Deveria saber que me não cabe alinhar em julgamentos de intenções mas sim assentar na realidade.
O que se diz e o que escreve e divulgado publicamente pode ser por nós aceite ou não.
Tudo bem.
Mas ignorar, não ignoro. E não julgo. O tempo o dirá.

E as suas opiniões acerca dos políticos, não apreciando eu particularmente nenhum dos visados, são suas e valem o que valem.
E a adjectivação que faz é de nulo efeito por ser presunçosa.
Assim como valem igualmente as que faz de quem apresenta tese de doutoramento ou de outros escritos.
São todos burros que falam de legalizar algo que já é legal.
Paciência, teremos de com eles ir convivendo.

É saudável ter o ego em alta mas é bem mais saudável ler e reflectir aceitando as opiniões e juízos alheios.
No entanto não duvido nunca de alguma douta opinião, sirvo-me dela. Incluindo a sua.

O facto de a prostituta ou o prostituto não serem alvo de penalização não implica que a prostituição o não seja.
O termo prostituição é bem mais amplo e se quiser consultar um célebre acórdão, deste século, emitido por um tribunal da relação do norte do País, verá no título algo como prostituição entre outros aspectos a ela ligados.

Desligar a prostituição da prostituta ou do prostituto é impossível.
Mas desligar ambos de um leque de actividades é-me impossível racionalmente.
No cúmulo posso aceitar como argumento, na prática duvido da sua existência.

E nesse sentido só uma legalização da actividade, prostituição, e não propriamente a legalização das prostitutas ou prostitutos, é que poderia talvez trazer um bocado de ordem na questão.

Por isso, referi "Entretanto as teias da lei remetem-na para uma actividade passível de criminalização. Por isso, ilegal."

Por mim, assunto encerrado.

E quanto ao santo padreco quero que ele se benza.

Ámen!

Pedido à priori "desculpa" por fugir à linha actual na qual segue esta discussão, que venho lendo já faz algum tempo, ficam os meus 2 cents. ...

Eu fumei durante dez anos. Durante esses mesmos dez anos, todos os santos dias a minha santa mãezinha me chagava o juízo porque entendia (e bem) que eu devia deixar de fumar. Até que chegou o belo dia em que eu decidi deixar de fumar.
O mesmo se passa com o facto de se ser acompanhante (ou qualquer outro termo que vos aprouver aplicar ao metier). A menos que haja efectiva vontade própria para mudar o rumo dos acontecimentos, vai-se deixando - recalcitrando sempre que "necessário" - dizendo que "é desta que não volto". Pode apontar-se uma míriade de razões para o sim, o não e o nim, mas no final das contas, acaba sempre por dar no mesmo. Ou se quer, ou não. Há quem tenha a imensa sorte de se cruzar com pessoas que nos mudam a vida porque em vez de nos darem peixe, nos ensinam a pescar. Há quem construa essa sorte. Mas tem de se querer realmente.

Em suma... de boas intenções está o inferno cheio. E creio honestamente que alguns confrades que tomaram parte nesta discussão, independentemente das opiniões ou crenças pessoais, cometem um gravíssimo erro - julgam a unidade pelo conjunto... Não acredito (até porque sou exemplo disso, do positivo e negativo da questão), que todas as moças que se dediquem a esta actividade o façam porque "são coitadinhas desvalidas de outras competências" ou "preguiçosas que não gostam de ganhar 500€ num emprego 9/17" (em tendo outra escolha acho que ninguém gosta LOL). Assim como também acredito que haja algumas que estão-se positivamente borrifando, e que acham que vão ter vinte anos o resto da vida, e notas de 100 todos os dias na carteira, não olhando a consequências (físicas, emocionais, profissionais, etc) que ficarão - segundo me parece - com elas por um bom tempo, se não para o resto da vida. Ainda assim, a escolha está - em situações normais - na mão de cada um(a), sendo que na condição de seres humanos, somos providos com a dádiva do livre arbitreo, que cada um exerce consoante entende.

Posto isto, vou remeter-me novamente à minha insignificância

Cumps,
Mimi

Sem dúvida que deixamos de fumar quando queremos e não quando nos chagam o juízo.

A prostituição é praticada por alguém que provavelmente até nem é viciada(o).
Outros a praticam em função do que ela lhes pode render.

Deixemos de parte o que levam seja quem a for a se prostituir.
Parece-me que se houver quem o faça por vício, o que admito, a maioria o fará por outros motivos.

Voltemos à mamã e especulemos com um(a) outro(a) que avança com uma proposta do género:

"Eu tenho mais do que necessito para viver. Tu enfim na tua actividade poderás ter 300, 400, 500 por dia, descontadas despesas, talvez metade. Digamos que te proporcionava 10.000 mês, deixavas esse teu vício danado que só te prejudica física, emocional e psiquicamente?"

A resposta possível todos nós a devemos imaginar e esqueçamos os samaritanos providos de missal e boas intenções daquelas de que até no inferno já nem espaço existe para elas.

Caríssimo Envolvente, não foi minha intenção fazer um paralelismo directo entre o vício do tabaco e o vício (?) da prostituição. Intentei fazer (aparentemente sem sucesso) uma metáfora alusiva à vontade de cada um.

Concordo no ponto em que a prostituição per se não será um vício. Mas dessa vivência advêm sim outros "vícios"... the devil is in the details. Concordo ainda que a maioria, na situação que descreve, não pensaria duas vezes. Mas... a aceitar uma proposta desse teor, não deixaria (na minha visão pueril e idealista) de se prostituir.

Cumps
Mimi

Nem foi minha intenção destruir a sua argumentação que me pareceu válida.
Tive a intenção tão só de demonstrar que quem envereda pela prostituição o faz por objectivo(s) a realizar.

Uma conversa de poucos minutos, por vezes menos, é suficiente para avaliar o background da maioria das pessoas envolvidas na prostituição.
E é natural que todos possamos aspirar a mais e melhor.
O que no geral a sociedade oferece são umas saídas profissionais reles através da venda da força de trabalho.
Entre esta venda e a venda do corpo, mesmo que acompanhada pelos desgastes que mencionou, mas com uma renumeração bem acima da média, há quem não hesite.

Quanto ao exemplo que dei, acredite que há quem tenha tido propostas do género e à socapa não abandonou as lides.
A perspectiva futura de a torneira secar cria uma tensão constante provocada pela indefinição do futuro.
Além dos contactos do passado que teimam muitas vezes a não prescindirem de certas benesses e das opções amorosas existentes.
Afinal quem alinha em tamanha generosidade só pode ser tanso e, por isso, facilmente ludibriado.

A maioria das uniões baseia-se no pressuposto da partilha. Seja da totalidade do que cada um possui seja no que se vai adquirindo.
Imagine um desses infelizes que são nomeados para gestores de certas empresas públicas.
Não há muito havia quem recebesse 100.000 euros por mês. Disponibilizar 10.000 à companheira para os seus alfinetes, como dantes se dizia, não faz dela prostituta. Mas também não deixa de ser ex-prostituta.

Ganda tanga, ó cocó!... estive o sábado passado (dia 2) inteirinho à espera que a gaja aparecesse e... pisada na bola!!!

São todas iguais: mal se começa a falar delas aqui no , sobe-lhes a fama à cabeça e já só atendem quem lhes apetece. Só lhe dou mais uma oportunidade no próximo dia 22. Se a gaja se continuar a armar em SS, BA ou CV - porque já deve ter uma fila gigante de tansos à porta da gruta - risco-a logo da lista. E que não me venha com tretas de que é "virgi e vaginau não podi ser, viu?..."

Minha nossa...alguem vai ser excomungado!

Eu tambem não vi nada no dia 2, mas como não fui á Luz...

Vocês assim espantam o pregador Cocó.