Em muitas situações (sendo esta uma delas), um exemplo consegue transmitir um conceito ou uma idéia com mais clareza. E é isso que vou apresentar aqui, apenas como adenda ao debate decorrente.
Caso 1:Fui casado 5 anos com uma mulher que era o meu amor de adolescência. Certinha, atinadinha e
muito virgem.
Era das pessoas mais higiénicas que conhecia (diria quase obsessiva!), pelo que sempre vivi de acordo com os mesmos padrões de higiene.
Foi a primeira mulher com quem fiz sexo desprotegido.
Naquela altura, os "altos" valores morais que a minha família me havia embutido vigoravam, pelo que ela era a única mulher da minha vida e não queria mais nenhuma. E assim pensei eu que para ela seria o mesmo.
A dada altura, comecei a apanhar infecções de fungos (candidites e afins
) em base regular, e não interessava a quantidade de antibióticos que eu atirasse cá para dentro, aquela trampa voltava sempre!
Como ela quase nunca tinha sintomas, era de concluír que ela apanhava aquilo de mim, e que eu de alguma maneira, estava a produzir fungos em quantidades industriais.
Até chegou ao ponto de ela apanhar herpes labial (coisa que nunca tive uma única ocorrência sequer, na minha vida)e claro que, para ela, a culpa era minha, e nunca dela, a obsessiva da higiéne.
Isso, claro, abalou o casamento ao ponto do divórcio. Como ela fazia idéia de que eu estivesse a esfregar o realejo em toda a mulher que eu visse, a decisão foi fácil para ela. E eu, pensando que de alguma maneira era o culpado, acedi à decisão e pús-me ao fresco, coisa que não foi fácil de encaixar.
Conclusão: Duas semanas depois do divórcio e depois de ela ter ficado com tudo o que eu tinha, vim a saber que ela estava a apanhar aquela treta toda do gajo que a andava a comer há ano e meio, enquanto eramos casados.
Lição aprendida. Caso 2:Após o divórcio, decidi expandir os meus desejos pelo sexo feminino, com a ajuda das várias talentosas e mui agradecidas profissionais que temos no nosso país. Foi uma tarefa árdua mas proveitosa, que me levou de Norte a Sul da nossa Mátria!
Num apartamento que existia na zona do Saldanha, conheci uma "madame" mui formosa e
tenaz, durante a apresentação do cardápio do dia. Qualquer uma das musas apresentadas ficava ofuscada pela beleza e postura da sua "madame". Por isso, a opção foi fácil. (às vezes, há destas coisas...)
Após ter ido lá umas vezes sempre com a "madame", as coisas rolaram ao ponto de ela querer começar encontrar-se comigo lá fora, como duas pessoas que nada tivessem a ver com o que ali se estava a passar. Como ela estava a arriscar, decidi fazer o mesmo. Dé-mos o benifício da dúvida, e não tardou muito para que estivéssemos num relacionamento mais a sério.
Eu sabia o que ela fazia para viver, e eu aceitei isso, pois ela também o fazia por prazer e isso nunca lhe quis negar.
Como ambos haviamos saído de casamentos fracassados, decidimos não nos restringirmos unicamente à nossa parcería sexual, pelo que ambos poderíamos ter vários parceiros sexuais quando quisessemos, mantendo assim o relacionamento aberto, sem ciúmes nem outras situações provenientes da monogamia.
Conclusão: Ambos fizémos os testes da ordem, tudo negativo e isso foi o que bastou para que as "protecções" fossem caíndo aos poucos...
Foi a segunda mulher com quem fiz sexo desprotegido na minha vida.
E mesmo sendo uma mulher com vários parceiros sexuais por dia (pois aparentemente, muitos gostavam também de requisitar a "madame"), nunca apanhei nada (nem uma constipação) vindo dela, assim como ela nunca apanhou nada vindo de mim.
Isso durou até ao dia em que terminámos a relação, pois tive de ir para o Estrangeiro em trabalho por 2 anos, e ela não podia sair de Portugal por questões familiares. Sex lá víe...
Moral da história: como já foi referido aqui por vários confrades, às vezes, o maior perigo vem de onde menos se espera. Muitas vezes, aposta-se na mulher errada. Muitas vezes, joga-se roleta russa.
Cada qual sabe o que faz e cada qual sabe até onde pode ir. Eu respeito a decisão de cada um dos meus confrades e ofereço estas duas pequenas histórias para vossa apreciação, na esperança de que sejam úteis a ajudar os indecisos a chegar a uma decisão, assim como a dar novos pontos de vista aos decididos.
E nestas coisas, já se sabe: as opiniões são como os cús; toda a gente tem um e quem o quer dar, dá.
E assim o fiz. (dar a opinião, não o cú, claro!)
Bem hajam e bons embates.