É claro que ninguém chega a um apartamento, dá um beijo na GP, e depois debita: "Eu chamo-me x, a minha profissão é y, e moro em z". São coisas, que com tempo, a conversa lá acaba por surgir, e a pessoa vai falando de si e respondendo às perguntas da GP. Pelo menos, comigo, era assim. Durante muito tempo, não tive qualquer problema em dizer o meu nome verdadeiro e a profissão. A morada nunca a dei, e também nunca ninguém ma perguntou, e provavelmente, ainda que me fosse perguntado, não diria. Sucede, que um belo dia, estava com uma GP, com a qual já tenho uma confiança relativa, e ela começou a falar de um cliente, e para meu espanto, disse-me o nome e a profissão dele. E isso levou-me a ter maior precaução e a ser mais discreto, e agora, dou sempre um nome falso, e também invento uma profissão. Curiosamente, recordo-me de uma GP, que em tempos, eu identifiquei-me pelo nome verdadeiro e referi a minha profissão verdadeira e quando eu lhe disse a mesma, a GP exclamou algo do género: "Também tenho um amigo com a mesma profissão que tu". Na altura não liguei, mas mais tarde comecei a pensar, que ela deve ter dito posteriormente, a esse cliente, que tinha outro cliente (que era eu) com a mesma profissão. E se porventura, o fulano, já tivesse uma relação de grande confiança com a GP, e ao mesmo tempo, fosse um grande curisoso, e lhe conseguisse sacar o meu nome, nesse caso, todos os cuidados com o anonimato perante terceiros, iam por água abaixo.
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