Caro confrade Marc
Agradeço a gentileza da sua resposta e respeito a sua discordância em relação ao meu ponto de vista.
Até lhe devo dizer que concordo inteiramente consigo no que respeita ao 1º item.
Esclareço que a ideia de "Sexinostalgia" surge por analogia com outro tópico já existente designado por "Seximental".
Relativamente ao 5º item, por favor, fique tranquilo, pois, também, não tenho qualquer intenção de manter um debate consigo e por isso mesmo não faço qualquer comentário ao que escreveu no 3º item, embora pense que o diálogo, mesmo quando não assente na concordância, é sempre salutar e enriquecedor entre homens de bem, como é, com certeza, o caso de ambos e de muitos outros que aqui participam.
Quanto ao 4º item, mais uma vez estou inteiramente de acordo consigo no que se refere à desconfiança que expressa. Eu penso da mesma forma dado o meio de comunicação utilizado. Partilho a desconfiança, pelos mesmos motivos, embora, tal como o senhor, admita poder estar errado.
Com a mesma consideração que sempre tive pelas suas intervenções e comentários, peço-lhe que se digne aceitar os meus respeitosos cumprimentos.

Só para acrescentar que, a minha vontade de não debater o assunto consigo, não se deve á nossa discordância no assunto mas sim ao que escrevo no 4º ponto.

Aceito e retribuo os cumprimentos.

E mais!!!! Em 1986 não existiam amps de guitarra "sintéticos", com 30 distorções, 100 e tal efeitos... O som a válvulas era a CENA!!! A Marshall era a lei!!!

Cara(o)s confreiras e confrades
A saudade, ou a mera nostalgia do passado, reactiva em nós emoções mágicas capazes de nos mergulharem noutros tempos, noutros lugares e noutras pessoas.
A sabedoria popular ensina-nos que "o que passou, passou", "para a frente é que é o caminho", "águas passadas não movem moinhos", "não vale a pena chorar sobre leite derramado" e outros.
Foi, sem dúvida, noutro tempo e noutro(s) lugar(es) que se estruturou a subjectividade do presente, mas, por vezes, o retorno a esse passado - ainda que tão prazeroso ou sofredor - pode resultar num exercício de fuga ao real e, como tal, numa ilusão.
O que me parece mais eficaz e gratificante, aos 55 anos de idade, é viver e apreciar a vida de modo a valorizar cada momento. Compreender que a vida deve ser uma sábia combinação de ingredientes centrada no presente.
O passado não determina o presente, tal como o presente não determina o futuro. Dito de outra forma, o passado e o futuro são sempre função do presente, e não tanto o contrário, porque só são possíveis de avaliar, como passado e como futuro, no presente.

Gostei deste poste do olimpico...na me revejo na idade mas revejo-me nas palavras sábias.
Cumprimentos

Caro confrade Fármaco (Bronze)
Não quero deixar de lhe agradecer, não tanto por uma mera questão formal de educação, mas como expressão do reconhecimento de alguém cujas palavras foram reconhecidas por outro alguém, provavel/ mais novo, que as considerou como sábias.
O seu curto, mas significativo, comentário funciona para mim como um "fármaco" que me servirá de estímulo para outras eventuais futuras "incursões" neste tópico e/ou noutros.
Para si, também, os meus melhores cumprimentos.

Mais novo. Mas as palavras na têm idade, são passado, presente e futuro.
Quando os comentários dignificam o forum eu e fico grato por pertencer ao Gp.pt.
Não existe necessidade de agradecer...estamos, julgo eu, num espaço livre e democrático onde as manifestações se podem realizar...e da melhor forma possível... a educação e o Respeito.
Venham daí outras «incursões» neste forum...
Abraço

Eu nasci em 1980... e também eu me revejo no post... E penso que todos se lerem com a mesma calma e alma...

Mais nova

Boas palavras confrade

Woman K sses

Marc:

Fod@-se podes bem crer Marc!!! Mas diverti-me que nem uma put* com o cío!!!

O problema não é o saudosismo, o problema é que hoje em dia a malta mais nova não dá valor a certos pormenores da vida.
Eu dou um exemplo que se passou comigo:
- Há cerca de 15 anos, não existiam os cd's, as fnac's, as virgin's, as valentins de carvalho, etc, eram apenas uma miragem. Eu e os meus camaradas das hordas metaleiras, tínhamos uma enorme dificuldade em orientarmos os álbuns das nossas bandas favoritas. Por incrível que vos possa parecer, a lojeca de cd's ali do Nina, e a banca dos calés na feira, não tinham vinys nem cassetes dos Metallica!!! E o que é que a malta fazia?!?! Juntávamos um grupo de 4 ou 5, reuníamos o dinheiro da semanada, ou da mesada, ia-mos até às lojas que encomendavam os vinys do estrangeiro, e que depois faziam bootlegs para vender, e comprávamos o disco! Depois ia-mos para a casa de alguém, e passávamos a tarde inteira a ouvir esse disco 4 ou 5 vezes enquanto gravávamos esse álbum para todos.
Com isto, não censuro o aparecimento da internet e do chamado download ilegal, que facilita muito mais a vida a nós músicos que queremos espalhar a nossa música por esse mundo fora, mas que retirou por completo aquele sentimento que a malta tinha na altura em que saiu o "South of Heaven" de Slayer em 88.

Portanto! A tecnologia, e os avanços científicos, sim... são muito bacanos!... mas estar a partilhar o nosso tempo com pessoas reais de carne e osso, que partilham dos mesmos interesses, também!

Caro confrade Olímpico, os meus cumprimentos antes de mais, e permita-me que lhe cite uma pessoa e um português que muito prezo, o embaixador Marcello Mathias: "A história da vida de um homem é a história das suas nostalgias".

Um abraço
Eduardob

Por diversas vezes fui questionado sobre a minha idade e, como não me envergonho nem me orgulho dela, respondi:
- 55 anos.
Onde é que nós estamos, agora? Onde?
Não sei! Mas, alguns de nós estamos correndo para trás, em busca de algo quimérico, chamado "FONTE DA ETERNA JUVENTUDE".
Muitos de nós - homens ou mulheres - estamos em busca da reversão do tempo.
Pessoalmente, acho óptimo, porque a decrepitude também não é seguramente o meu sonho.
Porém, quem é escravo da repetição de padrões de vida está condenado a tornar-se cadáver antes da hora. A única maneira de se tornar idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos.
Há um truque que faz com que continuemos a ser jovens mesmo em idade avançada: a mudança.
Mudança? O que é isso?
Na realidade, toda a mudança factura um preço alto... emocionalmente muito alto. Antes de tomarmos uma decisão difícil, e/ou enquanto pensamos sobre a melhor decisão a tomar, os questionamentos são inúmeros e a vida pode até, por vezes, se destabilizar. Mas, não raras vezes, depois a recompensa aparece estampada no nosso sorriso.
Mudança? O que é isso?
Bota saudade na lixeira. Esvazia o conteúdo da reciclagem.
A "FONTE DA ETERNA JUVENTUDE" chama-se mudança.

Confrade Olimpico

A vida é boa quando estamos de bem com a idade que se tem (eu tenho 53). Já há muito tempo que se percebeu que a juventude não é eterna e aprendeu-se a viver com isso. Além disso, teve-se ocasião de viver totalmente a transição para a democracia e dá-se valor à liberdade de expressão, à (lentíssima) evolução da sociedade e às fronteiras abertas. E também se sabe que a vida é (normalmente) longa e se tem tempo para realizar muita coisa.

Realmente aquele tempo era melhor que agora, para os miudos irem brincar no parque tem de estar acompanhados por um adulto. Digo isto pq as vezes levo minha afilhada e fico lá a tomar conta! Não tem nada melhor do que o nosso tempo de infancia!!