Ilustres Confradessas e Caros Confrades,

A questão que hoje me traz por cá a solicitar os vossos altos e doutos conhecimentos vem-me atormentando há uns tempos, pois vendo bem as coisas isso resulta de um treino que acabei por perder numa certa fase da minha vida e é a seguinte:
quando não conhecem uma determinada rapariga mas querem meter conversa com ela, como quebrar o gelo?

Eu passo a explicar...

Antes que me chamem de panisgas, não é falta de coragem. É mesmo não saber por onde começar, até porque é bem possível que não possa haver um padrão, mas isso também é o que quero apurar...

Estamos numa discoteca. Há aquela rapariga que nos tira do sério e de quem não conseguimos tirar os olhos.
Hipótese 1) Ela devolve o olhar. Com sorte, devolve até com alguma lascívia.
Hipótese 2) Ela ou não se apercebe do nosso olhar ou faz que não viu.

Tanto numa hipótese como noutra, como ir até ela e meter conversa?

Hipótese 3) Ela devolve o olhar, sorri e depois vem até ao bar onde estamos encostados e pede uma bebida, mesmo ao nosso lado...

Reconheço que o lugar "discoteca" pode não ser o mais propício, há barulho que impede muita conversa, há também aquela presunção de que as mulheres partem do "estás é bêbedo" ou então até aquela política do "ainda não te calaste?".

Para os cépticos do 'meter conversa' na discoteca, vamos então partir para as mesmas hipóteses (tirando a bebida, claro) no ginásio, onde há aquela miúda que olha de soslaio para nós, faz exercício muito pouco inocentemente sempre à nossa frente, etc...

Agradeço todos os vossos contributos, tanto os masculinos como os femininos. De facto, é uma questão que poucas vezes fui capaz de resolver com a inspiração do momento, porque receio sempre ser mal interpretado. Não é que seja coninhas e não queira falar com a miúda, não é que não tenha conversa para ela, mas não vou chegar lá e perguntar "então e quem é que achas que vai ganhar as legislativas?", ou então como disse um amigo meu "olha, hoje queres dormir sem cuecas", ao que ela respondeu muito bem "se estiver longe de ti, até pode ser que durma sem cuecas".....

Muito obrigado!

Caríssimo confrade, sabe que isto de como meter conversa com as mulheres é algo que tem muito que se lhe diga....
Pessoalmente penso que isso não é de todo o + importante para que uma abordagem seja bem sucedida, pois a reacção da mulher dependerá quase exclusivamente do seu interesse/desinteresse em si e não da forma como a aborda (excluindo tiradas do tipo:ÈS TÃÃO BOA,COMIA-TE TODA ,se vais dormir sem cuecas,etc... )..... ou seja....
Se a rapariga estiver interessada em principio até uma abordagem fraquinha terá expoencialmente + hipoteses de resultar... do que.....se estiver desinteressada (por mais genial, genuina, criativa que a abordagem for em principio terá um NÃO +/- simpático reservado como resposta).

Assim sendo a pergunta essencial será: quais as raparigas que estarão receptivas a serem abordadas?

Ora bem, essa temática ainda é + complicada devido ao facto das mesmas n terem um autocolante na testa dizendo : avaiable/non avaiable e de por norma não mostrarem (mto) declaradamente o seu interesse no sexo masculino pois correm o risco de serem catalogadas como fáceis/levianas/outras coisas mto + desagradaveis.--->coisas da nossa sociedade...

Contudo o melhor a fazer é mesmo ler a linguagem corporal da potencial preza..... como se faz?....olha-se para a criatura e:
-repare na sua postura... o que lhe parece... intro/extrovertida...(difici/facil)...(nem sempre eu sei mas já é 1 começo)
-repare bem se está acompanhada, se estiver num bar, discoteca(estabelecimento nocturno) com amigas tds divertidas na galhofa n vá lá tentar nada porque irá receber 1 não como resposta pois a mulher receia a desaprovação das amigas face a si e receia ser apelidada como facil, etc... pelo seu grupinho de amigas....not allways but almost allways....

NOTE BEM: a discoteca não é de todo o sitio indicado para meter conversa com nenhuma rapariga....pois elas já vão para lá com uma postura defensiva, do género: já sei k vou ser assediada porque sou toda boa. ....e kker cromo k venha falar cmg leva logo 1 NÃO
esta é a minha + sincera opinião

-está no ginásio/discoteca e parece-lhe que a criatura olha pra si....cuidado....pois os nossos olhos vêm aquilo que nós queremos ver...bem meu caro na discoteca ir até ela e começar a falar com ela é algo que eu acho altamente desaconselhavel pela razão do note bem acima

DEPOIS DE TER + QUE 90% DE CERTEZA QUE A VITIMA PODERÁ ESTAR RECEPTIVA:
no caso do ginasio/centro comercial/parque ,etc.... olhe confrade é assim o pior é mesmo o :"-olá posso te conhecer?" comece por algo totalmente impessoal e totalmente insuspeito do genero lhe desculpe, podia dizer-me quando é a aula de body-pump ou onde se localiza a loja tal ouuuu sabe onde fica isto ou akilo,etc.... nada de + 1 pergunta totalmente descomprometida, e a partir daí analiza a resposta da vítima,analiza a sua postura, linguagem corporal,etc...
Se a vítima se mostrar receptiva, olhe é bom sinal e talvez deva continuar de 1 forma calma e sem dar azo a momentos comprometedores....constrangedores....
Se não se mostrar receptiva,olhe cague para a cena pois não fez nd de mais, NUNCA insista e parta para outra

Abraços e boas fodas

Na minha experiência pessoal

Estar bem com nós próprios é o segredo. Aspecto físico e confiança é essencial e claro meter um cenário fixe - umas roupitas agradáveis.

Isso chega para chamar a atenção.
Depois vê o ambiente onde te encontras. No ginásio é um sítio óptimo para meter conversa. Porque não dar uma ajuda com um peso ou com um exercício por exemplo.

Confiança um OlÀ com convicção e um sorriso nos lábios é um bom começo.

É meter um sorriso simpático sem ser demasiado lascivo. Se ela retribuir até pode dar para iniciar a aproximação. Há algumas que gostam de um piropo inteligente mas tudo depende da mulher. Ser vulgar é que não pega. Com simpatia, bom gosto e sorte, claro, não se perde nada nem se faz figura de parvo.

Perguntas-lhe simplesmente se quer dar uma queca contigo!! vais ver que resulta
Desculpa estava a brincar

Procura ser o mais natural possivel, e antes de te meteres conversa com elas deves sentir empatia, caso contrário é sempre um risco.

Fica bem

Eu penso que há todo o tipo de situações, mas, normalmente, a rapariga avalia "o personagem" - a aparência, se está ou não cuidado, o estilo, a forma como está vestido e a forma como olha. Penso que ela dará tanto mais abertura, se está numa de abertura, quanto mais genuíno e coerente lhe parecer o personagem. É por isso que o que se diz não é o mais importante, desde que não se diga aquilo que se não deve dizer .

A partir de certa altura, sempre me saí bem (sair bem é ter uma boa taxa de sucesso, não é trazer todas para a cama) sempre que consegui ser eu mesmo, tranquilo e seguro e a conversa saiu com naturalidade. A conversa não deve é ser demasiado inocente, para não fechar portas: por vezes a menina pode estar com vontade de deixar a coisa avançar rapidamente, muito rapidamente, e ficar retraída ("credo, ele vai pensar que eu sou dessas").

Isto é a opinião de alguém que aprendeu alguma coisa, mas só depois de ter perdido muitas oportunidades.

Na minha modesta opinião , a situação ultrapassase + ou - bem se o confrade se sentir confiante , isto é , tem que estar completamente seguro de si e transmitir essa mesma segurança aqundo da abordagem , geralmente elas gostam de homens confiantes e descontraídos .
Nunca mas mesmo nunca abordar uma mulher quando a mesma está inserida num grupo de amigas isso dá sempre flop ...

Abraço

~

Um boa oportunidade de lhe perguntares se não quer pagar-te uma bebida...

Se tiver a beber algo com cores exóticas pergunta-lhe o que esta a beber...

E a seguir segue com a conversa com o óbvio... como te chamas... etc etc... correndo ate o risco do obvio (perguntar se amiga é irmã ou se não estudou na universidade X ou Y)


E tal como o JM diz, na calma e sem stress

Não há muito a fazer se estivermos muito atraídos por quem não quer. Por estranho que pareça a surpresa pode funcionar mas depende muito se a pessoa é aberta a desafios. A pergunta tipo “vamos dar uma queca” não é tão desajustada assim sobretudo se conseguirmos por um ar de brincadeira e de atrevimento. Há quem dê réplica e depois se consiga dar a volta e tudo fique como se fosse uma brincadeira. Essa frase implica algo como “nada mais há a fazer aqui, então porque não vamos conversar”. Há quem goste de ser desafiada. São poucas mas existem. O papel de vítima pode resultar mas cuidado que elas de burras não têm nada. Quando consentem uma aproximação é porque já a desejam ou então algo insólito as faz não nos espantar. Como vítimas podemos traçar algo como “mesmo com uma visão tão agradável estou aborrecido…” e propor tomar uma bebida. Enfim tudo é possível quando alguém está só. Mas é muito importante avaliar se o está e se não espera por alguém.
No entanto, uma coisa é certa. Se ela estiver interessada em nós dificilmente escapamos de ser abordados. Elas são mais confiantes que nós e não perdoam na caça!
O problema dos grupos é difícil de ultrapassar. Mas há características de grupos. As que saem para em conjunto estarem umas com as outras sem intenção de gajos. Essas dão-nos baile e quase sempre desaparecem. Outras saem em grupo porque se sentem mais protegidas mas tem como objectivo encontrar alguém discretamente. Daí que a abordagem directa as faz fugir por saberem estarem a ser observadas pelas amigas e poderem ser tomadas como fáceis. Nesse caso há que ver sem ser visto e conseguir uma situação onde se troque rapidamente umas palavras e um contacto futuro. E desaparecer logo. O contacto futuro garante uma abordagem posterior em ambiente favorável a ela. E há o grupo de “amigas” em que cada uma quer ser melhor que a outra. São temíveis. Oferecerem-se para recusarem e assim se encherem de prestígio. Com essas temos de ser muito sacanas já que elas o são entre elas. Temos de dará corda toda e fazer ver que estamos a ser observados, ir à luta, oferecer uma bebida por exemplo (isto faz com que essa se sinta importante já que arrecadou um prémio) conhecer as amigas e começar a engraçar com uma das amigas. Isso cria a quem pagámos uma bebida um sentimento de rejeição insuportável e ela não vai deixar de se aproximar para não deixar que a outra conquiste a posição que já foi dela. Aguentar este jogo exibe muito paleio, algumas bebidas, tanto a uma como à outra, e cabeça muito fresca (um erro e estamos feitos) mas podemos contar que uma ou outra cairão no saco. E por vezes as duas!!
Mas sem dúvida que não interessa quando nos parece que alguém está interessado em nós. São os nossos olhos e a nossa auto-estima a falar alto demais.
Quando uma se interessa mesmo por nós nada a deterá. Se não for nesse dia será noutro.
Uma historieta passada há nos num pequeno bar em Coimbra. Estava eu chateadérrimo, saído de um divórcio e decidi ir até esse bar. Havia lá um espectáculo com uns fadunchos. Entrei e todas as mesas estavam ocupadas e o bar com talvez 6 bancos vazio. Fiquei a beber uma cerveja e pediram-me para me sentar num dos bancos, o que fiz. Eis que entra uma loira de parar o trânsito. E a música hesitou tal a sensação que ela fez. Como eu estava farto de loiras, tinha-me safo de uma, olhei, sorri com aquela reacção. O dono do bar convidou a loiraça a se sentar numa mesa, ela recusou e, olhando em volta e tendo 5 bancos à disposição veio-se sentar num mesmo ao meu lado. E sem nada mais começou logo a fazer perguntas! Tratava-se de uma agente de turismo que estava a acompanhar a digressão de uns camones. Farto deles indicaram-lhe no hotel aquele bar e, assim, eu passei uma noite memorável com pequeno almoço incluído e sem haver troca de contactos. Nunca mais a vi!
Já escrevi demais.

Há sempre a saída óbvia... de oferecer para pagar e perguntando ao empregado o que ela pediu e/ou pagar a próxima (isto sabendo que anda por perto do ângulo de visão ) e isto se ela estiver um pouco à distância... mas se estiver mesmo pertinho de nós, concordo com o Safado, essa do "Um boa oportunidade de lhe perguntares se não quer pagar-te uma bebida..." é airosa (mas arriscada) e já funcionou comigo. A pessoa em causa ia-se desmanchando a rir, no fundo, como diz o Jolinho há que avaliar se estamos em poder de usar essa ou outra estratégia e sempre sem ser vulgar.

Mas no seguimento do que refere o confrade Envolvente, estando ela sozinha (por momentos afastada do grupo), perto de nós e com interesse verdadeiro, não há como resultar uma abordagem descontraída.

Confiança e naturalidade é fundamental....

Ab.

Na minha opinião o que importa acima de tudo é teros confiança.
Ora bem. Se nos sentirmos confiantes, teremos sempre alguma atitude perante qualquer situação. E se a coisa correr menos bem... ha de correr bem para a próxima!!

Aqui está uma recordação extraordinária, confrade Envolvente. Por vezes é o que podemos ter: uma noite memorável sem troca de contactos. Possivelmente foi memorável em parte porque foi única. Acho que um dos segredos da vida é aceitarmos as coisas como são e com espírito positivo: "uma noite memorável, mas que não se repetiu", "uma experiência menos positiva, mas enriquecedora", "uma fulana lindíssima, mas que, afinal, nem é assim tão boa na cama".

Ou talvez seja. Com outro!

Meus caros,

Sinto-me profundamente agradecido por todas as vossas respostas.
Só me apetecia agradecê-las e discuti-las uma por uma.

Já me deram mais luzes sobre o "como proceder" e já não me sentirei no deserto.

Contudo, há algo que ainda me deixa de pé atrás: como tentar interpretar se elas querem ser importunadas ou não?
Ou então, se elas retribuírem muitos olhares, vou lá à "queima-roupa" ou vou-me encostando e de procuro um bom momento para meter conversa?

Eu sei que vos estou a colocar um desafio dificílimo, porque cada caso é um caso, cada homem é um homem, cada mulher é uma mulher diferente e ainda a mesmíssima mulher é uma mulher diferente em circunstâncias diferentes, por isso, não há uma resposta unívoca.

No entanto, há pessoas que têm mesmo um talento inato para chegar, ver e (talvez) vencer.
Mantenham sempre presente o que vos digo: não me falta conversa para depois desenrolar. O difícil é o quebrar do gelo / o saca-rolhas da conversa, como prefiram...

Muito muito obrigado!!!

Há anos estava numa esplanada num daqueles dias de calor para esquecer. Dois caramelos estavam divertidos e ensaiaram a seguinte abordagem a duas turistas. Um deles tinha um saco que vi depois ser uma cana de pesca. Armaram a cana que ficou com uns metros valentes, escreveram algo num papel que colocaram na ponta do anzol e foi ver uma das miúdas a dar um salto da cadeira quando lhe apareceu uma mensagem "vinda do céu"! Aquilo provocou um risada geral e os meninos sairam-se bem com a brincadeira já que ficaram a falar com as elas.
Não existe nada definido. Depende muito da capacidade de improvisar e de avaliar cada situação por si mesma. Mas algo me diz que devemos evitar longas trocas de olhares. Podemos estar a dar com uma míope!