Confrade, essa imagem ficou-lhe mesmo na memória !!!

O que eu sinto é o seguinte: em condições normais tudo corre na maior; apenas é necessário mais concentração do que no passado. O que me preocupa é a tendência para aumentar de peso (e a dificuldade em perdê-lo) e as suas implicações na saúde.

De qualquer forma, há algo que mudou muito: qualquer cinquentão (ou sessentão) é hoje em dia uma pessoa muito mais jovem do que há uns anos atrás. E é um facto: as garotas não se queixam da idade.

Boas Confrades,

Palavras sábias dos dois...!!

Como o tópico já divergiu por vários caminhos...vejamos agora por outro prisma que vai de encontro a alguns dos comentários aqui efectuados...velhos são os trapos...chamemos "mais maduros"...isso sim é o que vamos ficando, e assim sendo as GP's...que são humanas como qualquer um de nós, preferem também quem sabe, um "mais maduro" que talvez renda o mesmo ou até mais, mas também têm um sabor especial, porque desengane-se quem pensa que as Gp's só cá andam por dinheiro...há-as quem tiram muito prazer da profissão.

Daí, tal como muitos de nós, quando vintões procuramos mulheres "maduras" porquê?
...o ser maduro trás as suas vantagens, daí o Confrade Jolinho ter sido chamado de "vovozinho gostoso"...e a netinha gostosa não gostou?

Ainda quarentão...só realmente me preocupa o citado acima pelos confrades...de resto..força na verga..com calma ou depressa...tanto faz...!!!

Já não é a 1.ª GP a dizer-me, pois já me preocupa um pouco o meu peito descaído... ...para não me preocupar com isso, pois...sem ofensa para os mais jovens....que atendem muito jovem nem sabe bem o que está a fazer..."é só vira que desengata"...e pronto já está vamos embora!!!

Cumps. e façam o favor de ser felizes e maduros...os que são...espero chegar a bem madurinho!!

Por isso deixemo-nos "amadurecer" calmamente e sem preocupações...e um dia havemos de pilotar um avião...pois há aviões que gostam de ser pilotados por pilotos experientes!!

É verdade que estar na casa dos 50 ou 60, não é o mesmo que antigamente. A esperança de vida aumentou, logo, o conceito de "velho" também. Depois há evolução da medicina, hábitos saudáveis que as pessoas começam a ter, desde cedo, como a prática do desporto. Isto leva a que, normalmente, um tipo na casa dos 50, ou dos 60, normalmente, parece ter 10 anos a menos.

Claramente de acordo, apesar de que nascemos no princípio da década 50 do século passado, o que significa que só se safavam os mais capazes, ainda dentro da "lei vigente" na altura de que só os mais fortes iriam sobreviver. Eu, por exemplo, nasci com 5ks e demorei 5 dias a nascer e foi preciso trazerem-me para a Alfredo da Costa.
O meu pai quando tinha 60 anos, agarrava numa saca de 50 kg e punha-a facilmente às costas, tendo ele uma envergadura semelhante à minha, eu levanto-a do chão com muito esforço, quanto mais, colocá-la ao ombro. Ainda dá para brincar com uma GP de peso semelhante, com a diferença dela colaborar um pouco.
Ah ah ah!

Vamos separar o conceito de aparência fisica, com o da maturidade, experiência profissional e pessoal. E amturidade, aliada à experiência pessoal e profissional, tem-se alterado radicalmente, de geração para geração, bem como o conceito de idoso, de ser velho.

Eu tenho 31 anos. Faço parte de uma geração, que sob o ponto de vista de maturidade, experiência de vida pessoal e profissional, vai envelhecer, muito tarde. E porquê ? Desde logo, faço o termo de comparação, com o meu pai, que tem 60 anos. O meu pai, acabou o curso universitário aos 23 anos, teve azar, e ainda foi para a Guiné, uns meses antes do 25 de abril, em serviço, mas para a linha da frente. Casou aos 24 anos, como quase todas as pessoas da sua geração, que foram para a universidade. Há 20 atrás, o meu pai tinha 40 anos. E como 40 anos, já levava quase 20 anos de uma carreira profissional, consolidadíssima (com uma guerra a abrir) e quase 20 anos de vida de casado, e com dois filhos. Há 20 anos, o meu pai, não era visto como um jovem profissional, ou um jovem pai. Hoje com 60 anos,à beira da reforma, em termos de aparência física, está muito bem conservado, todos lhe dão, menos 5 ou 10 anos. Do ponto de vista pessoal e profissional, tem uma experiência de vida riquíssima.

Como disse, tenho 31 anos, e o que é que eu vejo das pessoas da minha geração ? É claro, já há muita gente casada e com filhos, mas também há os casados, que vivem com os pais, pois não têm condições financeiras, para se sustentarem sozinhos, ou aqueles, que mesmo vivendo em casa própria, não têm, nem estão a planear ter filhos, devido à precariedade laboral. Há ainda aqueles, que já sendo casados, continuam a receber a "mesada" dos pais. E depois, há toda aquela enorme "falange" da geração "casinha dos pais", que se licenciaram, e andam de estágio não remunerado, em estágio não remunerado, e que aos 30 anos, estão desempregados, ou os mais "sortudos" em atliers de arquitectura ou escritórios de advogados a receberem 500 euros por mês, e que não podem, ter a sua casa, casarem, e pensarem em ter uma familia. E daqui a 10 anos, chegados aos 40 anos, e sendo optimista, estão a começar a consolidar uma carreira profissional, vão casar e sair da casa dos pais, e aí, aos 40 anos, vão ser jovens profissionais, e jovens pais. E chegados aos 60 anos, não vão ter um 1/4 da experiência de vida, quer pessoal, quer profissional, da geração do meu pai.

Falei do meu pai, mas se descer mais 3 gerações, para a do meu avô, que ainda é vivo aos 90 anos, então o extremo é total. O meu avô, aos 40 anos, já levava 30, de vida profissional, num meio rural, onde morriam muitas crianças e muito recém-nascidos, onde o médico, mais próximo vivia a 30 km, e onde não existiam o conceito de segurnaça laboral. Nesse contexto, aos 40 anos, o meu avô, tinha muita sorte de ainda estar vivo, provavelmente, as gerações mais novas, olhavam para ele, como um velho e em que a probabilidade de viver mais 10 anos, era bastante reduzida.

Eu conheço gente sábia entre os mais velhos do que eu. Gente que cresceu muito antes de haver televisão e que, como tal, tem muitas vezes um grau de literacia elevado para a instrução que teve. Também conheço gente da minha idade que está agora a acordar de um sono profundo em que andou durante muito tempo. Infelizmente acorda pelas más razões: pelo susto que a crise provocou.

Entre os mais novos vejo de tudo. Desde gente que não distingue o PR do PM a gente que tem uma preparação muito boa para a vida. Digo muitas vezes aos meus filhos, que têm vinte e poucos, que eles estão a fazer um óptimo percurso (felizmente).

No fundo, aquilo que é importante é que saibamos ouvir os outros e comunicar com eles. Isso faz-nos envelhecer mais devagar e melhor.

Os hábitos sociais e os comportamentos alteraram-se muito nas últimas décadas e com isso, alterou-se o conceito do ser velho.

Nos anos 80, ainda eu era criança e recordo-me que ainda era hábito, o parente mais velho ir morar com o filho/a. A avô com 60 anos, vivia com o filho/a, e passava os dias a tricotar, e gostava de falar de doenças ou de contar história que acabavam com a moral do "no meu tempo é que era bom". Ainda faziam parte de uma geração, em que não era normal, as mulheres terem carta de condução, pelo que sair, normalmente, só o faziam acompanhados dos filhos/as. E para mim, na altura, esse estereótipo da mulher de 60 anos, era uma velha para mim.

Hoje em dia e eu vejo isso, na geração da minha mãe, as mulheres de 60 anos, gostam de se vestir bem, ir ao cabeleireiro, ao ginásio, têm carro, vão passear, jantar com os amigos, vão ao cinema, ao teatro, e gostam de viajar para o estrangeiro. E agora, olha-se para uma mulher de 60 anos e é certo, não é uma jovem, mas também já ninguém diz que é uma velha.

Confrade Morpheus

Bem digo eu,que tenho idade para ser pai ou avô de alguns que por aqui andam.Sou da idade do seu pai e também estive na Guiné em 1973/74,como alferes miliciano no batalhão de engenharia.O 25 de Abril contribuiu para que viesse mais cedo com 14 meses cumpridos e por ironia do destino,teve o comando da revolução instalado no RE1 da Pontinha,onde também estive.

Também passei por lá muito rapidamente, mas era de Cavalaria, estava mesmo só de passagem.
Ah ah ah!
Estamos velhotes companheiro.

Amigo litlehouse

Não estamos velhos coisa nenhuma,desde que não descuremos as revisões à máquina,e não faltemos aos treinos continuamos a ter lugar de caras,no primeiro time.E pela perfomance de que o amigo dá provas,os mais novos que se cuidem.

Um abraço,e continue com a sua boa disposição.

Amigo Estroina,

É verdade que este está a ser o melhor tempo da minha vida, porquanto, como todos nós, os últimos 36 anos foram de trabalho intenso e de pura sobrevivência. Não me queixo de nada e estou plenamente de acordo consigo, mais, estou agora a aproveitar uma boa parte do que não aproveitei até agora.

Força amigo,agora mais que nunca,a máxima é sempre,o "carpe Diem"

Estroina: "também estive na Guiné em 1973/74,como alferes miliciano no batalhão de engenharia.O 25 de Abril contribuiu para que viesse mais cedo com 14 meses cumpridos..."

Pois eu ainda sou um pouco mais velho. Fui expulso da faculdade, incorporado compulsivamente na tropa; desertei e passei uns tempos em Paris onde até aproveitei para continuar a estudar, para além da mais que evidente actividade politica.
Regressei a Portugal a 26 de Abril de 74.
Tenho mais de 36 anos de trabalho / emprego consecutivo. Já sou avô várias vezes e, podem crer, ainda é melhor que ser pai!
Não me considero velho, mas para algumas coisas já me sinto um pouco gasto e porque não tenho cuidado nenhum com qualquer das partes da nossa máquina, por vezes acabo por me ir abaixo. Mas não fico zangado qua ndo me chamam de velhote, pelo contrário...
Quanto a reformar-me ... Ainda estou à espera que me proibam de trabalhar. Enquanto naõ sair essa lei, cá vou indo. O que é que fazia naquela imensidão de tempo livre? Note-se que com a minha profissão tenho bastantes tempos desocupados (para alegria de certas GPs...)
Depoois há outra questão - deixava de poder fazer greves, o que vai contra os meus princípios ...

Uma questão ainda não abordada, é que vale a pena ser mais velho no que toca, ao relacionamento com as Gp´s, pois isso, é garantia de quase sempre, ter um melhor atendimento.

Em primeiro lugar, porque a idade é um posto, há um maior respeito quando o cliente é mais velho. Depois, eu por mim falo, tenho 31 anos e sou solteiro, e como tal, surge sempre, os esterótipos que as Gp´s fazem dos clientes, em que o cliente mais novo, quando é solteiro, gosta de saltar de casa em casa, quando é mais velho e é casado, é uma pessoa mais pacata, mais fácilmente fidelizável, logo, a qualidade de atendimento, vai-se reflectir nisso. Apesar, de como é óbvio, por vezes, da teoria à prática, vai uma distância, muito grande.

Há sempre o lado negativo: Quando do outro lado, está uma artista, uma GP que quer dar a "golpada" e que vai começar com "falinhas mansas" e contar um "psedo-drama" qualquer da vida, então nesse caso, o tipo mais novo não é um bom alvo, ao contrário do fulano mais velho.