa vida romântica. Vejo directamente vários relacionamentos baseados não em amor genuíno, mas apenas em puro comodismo — pessoas que ficam juntas não por causa daquilo que sentem uma pela outra, mas porque não gostam da sensação de ficarem sozinhas. Novamente, trata-se de um comportamento que traz ganhos de curto prazo em troca de tristes consequências de longo prazo. Isso é também uma questão económica.
O tempo é algo finito. Portanto, cada dia gasto numa relação de comodismo é um dia perdido que poderia ter sido aproveitado numa relação de amor genuíno — há custos de oportunidade envolvidos nessa questão. Na série “The Office”, por exemplo, Pam gasta as duas primeiras temporadas junto do seu noivo de longa data, Roy, com quem ela é totalmente incompatível, ao invés de aceitar as investidas do seu melhor amigo, Jim. A recusa de Pam em arriscar o conforto do seu relacionamento desapaixonado com Roy não altera o facto de que os dois não foram feitos um para o outro. Apenas estar disposto a tolerar um relacionamento não é o mesmo que amar. No final, Pam acaba com Roy e casa-se com Jim. Embora Pam e Jim possam passar o resto das suas fictícias vidas felizes para sempre, nada altera o fato de que ambos perderam quatro anos de vida feliz até finalmente se entenderem.
Cada acção que fazemos, cada medida que tomamos, representa uma decisão económica. A velha frase "tempo é dinheiro" adquire um novo significado quando começamos a aplicar a ciência económica a todos os aspectos da nossa vida. E somente uma perspectiva austríaca da economia é consistente com essas aplicações não convencionais. E foi essa percepção que me transformou num fervoroso “austríaco”.
Um feliz dia dos namorados para todos, mesmo para quem está solteiro. Utilizem a data eficientemente.
Um artigo de Tho Bishop, consultor político da Bishop & Associates e colaborador do Ludwig von Mises Institute.
(o texto original pode ser encontrado em mises.org)
_________________ “De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência”
28 Mar 2015
savalas
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Re: Lições sobre Economia
Bom artigo liding. Mas nada bate o extase das elasticidades cruzadas da procura. Eh como ter dois penis e meter um no pito e outro no cu.
_________________ Who loves ya, baby ?
28 Mar 2015
Liding
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Re: Lições sobre Economia
_________________ “De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência”
29 Mar 2015
mnvb
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Re: Lições sobre Economia
Eu convidaria Friedman a ver o resultado das suas teorias, por meio deste documentário de John Pilger.
https://www.youtube.com/watch?v=oeHzc1h8k7o
_________________ Tremi no escuro da selva, alambique de suores. Deitei na areia e na relva mulheres de todas as cores.
29 Mar 2015
baculumX
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Re: Lições sobre Economia
CarlaFelicio Escreveu:
Ui tanta matéria para ler
Vou fazer um resumo (cábula) O , comenta K. Marx, é “a prostituta universal, o proxeneta universal de homens e povos”
31 Mar 2015
baculumX
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- Voyeur
Re: Lições sobre Economia
Procurei por aqui e encontrei o seguinte: "American Capitalism: A History" "O Poder da Macroeconomia: Princípios da Economia no Mundo Real" "A Geração de Riqueza das Nações"
07 Abr 2015
baculumX
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Re: Lições sobre Economia
Noam Chomsky (2014) 'How to Ruin an Economy; Some Simple Ways'
Bruno Latour - The Affects of Capitalism
Jim Sinclair: Russia Can Collapse US Economy, Gold Update, Silver is Gold on Steroids & More
09 Abr 2015
baculumX
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