Caríssimos Confrades da má-vida:
Já repararam que os posts das últimas semanas já começam a mudar de tom?
Cada vez mais vedetices, orais só com, anais anunciados mas não cumpridos e os preços a subir até aos 120€?
Será que o GPs já volta a ver o dinheiro fácil?
Eu contra mim falo, mas começo a ficar assustado...
Cumps

Eu penso que ninguém - gp´s incluídas - aprendeu quase nada com a crise. E também penso que toda a gente está só à espera que ela passe para voltar a fazer tudo como dantes. É difícil fazer mudanças (old habits die hard).

Por isso está toda a gente à espera da retoma. Só que ela tem que começar primeiro nos países nossos clientes, para chegar depois cá. Quando isso acontecer teremos mais de 600.000 desempregados (parte dos quais impossíveis de reempregar, porque os seus postos de trabalho desapareceram para sempre) e muito desemprego jovem e qualificado.

Eu poderei ter que vir a engolir o que digo (e escrevo), mas penso que as coisas nunca mais serão como dantes. E que temos que começar a habituar-nos a essa ideia.

Exactamente... A retoma irá fechar não uma curva, mas sim um "L".

Eu não sei se a crise está relacionada com isto mas que nunca se viu tanta GP tuga como agora...(e bem boas)...não
Os pr€ços também estão mais módicos...
E as restrições de serviços parecem ter sido atenuadas.

Quando é necessário arranjar novas formas de rendimento...as meninas têm é de dar o corpinho ao manifesto... e assim surge neste meio sangue novo...e nacional

Claro. A oferta aumenta, sem dúvida, e a procura diminui. A sociedade está a mudar. Quando convido uma amiga para jantar e ela diz que tem stress, digo-lhe que faço uma massagem. Resulta em pelo menos metade dos casos. Na actualidade, e no meu caso, as gp´s não conseguem competir com as amigas. Tenho uma lista de amigas - bem distribuídas geograficamente - bem fornecida. E são todas pessoas com quem se pode manter uma conversa, dormir e tomar o pequeno-almoço - tudo isto sem pagar (por vezes paga-se motel, por vezes paga-se pequeno-almoço, a maior parte das vezes não se paga nada). Penso que me reconverti. Ainda por cima, a Alexandra retirou-se, a Malú parece ter desacelerado. Já não há grandes incentivos.

Confrade jolinho, compreendo bem o seu ponto de vista. O problema é que as amigas coloridas costumam dar mau resultado para quem tem 1 relação séria (seja casado ou namorada que dá pouca trela). Mas também depende das amigas. Sexo todas as mulheres fazem, o problema são as que querem mais que isso. Infelizmente são quase todas.

Isso de deixar de ir a GP's são fases, comigo acontece quase sempre depois de alguns maus atendimentos seguidos. Repenso a vida, bato mais umas que o habitual e sem dar por isso já ando a ver anúncios.

Dsde que haja dinheiro, força na verga e o Benfica desta maneira, a vida é nice (e muito importante, sem compromissos)

Claro que são fases. Até porque com uma amiga só pode durar algum tempo; caso contrário, a coisa torna-se uma relação.

Concordo com o confrade jolinho na sua análise sobre a crise. Mas a crise não é para todos. Alguns estão cada vez mais ricos. Os pobres mais pobres e a clase média vai morrendo asfixiada. Pouco se produz, muito se gasta (o estado esbanja literalmente) e a crise por este caminho só pode agravar. Resta a prestação de serviços que por si só é insustentável.
As gps são prestadoras de serviços e como tal têm um público alvo. Desde as acompanhantes da borda da estrada ás acompanhantes de alto luxo. É bem possível que as acompanhantes de alto luxo estejam a encarecer os serviços. Os ricos (bafejados pela sorte, ou melhor pelos ventos da política) estão cada vez mais ricos e como tal poderão pagar cada vez mais. Mas na generalidade as acompanhantes como reflexo da crise procuram melhorar um pouco os serviços, mantendo congelados os honorários. Pelo menos é essa a percepção que vou tendo. Procurando bem podem-se encontrar convívios de melhor qualidade e a preços ligeiramente mais baixos do que há um ou dois anos atrás. Cadê os TDs ? Irei postar. Prometo. Saudações.

Eu diria que há dois tipos de ricos. Há aqueles que são mesmo ricos e há os que têm rendimentos mensais muito elevados, mas que basicamente devolvem à economia todo o que ganham. Estes últimos são cada vez mais. Conheço gente em casa de quem entra todos os meses muito dinheiro e vive literalmente em leasing. Estes estão muito vulneráveis. (Um amigo, que tem um rendimento que será cerca do quádruplo do meu, dizia-me há semanas que seria dramático para ele perder 20% do rendimento mensal, porque o dinheiro começava a não chegar; ele tem uma despesa muito rígida, com leasings elevadíssimos nos automóveis, condomínio topo de gama, colégios muito caros, etc). Basta que uma pessoa assim tenha uma quebra e terá que cortar radicalmente em certos itens - porque em muitos outros nada pode fazer no imediato. E quando alguém corta, os amigos têm tendência a cortar.

Agora há ricos para quem a crise passa muito ao lado.

Quase por todo o lado se nota a tendencia de consumir acima das possibilidades. Desde o estado às familias passando por aqueles casos de que o confrade fala (gente com salários muito elevados e que vivem do leasing). Conheço tb casos de empresários de sucesso que gastaram com GPs mais do que podiam e agora estão na falência.

Já sabem que a economia dá uma grande volta como um circulo e volta ao mesmo sitio. Ninguém aprende a poupar (eu sou uma pouco gastador mas ponho cerca de 30% em investimento seguros com juros para não ficar completamente liso caso haja uma catástrofe. Podiamos sair da crise mas voltariamos anos mais tarde à mesma situação. Só que enquanto no mundo tanto estão em crise como saem dela nós estamos sempre no fundo do poço

Já os antigos egipcios guardavam os cereais dos anos de boas colheitas para os outros de más colheitas. Nos últimos 2 anos para fazer face á crise regra geral a classe média esgotou muito das suas poupanças.
Tal como nos tempos antigos a sociedade está dividida por classes como uma pirâmide. No topo os "bafejados pela sorte" ou melhor pelos poderes politicos, no meio "os mexilhões" (a clase média) , em baixo os recebedores de subsídos (classe mais numerosa). E quem paga a crise é a classe média.
O que temos hoje é uma ditadura de uma classe sobre outra classe ou melhor um regime esclavagista.
A democracia tal como foi implantada na Grécia antiga, não existe mais. O que existe agora é a Grécia moderna com uma enorme divida pública, com a classe média arruinada. E é precisamente da Grécia moderna que o Portugal moderno se aproxima vertiginosamente. A história não se repete sempre da mesma maneira e as crises económicas também não. Não creio na crise como uma bola de cristal ou como uma bola de futebol, ou como o ciclo da água. Esta crise foi preparada ao longo de muitos anos e como tal não irá desaparecer de um momento para o outro.
E proporcionalmente á medida que a crise piora, vão aparecendo cada vez mais anúncios de "convívio" (prostituição). Veja-se a quantidade de anúncios no jornal há 2 anos atrás e veja-se a quantidade de anúncios no jornal agora. O que está na origem de tanta prostituição ? Muitas vezes necessidades económicas.
Sinais do fim da crise ?
O fim não está à vista.
A privatização dos serviços de saúde, por exemplo, é apenas o ovo da serpente.