Sarah Sweet Escreveu:
Mas o discurso de que Liberdade é andar a saltar de parceiro em parceiro...não considero certo...
Liberdade também é a opção de ser recatada... sem ser gozada por isso...
Talvez o meu discurso tenha dado ideia de uma liberdade como essa visionaste, mas não é isso que tentei explicar.
Há uns anos conheci um senhor que podia ser meu avô. Contou me que em tempos o casamento passou uma fase complicada e que na mesma altura conheceu alguém por quem se apaixonou, durante alguns anos viveu a sua vida dupla com ambas as mulheres. Até que um dia uma o começou a pressionar para escolher e a outra descobriu que partilhava o marido. Certo é que ele me dizia que amava ambas por motivos diferentes, mas que juntas eram a mulher da vida dele, que era incapaz de escolher pois amava as duas da mesma forma. O problema é que nenhuma queria ter um amor partilhado...
Acabou por se afastar da que tinha conhecido mais tarde para não causar sofrimentos maiores a nenhuma das duas e pelo motivo óbvio de ser casado com uma delas daí a escolha forçada.
Já tinham passado vários anos desde então e ele continuava a falar com emoção sobre ambas e a afirmar continuar a amar as duas.
Talvez se tivesse havido compreensão e entendimento entre todos, podiam os 3 ser mais felizes. É o que penso, e o amor é também entender quem amamos.
Eu já fiz tudo para juntar duas pessoas que percebi gostarem-se e eu estava apaixonada por ele, mas queria vê-lo feliz, e consegui que eles casassem. Fiquei feliz pela felicidade dos dois, porque gostava dela também como amiga.
O amor é um sentimento, a paixão é outra... Nada é muito linear ou igual, e por vezes somos apanhados de surpresa até por coisas que não acreditávamos ser possíveis.