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Estórias de Guerra https://gp-pt.net/forum/viewtopic.php?f=34&t=29096 |
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Autor: | Leonidas I [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Estórias de Guerra |
Lembrei-me de abrir um tópico para partilha de estórias de guerra, no nosso caso de serviço militar obrigatório, ou não, e também devemos ter militares de carreira por aqui. Há sempre muitas situações caricatas por contar. Recordo-me de já ter partilhado uma estória por aqui, de merda diga-se de passagem, mas quanto tiver tempo irei partilhar mais algumas. viewtopic.php?f=41&t=13561&p=175157&hilit=latrina#p175157 |
Autor: | lagarto [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
A única estória de guerra que tenho foi basicamente na inspeção militar, na ajuda. Foram dois dias e uma longa, longa noite ![]() |
Autor: | Alcatraz53 [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Histórias de guerra, no sentido do termo não tive, porque fui um sortudo e não fui empurrado para lá, apesar de mobilizado algumas vezes. Mas para quem foi para a tropa em Janeiro de 1974, Cadete de Cavalaria, existem muitas histórias como devem calcular. Conhecer todas as valas de esgoto da cidade de Santarém em Janeiro não é agradável, ou rastejar em Janeiro no barro da terraplanagem, ou saltar do pórtico, ou do salto para o desconhecido,ou das patrulhas de 24 horas, dos crosses de sexta feira desde Pêro Filho. A grande vantagem é que nesse tempo se tinha 20 anos e as memórias de hoje desse tempo, foram abafadas por essa juventude inconsciente. |
Autor: | Leonidas I [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Força Lagarto (não confundir com o Sporting) ![]() Epá, na inspecção também tenho umas boas. Em Setubal, lá somos recebido por um Sargento se bem me recordo, lá fez o seu papel de cicerone, a dizer qual o programa do dia. Levou-nos para uma sala, deviamos ser mais de 100 gajos, e Sargento q se preze nesta merdas, bigodaça acizentada, já era um cinquentão, com o seu vozeirão diz - Quem tiver alguma coisa a dizer que possa impossibilitar a prestação do serviço militar que o diga agora Pronto, já estavamos todos à espera do regabofe do costume, de bocas e piadas, mas o Sargento cortou logo isso. - Atestados médicos não contam, serão analisados, não me façam perder tempo com graçolas. Nisto um gajo de etnia Timorense levanta o braço o Sargento dá-lhe autorização para falar e diz o Timorense. - Eu sou prostituto Silêncio completo na sala, o Sargento em poucos segundos digeriu aquela merda e disse. - O senhor venha comigo, os restantes façam favor de aguardar Esperámos uns 15/20m até que o Sargento voltasse, voltou sozinho, e mais tarde vimos o Timorense abandonar o quartel com envelope na mão, foi dispensado do serviço Militar. Se o gajo era prostituto ou não, vá-se lá saber, mas na altura já todos iamos preparados com atestados médicos, problemas respiratórios, asma, pé chato ![]() ![]() ![]() ![]() |
Autor: | cobain86 [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
O sargento queria uma borla do panisgas... ![]() |
Autor: | My rules [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Epah dessas não tenho, apanhei o primeiro ano em que se podia dispensar a tropa. |
Autor: | TTmarts [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
A minha melhor historieta de guerra passou-se nos idos de 1992, quando fazia o serviço militar em Tavira. A certa altura fomos em marcha para o campo de tiro (que distava alguns km do quartel), todos equipados com mochilas e G3, aprender a lançar granadas de mão. Claro que eram daquelas de instrução, azuis, com uma pequena carga de pólvora e areia no interior. O lançamento era feito à vez. Após ordem do cmdt de pelotão, cada um aproximava-se de um pequeno barranco, retirava uma granada da respectiva caixa onde estavam depositadas, retirava a cavilha e lançava-a para a frente, após o que se atirava para o chão para se proteger. O pelotão estava todo atrás, a cerca de 5 metros daquele que efectuava o lançamento. A coisa nem era complicada, mas, o que é certo é que alguns camaradas não achavam grande piada em ter na mão um dispositivo explosivo que, se rebentasse lhes poderia, na melhor das hipoteses, decepar um ou dois dedos. Um deles estava tão nervoso que quando chegou a sua vez, retira a cavilha, levanta o braço e em vez de lançar a granada para a sua frente faz com que ela seja arremessada para trás indo cair bem no meio do pelotão! A granada tem um atraso de 5 -7 segundos antes de explodir e posso-vos garantir que nesse espaço de tempo cerca de 40 gajos, entre atropelos e tropeções, iam batendo o recorde de sprint em corrida! Foi hilariante, porém, quem não achou grande piada foi o cmdt de pelotão. Mas, para mim, o melhor ainda estava para vir. Ao sairmos do campo de tiro em marcha para o quartel, percorridos cerca de 500 metros apercebi-me que não tinha comigo a G3 - tinha-me esquecido dela na zona de lançamento das granadas! Completamente enrascado disse-o ao cmdt de pelotão. O gajo manda-me voltar atrás em corrida e ao regressar com a arma fui obrigado a marchar com ela bem levantada acima da cabeça durante cerca de 2 ou 3 km. Serviu-me de emenda! |
Autor: | nalp [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Andei 6 meses e não tenho assim nada de espectacular... Um bacano num G40 que rebentou o compressor, só me deu 1 vez boleia, jurei p nunca mais. Em instrução em Elvas, tinhamos 3 sargentos até giras e um bacano entusiasmasse numa Ebro e iamos virando (iamos cá atrás). (era o condutorde serviço naquele dia) disseram-me para ir para as oficinas e esperar que ligassem para lá, ao fim de 30m deixei-me dormir, para aí 1h depois o telefone toca, acordo azambuado, tinha a perna dormente estico-me para atender e ![]() ![]() na carreira de tiro era aos 5 de cada vez e 5 tiros cada e lá ouve um ou outro com 10 tiros no mesmo alvo, à gajos assim ![]() pacifico de resto... |
Autor: | SapoCocasPT [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Estórias?! ![]() ![]() ![]() |
Autor: | Castorp [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Fiz em 1990, Tavira (destacamento do RIF de Faro). Nuca me ri tanto na vida, c@r@lho, |
Autor: | Leonidas I [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Então desembucha @aralho ![]() |
Autor: | TTmarts [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Em Tavira o ambiente era de facto espectacular... falo do CEFO (Curso Especial de Formação de Oficiais), destinado a gajos recém formados (ou nem tanto, como era o caso do pelotão dos médicos, que somente iam para a tropa em idade avançada, depois de todos os adiamentos que lhes eram permitidos). Eramos uma Companhia "sui generis" e os episódios recambolescos repetiam-se diariamente. Lenbro-me que na noite anterior ao juramento de bandeira, a bebedeira foi tal que a dada altura resolvemos começar a atirar alguns colchões para o meio da parada (para quem não o conhece, o quartel era minúsculo e as casernas deitavam directamente para a parada). Quem não achou piada foi o desgraçado do oficial de dia que teve de usar uma grande dose de diplomacia para convencer aquela cambada de bandulhos a comportarem-se decentemente. Numa qualquer Escola Prática teria sido o bom o e bonito...Mas Tavira era assim mesmo! Eramos cadetes, licenciados (médicos, engenheiros, advogados), todos a "perder" tempo da sua vida numa "guerra" que não era a nossa. Bons tempos! |
Autor: | Castorp [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
É isso mesmo mano... programa inesquecível! Hei de escerver um dia... agora é bulir, a ver se ganho €€€€ para os gastar... nas GPs!!!!!! ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() |
Autor: | Safado [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
A minha melhor historia de guerra, foi a guerra para nao ir a guerra ate porque por motivos demasiado complicados para explicar aqui ja tinha passado pela a guerra... Foi uma situacao que se resolveu no banco direito de um Mercedes bordô 190D ali na Rua da Artilharia 1 (coincidencias do cacete), comigo a depachar um envelope com 500 broas para dentro do porta-luvas enquanto discutia o tempo da epoca com um interluctor que tinha conhecido à 5 minutos atras e nunca mais tornei a ver na vida... ![]() ![]() |
Autor: | TTmarts [ 27 Jan 2012 ] |
Assunto da Mensagem: | Re: Estórias de Guerra |
Lembro-mo agora de uma outra situação, passada em Tavira durante a recruta/instrução. No refeitório geral a comida era péssima! Eu explico. Além de tudo ser servido em inox (pratos, travessas, talheres, copos), a limpeza que era efectuada erar, no mínimo, estranhamente compatível com o deixar resíduos de gordura em tudo quanto era metal. Pois bem, um certo dia, um dos cozinheiros foi surpreendido a lavar as sua roupas (incluindo peças mais intimas, como cuecas e meias) num dos grandes panelões da cozinha usados para fazer sopa! A razão era simples. O rapaz que era do Norte, não podia ir a casa todos os fins de semana e aproveitava os seus afazeres na cozinha para, além da utilização culinária que por obrigação conferia às panelas, aproveitar o recipiente e a água quente para fins mais práticos...como sejam o de lavar a sua roupa. O que é certo é que, até hoje, aquilo que mais detesto num restaurante é que me sirvam comida em travessas de inox. Isso faz-me lembrar o refeitório de Tavira e a história do cozinheiro. Ao sair de tavira fui colocado no QG de Lisboa. Aí comia na Messe de Oficiais. O serviço era em pratos e travessas de porcelana e tinhamos quem nos servisse à mesa. BONS TEMPOS! |
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