Era precisamente pelo Ayrton...
Mas não me tornei agricultor, mas o respeito com que o Eng. se dirigia a nós, a importância dos assuntos versados e o enriquecimento através daquelas dicas ficou cá tudo...

E as Radionovelas que davam!!!!! Se não me engano havia uma que se chamava Simplesmente Maria!!!
E os Parodiantes de Lisboa!!

Marc...parabens...ja conhecia mas foi bom relembrar este mail que por aie circula na net. eu nasci em 84, mas passei a infancia na "santa terrinha" onde o tempo resolveu parar e proporcionar.me uma dessas maravilhosas infancias.
Obviamente quando ou se os tiver quero que os meus filhos tenham tudo mas vou fazer força para que vao jogar a bola, e a macaca. e a "bate pe" e as escondidas e ao toca e foge. meu deus que recordaçoes...obrigada por me teres feito recordar. para todos

Ao Quarto escuro

O festim que isso já me valeu!...

Não havia forum !!!
mas lembro-me bem de estar no Intendente no passeio, com mais um ou dois confrades a comentar sobre as GP:
""esta que vem a sair não vale nada""
""bora vai com esta que é muita boa ""etc etc
parecia um forum!!!
Havia sempre um ,mais conhecedor do material que se apresentava na parteleira (passeio)
Velhos tempos...
Há por aqui alguem que se lembre disto ???

boas, do que eu me lembro era que em 1986 quando eu e mais algums colegas saiamos das aulas no secundario e íamos ao intendente de metro ver as gp que por ali estavam . Havia dias que iamos para casa contentes outras vezes iamos assustados , mas era muito divertido .

fiquem bem

nostalgia......

Marc,

está um espectáculo esse retrato fiel das nossas juventude e infancias.
Fiquei nostalgico, mas a verdade é nua e crua os anos vão passando á velocidade da luz.
Oh tempo volta para trás...

Então e não se lembram de jogar ao lixa e ao lá vai alho, e não havia cá proteções nenhumas.

Lembro-me é de jogar ao cinto, ( era cada vardascada que até chiava ), e á mocha.

Eu completei trinta anos em 1986 - portanto lembro-me bem de como as coisas eram nessa altura e as minhas recordações recuam até 1962, ano em que comecei a frequentar a escola primária (antes disso lembro-me das brincadeiras com irmãos e primos e pouco mais).

O meu pai era médico numa vila de província - logo, nos éramos uma família com um bem-estar muito acima da média. Lembro-me de ir para a escola e ficar chocado com a pobreza: grande parte dos meus colegas ia descalça, não levava lanche e usava roupas remendadas. Só havia um caderno por aluno, o caderno em que se fazia os deveres (os TPC da altura) e na aula escrevíamos na lousa. Havia castigo para tudo: não saber a tabuada, uma palmatoada; um erro no ditado, duas palmatoadas; um erro na cópia, uma palmatoada - e assim se passavam os dias.

Lembro-me que morriam muitos recém-nascidos e crianças. Habitualmente as crianças da escola incorporavam-se no cortejo fúnebre.

Quando entrava a professora fazíamos a saudação com o braço estendido; quando vinha o inspector, ficávamos aterrorizados.

No fim da década de sessenta as coisas tinham evoluído muito. Havia muito menos pobreza, a economia crescia como nunca (parece que teve a ver com a EFTA) e a sociedade estava mais solta. Apesar disso, era de regra dizer "Aqui não se fala de política" - fosse em casa das pessoas ou no café - e a presença da religião e dos mais velhos era opressiva. Aliás, a vida era assim como que uma praxe: penava-se quando era novo, para, mais tarde, fazer penar os mais novos - e era assim com quase toda a gente: os pais com os filhos, os irmãos mais velhos com os mais novos e os irmãos com as irmãs. Para além disso, as famílias estavam muito mais concentradas e havia, em cada casa, uma data de gerações. Isto significava a presença habitual de avós e, ou, tias e tios bastante velhos - acima de cinquenta anos -, que tinham sempre as mesmas características: falta de sentido de humor, conservadorismo, roupa escura e uma vontade permanente de massacrar os mais novos e de lhes condicionar a existência.

Crescia-se a ouvir as mesmas anedotas anos a fio e as pessoas eram educadas para a subserviência e hipocrisia. Para além disso, eram cuidadosamente despojadas de qualquer criatividade - os jovens não tinham nada que ter ideias; bastaria que seguissem as dos mais velhos.

Nascestes antes de 1986? - perguntou o confrade Marc quando abriu este item.
- Nasci, nasci. Nasci em 1953.
Proponho ao confrade Marc - porque sei que uma das suas preocupações metodológicas, como moderador, é o respeito pelo tema dos tópicos - que mude o nome deste para "Sexinostalgia", para que assim fique mais de acordo com o conteúdo dos posts aqui expressos.
As actuais gerações não são mais "frágeis" do que as anteriores, simplesmente por que assim nunca aconteceu ao longo da História da Humanidade.
"O Velho do Restelo" é que foi mais "frágil" e "medroso" e ficou ancorado na praia, enquanto os navegadores partiram em busca de um novo mundo que deram a descobrir ao velho.
As novas gerações - e eu, como devem concordar, por uma mera questão de bom senso, sou insuspeito dada a minha idade - são vítimas dos sonhos não concretizados e das fragilidades das gerações anteriores. Alguns dos da minha geração, (a Guerra Colonial que me recusei a fazer, a PIDE pela qual fui detido) foram um entrave à modernização de Portugal. Revejo-me no Maio de 68 e no 25 de Abril de 1974 e disso também tenho saudades. Mas, o que quer que seja passado é passado. Passou. Hoje, o que me gratifica não é a saudade desse passado, nem sempre bem vivido, mas o poder ser aceite e apreciado (nalgumas coisas) pela geração da Nicolle, a única que, no momento presente, pode mudar o rumo da História, para o Bem ou para o Mal.
Olhar para trás pode ter consequências terríveis como aquelas que, segundo o relato bíblico, sofreu a infeliz mulher de Lot, transformada em estátua de sal, ao abandonar Sodoma.
Bom... mas, isso fica para um outro post à consideração dos estimados confrades.

Olimpico,

Não concordo, mesmo nada, com a sua proposta.

1º Nós somos o que já vivemos, o que estamos a viver e o que esperamos vir a viver. Por isso, ao contrário de si, penso que o nosso passado é de extrema importância, pois fez de nós o que somos no presente.

2º Se reparar bem, a esmagadora maioria dos posts neste tópico, não faz qualquer menção a sexo ou algo relacionado com o mesmo. Como tal, nem percebo, onde foi buscar essa sugestão do titulo para "Sexinostalgia".

3º Os factos que menciona, nada me dizem, milhares foram detidos pela PIDE e muitos nunca mais de lá sairam. No entanto, muitos falam da PIDE mas poucos falam da COPCON que esteve ao mesmo nível da referida policia no nivel de atrocidades cometidas, com a agravante de as mesmas terem sido cometidas pós 25 de Abril. Quanto à guerra colonial, cada um tem a sua opinião, eu como nacionalista que sou, penso que quando em guerra, um verdadeiro patriota está lá para representar e defender o seu país. Isto é uma opinião pessoal e, dependendo dos motivos, respeito quem não pense do mesmo modo.

4º Não sou desconfiado por natureza, mas existem situações que são excepção. Uma delas é esta onde estamos, comunicar via net, onde cada um pode ser aquilo que na realidade não é, facto que, devido às caracteristicas deste tipo de comunicação, aceito mas não respeito.
No seu caso, tudo me diz, que você é alguém que se registou recentemente com este nick, mas que no entanto já tem bastante experiência no , algo que nem sempre conseguimos comprovar. Mas posso sempre estar errado...

5º Pelo motivo acima, pelo menos por agora, não tenho qualquer intenção de abrir ou manter um debate consigo.