Calma confrade, sem desesperos!

Antes de mais, é importante clarificar o "era GP".
"Era" no sentido de "foi mas já não é", ou "era e ainda é"?

Depois, estamos a falar de mulher, namorada estável, conquista
recente, ou o quê? É que há grandes diferenças entre a nossa legitima mulher,
com quem estamos casados há 5 ou 10 anos, e uma namorada zuca boazuda por quem
estamos todos caídinhos mas que só namoramos há um mês.

E como é que se soube tb é importante: uma coisa é, por exemplo, ser-se apanhado
a ir às GPs, e num gesto compreensivo, a nossa mulher acabar por nos perdoar confessando
que ela própria, em tempos idos, tinha-se prostituido.
Outra coisa é ir fazer um desbravamento e ser a legitima a abrir a porta!

E outra é o carro estar a ser pago a prestações!

Antes de mais nada não percas a razão.... neste momento já te passas-te umas 1000x ,deves ter cagado para ela, ou era o que eu fazia! Uma cena é o que fazemos (picamos o ponto de x em quando, outra é ser o ponto), realmente deve ser estranho... desejo-te boa sorte e acima de tudo life goes on

Podes sempre dar uma de compreensivo e atencioso, e dares a dica à boneca pra abrir uma Hot Line aqui no tasco! Fica sempre bem!

E para ser mais completo e sério dois números de telemóveis. O dela e o teu (Há que trabalhar não é?)

ai sim... 50/50

O confrade não deixou muita informação, acerca se a pessoa em causa era namorada ou mulher. Não querendo precipitar-me, custa-me muito a acreditar que seja mulher. Ou seja, tratando-se de uma namorada, em que cada um vive na sua casa, em diariamente, cada uma vai para o seu trabalho e à noite encontram-se, porque o namorado vai à noite a casa da rapariga buscá-la para tomar café, entra em casa dela, por vezes partilhada, ainda com alguma "cerimónia", ou seja, não chega propriamente a casa dela e começa a abrir as gavetas que encontra, para ver o que lá está, ou por outras palavras, há uma vida completamente separada, e o casal de namorados, tirando o fim-de-semana, à semana apenas convive uns minutos ou umas poucas horas, acho que é possível ocorrer essa situação.

Agora, casamento/união de facto, em que duas pessoas vivem na mesma casa, partilham as mesmas coisas, deitam-se e acordam juntos, conhecem as rotinas um do outro, já me é dificil acreditar. Talvez seja o caso do tal "mito urbano". Isto não invalida que exisstam segredos numa relação, concerteza que os há, basta ver aqui no fórum, muitos confrades são casados, e as respectivas mulheres desconhecem as idas às gp´s, tal como há muito casos de "affairs" extra-conjugais, ou outro tipo de segredos, já que a existência de segredos num casamento, não tem que se limitar como é óbvio, há questão de relações amorosas com terceiros. Há toda um panóplia de segredos, que por vezes, preferimos que a mulher nunca saiba.

Agora, acho eu, que há limites para a dimensão do segredo. Um segredo destes tão grande, custa-me a acreditar que possa sobreviver a médio/longo prazo. Quanto muito, posso acreditar, que o marido possa descobrir a curto prazo. Agora, imaginar um casal, sei lá, que está junto há 7/8 anos e em que a mulher é GP, e o marido não sabe de nada, é um cenário de dificil imaginação para mim.

Amigo Camandro, aconteceu-me a mim também acredite que sei o que está a passar, é de onde? Poderiamos falar da situação em comum.

Pois...
Há não muito tempo uma GP, que trabalha numa casa, disse-me categoricamente ter uma família e que as coisas estavam difíceis. Não perguntei nada de especial mas arrisquei a pergunta se o seu companheiro (como ela lhe chamou e que vivem juntos mais um filho dela e um filho dele) sabia da sua actividade. "Deus me livre não sabe de nada, não". Foi a resposta recebida. E falo da última porque esta situação não me é nova. Elas fazem pela vida e quando a casa não chega o necessário elas são capazes de tudo para manter a "normalidade". Não me espanta o murro no estômago que sentiu quem abriu o tópico. Tais situações dão por vezes origem a casos muito dramáticos e só espero que a situação aqui retratada não dê algo do género (É melhor levar isto com uma certa boa-disposição).
Outro assunto, que é de nós (elas também, mas esquecemos) termos affaires e actividades extra-conjugais desconhecidas da parceira porque somos hábeis em as esconder e preferimos que elas não saibam, é muitas vezes uma ilusão. Não somos nós que preferimos que elas não saibam. São elas que preferem que nós não saibamos que elas sabem (Isto faz-me lembrar algo político!). E nem queiram saber quantos casais não "sabem nada" ao fim não de 7/8 anos de casados mas sim de toda uma vida e em que velhinhas dizem... "Eu sabia mas os filhos e tudo o resto, família dele e a minha, e ele nunca me faltou com nada lá em casa... isto estragar a vida a todos?"...

E há aquelas situações em que toda a família sabe - até o cão e o gato sabem - e o casal e os filhos mantêm uma aparente harmonia e normalidade. Por vezes, de repente, estoura tudo, mas, em muitos casos há anos e anos, vidas até, com situações estranhas.

É preciso ver que temos uma longa história de sociedade fechada, estratificada, em que os poderosos sempre foram muito poderosos - há histórias horríveis, como a de um empresário que coagia as empregadas a ter relações com ele para "ficarem mansas e trabalhadoras". E a igreja sempre ajudou a esse estado de coisas.

Começamos agora a ter um aumento exponencial do número de divórcios e muita gente que já nem casa - sinal de que a sociedade começa a libertar-se desse estado de coisas e a instituição casamento está muito desprestigiada.

Há situações estranhas, como a de uma gp, que em tempos teve anúncio na net e foi reconhecida pelos filhos, por causa de uma tatuagem - é caso para dizer que se arriscou bastante - e agora não tem anúncio e atende num horário muito mais reduzido. Para além disso, não faz programas à noite. Mas claro que os filhos têm que saber que a actividade dela continua a ser a mesma. Para quê reduzir o horário? Que efeito tem isso na harmonia da família?

Uma mulher que entre nesta vida, num espaço temporal muito reduzido e previamente definido, acredito que consiga esconder isso da familia, e nomeadamente do marido. Se actividade se prolonga no tempo, ela vai acabar por ser descoberta.
Cada caso é um caso, no entnato há uma dinâmica muito própria de um casal. No que se refere há profissão, é normal, que cada um dos conjuges saiba da profissão um do outro, ainda que não saiba pormenores específicos da mesma. Desde logo em casa, é normal, cada um dos conjuges ter um espaço próprio, onde coloque as coisas do trabalho e por vezes traga trabalho para casa. Também é normal, o marido ir almoçar com a mulher ou vice-versa, e nesse momento o conjuge aproveitar para mostrar ao outro o local de trabalho e apresentar os seus colegas de trabalho. Depois daqui, acaba-se por estabelecer relações sociais, a festa de anos do chefe do marido, o baptizado da filha da colega da mulher, etc., etc. Se há espaço para segredos ? Concerteza que há. O homem, depois da sua hora do almoço até pode ser cliente assíduo de Gp´s ou ir para o motel dar umas quecas com a secretária, tudo isto sem o conhecimento da mulher.

Depois há a "economia financeira comum", que aqui, varia de caso para caso, mas sendo um casal, cada um dos conjuges tem uma noção de quanto aufere o outro, há os recibos de vencimento que estão guardados em casa, há declaração de IRS que é entregue em conjunto, há uma declarção de rendimentos de ambos se for preciso contrair um empréstimo. Há toda uma série de planeamento de compra de bens, ou planeamento de férias, que é feita em conjunto, tendo sempre como base o salário auferido por cada um dos conjuges. Mais uma vez, dentro desta "economia financeira comum" há espaço para segredos. O marido que pensa em divorcira-se a curto prazo, para não ficar prejudicado nas partilhas, tem uma conta bancária secreta, ou adquire bens que ficam em nome de um testa de ferro.

Agora, a longo prazo, a mulher ser GP e o marido não desconfiar, é como atrás disse surreal, desde logo, pelas razões que apresentei. Como vai ela explicar de onde vem o rendimento, e porque é que ele varia mensalmente ? Como vai justificar a ausência de recibos e descontos para a segurança social ? Quando o marido quiser ir almoçar com ela e ir buscá-la ao emprego, terá sempre de arranjar desculpas para ele não ir, o que começa a ser estranho, como também será estranho, que o marido não conheça nenhum colega de profissão. Há uma infinidade de situações, que tornam impossível a longo prazo o marido não descobrir.

Quem é ou foi casado, sabe que, segredos existem de parte a parte, e que muitos conseguem ser preservados com sucesso, agora, agora um segredo destas dimensões e a longo prazo, qualquer confrade tem a noção que se infelizmente, se ocorrece consigo, mais tarde ou mais cedo, iria descobrir.

E se disser só fazer uns biscates, tipo empregada doméstica em casa de senhores ricos e importantes que nem pode dizer quem são, ou tomar conta de velhinhos, tudo não declarado para não pagar impostos? É só mesmo para ajudar que a vida está difícil. E entra com ele certinho no orçamento familiar. O remanescente, prevendo uma situação de ruptura, uma continha especial ou um testa de ferro.
Nada pior que pensarmos ser mais espertos que elas!

Depende. Quando fui casado seria impossível manter uma fachada. A pessoa sabe aonde trabalha o conjuge, aquilo que faz, quem são os colegas, etc, aquilo que está a fazer, se está com motivação, etc.

Agora imaginemos um casal em que o marido está fora (em Angola, na Madeira, na Galiza) e só está em casa ao fim-de-semana, uma vez por mês ou de três em três meses. Imaginemos que a mulher é esteticista e faz uns atendimentos, porque o negócio não está bem. É fácil manter a situação durante algum tempo, mas não muito.

Imaginemos uma senhora que faz limpezas e faz uns atendimentos. Pode esconder a coisa durante uns tempos.

Mas não é por aí. As pessoas acreditam naquilo que querem acreditar. A mulher traz dinheiro. Compra-se o televisor Full HD, vai-se jantar fora, come-se melhor em casa, vai-se para férias. Don´t ask, don´t tell. É espantosa a capacidade de adaptação das pessoas - e para melhor muda-se sempre.

Tenho uma prima, pessoa correcta, de vida direita e equilibrada, com um filho inútil de trinta e tal anos. O filho começou a chegar a casa com dinheiro, muito dinheiro. O filho dizia que fazia projectos, ela acreditava. O filho ficava na cama até às 6 da tarde, saía e voltava de manhã e não tinha escritório nem material. Tudo rolou durante uns 3 anos, até que a bófia o veio buscar. Agora tem cama, mesa e roupa lavada durante uns tempos. Depois volta "a fazer projectos".

Concordo com o que disse, no entanto, o saber e aceitar,o "don´t ask, don´t tell" é diferente do viver na mais pura ignorância.

Eu na minha vida profissional, tenho experiência em lidar com as situações do "saber e aceitar" em condutas muito pouco meritórias e até criminosas. Desde logo, lembra-me as situações de tráfico de droga, em que um dia o marido é preso, e a mulher, depois tenta-me "vender a ideia" de que não sabia de nada, que é tudo uma grande surpresa, que pensava que o marido tinha outra profissão. Claro que ela sabia como todas as que passam por essa situação, e não falo aqui das co-autoras, falo daquelas que não têm qualquer envolvimento no crime, mas como é óbvio, sabem bem o que o marido faz e conformam-se com isso, pois todos os meses e enquanto a brincadeira dura, entram milhares de euros por mês em casa, que são gastos, quase sempre na compra de bens de luxo.

Quanto a situações de Gp´s, da minha experiência profissional lembro-me de uma situação "sui generis". Um casal de estrangeiros, em passagem meramente esporádica por Portugal, com o intuito de cometer um crime, foi apanhado em flagrante delito. Ficaram ambos em prisão preventiva. Dois meses passados, mediante recurso, foi revogada a prisão preventiva da mulher. Ficou em liberdade, no entanto, não podia regressar ao seu país de origem porque não tinha dinheiro, nem tinha ninguém lá que a ajudasse, o crime que vinham cometer a Portugal, era o que lhes ia dar dinheiro. Como foram apanhados, ficaram sem nada. A mulher ficou por cá, tornou-se GP numa casa e começou a ganhar bom dinheiro. Visitava o marido na cadeia semanalmente, e e levava-lhe dinheiro, roupa nova, DVD´s, jogos de Playstation, etc. Quanto ao conhecimento ou não do marido, numa fase inicial pensei que fosse o tal "Don´t ask, don´t tell", estava preso, não tinha fonte de rendimentos, pelo que, ao começar a ter uma série de comodidades que antes não tinha, provavelmente e porque também tinha um processo onde gastar o tempo a pensar, pensei eu, na altura, que provavelemente nem iria perguntar de onde é que vinha o dinheiro. Passado uns tempos vim a saber, que ele sabia que a mulher, mãe de um sua filha, se tinha tornado GP, e tinha aceite, lá está, dadas as circunstâncias era uma situação de força maior, e o que interessava é que o dinheiro continuava a entrar. Um dia disse-me que a mulher trabalhava num "café", eu ok, fiz o meu papel, e fingi que me acreditei.

Atão.... mas.... e os contactos?!?!? Aonde é que eles andem?!?!?