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 A crise... 
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Mensagem A crise...
Profissionalmente estou ligado á área Económica e da Gestão Financeira,Respondendo á pergunta anterior,os portugueses nem nos piores sonhos sabem o que vêm por ai,mas não é só deste ano nos últimos seis anos Portugal tém vindo a anunciar defices,que sem as receitas extraordinarias estariam muito proximo dos 6 a 7% do PIB.Muita gente não sabe o que isto significa,resumindo nos ultimos anos o Estado pediu dinheiro para pagar ordenados,pensões,subsidios,comissões,projectos,contratos,financiar empresa publicas,eq.militar,etc,etc,mas já não têm crédito nos mercados,se não tivermos crédito é banco rota do Estado e do país.
Quanto ás GP temos de começar a negociar eu vou deixar de pagar 100 Euros livre de impostos a certas meninas cheias de manias,muitas estrageiras que levam as divisas do pais e aumenta ainda mais o defice.....,para mim 50 a 60 Euros irá passar a ser o meu limite,á muita gente neste pais que não ganha isso por dia.A união faz a força.

Fiquem bem!

17 Out 2010

 
 
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Mensagem Re: A crise...
Há quem pense que a crise fará diminuir o número de Gp´s. Eu penso o contrário. Não tenho dúvidas, que nos próximos meses, comecem a aparecer em catadupa, novas Gp´s, 90% delas, low cost, 90 % dessas low costs, "paraquedistas", ou seja, aquele tipo de mulher, que de repente ficou desempregada, e necessita urgentemente de dinheiro, coloca um anúncio no jornal, aproveita-se do factor novidade e avia clientes em 5 ou 10 minutos.

Depois há toda uma gama média de Gp´s, que quando os tempos eram outros, ganharam bom dinheiro, souberam-no gastar, mas também souberam poupá-lo, planeando uma retirada das lides e o consequente início de um projecto/negócio pessoal fora destas andanças. Mas também essas, vão ter a noção, que os tempos, não estão bons para negócios ou projectos pessoais, e como tal, vão deixar a retirada em Stand-by e continuar a atender, sujeitando-se aos novos tempos, e às novas regras, a menos telefonema, a menos clientes,e a pedidos sitemáticos de descontos.

17 Out 2010
Administrador

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Mensagem Re: A crise...
Os funcionários públicos sempre tiveram - e continuam a ter - uma total estabilidade no emprego; em contrapartida, sempre tiveram salários baixos ou muito baixos e péssimas perspectivas de evolução. Claro que agora, com a situação dramática que se vive, é muito melhor ter um mau emprego do que ter o emprego em risco (ou não ter emprego nenhum).

De qualquer forma, o número de funcionários vai diminuir rapidamente - o peso da massa salarial caiu em dez anos de 14 para 10 % do PIB. De qualquer forma, há aqui um problema a médio prazo: o número de professores vai ser claramente excessivo dentro de poucos anos, com a diminuição contínua do número da alunos e o pessoal da saúde também (basta para isso que as regras deixem de ser bizantinas e a saúde passe a ser gerida de acordo com regras claras e lógicas.

Vêm aí tempos complicados e a coisa vai acertar-nos a quase todos. Vamos ter que aprender a viver de forma diferente e a tirar partido daquilo que não custa dinheiro. Vai haver menos dinheiro para ir às meninas. Quem ia duas vezes por semana passa a ir uma e quem ia duas vezes por mês passa a ir uma. Podemos aproveitar o tempo que sobra para fazer uma caminhada, ir à biblioteca ou tirar umas fotos.

Esta crise que vivemos (e o que aí vem) é culpa de todos nós - e da nossa estupidez. Claro que não poderíamos esperar ser estúpidos e não pagar o preço.

17 Out 2010
Bronze

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Mensagem Re: A crise...
Aquilo que eu noto mais do que nunca, é uma alteração dos hábitos do consumo de quem está a ser afectado pela crise, mas também e em grande quantidade, essa mesma alteração dos hábitos do consumo, de quem não está a ser afectado pela crise. Eu conheço muitas famílias, que não estão a ser afectadas pela crise e muitas delas com uma vida bastante boa e uma situação financeira bastante estável, que por causa desta onda de pânico e pessimista, começaram a alterar os hábito de consumo, como se estivessem eles a ser afectados pela crise.

17 Out 2010
Administrador

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Mensagem Re: A crise...
morpheus Escreveu:
Há quem pense que a crise fará diminuir o número de Gp´s. Eu penso o contrário. Não tenho dúvidas, que nos próximos meses, comecem a aparecer em catadupa, novas Gp´s, 90% delas, low cost, 90 % dessas low costs, "paraquedistas", ou seja, aquele tipo de mulher, que de repente ficou desempregada, e necessita urgentemente de dinheiro, coloca um anúncio no jornal, aproveita-se do factor novidade e avia clientes em 5 ou 10 minutos.


Claro que vão aparecer e desaparecer. Há dias pessoa minha conhecida encontrou a servir à mesa num bar fashion de Luanda uma figura muito conhecida por cá. A carreira acabou e não havia futuro preparado, nem sequer plano B.

Tal como nós vamos ter que comprar carros mais económicos, que vão ter que durar mais tempo, também as gp´s vão ter que cortar em muitos gastos, que muitas vezes são claramente excessivos. Vamos todos ter que nos ajustar.

17 Out 2010
Administrador

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Mensagem Re: A crise...
morpheus Escreveu:
Aquilo que eu noto mais do que nunca, é uma alteração dos hábitos do consumo de quem está a ser afectado pela crise, mas também e em grande quantidade, essa mesma alteração dos hábitos do consumo, de quem não está a ser afectado pela crise. Eu conheço muitas famílias, que não estão a ser afectadas pela crise e muitas delas com uma vida bastante boa e uma situação financeira bastante estável, que por causa desta onda de pânico e pessimista, começaram a alterar os hábito de consumo, como se estivessem eles a ser afectados pela crise.


Parte do consumo aparece por arrastamento. Se o colega ou o vizinho compra, nós somos levados a comprar. Se o vizinho foi ao Brasil, nós também queremos ir. Para além disso, muita gente já estava a aperceber-se de que o consumo, por si só, não traz com ele felicidade.

17 Out 2010
Diamante
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Mensagem Re: A crise...
jolinho Escreveu:
Os funcionários públicos sempre tiveram - e continuam a ter - uma total estabilidade no emprego; em contrapartida, sempre tiveram salários baixos ou muito baixos e péssimas perspectivas de evolução. Claro que agora, com a situação dramática que se vive, é muito melhor ter um mau emprego do que ter o emprego em risco (ou não ter emprego nenhum).


Isso não é verdade Jolinho , visto em qualquer perspectiva. E desculpa que te diga , mas isso é uma enorme desonestidade intelectual. Se quiseres podemos falar dos direitos adquiridos e das reformas , das progressões automaticas , da contagem de tempo para a reforma , da idade para tal , dos suplementos , complementos , horas extraordinarias , baixas , atestados , absentismo e basicamente aquilo que tu quiseres.... ah e da compra de anos para a reforma , que levou inumeros funcionarios publicos , cansados de uma vida de arduo trabalho publico , a reformarem-se na casa dos quarenta anos , em topo de carreira e a 100%. Trabalho vai para 16 anos na area da saude , portanto , vamos lá com calma. Algumas dessas benesses já não são possiveis :?: Mas olha que foi por causa delas e da chantagem feita pelos inumeros lobbis da função publica , alavancados numa comunicação social subserviente , que em boa parte chegamos a este ponto...de não retorno. Fora a nova geração de gente a mamar em institutos , fundações , empresas do estado e municipais , que foram criadas para arrumar clientela politica e desorçamentar. Porque a realiidade é que o defice estatal é muito , mas muito superior , aquele que nos querem vender.

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17 Out 2010
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Mensagem Re: A crise...
Há quem vá tentar tirar proveito da crise para justificar comportamentos incorrectos. O caloteiro, que já o era, mesmo que se os tempos fossem de abundância, agora vai ter a justificação da crise, para não pagar a tempo e horas. O patrão manhoso, mesmo que não afectado pela crise, vai ter esta como justificação para despedir funcionários ou ter salários em atraso.

Quanto às Gp´s, apesar de aqui nada de mal vier ao mundo, muito boa gente que tem o mesmo dinheiro que tinha antes, para gastar em Gp´s, quando começar a ouvir falar em descontos, é lógico, vai fazer o seu "choradinho" junto da Gp, para também ele obter um desconto.

17 Out 2010
Diamante
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Mensagem Re: A crise...
O problema morpheus é que acabou a festa...pelo menos para muita gente. E a sensação que eu tenho neste momento , é que muitos não têm a noção daquilo que nos espera nos proximos anos. Ou se têm , fingem que não é nada com eles ou pensam que estão a salvo. A realidade é esta , pelo menos eu penso assim , qualquer pessoa que trabalhe exclusivamente no sector privado , mesmo nas empresas mais solidas e nos sectores mais rentaveis , corre o serio risco de perder o seu emprego nos proximos anos. E tens toda a razão... vão começar a surgir cada vez mais salarios em atraso , não pagamentos a fornecedores e trabalhadores , incumprimento relativamente aos descontos com a segurança social e a bola de neve que isto vai criar.

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17 Out 2010
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Mensagem Re: A crise...
A GP que cobre 100 euros por fight, é óbvio, vai continuar a ter clientes. Mas vai deixar de os ter, ou muitos vão reduzir as suas visitas. Desde logo, o cliente afectado pela crise deixa de ir, mas também aquele cliente, que apesar de não estar a ser afectado pela crise, é extremamente sensível ao que se passa à sua volta, e à onda de pessimismo existente, se gastava 100 euros por semana numa GP, começa a fazer contas, e vê que gastava 400 euros por mês, e vai chegar à conclusão que esse número é exorbitante, dado o actual contexto, e vai chegar à conclusão, que mais vale reduzir para metade o gasto mensal com Gp´s e com o que sobra, colocá-lo de parte, para prevenir qualquer infortúnio que possa ocorrer nos próximos tempos.

17 Out 2010
Ouro

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Mensagem Re: A crise...
Bruno Wanderley Escreveu:
Isso não é verdade Jolinho , visto em qualquer perspectiva. E desculpa que te diga , mas isso é uma enorme desonestidade intelectual. Se quiseres podemos falar dos direitos adquiridos e das reformas , das progressões automaticas , da contagem de tempo para a reforma , da idade para tal , dos suplementos , complementos , horas extraordinarias , baixas , atestados , absentismo e basicamente aquilo que tu quiseres.... ah e da compra de anos para a reforma , que levou inumeros funcionarios publicos , cansados de uma vida de arduo trabalho publico , a reformarem-se na casa dos quarenta anos , em topo de carreira e a 100%.


Isto é desonestidade intelectual.
8)

17 Out 2010
Diamante
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Mensagem Re: A crise...
Tens razão... é tudo falso. 8)

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17 Out 2010
Ouro

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Mensagem Re: A crise...
Não é tudo falso e por o não ser e pelo que é falso é que se torna uma desonestidade intelectual.
Porque se parte do particular para o geral.

Em 1974 havia pessoas, não eram tão poucas assim, na função pública, sem contrato, a trabalhar por 2,50/hora e eram-lhe pagas entre 4 a 6 horas e alapavam 8 horas no mínimo.
Seria justo não possibilitar a pessoas nessas condições que descontassem os anos que trabalharam de forma a obter uma melhor reforma?

Ou aos militares forçados a uma guerra, de anos de comissões, de quem desconheciam o inimigo que foram integrados na função pública?

Claro que por tabela uma minoria, tipo fulaninhos do ministério público, médicos e outros em licenças sem vencimento também puderam pagar anos para a reforma.

Mas todos estes pagaram. Não foi à borla!
8)

E para o resto andamos por aqui!

17 Out 2010
Prata

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Mensagem Re: A crise...
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Esta "coisinha boa" é que tinha razão.

17 Out 2010
Ouro

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Mensagem Re: A crise...
A mulher perfeita para tratar dos netinhos...

em Londres!
8)

17 Out 2010
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