Isto da malta vender a alma ao euro é do caraças...

bruno, antes de mais obrigado por me deixares ficar com a bicla, ò pá já não estou em idade de andar nos stcp... e parabéns pela máquina

Deixa-me lá tentar enquadrar isto com o tópico, que é sério:

- Parti do princípio que estávamos a abordar o tráfico numa perspectiva internacional, ou seja n limitada à realidade portuguesa. parti desse pressuposto, quer pela definição de tráfico (que normalmente é entre dois países), quer pelo facto do confrade Kung-fu ter mencionado espanha no tópico de abertura. Se a discussão estiver limitada a Portugal, então calo-me já.
- A minha experiência nesta, digamos que "área de actividade" é 95% internacional, mais concretamente asiática (ai que saudades... ) . Aliás o meu primeiro TD em Portugal, têm apenas 1 ano... E já estou nos trinta... Dai que as minhas opiniões e experiência são com certeza muito, mas mesmo muito diferente da tua. Não quero dizer melhores nem piores - somente diferentes.

Como sabes no Oriente o tráfico atinge proporções inimagináveis, já estive em muitos privés (massage parlors) fantásticos com "aquários" de 50/60/70 miúdas. Todas 8/9 (escala de macau, é de onde vem a numeração... Para efeitos comparativos, a Jade nos seus anos de ouro pode ter sido um 7/8 ). A opção Prives vs Escorts, é uma opção pessoal, nunca ninguém vai chegar a uma conclusão - tens páginas e páginas no ISG a discutir esta opção, e sem conclusões... Não vamos por ai, e esse não é o assunto em discussão.

Aquilo que me referi e mantenho, face à minha experiência, é que é mais provável uma GP de Privé estar a ser coagida / explorada face a uma independente. Obviamente nem sempre será assim. De qq forma é a minha opinião.

Abraço (sentido),

PS. Relativamente ao teu comentário dos restaurante, era escusado. É que eu encaro as GP's com "frieza", é puramente sexual, não vou lá para me apaixonar... e sim, por vezes prefiro uma boa experiência gastronómica a uma GP: depende da onda...

Parece-me quase um debate sobre o sexo dos anjos.
Meus amigos, não podemos fazer comparações deste tipo, até porque, penso eu, o debate é acerca do tráfico para a Europa Ocidental. Se entrar na discussão América do Sul, Ásia e mesmo África, então os termos comparativos serão inócuos. Basta ver a cultura de cada povo, o estado económico, a religião, o meio social, o desemprego, as condições de vida e a maneira de estar de cada povo.
O que na Europa é considerado intolerável, na Ásia, África, etc., é considerado normalíssimo. Quando discutimos tráfico, deveriamos começar por discuti-lo dentro de portas, e segundo as nossas regras, porque se discutirmos o tráfico comparando-o com outros povos, entramos numa discussão dantesca e sem retorno.
Só para lembrar a diferença entre povos, no que respeita ao tratamento da mulher, temos exemplos religiosos e tribais, quer em África, quer na Ásia que para nós são autênticos crimes e no entanto faz parte da maneira de ser desses povos.
Exemplos? Ainda hoje, por exemplo em África, nalgumas tribos, a mulher aos 8 anos é iniciada sexualmente pelo próprio pai...
Finalizando, penso que este debate, deve começar dentro de portas, tráfico de mulheres, também existe neste rectangulosinho, senão cairemos na asneira de comparações que não nos levam a lado nenhum.

Pode também ser o próprio marido como já se noticiou mais que uma vez na prensa diária

Pode si-senhor. O DC que o diga. Já escreveu por aí uma história hilariante acerca disso, assistida pelo próprio, com direito a despedida à francesa.
Cá para nós, soube mais tarde, que o DC saiu a toda a velocidade em direcção à sua residência... Vá-se lá saber porquê...

Se me lembro bem o ano passado um dos canais de TV exibiu
uma reportagem sobre o tráfico de mulheres,
e os especialistas na materia frisavam que em Portugal
estava a aumentar o recrutamento de mulheres para esse fins
mas eram mais procuradas as estrangeiras, legalizadas ou não

Ainda hoje o CM na última página, refere um julgamento em que na rede de tráfico estava envolvido um funcionário da Alfândega.

Se a ideia é seguir um sentido unilateral, como que distribuir iluminação sobre os irmãos, então não é um debate, mas algo mais do género dum sermão...

O que há para debater? "Estamos" (penso que falo por todos, se alguem não se revir nas seguintes palavras que se acuse) todos contra exploração sexual de menores, assim como tráfico humano, ponto final.

No caso de crianças é fácil ver se é menor ou não (é não é?) e aí não só não molhamos o pincel como ainda, pelo menos, sentimos a obrigação de denunciar a situação.
Tratando-se de tráfico a coisa torna-se mais complicada porque não é assim tão óbvio. E é aqui que as coisas mudam de figura. Estamos contra produtos feitos por trabalho escravo (não é?) portanto uns compram aqueles que tem quase a certeza de que não são (made in italia, acompanhante indepedente...) enquanto outros percorrem a área cinzenta e vão comprando as coisas enquanto não virem a etiqueta "feito com trabalho escravo/infantial, etc", ou medo vísivel, nódoas negras, submissão extrema, sintomas de tráfico humano para exploração sexual. A partir do momento em que há suspeitas plausíveis de tráfico humano aí é obrigação do cliente rejeitar e denunciar.

Pessoalmente já fui a várias casas, e quando quiser volto, e nunca senti que alguem estivesse nessa situação. Tambem nelas só estive com portuguesas (excepto o Poço, se é que é considerado casa), onde depois falava e dava para perceber que estavam naquilo porque queriam. Muitas até já não estão no sítio onde estavam, mas sim noutros (terá sido revenda?). Se suspeitar de alguma coisa afasto-me primeiro e denuncio depois. Agora, por força deste "debate" ser obrigado a assumir a obrigação de só conviver com escorts independentes pagando 150€ ou mais por hora porque todas as casas traficam humanos e exploram sexualmente, isso não. Vamos debater mas é isso mesmo, de-ba-ter...

Olhando transversalmente este tópico, oferece-se, a este vosso frade, dizer o seguinte:

- Onde estarão, em Portugal, a trabalhar neste momento as mulheres colocadas pelas redes de tráfico?
- Que nacionalidades têm elas?
- Que idade têm elas?
- Quanto custam?
- Como operam, como se promovem e onde e por quanto aceitam a rapaziada?
- Como se pode combater isto (autoridades e sociedade civil)?

Acho que estamos a flutuar no limbo. Parece-me que o centro de debate está aqui: Definir o perfil, o modus operandi, a realidade do trabalho e mercado. Três ideias para três eixos de debate.

DC

Foi a isto que me referi no princípio. Um debate carece de organização e deve estar orientado por traves mestras e para objectivos específicos ou acaba-se numa divagação à mão solta.

Sugeria talvez, como mandam as regras, que se dividisse o debate por grupo de ideias. Primeiro descasca-se uma até ao âmago da coisa. Quando se concluir a discussão, resume-se o tópico e apresenta-se sinopse. Passa então o grupo de trabalho à próxima, e assim sucessivamente, para no fim fechar. O moderador deve fazer um resumo de tudo o que foi dito e apresentar conclusões dos trabalhos.

Por isso sugeri que houvessem moderadores diferentes. De outra forma torna-se no remake do «never ending story», que esteve na berra lá para os anos 80, e nunca mais se pára cada eixo.

DC

Pois, mas segundo fontes governamentais (PSP, PJ, SEF, MAI), mais de metade estão centradas nos dois grandes centros urbanos. São dados do ano passado, atenção.

DC

Mas somos nós que definimos o perfil, pelas nossas percepções ou simples especulações, ou o perfil encontra-se definido, pelas estatísticas nacionais? Da mesma forma que conseguiste afirmar que elas estão maioritariamente nos centros urbanos, não consegues responder às outras questões? Será que a resposta final leva invariavelmente a casas/agências/clínicas?

Gostava de saber onde é que isso está escrito , porque a maior parte das miudas não estão centradas em lado nenhum...hoje estão em Lisboa , amanhã no Porto , depois em Viseu ou no Algarve a fazerem umas praças. Alias , muitas delas sabem perfeitamente que se ficarem muito tempo no mesmo sitio deixam de ser novidade e começam a encostar , mesmo conseguindo manter alguns clientes. As gps. de top andam entre Portugal e outros paises...Espanha , Inglaterra , Italia...

Ó alucinante, vamos lá ver se nos entendemos, mermão. Não abri o tópico. Concordei com a importancia dele. Toda a gente concordou que se devia debater a sério. Num debate não há ideias pré-concebidas. Há ideias. Não sou o único forista no debate, nem sequer tenho estado na discussão, e o total de confrades que aceitem debater o assunto levarão à direcção independentemente de resultar de especulações ou nao.

Como calcularás nao tenho receio que me leve onde tiver que levar mas, ao contrário, pergunto se tens tu receio que leve a isso. Quanto à minha posição é simples, nao vou por-me a rezar aqui o que se passa porque se o fizesse acabava-se o debate e terias um ensaio ou uma dissertação, como preferires. Não foi isso que se veio propor aqui, foi um dabate.

DC