Zoroark
Registado: 30 Mar 2012 Mensagens: 2
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- Voyeur
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 Re: Gostam de Ler ?
DE COMO O CONFRADE CONHECEU UMA RAPARIGA CUJA PROFISSÃO, ENTRE OUTRAS, É O QUE SE PODE DESIGNAR DE FORMA SUAVE POR “ACOMPANHANTE”, EM INGLÊS “ESCORT”, EM BRASILEIRO “GAROTA DE PROGRAMA” E EM LINGUAGEM POPULAR “put*” …
Caríssimos confrades, o que se segue deve ser encarado como mera ficção e a imaginação de cada um deverá apenas conduzir a meras coincidências.
Estava um vosso confrade à toa na vida, completamente á deriva, quer mental quer espiritualmente e com bastante tempo para matar, decidiu cuidar do que é físico, forma mais recomendada para superar o que é da mente. Resolve então, consultar as páginas de anúncios de prestação de serviços e, deparando-se com um nome que lhe fazia recordar alguém duma outra situação vivida há muitos anos, imediatamente se decidiu efectuando a sua escolha. Marcados que foram os 30 minutos da praxe e chegado às proximidades do local indicado, passou ele a hora e meia seguinte em infrutíferos contactos (situação a que alguns confrades não serão estranhos). A rogar pragas entre dentes a tal criatura, efectua uma nova busca, na esperança de encontrar outra GP na área. Após algumas tentativas foi atendido por uma moça bastante simpática que se encontrava a poucos metros de distância e lá vai o confrade, saltitando e pulando, directo ao assunto. Num mini TD que se pode dizer… 9/10 a roçar o 10/10, de acordo com os gostos pessoais, claro. De qualquer forma, um atendimento como é raríssimo obter, nem a GP, nem o confrade se deram conta da existência de relógios mas seguramente que decorreu mais de hora e meia. Um pouco pela situação emocional e quiçá também pela da GP, acabou por sair com a certeza de ter sido o tempo mais bem gasto nos últimos meses (não esquecer que tempo = dinheiro) e com a promessa de voltar.
Sendo o nosso confrade uma pessoa de palavra lá estava ele, dias depois, a efectuar uma nova marcação munido de uma pequena lembrança bem cheirosa, como forma de demonstrar o seu apreço pelo tratamento e desempenho da dita GP.
Não sendo propriamente um “Mr. Hurricane”, nem estando provido de um assim tão “incrível Hulk”, o nosso confrade participou numa sessão em tudo superior à última, capaz mesmo de rectificar o anterior mini TD para uns 7/10, chegando mesmo a ultrapassar os tempos anteriores e no final chegou mesmo, de forma espontânea e bilateral a efectuar uma troca de endereços electrónicos com vista a futuros contactos.
Caros confrades, se até aqui nada de estranho encontreis nesta estória desafio-vos a prosseguir na leitura deste conto, pois estou certo que não estareis preparados para o que se segue.
Detentor do endereço da adorável GP o confrade, transformado em electrão, navegando pelas interwebs depara-se com uma situação caricata. Não queiram os confrades acreditar mas, perante os seus olhos, logo em primeira página com letras bem gordas, de forma directa, propositada ou não, tinha-lhe sido dado acesso a pequena parte da vida da GP, na qual se inclui alguns familiares e amigos (as). Perante tal e após uma rápida visualização o nosso confrade deparou-se com duas situações distintas que apresentavam sinais de uma certa gravidade, uma relativa á própria GP e outra referente a uma criança que era sua familiar, situações essas que achou por bem comunicar à própria GP. No caso da situação referente à GP pelo facto do o confrade gostar dela, no que refere à criança o confrade faria o mesmo fosse a quem fosse, conhecido ou não.
Mais uns telefonemas e toca de agendar um novo encontro, avisando logo que iria ter lugar uma conversa séria sobre assunto que só seria possível discutir pessoalmente, e que sexo era irrelevante face aos factos descobertos.
Chegado o dia, e de pé atrás, um pouco na pele de um “Incubus” face a uma “Succubus”, com a dúvida de que tal situação se deveria apenas a um acaso, preparado-se para uma possível premeditação, com a mente focada apenas no objectivo proposto, dá-se o encontro.
Não pode ser contabilizado o tempo gasto a explicar as descobertas à GP que, após o choque inicial, e com uma certa relutância em aceitar os factos, principalmente os relacionados com a “criança”, lá compreendeu e aceitou o que ele pretendia transmitir. O caso que lhe dizia respeito, conforme o confrade pode verificar mais tarde, foi rapidamente corrigido. No referente à criança o confrade fica com a esperança que a mensagem tenha sido transmitida e que ele estivesse enganado, ou que alguma intervenção tivesse tido lugar.
A reacção que se seguiu a esta conversa séria foi um pouco surpreendente. O vosso confrade que já estava a fazer as malas para se por a andar, não sendo feito de ferro, nem desprovido de sentimentos, fraquejou mental e fisicamente. Ainda que estando ambos vestidos (um mais que outro) e sentados na berma da cama, enquanto arrumava os seus pertences e apontamentos, sobre uma cadeira que fazia de mesa improvisada, o pé da GP começou a acariciar o seu “precioso” por cima das calças, o sedutor constante ondular constante da GP, o roçar seguido pelo lento e carinhoso desapertar dos botões da camisa, sem uma única palavra, apenas o silencioso grito “FODE-ME”.
ATÉ QUE O ESPERMA NOS SEPARE !! … o que poderia o nosso confrade ter feito … Fe-lo até ele mesmo dizer chega.
Quando se viu sob a parca luz solar (ter-se-iam passado 3? 4 horas?) o confrade derreteu-se totalmente. Estupidez total !! dizem os confrades. Certo é que o nosso confrade se deixou levar e com a visão do deslumbrante por de sol disse-o a si mesmo que, embora sabedor que tal “utopia” nunca seria viável, nunca vestindo a pele de bom selvagem num admirável mundo novo, sabendo que não encaixava em nenhum desses papeis a desempenhar, assumia o sentimento que ultrapassava o simples “gostar de”.
Como uma asneira nunca vem só, o nosso confrade visitou novamente a GP, visita da qual pouco relata apenas a sensação de ser um vendedor de porta a porta, rapidamente despachado pela GP, sempre de olho no relógio e com as restantes colegas, presentes ao lado, a anunciarem os batimentos dos minutos.
Na sequência da troca de telefonemas e mensagens que se seguiram, e apesar de ter ficado bem claro que os sentimentos do confrade apenas a ele diriam respeito, a GP comunicou-lhe que tinha namorado e que gostava do confrade, que via nele um amigo e que lhe retribuía a amizade, que nada mais seria possível, etc.. etc.. (ver wickipédia para mais detalhes). A isto o vosso confrade respondeu que aceitava a amizade proposta pela GP e que, conforme já o tinha dito, estava perfeitamente consciente das impossibilidades e que sempre assumira os seus sentimentos como um devaneio que o próprio se encarregaria de controlar (tudo “by the book”).
Amizades … a dita cuja amizade revelou-se um “ban” de uma das contas em que o confrade e a GP se tinham juntam. Quando tentou esclarecer o dito cujo “ban” a GP acusou o confrade de este lhe ter invadido a vida privada e de vasculhar a vida dela. Com um tom de voz já bastante irritado o confrade procurou esclarecer que apenas viu o que lhe tinha sido fornecido pela própria GP e consultado, como qualquer outro confrade, um fórum famoso pelas suas análises e opiniões pessoais.
Após este telefonema em que, aparentemente, tudo tinha ficado esclarecido, outros se seguiram, sempre numa lógica de amizade, tendo sido um dos últimos, de certo modo, cómico, em que o confrade tenta, em vão, furtar-se ao cumprimento de uma aposta que perdera, fornecendo um item comum em vez de um de marca como exigia a GP. Nem com o “choro” e “ai a minha vida”, nem com a referência às 15 ninhadas de gatos que tinha para criar (peta, evidentemente) a GP transigiu, recusando a “amolecer o seu coração” e a tornar a dívida mais leve.
É que de permeio e quando lhe foram mostradas as fotos das amigas da GP, o nosso confrade perdeu uma aposta com a GP, pois “reconhecendo” uma das amigas e iludido por um facto ocorrido no primeiro encontro que erradamente usou na sua análise, apostou que esta seria uma certa colega ao que lhe foi dito que não, que seria uma outra. Pois o nosso confrade que é pessoa de ver para crer vai de visitar a amiga assim que lhe foi possível, e lá teve, relutantemente, de reconhecer a derrota, prontificando-se a saldar a dívida em tempo útil, facto que comunicou à GP.
Finalmente chegou o dia em que os astros se conjugaram favoravelmente para que o confrade se visse liberto da sua promessa. Na véspera efectua um telefonema para combinar qual seria a melhor altura mas nada, na segunda tentativa é desligado, e depois desactivado. No próprio dia a que o confrade se tinha proposto continua sem ser atendido e uma conta de internet em que o confrade e a GP partilham um programa de entretenimento online è apagada. Telefonema ... e sem resposta. Nos dias seguintes e já ultrapassada a “janela de oportunidade”, o confrade, um pouco preocupado telefona a uma pessoa que lhe fora dito ser amiga da GP, não se revelando e pedindo sigilo, procurando apenas saber se algum “azar” teria ocorrido.
Após vários dias sem qualquer resposta, quer aos telefonemas quer às mensagens enviadas, a já referida conta é reaberta. Sentiu-se o confrade perante uma situação bipolar, ou mesmo alvo de qualquer espécie de gozação por parte da sua nova “amiga”. Não pela falta de gratidão manifestada, pois o confrade nunca agiu com o objectivo da obter, mas pela forma como o seu “ser “ se sentia pela estranha mudança de comportamentos de quem se diz ser amiga pois, como já fora dito, não pretendendo gratidão, não admitia ser enxovalhado, muito menos de forma tão indirecta, sem a coragem para expressar de forma clara e directa os motivos que a tal conduziam.
Enquanto termino o presente conto, o confrade, sentado em frente ao televisor relendo um excelente livro de Raphaele Billetdoux “Mês nuits sont plus belles que vos jours” (em que a noite e o dia nada teem a ver com o astro solar), tem ao alcance do seu braço, numa pequena mesa, um balde de gelo contendo um bruto e borbulhento Dom Pérignon, que o confrade emborca suavemente, taça após taça, ao som do excelente grupo Poxy Boggards vide HYPERLINK "http://www.youtube.com/watch?v=q2H4yqVN4as" http://www.youtube.com/watch?v=q2H4yqVN4as (RECOMENDADO) esvaziando o seu conteúdo, arremessando violentamente a taça pela janela atrás de si aberta, pondo assim um ponto final nesta estória.
NOTA FINAL: Todas as criticais, comentários e sugestões para melhoramento do presente escrito serão bem-vindas. Quaisquer tipos de negativismo, exacerbado ou não, provocarão o lento arder no palco do inferno, e que a vossa alma patética e sem valor apodreça nas suas entranhas para toda a eternidade, pois só assim o autor, que estará na primeira fila da assistência considerará a opção “estamos quites”. Bons TD e uma Páscoa repleta de gajas boas cobertas de chocolate.
Adenda: este conto não termina aqui, pois o seu autor já se encontra a elaborar a parte dois, aguardando para isso a aprovação e publicação do tópico entitulado "Estranhas Ameaças?" em Manual de Sobrevivência para que com base nas opiniões emitidas possa imaginar a continuação desta Estória.
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