Momentos de introspeção

Partimos animados e seguros, fazemos o caminho recordando aquilo que sabemos que nos aguarda, entramos e somos recebidos com sorrisos e alegria incontida. É assim, com as pessoas que temos mais confiança, intimidade e, até, um pouco de algo mais.

Parte-se para as conversas e para os actos, ou vice-versa, consoante a nossa vontade ou a vontade delas.Tudo é bom: as trocas de palavras, a comunhão de carícias, sorrisos e abraços, beijos suaves e intensos, línguas em rodopio, afagos, apertões, arrancar de roupas, suspiros e olhares, desejo a crescer, orais ora suaves ora passando para sofreguidões profundas, poições e cadências variadas, esgares de prazer, pulsação e respiração aceleradas, olhares do espelho para o corpo e do corpo para o reflexo, suores e fluidos em profusão e comunhão, estertores impossíveis de conter, gritos e gemidos em acordes mais vibrantes, olhares de desejo e de luxúria – e o final, um final sublinhado pelo prazer que nos sai do corpo, um prazer arrancado às entranhas, um prazer que não conseguimos conter e que explode quando o soltamos, seja qual o local do corpo que temos adiante o acolheu.

Extenuados, aguardamos que a respiração acalme e não conseguimos esconder um sorriso que nos ilumina. Olhamos para ela e, saciado por ora o desejo, temos tempo e vontade de retomar conversas, de usufruir da mulher em toda a sua plenitude, de fazer promessas sem obrigatoriedade, de traçar planos mas sem histórias de príncipes encantados nem donzelas indefesas e apaixonadas. Tempo, independentemente do tempo que passou – horas, dias, noites – para reafirmar vontades de um próximo reencontro. E tempo, também, para partir, ir embora. À porta, um sorriso de despedida, um certo olhar e um aceno de adeus. Quiçá, até, um beijo enviado pelos dedos com um sopro. A porta fecha-se, mas ainda descemos de espírito aberto e o ego em alta.

O caminho de regresso já é nostálgico, trazendo à memória aquilo que me fizeram sentir. Elas, para mim, são especiais, fruto da assiduidade, da confiança, do à-vontade, da maneira de estar, do prazer físico e espiritual que me dão, das trocas de sinais sem ser in-loco - e de provas de amizade sentidas que testemunhei e agradeci. Elas sabem quem são e alguns de vós podem deduzir por alguns dos meus relatos.

O que não invalida que, quando meto a chave à porta e entro em minha casa, sinta um vazio tal que nem quando acendo as luzes ele é preenchido. A esperança tem o nome do dia seguinte – e amanhã é um novo dia.

Agradeço essa introspecção bem elaborada e bem construída por quem nos habitou a textos brilhantes.

Brincando, se o acender a luz não funciona eu até a deixaria apagada em nome da poupança.

Creio bem que nem todos irão tão confiantes. Alguns estarão até bem mais receantes.
Assim como, as experiências do antes durante e depois não é coincidente com uma matriz de sucesso.

No fundo, existe a procura pela procura, a procura pelo momento e a procura pelo deleite.

Francamente creio que assim como existem casinos para nos darem um escape que nós procurámos, e daí a sua existência em resposta a uma necessidade nossa, existem outras respostas a outras necessidades que sentimos.

Mas é sempre bom quando ganhamos no casino ou quando conseguimos um alinhamento de desejo e vontade noutras situações com quem preze a boa disposição e o aproveitar dos prazeres que estão ali ao virar da esquina.
Prazeres e proveito.

Amigo Plutão,
Cada um de nós é uma personagem singular, isto é, não há mais ninguém como nós e, as únicas parecenças que poderão existir, têm a ver com a época e a forma de onde e como fomos educados.

Depois, há aquela parte racional e irracional que está contida na nossa base genética, apurada ou controlada de forma mais ou menos equilibrada por cada um de nós.

O ideal neste mundo seria que a racionalidade se sobrepusesse e que cada um de nós tivésse comportamentos adequados à forma como somos tratados, coisa que, por uma razão ou outra, raramente acontece. Quero eu dizer, que quando eu me dedico naquele momento, apesar de ser apenas um momento, a outra parte deveria retribuir-me da mesma forma, mas, como não somos clones uns dos outros, cada um de nós encara a coisa de forma diferenciada, mesmo que possam existir alguns pontos de contacto.

Mas que somos líricos somos, isto é, somos líricos ao convencermos-nos de que as garotas, naquele espaço de tempo, são mesmos só nossas, como se fosse possível, compartimentar, ou realizar um “delete” da hora anterior à nossa ou impedi-las de não imaginar como irá ser a hora a seguir.

Este é sempre o meu grande dilema, porque o comportamento delas para comigo são iguais aos que elas têm para contigo, ou para outrem que as respeite, como tu e eu.

Cada um de nós, à sua maneira, sai desses encontros como um campeão, cada um de nós vem para aqui “gabar-se” disto e daquilo, como se fosse nosso esse património, pior, cada um de nós lê o que o anterior escreveu e espera que ela reaja de forma semelhante ou, de preferência, melhor ainda. Daí que, para um mesmo quadro, existam leituras diferentes, se é que o tema é o mesmo, isto é, cada um de nós espera que ela o considere único e que o faça sentir isso mesmo.

Somos uns patetas gabarolas...

Um bom momento de reflexão, sem dúvida.

CORPO SEM ALMA

Confrade Plutão

Entendo perfeitamente a sua reflexão, quase podia fazer minhas, as suas palavras…. Como é óbvio ambos conhecemos algumas mulheres em comum!


CORPO SEM ALMA

Outro dia, um velho conhecido, com a idade e a sabedoria dos seus 72 anos,de 3 casamentos,muitas mulheres,muitas viagens,muitos hotéis ,uma boa vida… agora só! Perguntou-me e então como vai isso de amores ! Respondi como sempre com um sorriso,vai óptimo,tenho muitos amores.Ele olhou para mim, e disse-me ;
-Quem têm muitos amores é porque não têm nenhum!
Por momentos fiquei calado, e não consegui responder, depois percebi, que palavras mais sábias.

Ele tinha razão eu na verdade não tenho nenhum amor, tenho desejos, tenho luxúria, tenho beleza, tenho sexo pago , tenho carícias compradas, tenho sorrisos forçados, tenho olhares forjados, tenho suspiros vazios, tenho…… … não tenho nada, porque nosso é aquilo que ninguém no pode tirar.

Satisfeito o "não desejo", reafirmamos o próximo encontro, que pode ser amanhã, daqui a uma semana, mês ou ano.Não importa! O que importa é a promessa mutua do reencontro, mesmos que nunca mais aconteça, ( e já me aconteceu) Oh… encontros perfeitos…!!!
Um sorriso de despedido, saio,ela fecha a porta …e ainda oiço o telefone a tocar…para, e escuto..
-Estou amor, pode subir…..

“A porta fecha-se, mas ainda descemos de espírito aberto e o ego em alta.”( Citado Plutão) ,têm dias…por vezes saio com o espírito fechado e o ego em baixa.

“O caminho de regresso já é nostálgico” (Citado Plutão), não me fizeram nada do que não tivesse feito, não me deram nada do que já tive,não senti nada do que já não tivesse sentido, sinais tantas vezes repetidos, o prazer espiritual que é abafado pela percepção do sentidos e das sensações físicas.
Sim, elas são especiais…..! Provas de amizade….! Que desligam o telefone ás 22H e abrem 10H .que amizade sentida…!

Elas não sabem quem sou… porque eu simplemente para elas não existo.

“O que não invalida que, quando meto a chave à porta e entro em minha casa, sinta um vazio tal que nem quando acendo as luzes ele é preenchido. A esperança tem o nome do dia seguinte – e amanhã é um novo dia. “ Citado Plutão.

Sim amanhã é outro dia quem me dera recuar uns bons anos atrás e mudar tudo na minha vida. Assim para quando entrar em casa tenha tudo, e mesmo de luzes apagadas nunca sinta este vazio. Continua á procura de um novo sentido, mas acho que continua á procura nos locais errados, mas a ilusão do sentidos embebeda-me o espírito e não sou capaz de dizer basta.Tenho fé que consiga!

Mas vou continuar com esperança,que um dia o destino me faça reencontrar a esperança de ter……

CORPO E ALMA.


Boas

Bem me parecia que não era o único!

Bem colocadas as coisas pl2121, subscrevo

isto ainda só vai a meio da primeira pagina... e já o considero como um dos melhores topicos que por aqui já li

Mas isso é porque a Senhora/Dona/Menina é uma precipitada!!

ate posso ser forasteiro, mas fui sincera naquilo que escrevi e nao retiro uma virgula

Caro pl2121

Como eu o entendo!
Ainda não passou uma hora e estive com uma GP , muito cotada na "bolsa", por quem sinto um fraquinho e ela diz que por mim também sente...há sete anos que a frequento.
Mas com tristeza acabei por confirmar que não passo de um "produto" seguro! Acredito que pela antiguidade e pela minha maneira de ser - educada, compreensiva, sempre pronto a ajudar - possa ter algumas (poucas) "benesses". E até temos uma boa cama!
Mas se " outro valor mais alto se alevanta" (Camões) logo sou ultrapassado com mil desculpas a seguir, claro. A crise está aí, eu aparecço todas as semanas e o outro caiu de ali no meu horário e os €€ é que mandam.
Enfim é uma solidão que nos invade e não é fácil quebrar este ciclo infernal onde nos colocamos.
Se calhar o defeito é meu. Será que tenho que tratar as GP's também como objectos?
Custa-me, porque eu sempre as tratei como pessoas muito estimáveis e que nos ajudam (quando ajudam!!!) a ultrapassar o stress diário e a libertar ds nossas tensões e pulsões biológicas...
Mas a vida é isso e nós os homens, apesar de andarmos por aí de peito feito, somos seres emocionalmente carenciados e acreditem...MUITO FRÁGEIS...

Calculei que este tópico iria ser difícil, porquanto, as reflexões de cada um de nós pendem para vários lados e há sempre lados mais "duros" do que outros, quer para quem escreve, quer para quem lê.
Eu nunca encarei esta procura como substituição de qualquer coisa, procurei como complemento, porquanto, ao longo dos anos tive sempre esse hábito de ter complementos, uns grátis, outros a pagar, mesmo que indirectamente.
Como é natural, como qualquer ser humano pensante, tenho as minhas dúvidas, aliás, já expostas num dos post's anteriores, no entanto, essas dúvidas não me incomodam e colocam-se apenas quando o rei faz anos, naqueles dias mais tristonhos, e sem razão aparente.
Devo dizer que sou um bafejado pela sorte, porque, por aqui sempre fiz amizades, dirão de circunstância, mas são amizades daquelas com quem poderei tomar uma bica, ter um almoço e, porque não, um jantar normalíssimo.
Ao longo da vida aprendi a destrinçar o que é trabalho e o que é conhaque e, também nesta "vida", continuo a praticar o mesmo princípio, daí não ter, até agora - porque isto de dizer "desta água não beberei", não arrisco - dizia eu, que daí não ter quaisquer preocupações acrescidas.
Apesar de ter rotinas, como todos temos, cada visita é uma "festa" e cada visita é um sempre um novo começo para mim, nunca um recomeço, porque, até na vida normal, nunca dei por ter dados adquiridos, quanto mais nesta "vida" em que o que hoje é verdade amanhã não o é.

Excelente o texto do confrade "Plutão",mas revejo-me em absoluto,com o que foi escrito pelos confrades "litlehouse" e "pl2121".

Um abraço aos três.

Introspecção e algo mais

O texto escrito pelo Plutão , pode ser na minha opinião visto como um TD ao estado de espirito que nos percorre no antes , durante e depois de um encontro com alguém que sabemos haver um grau de cumplicidade enorme. É um estado que não se atinge com facilidade , todos sabemos que apesar de um encontro poder se passar lindamente a nível físico , não significa que haja sintonia de personalidades e gosto genuíno na companhia de ambos e isso não é simples de encontrar e alcançar.

Eu já tive isso (acredito que sim) , o marcar encontro , a alteração do humor que dura horas ou mesmo dias em antecipação , passar as horas/dias com um sorriso estampado no rosto , as pessoas perguntam o motivo e nós encolhemos os ombros como que a dizer que não iam entender. E sabemos que do outro lado existe um sentimento similar , o desejo de nós chegarmos , o reconhecimento de que não é necessário forçar a simpatia , a atracção , o desejo carnal , o prazer na conversa e que o decorrer do tempo nem sequer é algo que está em segundo plano , de facto não existe um segundo plano , só interessa o que ambos queremos.

E o que é que é necessário para atingir esta gloriosa sensação? Certamente que é preciso uma mente aberta e capacidade de dar logo de inicio um pouco de nós. É preciso reconhecer quando do outro lado existe predisposição natural para algo mais do que só sexo. É necessário ter o espirito preparado para o sentimento da desilusão , pois é isso que vai acontecer a maior parte das vezes , mesmo naquelas em que valeu a pena o dinheiro e o tempo gastos. É o dow side de se ser exigente , talvez até demasiadamente exigente. O problema é que depois de se tomar o gosto , é dificílimo aceitar baixar as expectativas.

Não me acho especial ou melhor que os outros , apenas considero que quero algo mais do que sexo pelo sexo. No entanto , tenho a impressão que a maioria esmagadora dos foristas , não tem interesse nenhum em alcançar este estado de espirito , talvez devido aos efeitos secundários que poderão advir. Não critico quem só queira isso , só sexo , certamente que o que existe mais são GP's que só lhes interessa é somente o cliente que chega , paga , fode e desaparece , de preferência o mais rapidamente possível. Depois , o tentar estabelecer algo mais , normalmente obriga a revelações de gostos , atitudes , padrões de comportamento e informações que só damos a amigos. É importante ter uma capacidade razoável de leitura das pessoas , perceber quando existe interesse verdadeiro e conseguir distinguir a diferença entre quem nos escuta porque tem de ser ou porque nos escuta porque anda à procura de mais um que lhe "dê" algo mais ou até tudo. E aí reside a fronteira ténue que separa a amizade genuína e no extremo talvez algo mais e a amizade fingida e carregada de intenções maliciosas. E eis então que percebo que a única coisa que vai mostrar se fui correcto no meu julgamento é o tempo.

Claro que algo deste tipo só pode ser conseguido depois de se ter investido muito e digo investir em todos os sentidos (nunca esquecer). Então com o tempo o investimento dinheiro é sobreposto pelo investimento pessoal e a criação de laços de amizade. E se acredito que a probabilidade de o conseguir não é tão remota como ser atingido por um relâmpago , sei que não é tão simples como criar laços de amizade com alguém de forma "normal". Construir uma amizade verdadeira já por si só é complicado , quanto mais consegui-la neste mundo do sexo pago. Nem pouco mais ou menos ando de forma consciente á procura de isso e muito menos partir daí para algo mais.

Agora digo-vos de forma inequívoca , de todas as vezes que vou ter com uma mulher , uma GP , que considero verdadeiramente como amiga , é tudo diferente. Tudo o que sinto é elevado exponencialmente , o toque suave , as trocas de olhares , o breve momento antes de me envolver no corpo dela , a antecipação , o desejo , a impaciência de sentir e chegar até ao limite e ultrapassa-lo. E quando estamos juntos não existem barreiras invisíveis , as pernas entrelaçam-se , os braços envolvem-nos , lábios colados , línguas fugidias , dois corpos fundidos durante momentos , que mais parecem demorar uma eternidade.

Sim , tudo o que não seja isto é uma desilusão.
Depois de se experimentar algo assim , tudo o que se segue que não esteja neste patamar é de certo modo um desperdício de mim próprio , do meu corpo e alma.

Finalmente , devo confidenciar que mesmo assim e tendo escrito o que escrevi , nunca dei tudo de mim , nem acho que o deva fazer. Pois a partir do momento em que der tudo de mim , estarei a ultrapassar um limite que vai para além de uma amizade carregada de cumplicidade. E como não me considero uma pessoa desequilibrada e obsessiva , ultrapassando esse limite só resta o Amor. Não declino a hipótese de isso acontecer , mas acho mais fácil ser atingido pelo tal relâmpago , do que chegar a esse extremo. Quanto a isso , é assunto para outro tema e para outro momento.

Estou consciente que talvez tenha levado este assunto um pouco a um extremo , mas acho que concordamos que este tipo de situação não é algo que se possa considerar de vulgar.

Menina Laura , espero não ter arruinado o topico! Isto de escrever até às tantas é complicado!!! Hehehe

Caros confrades

Peço desculpa,mas gostaria de dizer algo mais sobre este assunto.No tempo em que vivemos,a mitica história de D.Juan,esfumou-se.E muito mais,quando falamos de profissionais do sexo.Gostaria dizer pelo que me toca,que num universo de mil GPs,(aleatório)não encontrei uma,que trocasse prazer por prazer,sem cobrar os estipulados €.Saí e passei vários fds com algumas e nenhuma fez questão,que os gastos fossem fifty fifty.Quando o confrade "pl2121"refere,que quando se despedem e ela fecha a porta,ouve-a dizer ao próximo...pode subir amor,eu considero que até não são das piores,porque algumas têm o desplante de o fazerem,com o cliente ainda no quarto.Depois temos aqui exemplos nas hot-lines,em que elas distribuiem beijos e abraços,dizem sentir imensas saudades,colocam simbolos a condizer e acabam por lembrar para que não nos esqueçamos de juntar os € para as visitar,então diria,que deviam trocar de simbolos e colocarem estes €.No entanto,acredito que como seres humanos que são,com as necessidades que são inerentes,aproveitem para as satisfazer,com aqueles por quem eventualmente sintam algum tipo de atração.No entanto,penso eu,sempre sem abdicarem do "el contado".Se algum,para além de algumas benesses,o consegue fazer com várias,à borlex,não sendo proxeneta,então vai daqui a minha vénia.Eu vou limitar-me à minha insignificância e acreditar,que afinal não tenho nada de atrativo,pelo contrário,ficar até convencido,que o Ettore Scola se inspirou em mim,para dar nome a um dos seus filmes.
Por fim dizer,que isto não é crítica a ninguém,mas apenas a minha modesta opinião.

Um abraço aos confrades