Recentemente numa leitura de um jornal, li um artigo em que o ex-motorista/assistente do Carlos Cruz, Carlos Mota, se queixava da Jornalista Felicia Cabrita, que o veio descobrir em Bilbau e que este se sai com a expressão "Você f****-** a vida ................ não diga onde estou, senão vou ter de ir viver para baixo da ponte, etc, etc."

Epá, isto é altamente anacrónico. Então se foder é do melhor que há, aliás não ha nada melhor mesmo , porque é que esta expressão não cai em desuso.

Um gajo quando quer subir na vida e pedir auxilio a um amigo para uma cunhazita, devia dizer "Epá vê lá se me dás uma fodinha junto do teu chefe que é um gajo influente"

Se a vida está a correr bem e alguém perguntar, deviamos responder "Epá, tem sido uma bela foda"

Se estiver a correr mal, deviamos começar a utilizar expressões mais actuais, tipo "Epá, Socratiana mesmo, pior é impossível"

Em vez de mandarmos o pessoal pó caralho quando estamos chateados, deviamos dizer "Vai pá Grécia pá" ou "Vai levar com o FMI"

Ok, estou a avariar um pouco, é da vinhaça, mas digam lá que não é anacrónico.

Nem por isso.

Imagina lá um moçambicano a foder-te.

Imaginaste?

Ok, agora já percebeste a conotação negativa da expressão "Já me fodi!"

Como o pessoal ainda não percebeu bem o que é o sexo, foder tanto pode ser "fazer amor" como "violar". Básicamente o verbo foder é pau para toda a obra. Há é que estar atento à intenção do interlocutor quando usa o verbo...

Nesse caso devia-se usar outra expressão com conotação mais negativa, tipo "Pôrra, fui completamente enrabado" ou "K caralho, já fui enrabado" em vez de "Pôrra, já me foderam"

P.S. - Negativa para nós, positiva para elas

Penso que a expressão é negativa quando usada por um homem. A mulher usa a expressão com um significado diferente.

Caro rei o melhor é mesmo ser fodido, literalmente para ambas as interpretações.

Conto infantil

Todos os dia os anjos iam ter com Deus para que lhes explicasse o porquê de não terem sexo.
- Porque eu assim o decidi - respondia, sem mais satisfações.
Mas os anjos não se conformavam com a situação e no dia seguinte voltavam a dirigir-se a Deus.
- Mas, Senhor, vós que tudo podeis, tendes o poder de acabar com esta discriminação - ao que Deus ia respondendo com as evasivas do costume, recorrendo a um
- Os meus desígnios são insondáveis - que lixava a argumentação dos anjos ou, quando estava bem disposto, fazendo as suas "insondáveis" graçolas, a preferida e repetida vezes sem conta era
- Querem o quê? Não sejam anjinhos! - E ria-se.
Mas nem sempre estava com disposição de rir. Dias havia em que Ele estava deveras irado e nessas alturas era de evitar provocações.
Um dia os anjos ouviram uma gargalhada e pensaram que ele estava bem disposto. Tomaram a decisão de ir falar como Ele sobre "aquilo". Só não se aperceberam, porque eram anjinhos, que aquele riso não tinha sido de contentamento mas sim de ira...
Mal abriram a porta e viram o vermelhusco dos cornichos perceberam onde se tinham metido, mas já era tarde. Deus olhou-os com um olhar que por sorte não era fulminante porque no caso d'Ele isso não era uma metáfora e vociferou,
- Vocês vão-se foder.
E nessa noite houve um grande bacanal no céu.

in http://arcebispodecantuaria.blogs.sapo.pt/