Já conheci Gp´s cuja mentalidade da familia é o do "don´t ask, don´t tell" e portanto, desde que o dinheiro entra, não há perguntas. Mas também há outras, e será justo dizê-lo, várias, cuja mentalidade familiar não é essa, e descobrirem o que elas fazem, teria consequências familiares terrríveis. Uma destas últimas Gp´s, contou-me que sempre teve o esquema bem controlado, ou seja, fazia uma vida dupla na perfeição, sem levantar suspeitas. No entanto, segundo me disse, chegou a um ponto, de saturação completa, já sem paciência para estar a inventar desculpas, pelo que, se continuasse essa dupla vida, o mais certo, dado o ponto de saturação, era descair-se, e contar uma história mal contada, uma desculpa esfarrpada. E para evitar que isso acontecesse, decidiu cortar o mal pela raíz: terminou com o namorado, saiu de casa dele e cortou com todos os amigos comuns. Foi prudente, mas nem todas as Gp´s o são.

Já diz o ditado: "Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia acaba por partir." A GP que eu referi, foi inteligente, ao ponto de perceber, que já andava a levar o cântaro vezes demais e já estava a ficar cansada, pelo que, o mais provável seria a curto prazo o cântaro escorregar-se das mão e partir-se e como tal, para impedir que isso acontecesse, deixou de ir à fonte.

Já mantive uma situação de sobreposição ao longo de alguns meses. Tudo correu bem, mas ao fim de algum tempo eu achei que não podia continuar, pois estava cada vez mais perto o dia em que haveria estrilho. É tão fácil um telefonema trocado, um encontro inesperado ou ser visto por alguém quando era suposto estar-se noutro local.

Relativamente à questão das remessas de dinheiro para a familia. Quando se trata de uma Gp de leste, ou de uma zona pobre do Brasil, a GP pode fazer bem as coisas, sem levantar suspeitas. Por exemplo, uma GP ucraniana, que diga à familia que tem um trabalho normal, a ganhar 600 ou 700 euros, e envie 200 euros por mês à familia. O que são 200 euros na Ucrânia ? é o dobro do salário minimo. Pelo que essa GP, envia uma quantia de dinheiro, que para nós é pequena, mas que no país de origem dá para deixar a familia numa situação confortável e mais importante, não levanta suspeitas. Agora se começar a enviar 1000 euros, é claro, isso já levanta suspeitas.

Vamos imaginar que se tratava de uma GP portuguesa a residir no Luxemburgo ou na Suiça. Se disser à familia que ganha 2500 euros e envia para cá 1000 euros mensais, a situação é a mesma, não levanta suspeitas e deixa a familia numa situação confortável, pois tomara a muitos agregados familiares portugueses, ter alguém a enviar 1000 euros, todos os meses.

Interessante a vossa troca de opiniões.
Na minha opinião tudo é verdade e admissível.

Agora os tais sinais psicológicos talvez não sejam menores do que engravidar, parir e ter de sustentar-se, mais o filhote e muitas vezes mais o chuleco que a põe na vida.
Deve ser um trauma mas o empenho que elas colocam em se safar é uma pequena amostra do nosso espirito de sobrevivência.

Há uma escolha que a sociedade lhes dá.
Creio que haveria e há mais sinais psicológicos de quem anda abandalhada, algumas com uma biblia na mão e respectivo terço, com olhar distante, a balbuciar o que deve ser uma reza e completamente desesperadas por não terem absolutamente nada.
Muitas vezes perderam o pouco que tinham incluindo filhos, família, habitação decente, etc...

Costumo tentar conversar um pouco com elas, mesmo sendo eu algo reservado, aos poucos tento saber da vida delas.
São raras as que não me mostram fotos dos filhos.
E também acontece umas licenciadas que desejam, dizem elas, ter uma vida confortável e independente.
Vou acreditando em todas.
Mais, sem dúvida, nas que têm de dar o corpo para alimentar ou safar da pobreza uma catrafada de familiares e chegados.

Mas no fundo muitas são artistas, com treino especial em tentar sacar o máximo.
As traumatizadas serão as que nunca assumiram serem o que são pelos motivos que o levaram a fazer.
Seja por necessidade seja por apetência pelo luxo e vida fácil.

O dinheiro que ganham não é fácil. É rápido, o que é bem diferente.
Outras há que se conseguem ambientar e até há quem goste.

Uma certa acompanhante, trintona para quarentona, que desapareceu das lides mas já vi aqui quem perguntasse por ela contou-me que tinha comprado um apartamento no Brasil, e que o filho vivia aí e estava a estudar na Universidade. E a mamã a pagar e ele nem se interrogava de onde vinha o dinheiro.
Era, segundo ela, mau aluno.
Mas naquela altura ela preferia ficar por cá até pagar tudo.
O que me parece que fez...
Era uma boa acompanhante, envolvente e charmosa.
Mas via-se bem que o meio de onde provinha era pobre e que deveria ser um osso não fácil de roer.

Dizia ela que o que a chateava é que sempre que entrava naquele apartamento, bem situado em Santa Catarina, onde vivia o filho, ela só via nas paredes caralhos!
Era assim, dizia ela, que elas tinha sido compradas.

Mas quem é que está bem consigo próprio, não tendo orgulho em quem é, ou naquilo que faz

Ora estar numa situação destas e ainda para mais com a carga social inerente de ser acompanhante, só as miudas/mulheres com muita personalidade e mais fortes psicologicamente passarão por isto sem traumas e dependendo do tempo que o forem.

Se eu, casado e com filhos, faço uma vida dupla, em que ir às meninas já é para mim uma rotina como ir ao ginásio e não consigo ultrapassar os meus problemas de consciência, imagino elas.

Que problemas de consciência ?

"Olhos que não vêem;
coração que não sente"

Eu fiz um juramento, na minha óptica não a Deus, porque sou ateu , mas à minha mulher. Os olhos dela não vêem, mas o meus vêem e bem very good stuff

Para além desse meu problema, tenho outro que é ter a noção de não conseguir controlar este vício já de longa data e bem dispendioso por sinal

Ir às GP`s pode ser um vicio?

Claramente. Não tem sentido que um gajo hoje tenho uma queca do caraças e amanhã, quando acorda. a primeira coisa que pensa é: qual é a gaja para hoje?
Isto não é vício?

É um vicio e noto que quanto mais assíduo deste forum, mais o vicio cresce.

E tudo graças aos TD's que os companheiros apresentam que despertam o interesse em visitar uma GP!

O confrade está em muito pior estado do que eu.

Eu acordo a pensar, está quase a acabar a semana, vou-me aguentar, mas depois na Sexta, caio quase sempre em tentação. 2/3 semanas sem uma por fora e fico completamente alterado, é um vicio mesmo.

Pode ser que agora com os feriados em Junho, férias em Julho e Agosto, consiga ficar um período sabático sem mijar fora do penico.

P.S. - Eu devia dizer "eu acredito", mas sinceramente sei que vou estar nas férias sempre a tentar uma desculpa para dar uma fuga e uma facadinha

Novo P.S. - Desculpa lá forasteiro, estamos a afastar-nos do tema do tópico, epá mas eu penso que os nossos problemas são mais importantes para serem debatidos

Na boa confrade Leonidas I!

Eu estou a gostar do que leio, embora sem grande tempo para participar de forma elaborada!! Força aí nas teclas!

Em relação a irmos ás nossas queridas GP´s, ser um vicio!
A primeira vez que fui, e não foi há mt tempo, em comparação com grande parte dos confrades, uma GP disse-me que a minha 1ª ida ás GP´s iria-se tornar um vicio, e na verdade, é!
Não posso ir quantas vezes desejaria, mas de vez em quando lá tenho que saltar do penico!

Fiquem bem

Li não sei onde que quem conhece as GPs nota imediatamente se o foram no passado ou não. Fica-lhes qualquer coisa de detectável. No caso das GPs não tenho esse dom, mas penso que com os toxicodependentes se passa a mesma coisa. Por várias razões (que não o consumo) lidei com eles, e ainda hoje sei se alguém foi consumidor, mesmo que o tenha deixado de ser há muito tempo. É algo na voz, no olhar, na atitude que os denuncia.
Há quem diga que o mesmo se passa com as GPs.
Há uns anos conheci uma já reformada (embora andasse na casa dos 40). Tinham sido as irmãs que a tinham afastado dessa vida, algo que não se cansavam de dizer com orgulho.
Passou a ter empregos precários e mal remunerados, bem como dois filhos a criar sem um pai para ajudar.
Foi ganhando confiança comigo, e contando-me coisas do tempo em que era prostituta. Quando as irmãs não estavam por perto, o discurso era completamente diferente, e foi com surpresa que notei que falava desses tempos com nostalgia. Era desejada pelos homens, não lhe faltava dinheiro, e como pagava tudo a todos, também não lhhe faltavam amigos.
Se lhe notei remorsos, foi antes por ter deixado essa vida, sobretudo pelo desafogo financeiro, mas também pela liberdade que usufruía.

Quanto a ser um vício, é completamente.
Embora tenha uma vida sexual satisfatória com a minha namorada, não passa uma semana sem que vá visitar uma GP.
E a verdade é que a minha namorada é melhor que a maior parte das GPs que frequento (pelo menos fisicamente, porque em experiência não se pode comparar), embora algumas a metam num chinelo.
Bem, o vício é tal que por vezes até desejo que a minha namorada não queira pinar tantas vezes para não me tirar a vontade de ir às GPs.