Apesar de não ter sido por falta de sexo que o meu casamento chegou ao fim, identifico-me com essa frase, mas acrescento: no tempo que me resta vou ser um p#tanheiro do melhor...



Infelizmente em muitos aspetos o século XXI não só não tem trazido uma grande evolução como até dá muitos sinais de regressão...mas será sempre terapêutico para todos os que metemos o pé na argola uma vez na vida, e ainda temos as cicatrizes, vir aqui desabafar que errámos, sim, e agora, como contrição, vamos chafurdar com pagamento à vista (que sempre sai mais barato) tudo o que ainda temos direito, como bons cavalheiros de todas as épocas...

Referia-me, essencialmente, às perguntas do post inicial:

"Casamento? É para a vida ou está destinado ao fracasso?

Para que serve? Principalmente para fazer família?

Faz bem ao homem? À mulher?

Foi inventado para a mulher?

(...) Quero muito ter filhos porque acho que isso me completaria como homem".

Há muito que não lia uma listinha de perguntas assim tão... "antigas"

Eu gostei da ideia deste tópico.

Já estou a ficar um bocado "antigo" (el tiempo pasa... ), mas considero estas questões ainda atuais - talvez já não tanto para mim, pessoalmente-, e acredito que sempre serão colocadas por milhões de indivíduos das novas gerações...

"exponham os vossos pensamentos mais filosóficos" :

Casamento? É para a vida ou está destinado ao fracasso?

Estatisticamente, pelo menos metade dos casamentos vão dar em divórcio...mas não é por um casamento ter chegado ao fim que tem de ser considerado um fracasso...se servir para o desenvolvimento pessoal de cada um, e não deixar traumas, terá sido uma experiência e vivência com princípio, meio e fim, com muito mais aspetos e momentos bons do que maus, que valerá recordar e que terá trazido aprendizagem.

("Don't cry because it came to an end, smile because it happened..." )

Se ambos tiverem a noção de que não somos feitos necessariamente para viver com a mesma pessoa toda a vida... se ambos tiverem dado uma boa parte do seu tempo por bem passado... se ambos tiverem tido sempre a noção de que os sentimentos mudam, as pessoas evoluem, novos desejos e novos planos surgem, e estiverem preparados para seguir em frente com a sua própria vida...

Muitos casamentos que se mantêm e prolongam no tempo, esses sim conduzem a uma sensação de fracasso de duas pessoas amarradas a uma relação, a um compromisso e a um contrato fracassados.

"Para que serve? Principalmente para fazer família?"

Diferentemente do século XIX, hoje em dia não é drama nenhum ter filhos fora de um casamento. Crianças que cresçam com pai e mãe que sempre viveram separados não têm trauma por causa da separação, nem estigma social devido a essa situação.
Por outro lado, filhos de um casal que atravesse constantes ou frequentes conflitos e incompatibilidades vão carregar um trauma e sentir a sua personalidade marcada para sempre por isso. Sei do que falo.

"Faz bem ao homem? À mulher? Foi inventado para a mulher?"

Sobre as origens e a génese da instituição do casamento e a sua história, e o seu papel em sociedades patriarcais, religiosas e vários etcs, já se escreveram e ainda se escreverão muitos estudos, livros e tratados. Sem querer ser redutor nem simplista, deixo uma recomendação ao alcance intelectual de todos nós, Anatomia do desejo, de Simon Andreae, um comunicador de massas.
https://livros.c-grnd.com/product/anatomia-do-desejo/

nos bons velhos tempos acreditava no casamento

Eu sou dos tempos em que a história da Carochinha e do João Ratão já não acabava com ele caído no caldeirão, porque usava uma panela Silampos. Nessa época o aço inoxidável passou a ser condição indispensável para muitos casamentos. Resistem à corrosão até hoje...(as panelas, não os casamentos... )
https://www.silampos.pt/pt/

"Hoje não imagino viver só com uma mulher. Mas... Quero muito ter filhos porque acho que isso me completaria como homem."


Agora lembrei-me de um depoimento de uma mulher, num livro de frases sobre relações e divórcios: É bem verdade que cada vez que conheço um homem que acho interessante me ponho a pensar: 'Será este o homem que quero que leve os meus filhos a passear ao fim de semana?'

Hoje em dia as mulheres com juízo não procuram um homem que lhes proponha uma relação para toda a vida (brrr... ). Querem honestidade e estabilidade emocional e financeira.

E se ele lhe disser que é um putanheiro inveterado mas não estoura o orçamento todo nisso, algumas ficam a pensar "este até que é um homem interessante..."


Termino com a recomendação de um filme sobre o assunto: "Husbands and Wifes", de Woody Allen. Com ele e a futura ex-mulher, Mia Farrow.

Na atualidade, o casamento acho que serve apenas o proposito da mulher.

Serve para lhe dar estabilidade, emocional e financeira, isto se se casar com um homem que lhe proporcione isso. Porque senão, já sabemos que vai acabar com uma mulher amuada...

Da minha experiencia e do que vejo em minha volta, o que acontece é que elas criam muitas expectativas sobre o casamento. E muitos de nós homens também nao sabemos depois partilhar a vida domestica e familiar com uma mulher. Muito por culpa das nossas mães! Pelo menos aquelas que fizeram tudo pelos seus meninos! Que depois esperam que as suas esposas sejam iguais às suas mães!
Noutros casos, infelizmente por muito bom parceiro que o homem seja em casa, tiveram o azar de casar com alguma gaja cheia de problemas mentais e emocionais que não o vai valorizar...


O casamento, originalmente acho que surgiu para criar uma estabilidade na sociedade. Porque não há muito tempo, como à 100 anos atrás em Portugal os homens não eram obrigados a assumir os filhos que faziam em mulheres fora do casamento. E há por aí muita gente filh@ de pai incógnito, que passou por muitas dificuldades para poder vingar na vida, isto os que sobreviveram à infância. Porque a mortalidade infantil nessa época era brutal. E os filhos desses pais, acabavam por ser mais um encargo para os avós, que tinham de suportar a filha e mais um neto. Se não existisse casamento, isto seria insuportável numa sociedade. Por causa dos conflitos que causaria, se hoje em dia as historias de romeu e julieta dão confusão, imaginem se andassem a fazer filhos a torto e a direito sem os assumir.

Curiosamente, há uns anos atrás vi um documentário na TV sobre isto e a única sociedade existente onde o casamento não existe entre eles. É numa região remota da china, onde as pessoas vivem em sociedades matriacais. O chefe de familia é a mãe/avó e tod@s os filh@s/net@s dela e que ficam com ela numa mesma casa e assim sucessivamente. Os homens, mesmo depois de adultos continuam a viver em casa da mãe, apenas saindo de casa em trabalho ou para arranjar uma namorada e fazer filhos, mas nunca os assumem pois ficam em casa da mãe que pode viver a Kms de distancia, em que os tios assumem o papel de pai.
https://vidasimples.co/colunista/10-caracteristicas-de-uma-das-ultimas-sociedades-matriarcais-do-mundo/

Vou no 2º casamento e nunca me arrependi tanto de alguma coisa na minha vida...

Porque é que continua?

E porque é que foi ao 2º, depois de já ter passado pelo 1º ?

"Fool me once, shame on you. Fool me twice, shame on me,"

https://www.youtube.com/shorts/VFWZt3qiiIQ

Deve ser uma questão de semanas.



Ilusões.
Como se costuma dizer: "O amor é cego mas o casamento devolve a visão!"

O casamento é um 'faz de conta' é como as restantes coisas da vida

Déjà vu!

A química morre.

Os homens são mais básicos do ponto de vista mental e psicológico. As mulhers... pff... são maravilhosas, mas muito complicadas. Um pequeno gatilho que nem nos passa pela cabeça pode fazer mudar completamente a sua mente!

Podemos tentar conversas, terapias,..., mas depois de perdida a química, não há nada a fazer! Ou há... conformar-se ou cada um seguir a sua vida.

O casamento é uma invenção do ser humano moderno que serve para "organizar" a vida em sociedade.
É literalmente um "contrato", ao qual deram uma roupagem ilusória de felicidade romantizada.
Na prática proibe ou impõe mais do que aquilo que oferece.

Mas se pensarmos bem, é um "mal necessário" para que a sociedade funcione melhor, ou funcione como a conhecemos nos dias de hoje. ´~E uma espécie de "arrumação" e compartimentalização.

Imaginemos o que seria se não houvesse "casamento" ou "adultério" ou "fidelidade". Já assim é o que é...
Imaginam uma sociedade onde todos os homens e mulheres fossem "100% livres" de foder, amar, viver, fazer filhos, 1, 2 , 3, 4... a torto e a direito com qualquer mulher, homem. Vou só elencar 1 "problema" - A assumpção de reponsabilidades paternais e regulação do poder paternal. Era o caos.

Por isso, eu considero que é um mal necessário para que tenhamos a vida que temos hoje.
Não é perfeito ? longe disso... mas ainda ninguém inventou melhor solução.

No fundo, casar só faz sentido para criar filhos. Nunca entendi quem casasse só para estar para sempre com a mesma pessoa. Parece me ingénuo demais. Mesmo para fazer filhos não é preciso casar e estar junto. Mas é aí que se conhece o calvário das guardas partilhadas, aleanacao parental, problemas que podem surgir nas crianças por terem pais separados
Casar, criar filhos e depois se houver Força ficar livre, só que não, a vida não é assim tão simples.

Há que ter em conta também os problemas que frequentemente surgem nas crianças por o pai e a mãe não estarem separados... (sei do que estou a falar...)

Juntos ou separados, cada vez mais toda a gente tem que ter consciência que há que dar espaço físico e mental uns aos outros. As relações que têm isso em conta têm mais condições de ser saudáveis pela vida fora, seja entre casais, ex-casais, e entre pais e filhos. Estar juntos só porque sim, tem de ser, é assim mesmo, faz desejar não estar juntos...

Desde que os momentos juntos sejam de carinho, atenção e comunicação a sério, para os filhos não é fundamental o pai e a mãe estarem juntos. Agora, quando presenciam uma discussão de casal que só está junto porque tem de estar, nunca mais esquecem. Essas coisas é que marcam e sufocam.

Todos os meus amigos estão casados/juntos com alguém (estamos na casa dos 35), sendo que os da terra creio que já todos estão no primeiro filho, enquanto que os de Lisboa nenhum tem

No final olhando para todos os casos dele, todos eles me parecem infelizes e miseráveis, sendo que os da terra pronto, já tendo criado familia e coise e tal, entendo que possa ser visto como um caminho sem volta, agora os de Lisboa, faz-me extrema confusão como abertamente preferem ser infelizes ao lado de alguém, ao invés de ainda ir aproveitar a vida.

Depois dizem que têm inveja de mim e só me dá para rir também fui junto 6 anos, acabou, não me andei a lamentar nem a lamuriar com isso e tomei a decisão de aproveitar a vida , comer gajas e viajar, se mais tarde aparecer alguém que me faça assentar novamente tudo bem, se não aparecer tudo bem também , o que não falta são coisas que se pode fazer solteiro para aproveitar a vida, mas não entendo quando a cabeça desta malta ficou tão oca

Ninguém casa para "aproveitar a vida".
Conheço casados felizes, casados infelizes, solteiros felizes e solteiros infelizes.
Alguns dos casados infelizes seriam mais felizes solteiros e outros seriam ainda mais infelizes solteiros.
Estou a falar no médio e longo prazo, e não no imediato.
O mesmo poderei dizer sobre alguns dos solteiros infelizes.
Ou mesmo dos casados felizes e dos solteiros felizes.
É tudo uma questão de escolhas.
Cada um trilha o seu caminho e não existem boas escolhas ou más escolhas: apenas escolhas.
O multiverso tem muito que se lhe diga: apenas escolham.
(Já agora: a conversa sobre ter filhos, é igual.)