Lógica tem mas a sua prática revela-se espinhosa se não conhecermos bem com quem nos vamos encontrar.
O encontro no escuro com uma acompanhante que ainda se não conhece tem uma vantagem indesmentível que é a de que ficamos a saber como ela é relativamente a como ela se apresenta.
São raras as coincidências entre fotos e apresentação e a realidade.
Todas se apresentam como bonitas, olhares sedutores, envolventes, disponíveis, bem proporcionadas, penas elegantes e sei lá que mais.
Algumas apresentam fotos as quais não são delas, estão maquilhadas ou aproveitam ângulos pouco esclarecedores acerca da realidade.
Daí a nossa dificuldade em aceitar a visita de uma companhante a um hotel ou motel.
Se o encontro for fora do quarto, diz-me a experiência que elas se "cortam".
Se pretendemos obter informações esclarecedoras acerca delas também as não obtemos ou então apanhamos com evasivas.
Por isso, nos sujeitamos a que nos bata à porta algo de mal encarado, com 40 quilos a mais que o exibido, com cabelo a tresandar a laca, com sapatos mais pequenos que os pés e ar de sopeira a quem o patrão/patroa ainda lhe não pagou.
Aconteceu-me uma vez, ela entrou no quarto, fiz-lhe ver a aldrabice dela, tive de a por fora do quarto, mesmo dando-lhe bem mais do que ela gastou na deslocação de táxi (que passou de Algés para o Parque Europa) e ainda a ouvi a insultar-me junto à porta do meu quarto quando ela já estava no corredor.
Por isso há que conhecer bem ou então, algo que sempre me agradou, que a acompanhante seja ela a receber em hotel. Se lá chegar e não gostar dou meia-volta.
Por isso, quem anda à chuva tende a molhar-se!
