Ja estou de volta... youpppyyyyy

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Não podia concordar mais com esta afirmação do confrade. É exactamente assim que penso e que ajo sempre que estou com uma GP.

Concordo também com a Margarida, podemos criar uma relação com uma GP que nos cativa de uma forma ou outra, no entanto o sentimento dificilmente passa daí....podemos chamar a esta situação que passamos a ser um "cliente especial", diferente daqueles que apenas entram nos quartos delas para descarregar sem quererem saber quem está do outro lado.

Sinceramente acho que podemos ter sentimentos e um apreço especial por GP's mas apenas de empatia e satisfação...para haver um sentimento verdadeiro (AMOR) teriamos de saber o que se passa no intimo da sua vida, algo que maior parte de nós nunca chega a saber 1%...afinal de contas maior parte das vezes nem o verdadeiro nome sabemos

Concordo contigo, mas a questão ainda é outra!
Porque raio tem sempre de se meter em questão o numero de homens que passam pela vida de uma mulher se não se mete em questão as mulheres que passam pela vida de um homem?
Oh João Ratão tu se és santinho que andas a fazer por estes mundos? Devias permanecer casto para a princesa virgem que haverá no mundo para ti! Temos de ver as coisas em modo igualdade não querendo ofender, é apenas uma piada.

Temos o valor que nos damos, João Ratão, já tinha dito isto algures mas repito, um produto de marca conhecida é sempre mais caro que um de marca branca, mesmo quando a qualidade do mais barato possa ser melhor que a outra, no entanto há pessoas que compram os produtos mais caros!
Cada coisa tem o valor que se lhe dá. E há consumo para tudo!
Quanto a "elas" fazerem de tudo para sacar dinheiro, se é o nosso trabalho compete nos agradar ao cliente, se formos parvas e vos mal tratar-mos dizem que somos máquinas e só pensamos no dinheiro, se somos mais carinhosas dizem que só pensamos no dinheiro, afinal o problema não é nosso, mas no pensamento que se faz em que estamos a trabalhar mas é de graça!
Claro que pensamos no dinheiro, é o nosso trabalho! Mas também somos humanas e há pessoas por quem sentimos maior empatia, maior apreço e maior carinho! Sem sequer pensar no dinheiro.

Se são coitados os maridos e namorados das profissionais, coitas das mulheres casada e namoradas dos homens que procuram as profissionais! Por acaso esqueceste-te que para haverem tantas mulhere com muitos homens, têm de haver muitos homens a ter muitas mulheres! E mais, pelas estatisticas há mais mulheres que homens, o que quer dizer que eles poderão passar por mais mulheres diferentes do que elas por homens.

Acho que devemos estár em pé de igualdade, dar o melhor de nós para também poder receber ,o resto fica-se a dever a empatia que é criada ou mesmo trabalhada
Somos humanos tudo é possivel

Sentimentos e empatia... acredito que valha a pena tê-los, pelas pessoas que os merecem.

Se uma gp tem um cliente assíduo, que a trata com o respeito e decência que ela merece (ou faz por merecer), então porque não? Se um cliente tem uma gp com que vai assiduamente e ela o tratou sempre com o respeito e decência que ele merece (ou faz por merecer), então porque não?

Ninguém é uma máquina (se bem que na minha vida, já apanhei umas quantas gp's que tinham mais de Terminator do que de Sarah Connah...) e é normal criarem-se empatias e pseudo-relacionamentos entre pessoas que, de alguma maneira, partilham momentos íntimos (pelo menos, fisicamente). Especialmente, se a experiência for sempre boa.

Agora, o que já vi a acontecer muito frequentemente é haver muito boa gente que ainda confunde amor com sexo, ou pessoas que pensam que os dois são indissociáveis e andam sempre lado-a-lado.
Aí, as coisas podem complicar...

Lê-se muita coisa sobre o facto de as prostitutas serem iguais a qualquer outra mulher, mas o facto é que a sociedade não as considera como tal.

Ora, escrever é o mesmo que nada fazerem para mudar mentalidades, e se realmente querem ser consideradas iguais têm de ter a coragem de dar os primeiros passos para caminhar nesse sentido. Na minha perspectiva os primeiros passos a tomar são a legalização da prostituição e o assumir da mesma perante tudo e perante todos.
Eu nem imagino o que será uma prostituta assumir-se como tal perante a sociedade, amigos e familiares, mas o facto é que nada se consegue sem sacrifícios e enquanto não o fizerem também vocês se estão a reger por aquilo que é considerado pela sociedade.

E temos como exemplo os progressos que têm vindo a suceder-se no caso dos homossexuais, cuja preferência foi considerada doença. Mas para tal suceder tiveram primeiro que se assumir como tal, o que lhes deu a possibilidade de lutar pelos sua igualdade.

Fica a questão, há aqui alguma que esteja disposta a sofrer pela igualdade?

No guts, no glory.

Este tema de sentimentos por Cortesãs e vice-versa já foi muito debatido. Acho uma asneira enorme um Petiz pensar em tal coisa em relação a uma mulher que vai com ele para a cama por dinheiro. Não me acredito que alguma Cortesã sinta o que quer que seja a não ser o cheiro dos euros por um cliente. E já ando nisto há muitos anos.

Pois então Marc, a minha familia, pais, irmãos, foram os primeiros a saber o que faço! Primeiro contei aos meus irmão e depois aos meus pais e até o meu pai que eu tive mais receio que lhe daria uma crise de nervos, reagiu muito bem.

Quanto ao resto da familia, uns sabem outros desconfiam, mas eu não tenho de andar com um cartaz ao peito a dizer, sou acomapnhante, ou prostituta!

Os meus amigos, todos sabem o que faço, e ao contrario do que era de esperar, das pessoas se afastarem por isso, foi o contrário, desde que faço este trabalho tenho arranjado bons amigos.

Mas apesar de eu ser uma das poucas, porque existem mais, a enfrentar este trabalho como aquilo que é, um trabalho, eu sinto na pele que sicialmente dizer em alguns casos, o meu trabalho é isto, pode e muito dar-me graves problemas!
Até a assistente social sabe que faço massagens, e pode desconfiar do resto, tanto me faz, a questão é que se digo, também faço sexo pago, já seria um grande problema.
Portanto começa logo pelo sistema o termos de esconder o que fazemos. Depois há os maridos, muitas, quase todas as prostitutas são casadas, e os maridos não sabem, e é esse um dos grandes motivos que as fazem mentir e ocultar.
Por isso é dificil começar a assumir em massa, uma vez que os motivos são dificeis de derrubar.

O sistema persegue-nos de alguma forma.
A sociedade não nos aceita com essa visão, e os homens continuam preocupados se as mulheres têm ou não muitos parceiros sexuais!
Porque se não fosse o caso, elas não teriam problemas em se revelar a qualquer homem, mas se uma prostituta quer um compromisso com algum, sabe que na grande parte das vezes, esse factor destroi todas as possibilidades...

Sendo que...

... num passado, não muito distante, as mulheres nem podiam votar.
... o exemplo dos homossexuais.
... das mulheres que, ainda hoje em dia, lutam para não serem tratadas como animais de estimação. Com a agravante de viverem em regimes governamentais terríveis.

O fator comum nestas situações foi que as partes se sacrificaram para lutar por aquilo que consideram ser um direito básico.

Eu, como sou meio abrutalhado, considero que quando os próprios interessados não estão dispostos a lutar por algo tão básico nem deviam andar a choramingar sobre o assunto, que é tudo o que fazem.

Se vocês próprias não estão dispostas a lutar, que esperam? Que alguém lute por algo quando vocês próprias não estão dispostas a fazê-lo?
Que caia do céu? Nada nesta vida se consegue sem sacrifícios.

E repito, nem imagino o quão terrível deve ser uma prostituta assumir-se como tal perante tudo e todos.

Como te disse, não tenho de andar com um placar ao pescoço a dizer, sou prostituta, mas assumir-me desde o inicio que o faço perante tudo e todos, sempre que é necessário!
Tu de certeza não tens uma placa ao pescoço a dizer, "Sou isto" "trabalho naquilo" mas se te for preciso teres de o dizer, tu dizes e pronto, e é o que se passa comigo, foi o que se passou com a Andreia Leal, que aconteceu com a jornalista acompanhante Amanda
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2014/09/18/jornalista-surpreende-a-australia-ao-revelar-que-leva-vida-dupla-como-prostituta-de-luxo.htm
e todas estashttp://historiasdoquintaldolado.blogspot.pt/2012/02/prostitutas-protestam-seminuas-contra.html

Como vês nós já começamos os sacrificios! As mentalidades é que ainda continuam muito paradas!

Eu farto me de falar, e tanto o faço como Carla, como o faço com o meu verdadeiro nome, porque não tenho vergonha do que faço!
Não sou criminosa, não sou anormal!
Sou uma pessoa que luta pelos seus direitos, pela vida.

Só mais uma coisa, quantas são as prostitutas que estão a beira da estrada???

Será que não estão a assumir perante tudo e todos aquilo que fazem? Queres ainda mais exemplos? Queres ainda mais lutas?
Choramingar também faz parte! Porque mesmo as prostitutas estando a mostra de todos e de tudo, continuam a ser discriminadas!!!
Tu é que ainda nem te apercebeste do quão é dificil ser dicriminada quando este trabalho sempre foi assumido perante tudo e todos!!! Mais que isto não te consigo mostrar para te provar que as prostitutas se assumem, e que sofrem por isso, desde o tempo de Cristo... 2000 mil e tal anos ainda não foram suficientes para mudar mentalidades.

Essa do cartaz não passa de um argumento sem qualquer sentido. Alguém falou em andarem a anunciar o que fazem? Como querem lutar sem assumirem o que são?

Pois, fiquem à espera que outras, neste caso as brasileiras, se sacrifiquem e lutem por vocês.

Da parte que me toca, não tenho qualquer admiração por quem espera sentado na esperança que outros lutem por eles. Muito menos tenho admiração por quem anda a choramingar como se isso fosse mudar algo.

Não lutar é aceitar o que a sociedade dita e achar, também, que não têm o mesmo direito que as restantes mulheres.

Aí agora atacar na beira da estrada é lutar por direitos iguais? Ridículo!
Minha cara, palavras leva-as o vento, lutar é agir.

E prontes, a minha opinião está dada.

Over and out.

Ainda não entendi qual é a parte que me falta para me assumir! Que faça um curriculo e envie para a A.R. a procura de trabalho como massagista/prostituta por lá?

Mas pronto, eu não choramingo, luto para que mudem as mentalidades e sim há discriminação!
Estar aqui a dizer tudo isto é já de si uma forma de me assumir perante todos pelo que faço, assim como todas as outras colegas que aqui estão se assumem como o que são, fazemos anuncios com fotos dos nossos corpos, para dizermos o que fazemos. Expomo-nos a quem nos visita, somos encontradas por colegas de escola, vizinhos, parentes e tudo mais... não entendi ainda Marc, a sério que não entendi ainda o que falta para nos assumirmos ainda mais!
Qualquer outro emprego não exige metade da nossa exposição!
Provavlemente nenhum forista aqui tem de se expor a tanto para assumir a profissão que tem.

se existem profissionais que escondem o que fazem, muitas o assumem, e também há outros trabalhadores de outras profissões, que por vergonha do que fazem, mentem! Em tudo há de tudo!

Carla,

Creio que o Marc não estará a referir-se a ti, mas sim a todas as gp's que não mexem uma palha, e nem sequer defendem a legalização da actividade, que não são tão poucas quanto isso, pelo menos em Portugal.

Lá fora, em muitos países, elas organizaram-se e começaram a lutar pelos seus direitos, tendo em muitos países alcançado resultados muito positivos: reconhecimento da profissão como tal, direito de se associarem sob a forma de sindicato ou associação profissional, etc. É isso que não se vê cá.

Nem mais, é mesmo isso.