Jolinho escreveu:

"E já agora digo mais uma coisa: gosto do fórum. Este fórum é frequentado por gente decente. (Não pode dizer-se o mesmo de outros fóruns dedicados a outros assuntos)."

Mesmo sendo fora do tópico, achei que vale a pena reforçar esta afirmação, sobretudo, no que concerne a "gente decente". Saliento isto, porque, só com pessoas decentes, se conseguem discutir, partilhar, de forma educada, todos os tópicos que por aqui vão sendo lançados e, alguns, como este, de cariz bastante intimista, pessoal, mesmo que a coberto dos nicks.
Este é, para mim, o grande "gozo" que me dá andar por aqui e poder, abertamente, falar de tudo, sem sentir que corro o risco que ver "achincalhados" os meus pensamentos ou as minhas opiniões.

É um prazer andar por aqui, acreditem.

Acho que já tive oportunidade de dizer o mesmo. Este Forum apesar do seu "core business" serem GPs é frequentado por muitos cavalheiros e até algumas damas de nível.
De vez em quando aparecem umas nódoas que rápidamente desaparecem. E até ás vezes uns Cromos ( tipo Joaquimm) que dão outro colorido.

Sobre o tema deste tópico sou pouco dado a introspecções, mas concordo com o Abrunhosa (gajo que nem gramo) " Não dar o corpo pela Alma..."

Caros Confrades,

Em primeiro lugar, quero saudar o Confrade Plutão pela abertura do tópico e pela abertura da alma para partilhar connosco o que por lá vai. Nessa linha, agradeço a todos os Confrades que aqui também abriram a alma. Mesmo escudados no anonimato, acredito não ser fácil falar a partir de cá de dentro. Ou talvez não... Pelo menos para mim é.

Corpo e Alma. Sexo e Amor (uma das suas muitas formas). Ou então a fusão de ambos - o melhor dos dois mundos...

A pergunta que não quer calar será: o que andamos à procura? Cada um de nós, a cada telefonema, o que quer encontrar no lado de lá da linha?
Em muitos TDs lemos a resposta mais óbvia: sexo cru! Uma espécie de experiência pornográfica, de posições e performances. Depois em alguns posts, temos indícios do aqui não se escondeu: a procura de uma ligação num outro nível: não apenas corpo, mas "Corpo e Alma".



Mas mesmo para quem procura o sexo cru, para muitos é difícil não esperar outras "recompensas": destacar-se do resto da carteira de clientes, ser único! É o Ego! Como magistralmente colocou o meu amigo litlehouse (desculpe a confiança, mas sinto assim):



O Ego leva-nos a querer ser vistos como únicos (é perfeitamente normal), a sermos recordados, a termos "benesses" ou "borlas". É incrível, mas trabalhariam os Confrades de borla? Para as GPs isto é o trabalho delas, a fonte de rendimentos e por isso de sobrevivência. Eu entendo que a questão das borlas nem será pelo dinheiro em si, seria pelos afectos que a borla viria comprovar. Uma vez mais, Corpo e Alma.

Por isso, o encontro com uma GP profissional (não me refiro às mercenárias!) deixar a alguns, um sabor amargo na boca:



Mas o que mais interessaria às GPs? Corpo e Alma, levando a relação GP/Cliente a outro patamar (mais ainda que GFE, ou melhor GFE real), não seria entrar em terrenos mais perigosos? Para além do dinheiro, de preferência ganho de forma fácil e/ou divertida e/ou prazeirosa e/ou ..., que mais se espera que elas procurem?

Sendo eu complexo por natureza, tenho dias de desejo cru e carnal e tenho dias de desejo de intimidade e partilha. Para estes últimos, tenho reservado uma GP com quem isso faz sentido. Nos primeiros tempos, cheguei a sair de lá meio confuso. Agora, sinto carinho e saudades dela, mas sem "misturar" emoções. Imagino que ela desconfie que sou muito adepto de GFE, e talvez pense que sou assim com todas. Espero que assim seja, porque nunca quis "destacar-me" da sua carteira de clientes. Se isso acontecesse, talvez aí sim, me viesse a baralhar seriamente e isso seria problemático e iria causar grandes sofrimentos a várias pessoas... Paradoxalmente, quando tenho dificuldade em encontrar-me com ela, ou sinto que ela não altera a agenda por minha causa, sinto uma espécie de alívio. É bom saber que a ordem natural das coisas se mantém. É uma transacção comercial, ainda que nos entretantos, até daria para jurar o contrário.

Abraço aos Confrades, especialmente ao Plutão, e beijinho à Lauragordinha.

Gabarola não, pateta talvez

O Confrade VLX sublinhou:

"litlehouse Escreveu:
Cada um de nós, à sua maneira, sai desses encontros como um campeão, cada um de nós vem para aqui “gabar-se” disto e daquilo, como se fosse nosso esse património, pior, cada um de nós lê o que o anterior escreveu e espera que ela reaja de forma semelhante ou, de preferência, melhor ainda.
(...) cada um de nós espera que ela o considere único e que o faça sentir isso mesmo.
Somos uns patetas gabarolas..."

e concluiu:
"O Ego leva-nos a querer ser vistos como únicos (é perfeitamente normal), a sermos recordados, a termos "benesses" ou "borlas". É incrível, mas trabalhariam os Confrades de borla? Para as GPs isto é o trabalho delas, a fonte de rendimentos e por isso de sobrevivência. Eu entendo que a questão das borlas nem será pelo dinheiro em si, seria pelos afectos que a borla viria comprovar. Uma vez mais, Corpo e Alma."

Amigo VLX, confundiu essa pertença de que falo com "borlas". Borlas é a última coisa que eu quero que uma GP me dê, no dia em que alguma me fizer essa proposta, eu deixarei de a visitar.
A pertença que falo, refere-se a entrega, a atenção e afectos, isso sim, cada um de nós espera que elas nos tratem de forma singular e não como se estivéssemos numa linha de montagem e fossemos o "next".
1 abraço

... e fôssemos o last!

Seria a mesma coisa, os tempos continuam a ser cronometrados, como se fosse a primeira peça, a velocidade das ferramentas é a mesma e a rotina é perfeitamente igual, aliás, podemos ver isso no saudoso "Tempos Modernos", do não menos saudoso Charlie Chaplin, apenas este com muito mais graça.
Ah ah ah!

Amigo litlehouse, referi as "borlas" num contexto específico: acredito que mesmo Confrades que procuram sexo cru e buscam e/ou já tiveram "benesses/borlas" acabam por as procurar/receber, consciente ou inconscientemente, como uma ligação "extra" (não enquadrável numa ligação de sexo cru). Não sei se me estou a fazer entender...

Como o meu amigo, jamais aceitaria borlas (por muitas razões). Caso contrário, teria de me inscrever num outro forum, dedicado a namoradinhas ou amigas coloridas. Tirando telemóveis, estamos sintonizados.

Então o vocabulário terá de ser alterado, porque "borlas" são sempre borlas. Uma coisa são borlas, outra benefícios, não significando este último, que exista alguma gratuitidade, mas sim, que existiu alguma vantagem, diferença em relação ao habitual, mas não houve borla.
As minhas ligações são sempre de sexo, nu e cru, e só isso, aliás, explícito nos diversos post's que escrevi, o que não invalida que não possa existir admiração, respeito, carinho e amizade, mas têm sempre como fim o sexo na sua mais crua componente, isto é, a pagantes.
1 abraço

Não esperava vir a este tema por esta questão , acho que está-se a misturar alhos com bugalhos.

Uma coisa é a entrega a nível emocional mesmo que remunerada , em qualquer trabalho se houver um empenho , gosto e prazer no que se faz , podem ter a certeza que o receptor será muito melhor servido. E no caso de quem presta o serviço , fica tudo muito mais fácil e com muito menos stress.

Penso que já escrevi algures isto , mas vou voltar a repetir.

Normalmente quando marco com uma GP , faço sempre questão que seja uma hora , não por ser um gajo endinheirado , nem sequer para marcar um estatuto , mesmo nestes dias da crise , quem sempre teve dinheiro continua a tê-lo.
A razão principal prende-se ao facto que quero ter tempo , quero demonstrar vontade de que estou ali para desfrutar daquele momento , de que não vou ali com o intuito de simplesmente esvaziar e já está , para isso ia ao Low-Cost e tratava da coisa sem despender tanto.

A simples escolha de ser uma hora , para a GP mais conhecedora deverá logo à partida ser um factor diferenciador do cliente , não o faço por termos elitistas. Não acredito que haja muitos clientes que vão para uma hora e queiram dar mais que duas pinadas. Já algumas vezes aconteceu eu querer ficar a hora e esta não ser suficiente para dar a segunda e não foi por isso que fiquei insatisfeito. Nessas ocasiões houve sempre a atenção da GP de levar as coisas com calma e quando chega o fim da hora , vou ao banho e até à próxima. Noutras vezes , acontece ela perguntar se eu quero a segunda e eu digo sempre que sim , obviamente , com a ressalva de perguntar se não estou a causar qualquer tipo de transtorno.

Será que se tem de considerar como borla , o simples facto de que a GP se predispôs seja por afecto , amizade ou simples profissionalismo a prolongar o tempo institucionalizado? Se acham que sim , qual é o comportamento correcto? Levo um cronometro e quando soar a badalada , digo que terminou? Qual é o sentido disso?

Uma vez uma GP tocou nesse tema das borlas e eu mais ou menos a brincar disse-lhe ; se algum dia uma GP me quisesse dar uma borla que lhe perguntava se estava apaixonada por mim!!!
Tudo o que eu faço dentro das paredes do quarto da GP é pago , se por ventura houver convite para algo que não seja naquele quarto , não deixo sombra de duvida que não estaremos a falar de sexo mas de uma saída entre amigos. E se por acaso nos levar ao quarto , essa pessoa passa não só a ser simplesmente uma amiga mas também uma GP e receberá o pagamento pelo sexo e não pela amizade.

Se eu preciso simplesmente de conversar , certamente que as pessoa que procuro são os amigos , quer se incluam GP's ou não e para isso nunca tive de pagar. Quem não souber destrinçar uma situação da outra , tem as ideias muito baralhadas.

Podem ter a certeza que não vou às GP's à procura de ter borlas!!! Vou sim à procura de Prazer para o Corpo e a Alma!!!

Diferentes interpretações de semântica, e metáforas, à parte, sei que bem compreendi as vossas palavras, Confrades litlehouse e peterpetrlli. Só não sei se fui claro e consegui passar a minha mensagem.
Agradeço-vos os post. Sinto-me enriquecido através desta troca de ideias.

E agora, vou deixar a educação e as meditações de lado e voltar a minha atenção para

Carpe Diem

Conhecer uma não GP, alguém que desperta em nós uma forte atracção e andar atrás dela e pelo meio jogar-se ao "jogo do gato e do rato" e no final conseguir-se algo com ela, é óbvio, faz muito bem ao ego. Agora, se vimos a descobrir, posteriormente, que essa pessoa, só anda connosco, motivada por algum interesse, que nós temos para oferecer, aí sim, é um soco no estômago; o ego fica ferido.

Agora com as Gp´s não é assim. Eu tenho uma relação mais ou menos fidelizada com uma GP, há 2 anos. E se a tenho, é porque procuro prazer e obtenho-o para o corpo e alma. É claro, paguei na primeira vez, como paguei, aol longo dos 2 anos. Agora, se eu entrasse no apartamento dela pela primeira vez, com o objectivo de um dia vir a usufruir de borlas, então, como isso não ia acontecer, eu ao fim de 2 anos, ainda andaria a pensar, se seria na próxima visita, que eu seria contemplado com uma borla. E conclusão: Eu andava atrás de um objectivo impossível, pelo que, eram 2 anos que iam para o lixo, 2 anos em que eu nunca teria prazer para o corpo e para alma.

Quanto a ser um cliente especial, estou certo que se perguntar isso à GP, ela vai dizer palavras muito bonitas, que até podem ter um fundo de verdade, pois não serão tantos os clientes dela, que sejam fidelizados durante 2 anos. Mas no fundo, será sempre um "say what i want to hear". Haverá outros a quem ela vai dizer o mesmo. E eu estou 1 vez com ela por semana, mas certamente que haverá outro cliente que está com ela 2 ou 3 vezes, ou como haverá outro, que sempre que lá vai deixa sempre uma grojeta muito generosa. Quero com isto dizer, que há sempre, um cliente mais especial do que nós.

E por outro lado, uma "borla", pode não significar rigorosamente nada. Pode ser, apenas uma estratégia, uma "jogada de marketing", para contemplar aquele cliente, que até tem uma profissão, cuja mesma, até vai dando jeito à GP no dia a dia e se surge algum problema, sabe-se que se pode sempre ligar e ele vai aparecer para resolver a situação. E aquilo que parece ser "algo de mais", um envolvimento emocional, é apenas, uma forma de a GP fazer, com que determinado cliente fique feliz, e mais importante, ande e fique por perto, sempre que ela precisar.

E portanto, para procurar prazer para o corpo e para alma, com uma GP, não é preciso complicar. As coisas, são bem mais simples do que uma qualquer relação com uma não GP. Agora, quando não nos mentalizamos para o que vamos e damos importância a coisas fúteis e procuramos objectivos impossíveis, então aí, nunca teremos o tal prazer para o corpo e para a alma e o dinheiro que gastamos, é dinheiro atirado ao lixo.

Não sei bem o que preocupa na procura que leva ao sentir o tal soco no estômago.
No fundo todos não procuramos tirar partido, avaliando se é rentável ou não, dos relacionamentos que vamos tendo. Lógico é que a outra parte também o faça.
Embora não me parecendo nada ser este o assunto do tópico voltamos às mordomias e às borlas em contraponto com a alma e o corpo.
Parece que por aqui se discute muito quando uma certa acompanhante não merece cem mas sim, talvez, oitenta.
Outras nem isso. Ainda outras são a evitar.
E umas quantas até estaríamos na disposição de por o céu e a terra à disposição delas.
Mas, no entanto, o que se procura não será obter prazer com a escolhida independentemente de outros factores?
Não será no fundo a compensação exigida, acordada e honrada a forma encontrada para que possamos obter o que pretendemos?
E se essa compensação for minguada, ou mesmo anulada, será que obteremos menos prazer?
Não me parece.
Nem me parece de modo algum que haja desonestidade em tal prática quando assumida por livre vontade por ambos.

Sobretudo porque se tal acontecer enquadra-se naquela perspectiva de um relacionamento entre pessoas adultas que sabem bem o que querem.
E elas por vezes querem com aquela pessoa que para elas até é especial passar um bom momento libertando-se da encenação a que a sua actividade as obriga.
E nós, pelo menos creio que uma boa parte de nós, obtém mais prazer ao sentirmo-nos capazes de proporcionar prazer a elas.
No fundo, se actividade física e o consequente gozo está presente, a verdade é que o tal melhor orgão de satisfação encontra-se bem mais acima dos quadris.

Corpo e alma Pensamentos soltos

Do prazer de sentirmos um momento, uma sensação, uma projeção de nós, um fugaz sentimento de posse, um alivio que nos alegra.
De algo mais, por vezes, da nossa necessidade de não esquecer o que somos, do que gostamos, do que nos fica na memória.
Nem sempre, e se assim fosse seria inútil.
Um estado de alma que se repete, desdobra e nos faz sentir vivos …. não isso seria pouco, tem de ser mais certamente.
Por vezes nos agrada a sensação de falsa amizade mas de cumplicidade, de intimidade mesmo que fugaz. Por vezes isso chega por vezes não.
Que é falsa todos o sabemos, mas em numa transação tambem pode haver sedução, ou melhor, ilusão para ambas as partes se sentirem realizadas ( uma pelo dinheiro e outra pelo prazer e não só); também é verdade que o melhor acordo é aquele em que ambas as partes têm de ceder alguma coisa.
Mas nem sempre se pode resumir a uma questão de solidão ou de negocio.
É mais, ou tambem, uma questão de posse, prazer e descompromisso.
Há, sim, essa questão do compromisso limitado no tempo é fabuloso.
Dá-nos o controle, e também nos tira o dinheiro do bolso, o tempo, e a deslocação, mas também nos dá a emoção, por vezes ténue, de voltar a compartilhar uma memória passada.
Mas sem compromisso, umas vezes melhores, outras piores, mas na esperança da próxima ser diferente.
Talvez não goste de passar o limite porque aquele que procura a verdade corre o risco de a encontrar.
Talvez porque não seja preciso.
Talvez porque com elas estar, e se muito ouvimos, lá descobrimos que as palavras verdadeiras não são simpaticas e as agradáveis não são verdadeiras.

Mas cada um é o que é.
Não tem de haver razões ( nem sempre), apenas somos o que somos e nisso uns serão melhores que outros, apenas isso.
Talvez uma vida que não questionada não mereça ser vivida……como alguem no passado já disse.