Boas confrades, este assunto nada a ver tem com gps, mas decidi escrever aqui pois já notei que este fórum felizmente tem muitos participantes sensatos, com experiencia de vida e dispostos a ajudar o próximo, e é mais fácil abrir me aqui com desconhecidos.

Neste momento tenho 36 anos e os meus pais há muito querem que eu tenha um casamento feliz e que constitua família. É também o que eu quero, que é que mais importa. Moro na vivenda deles, no segundo piso onde estou sozinho, onde tenho privacidade.

Pois bem, conheci em dezembro do ano passado uma mulher brasileira recém chegada pelo Tinder, com quem passado uns 2 meses depois comecei a namorar. Desde então nunca mais voltei as gps, embora continue a frequentar o fórum, confesso que ainda me dá vontade de ir mas é mais vicio que outra coisa, espero não mais voltar e a recente inflação tem ajudado muito nisso. Anyways, há coisa de quase 3 meses atrás convidei a para vir morar cmg em casa deles, ela meia hesitante aceitou. Os meus pais também acharam boa ideia pois o facto de termos uma renda extremamente reduzida e o apoio deles nos ajudaria bastante neste início de relação, mas deram a entender que desta vez preferem que não perca tempo, ou seja, se chegarmos a conclusão que gostamos um do outro e a relação pode ir para a frente, para casarmos(ajudando a na sua legalização e acesso a saúde publica) e depois disso a constituição de família.

A relação tem estado muito bem agora, sem stress nem discussões, dividimos despesas, tarefas, enfim é a primeira vez que me junto com alguém está a ser uma boa experiencia. Depois de irmos a conservatória do registo civil para dar inicio ao processo matrimonial e de a minha namorada ter falado com uma pessoa que estagia lá nesses serviços, ela achou melhor esperarmos até ao final do ano para dar continuidade ao processo, pois antes disso vão arranjar sempre pretextos para complicar/impedir receando que seja mais um daqueles casos de casamento "comprado".

Os meus pais interpretaram este adiamento como factor de prova que ela de facto não está a levar a relação tão a sério. Em relação a filhos ela diz que eventualmente quer ter mas ainda não tem vontade e tem algum receio das responsabilidades. Juntando estas duas coisas, os meus pais chegaram a conclusão que ela só está a comigo por conveniência, fazendo perder o meu tempo, e o sonho da minha mãe e ter um neto da minha parte.

Então decidiram convida-la a sair de casa, pois acharam que só estão a dar e não a receber, o que descambou tudo. Estou extremamente aborrecido com eles e ultimamente nem lhes tenho falado e ela claro ainda mais que eu. Decidimos procurar outro lugar para ficar. Os meus sempre foram bons pais, mas muito controladores e achamos esta atitude deles um completo absurdo tendo em conta que ainda apenas nos conhecemos a 6 meses. Já ponderei o lado deles especialmente o da minha mãe pois ela quer muito um neto e está a ver que com a minha namorada isso não se vai realizar. Ainda assim não foram capazes de dar o beneficio da duvida mesmo estando tão pouco tempo junto com ela.

Escrevo isto a pedir segundas opiniões...alguém já passou por uma situação parecida? Eles estão certos?

Confrade gugu24

O confrade é deve decidir o que quer e qual o caminho a seguir para a sua vida.
Compreendo que qualquer pressão vinda de familiares muito próximos, principalmente dos pais, tenha muita influência. Mas será que quer seguir pela via da pressão e depois haver qualquer coisa que descambe e sofrer com isso?
Sobre o tempo de namoro cada um sabe de si, para mim talvez seja pouco, nas aí e se a sua companheira, aconselhada ou não prefere esperar mais lá para o fim do ano, talvez não seja má ideia.
Se eles estão certos ou o confrade está certo, bem... há situações na vida em que todos estão certos e todos estão errados, e nem se põe a questão de estar mais ou menos certo/errado. É que ninguém sabe o que o futuro trás.
Siga a sua intuição e o seu coração.

Afinal os teus pais (mais em particular a tua mãe, pelo que percebo) querem a tua felicidade ou querem a deles?

Com a idade que tens, és tu e a tua namorada que têm de decidir o que é melhor para vocês.

Não quer dizer que não fales com os teus pais sobre isso, para te ajudarem a pesar os prós e os contras, pois 3 cabeças pensam geralmente melhor que uma.

Mas eles, se gostam verdadeiramente de ti, têm de te dar a liberdade de tomares a decisão sem pressões, e apoiando-te sempre.

É que também sou pai de um rapaz de 22 anos e não me revejo nada, pelo contrário, na posição que os teus pais estão a tomar.

Acho que o fator mais importante não é a sua idade, mas a idade dela.

Se eu também tivesse apenas 22 anos eles não teriam agido como agiram. Já agora ela tem 34. Não quero dizer com isto que concordo com a sua atitude,parece me que visam mais aquilo que querem do que eu quero. Existe uma chance de eles estarem certos e de ela realmente não querer ser mãe mas isso é um risco que eu deveria decidir correr ou não, sempre com o apoio deles,na minha opinião.

Ter um filho sob pressão não me parece boa ideia... O meu conselho seria que o Confrade esclarecesse com a sua namorada o que ambos realmente querem. Pelo que eu percebi nessa história existem muitas pontas soltas, a pressão dos seus pais para eles serem avós, o facto da sua namorada ainda não estar legalizada no país, 6 meses de namoro será por ventura demasiado cedo para uma decisão dessas, e a mais importante, o facto de que me parece que vocês os 2 ainda não sabem o que querem.

Os confrades estão a dar a entender que a decisão deveria ser minha,mas a casa é deles e eles estão no direito de pelo menos decidir quem fica lá,foi o que fizeram.Mas a relação é minha e vai continuar noutro lado.


É muito chato porque o preço das rendas estão absurdas.Sei que é estranho expor está situação aqui,o assunto nem sequer é relacionado com sexo,mas obrigado.

Acho que sair da casa dos seus pais foi a melhor decisão que você poderia tomar. Mesmo que deixar um lugar muito barato em um pressao imobiliária tão grande não deve ser nada fácil.
Talvez seja o preço que você tem que pagar se quiser dar uma chance a esse relacionamento (aqui sabemos muito bem sobre ter que pagar para ter coisas, então acho que você está mais ou menos preparado...)
Não consigo imaginar a pressão que sua namorada deve ter sentido nessa situação de "too much, too soon". Nem mesmo considerando que relacionamentos difíceis de madrasta e enteada existiram, provavelmente desde os primeiros dias da humanidade.
Se eu estivesse em um relacionamento agora, sabendo o que sei da psicologia feminina. Eu provavelmente a deixaria ter a ideia de ter filhos. Afinal a pressão do tempo está mais do lado dela do que do seu.

Caro Confrade outra sugestão, que lhe parece negociar com os seus pais o pagamento de uma renda da sua habitação? Pelo que percebi é uma vivenda com habitações separadas. Dessa forma "compraria" a sua liberdade de decisão.

Teria sido uma excelente ideia,mas apenas antes de os meus terem feito o "convite " para a minha namorada sair. São habitações separadas mas o piso onde vivo não tem entrada independente, é preciso sempre passar pelo piso dos meus pais. E o clima está muito mal entre ela e eles, só quer sair o mais rápido possível.Realmente preferia pagar e não ter esse tipo de intromissão, pena que não me lembrei disso antes.Mas obrigado!

A sua situação é típica.

Trintão sem autonomia, dependente da habitação dos pais, deveria estar ciente de que qualquer entrada naquele espaço fica sujeito ao relacionamento daqueles com a nova entrada.

Assim, o problema está em primeiro lugar na vossa falta de autonomia. Pois como diz o ditado "quem casa quer casa".
Tendo 36 anos, os pais andarão na cada dos 50 e muitos ou mesmo para lá dos 60. Deveriam ter ganho algum juízo. Estão fora do tempo actual e além disso deveriam saber que não se chantageia filhos. Nem são eles quem podem determinar a existência de netos.

Enfim, cabe a si mais a sua namorada encontrar uma solução, mesmo que tenham de sacrificar algum bem-estar financeiro.
Mas também tenho de acrescentar que se a sua namorada tem 34 anos, veio do Brasil (a pretexto de quê, fazer o quê?), há que a conhecer muito bem. E até pode ser que não querendo ela filhos e parecendo que se está a esquivar a algo mais consistente, talvez seja melhor indagar da família dela, in loco, não vá haver pelas terras de Santa Cruz alguma surpresas, incluindo que possam fazer si padrasto!

Gostaria de começar por saudar os confrades aqui no fórum e dos moderadores do site e em especial ao confrade gugu24, que foi quem abriu este tópico.
Devo lhe confessar confrade, que quando li o post que publicou achei melhor não dar a minha opinião, mas devido aos confrades aqui no fórum terem sido extremamente prestáveis comigo num post que eu escrevi há um tempo e como não escrevo td`s apesar de frequentar gp`s, por achar que não tenho jeito e também devido há natureza do tópico que o confrade escreveu e no que nele relata, depois de alguma ponderação, achei que deveria dar lhe a minha opinião. É de referir que o que aqui vou escrever é apenas a minha opinião e vale o que vale. O confrade é livre de fazer o que acha que deve fazer, ou o que a sua consciência lho dita para fazer.
Na minha opinião, o confrade não, (e friso bem este não), não deveria ter um filho por agora, ou pelo menos com a sua atual parceira e vou lhe dar as razões do meu parecer da maneira mais clara e sucinta possível:
- em primeiro lugar, o confrade escreveu que conheceu a sua atual parceira no Tinder. Tenho noção de que vivemos numa era cada vez mais digital e que hoje em dia muitas relações começaram por ambos os participantes terem se conhecido nas redes sociais, mas na minha opinião iniciar uma relação duradoura e que envolva no futuro ter filhos com alguém que se conheceu no Tinder, sabendo se para o que serve essa rede social, não me parece muito producente. Peço desculpa por se a comparação que eu vou agora fazer parecer ridícula, mas é a mesma coisa que o confrade ter conhecido a sua atual parceira de noite numa discoteca e querer juntar se com ela e ter filhos.
- o confrade referiu que conheceu a sua atual parceira em dezembro do ano passado e que passados dois meses começou a namorar com ela. Talvez seja a minha inexperiência amorosa a falar, mas parece me uma decisão muito precipitada ter filhos com alguém que nem fez ainda um ano que a conheceu e que, se as minhas contas estiverem corretas, só namora com ela há uns quatro ou cinco meses. Constituir família com alguém é uma decisão muito importante e não deve ser considerada de animo leve. Estamos a falar de o confrade ter uma criança no futuro e não de adotar um cão e mesmo na adoção de um cão ou de outro animal doméstico, é necessário saber se se tem condições para tê lo, pois os animais são também seres vivos e merecem consideração.
- a nacionalidade da sua parceira. Antes de me julgarem como xenófobo, ou acusarem me de xenofobia, quero dizer que não acredito que a nacionalidade de uma pessoa determine o seu carater. Apenas levantei este ponto por o confrade ter dito que a sua parceira é recém-chegada do Brasil e como o confrade sersan na resposta ao seu post escreveu e muito bem, "veio do Brasil (a pretexto de quê, fazer o quê?)". Quais as razões de ela ter saído do Brasil? Por que escolheu vir para Portugal? Como era sua vida lá? Qual a sua profissão? A sua vida familiar? Não quero ser intrometido, mas estas são, penso eu, as questões que o confrade deveria saber acerca da sua parceira antes de se decidir juntar e ter filhos com ela. Na minha opinião, previne surpresas desagradáveis no futuro, caso elas existam claro.
- do que eu li da sua publicação, presumo que o confrade seja filho único. É compreensível que os seus pais queiram ter netos e desejem ser avós e que haja essa pressão se o confrade for filho único e for a única esperança deles de se tornarem avós e de terem netos, mas ter um filho só porque se foi pressionado a isso, não acho uma boa ideia. A paternidade deve ser assumida por um homem quando ele se sentir preparado para isso e não por influências ou forças exteriores o estarem a pressionar. Não se esqueça que depois de a criança nascer, a responsabilidade e o dever de tomar conta dela irá recair sobre si e não daqueles que o pressionaram a ser pai. Mais uma vez, volto a dizer que ter um filho não é a mesma coisa que decidir ir ter um cão ou um gato.
- em último lugar, o confrade referiu que a sua atual parceira tem 34 anos. O melhor período para uma mulher ter filhos é nos seus vinte anos, pois, é quando ela se encontra no seu período mais fértil ou no pico da sua fertilidade, se assim o quiser entender. Se o confrade decidir ter filhos com a sua atual parceira, só irá, com ela, ter apenas um, pois ela já se encontra com 34 anos e depois de a criança nascer, possivelmente só dali a um ou dois anos, é que ela aceitará ter outro filho, mas quando isso suceder a sua parceira já irá ter 35 ou 36 anos e eu sei que com os avanços médicos de hoje uma mulher pode quase chegar aos quarenta e ainda ter filhos, mas isso acarreta não só um risco para a mãe, como para a criança. Uma mulher engravidar aos 35 não é o mesmo que engravidar aos 25.
Poderia dar lhe mais razões da minha posição em relação ao post que o confrade publicou, mas não quero maça lo mais e penso que a minha posição em relação ao assunto da sua publicação é claro. Como já referi, tudo o que eu aqui escrevi é a minha opinião e ela vale o que vale. O confrade deve fazer, em suma, o que a sua consciência lhe ditar para fazer. Tudo o que eu posso fazer é desejar lhe sorte.
Gostaria de deixar um abraço ao confrade gugu24, a todos os confrades aqui no fórum e aos moderadores aqui no site. Bem haja a todos. Obrigado.

Caros confrades, estou bem ciente da reputação das brasileiras,sim já conversamos muito sobre o porque de ela ter vindo para cá e os seus objetivos, estou certo que não tem filhos e nem nenhuma surpresa bomba, temos sempre sido muito honestos um com outro e tem sido muito minha amiga. Não se enquadra no típico perfil de brasileiras explora os homens e prejudica casamentos.Isto nem é o cerne da questão do tópico embora seja um ponto válido a ser discutido.

Confrade Daniel concordo consigo em muitas coisas mas com exceções,está visão que tem que as mulheres que andam no Tinder e na noite não são girlfriend material é preconceituosa e errada.De facto no Tinder muitas senão a maioria não estão lá para nada sério,mas não falta lá também a procura de compromisso.Cada caso é um caso,na noite o mesmo se aplica ela tanto pode estar lá para beber uns copos e se divertir apenas,ou pode estar a caça,nunca saberá até conhecer ou pelo menos observar a pessoa.Brasileira ainda por cima do Tinder não soa muito bem para muita gente mas temos de por um pouco o preconceito de lado e dar o benefício da dúvida.

A respeito da idade dela, concordo que a partir dos 30 não é a melhor altura mas é bem possível ainda ser mãe pela primeira vez, não é motivo para descartar a ideia de ter filhos com uma mulher com essa idade.É importante claro um acompanhamento médico.

Não duvide das suas capacidades para expor TDS,partilhe também as suas experiências com a malta!

gugu24, pelo que escreves parece que tens uma cabeça fixe, por isso último conselho:

Segue o teu instinto!

Há muito tempo que isso deixou de ser verdade. Não tenho os números à mão mas a média de idades para ter um primeiro filho já anda para além dos 30.