Sou definitivamente a favor da legalização da prostituição, com deveres e direitos iguais às outras profissões.
Mal fosse publicada em Diária da República e dita legalização, estou convencido que o governo definiria como prioridade o controlo das contas das prostitutas. Tratar-se-ia de uma medida do maior alcance, reveladora do espírito de entreajuda e de generosidade de que enfermam os nossos queridos governantes. Seguramente que o Conselho de Ministros seria sensível às penosas e deficientes condições de trabalho dos inspectores do fisco. Essa malta que sofre diariamente o desprezo e o ódio da populaça, responsável pelo elevado grau de perturbação que muitos desses abnegados funcionários revelam.
Consciente dessa realidade, o governo encontraria a solução: mandar os fiscais vigiar e controlar os apartamentos, hóteis, móteis e estabelecimentos de luxúria. Sei do regozijo que a medida iria provocar por entre as brigadas inspectivas, que se degladiariam com o intuito de serem seleccionadas para tão nobre missão. Um dos modelos de actuação, passaria por despender várias noitadas nos antros de perdição, anotando o ritmo de entradas e saídas e conferindo tabelas de preços para as diversas práticas, tudo isto regado a whiskies e gins das melhores proveniências.
É claro que a missão também comportaria riscos e dificuldades. Por exemplo, a necessidade de passar a taxar as escapadelas com IVA a 21% iria obrigar as profissionais a acelerar o ritmo em que despacham os clientes, já que por cada cinco exercícios um reverteria a favor do Estado, contando que a actividade seria considerada de desgaste rápido e consequentemente poderiam ser admitidas taxas de amortização aceleradas do equipamento.
Outro aspecto sensível teria a ver com o tratamento a dar às faltosas. O esquema habitual para os prevaricadores é o de levar os seus bens à hasta pública onde são arrematados pela melhor oferta. Ora no caso das prostitutas não me parece fácil implementar tal prática, que obrigaria à publicação de editais nos jornais anunciando o leilão de serviços de conforto pessoal prestado por brasileiras, moldavas e outras, que teriam de ser devidamente detalhados com a necessária inclusão de fotografias em traje de trabalho. É claro que se poderia optar pelo pagamento em espécie e nesse caso o Estado passaria a dispor de um leque alargado de prestações que poderia distribuir pelos mais necessitados, ou até em substituição de outros subsídios que concede. Tenho, por exemplo, a certeza de que muitos desempregados trocariam de bom grado uma parte do respectivo subsídio de desemprego por umas horas bem passadas nas mãos de uma profissional em vez de terem de aturar a resmunguice constante da mulher a queixar-se de que o gajo é um inútil e nem consegue arranjar dinheiro para comprarem um carro decente.
É ou não uma ideia genial, a legalização da GPs?

Atenção!

A prostituição em si não é ilegal, o lenocínio sim. Asprostitutas podem prostituir-se, não podem aliciar, nem cometer crime de atentado ao pudor (por exemplo ao prostituir-se na via pública).

Quanto aos impostos é outro elefante branco. Uma coisa é aceitar esse dinheiro, que acho que o Estado não deve aceitar, por uma questão de princípio, e só por isso. Prefiro a lei como está. Se o estado aceitar impostos das prostitutas nessa qualidade estará a tornar-se num proxeneta. Na verdade entrará no lenocínio, que é crime, porque estará a aceitar receitas provenientes da venda do sexo.

Podem sim as mulheres que se prostituem, e nessa qualidade de mulheres, colectar-se como trabalhadoras independentes, pagar os seus impostos e segurança social. Conheço uma ou duas que os pagam, e acredito que sim a julgar pelo tipo de cabeças, mas não acho que ganhemos com o facto de aparecerem colectadas como "GPs".

A Política estrutural é falaciosa, é verdade meus amigos. Contornamos as coisas, é um facto. Mas é válida pela formação dos princípios, e do carácter do estado que acho não poder degradar-se mais ainda. Temos que olhar os problemas mais a fundo, não podemos abordá-los pela flor da rama. Isso é sempre mais fácil.

De facto nunca tinha pensado nas coisas dessa maneira...

Completamente de acordo.
Gosto especialmente de te ver preocupado com a política estrutural da formação dos princípios, e o carácter do estado
Abraço, piotr

De acordo. O título deveria de ter sido: "Se a prostitutas pagassem impostos".

A ideia era pôr estes gajos de ressaca, para não nos chatearem a nós no dia seguinte

Gosto da ideia da tabela de precos dos servicos afixada em local visivel...

Errado. O título devia ter sido "Se os cidadãos pagassem impostos". Neste país paga quem não sabe ou não pode fugir. A classe alta e média alta não pagam. Uma off-shore nas caiman, uma conta no barclays com direito a black master card e origem em Delaware; de uma empresa de direito inglês detida por outra americana e é totil. Para a classe média são mais as unipessoais, e as despesas de serviço, etc. Os tugas não pagam impostos como querem que as GPs paguem? Bom, de uma coisa estaremos seguros, se elas algum dia pagarem sempre haverá alguém que pague, finalmente.

Continuamos errados ó DC. Vendo bem o título seria "Os fiscais e as meninas". Quanto ao resto é o mesmo que ensinar o padre nosso ao vigário... Em questão de impostos os portugueses são todos licenciados. E não é na "Independente". É na pública.

Ok! Agora levas a taça, te garanto! Estamos completamente de acordo. Nesta estiveste bem, só te digo!
Abraço amigo do DC

eu acho que o que está bem não mexe. quem sabe, com certezas, quais as consequências da legalização da prostituição, nomeadamente no que toca a preços...

Como legalizar uma profissão que não dá trabalho a ninguém ?:mrgreen: É complicado, muito Complicado!!!!!

LUANDA=CAPITAL DE ANGOLA


Obrigado e grande abraço para ti também do amigo Joma

Pronto, já um abade não pode pensar África, depois em angola e a seguir no meu querido maputo, e dar a gafe. Agora vou arrastar os generais do zé eduardo para o resto da vida, pregados aos meus sapatos. Oh-Oh-Oh!

Abraço aceite, ó amigo jorna. Vou escrever mil vezes Luanda, luanda, luanda, luanda, luerdardo, luerduardo, luerduardosantos, luouro, ludiamentes, lufoda, luana....... LUANA?! isto custa, mas eu serei capaz, vamos lá só mais um pouco ....Liamba, ludovico, luanda....