Caros utilizadores deste forúm,

Estou registado há já algum tempo aqui, mas a minha participação é raríssima. Basicamente só aqui venho para consultar e mais nada.
Gostava de chamar a atenção a todos aqui no fórum relativamente a um assunto que me preocupa: é que com a crise que Portugal está a passar muitas mulheres ficam desempregadas, por vezes sem marido (ou porque ficaram viúvas ou porque estão separadas) e depois sem rendimentos surgem as dívidas. Face a este problema algumas não têm alternativa senão prostituir-se. E acredito que uma mulher antes de pensar numa coisa dessas por necessidades económicas, antes disso pensa em alternativas melhores, mas não as encontra.
Criei este tópico para debater este problema, pois é muito fácil que cada um de nós vá aos classificados do cm no jornal ou no site, caso seja no site, coloquem em pesquisa a palavra "desempregada" e verifica-se esta situação.
Será que não há ninguém neste fórum que tenha uma empresa ou que possa dar uma cunha a uma destas mulheres para lhe arranjar um emprego digno? Vamos lá mostrar que apesar de andarmos a consultar este tipo de sites, que apesar de tudo temos um "coração". Qualquer mulher que anda nesta vida podia ser uma excelente esposa, no bom sentido, podia ser a mulher que um de nós procura encontrar para amar verdadeiramente. Também podia ser a filha de algum dos senhores que procuram algo nestes sites de prostituição. No fundo ao dar estes exemplos, procuro chamar a atenção para algo muito importante nas nossas vidas: amar o próximo como a ti mesmo.
Somos muitos e de certeza que alguém estará interessado e se agirmos juntos podemos fazer muita coisa boa !
Não se esqueçam que a prostituição é um dos maiores inimigos para quem tem uma família, pois destrói tanta coisa no meio familiar. Vamos pensar em nós, queremos ter uma família (uma boa esposa que nos ame verdademente e a quem nós também amemos e também queresmos dar o melhor aos nossos filhos) e agora vamos pensar em todas as mulheres que andam na prostituição e vamos desejar o melhor para elas, assim como desejamos a nós mesmos.
Então fica a sugestão: pessoal que tal começarmos a ajudar estas mulheres a ter uma vida normal e feliz?

Os meus melhores cumprimentos para todos!

...e o sr.padre podia ser o primeiro a dar o exemplo, decerto precisa de uma ajudinha nos afazeres da sacristia..

da minha parte lamento mas mal consigo tirar o ordenado ao final do mês..

O teu post é interessante de facto, e concordo em parte com algumas coisas que referes.

Não deixa de ser frustrante não se conseguir pagar as contas, e acumular dividas etc..etc..

Todos nós queremos o melhor para nós e para a nossa família, e para quem nos é próximo. Ai estamos todos de acordo, e no que toca a este assunto ( prostituição), apesar de sermos putanheiros , acho que posso falar por a maioria e dizer que certamente não gostaríamos de saber que algum familiar nosso( prima, tia, sobrinha, irmã... etc....) andava nesta vida. CERTO confrades????


No entanto há o reverso da medalha, o TAL senão , que é ( pelo menos para muitas que ja andam na vida) o factor €uro. Pois dificilmente, num emprego digamos.... normal, se consegue ganhar para pagar as despesas, as roupas, os caprichos etc... etc... como se consegue fazer no meio das prostituição.

Oferece lá um emprego a uma rapariga de programa, a fazer 8 horas diarias, pagar 500 ou 600€\mês , onde tem que cumprir horário, levantar cedo, andar de transportes publicos, chegar tarde a casa. E depois diz-nos se ela aceita.

O mal não está em querer ser bom samaritano, mas sim em toda a conjuntura do problema.

A melhor ajuda: deixar de afirmar que ser prostituta é um trabalho indigno.

Já houve uma GP que me falou que gostaria muito de deixar a profissão, se conseguisse arranjar uma outra qualquer.

Embora putanheiro inveterado, fiquei bastante sensibilizado pelo desejo dela deixar a prostituição e o facto de ser brasileira, estar sózinha longe dos familiares, ainda me comoveu mais.Disse-lhe que iria fazer todo o esforço possível para o conseguir, mas sem lhe prometer nada.

Felizmente consegui, arranjar para o restaurante de um amigo e inclusivé dei-lhe a minha mala de viagem.

Infelizmente a coisa deu em nada.Não aguento, doem-me muito os pés, estão cheios de foles e blá blá.Claro que voltou ao mesmo.Abrir as pernas é mais fácil e dá milhões.Ainda bem que o sujeito era um amigo.

Entretanto como não quiz voltar para a mesma casa, acabei por ter de lhe arranjar uma pensão até decidir ir para junto de uma amiga que estava em Vizela.Foi uma semana, aqui com otário a pagar-lhe a dita pensão e a comida.

Mas nem tudo foi mau, porque passei grandes momentos com esta princesa.Por exemplo um streep surrealista em pleno inverno, numa serra conhecida.Eram cerca de 2h da matina.Também uma vísita relâmpago a Lisboa numa semana em que estava a dar formação no Prior Velho.Antes de irmos para o hotel, ainda foi comigo assistir a uns streep`s na cave do centro comercial João de Deus, que fica em frente ao holiday inn que era o hotel onde estava hospedado.

Tenho muitas outras histórias com esta menina, inclusivé uma vísita a Fátima, de que tenho várias fotos. Falar várias vezes com a mãe e uma irmã, ela dizer à mãe que eu era o namorado e ela a pedir-me para tratar bem da sua menina.

Foi sobretudo essa frase que também me chamou a atenção...

E subscrevo, inteiramente, a opinião do confrade Tinoni.

Concordo plenamente com os Confrades mitsui e Tinoni.

Nenhuma quererá um emprego dito "normal" a ganhar 500 ou 600€.

E o indigno está no que nos metem na cabeça desde pequenos, aqui no Ocidente, no século XXI.

Lembro que nos séculos XVII e XVIII (sobretudo), as prostitutas de luxo, as ditas cortesãs, eram oficiais, desempenhavam um papel nos eventos sociais, eram mantidas publicamente por reis, nobres e burgueses e também ganhavam deste modo o seu dinheirinho. E as gueixas famosas eram disputadas pelos homens mais poderosos do Japão. And so on…

Indigno é olharmos nos olhos de uma GP e acharmos que pouco valem. É como tudo, há umas que valem e outras que nada valem… mas não é por serem GP's.

Saudações

E os dois não ficam sós.

E acrescento, a caridadezinha só leva a uma maior dependência.

Nunca me passou pela cabeça responder a um tópico destes mas não consigo resistir!
Então nós vamos "ajudar" os nossos fornecedores novinhos em folha a deixar de nos fornecer?
Isto é como dizer a um drogado para recusar droga fresquinha por altruismo!
Confrade coco: tenha juizo! O que nós queremos aqui é mais carne fresquinha! De prfeferência sem rodagem...

sr. padre ? teve piada, a sério, nem levo a mal...

eu não sou a pessoa certa para dar o exemplo, talvez você até consiga dar melhores exemplos do que eu, mas apesar de tudo, achei importante criar um tópico com esta tema

mesmo para quem não pode ajudar financeiramente, há muitos tipos de ajuda e quem dispensa nem que seja 1 minuto a pensar neste problema já está a ajudar, obrigado pela sua opinião

Realmente aquilo que disseste completou imenso tudo aquilo que escrevi e é importante a contribuição de todos, independentemente do seu ponto de vista.
É verdade que há quem queira ter esse tipo vida, por outras razões, sem ser a pobreza, pois na realidade há acompanhantes, penso que principalmente em Lisboa, que lucram bastante.
Concordo com o que disseste

Apesar de estarmos a usar a mesma palavra "indigno", se calhar estamos a dar significados diferentes a essa palavra.

Vou tentar expllicar-me mais ou menos bem:
-imagina um ladrão que rouba um família pobre;
-imagina um homem, tipo mercenário, que mata qualquer um em troco de dinheiro;
-imagina uma mulher que tem relações sexuais com um homem casado ou comprometido a troco de dinheiro;

podemos chamar de trabalho digno? eu penso que não

tentei explicar-me bem e penso que consegui dar uma boa ideia

respeito a tua ideia e tentei expor a minha concretamente, se quiseres responde-me pois terei todo o gosto em debater esse assunto

não respondi a todos, porque alguns partilham das mesmas ideias, no entanto, obrigado a todos por terem dito alguma coisa

vou partilhar aqui uma situação importante. Um dia descobri uma mulher que tinha um filho, o marido faleceu e a senhora ficou cheia de dívidas e teve de entregar casa e carros. Essa mulher vive em Lisboa e pensou em prostituir-se, tal eram as dívidas que lhe atormentavam a cabeça. Tinha alguma ajuda de uma associação que lhe dava todos os meses alimentos e tinha uma cunhada que a ajudava também. Essa senhora tinha dívidas em vários sítios e principalmente à segurança social e ficava com medo, pois como sabem a segurança social e as finanças não perdoam... Então pensou na prostituição, mas não teve coragem para o fazer e nunca na vida teve necessidade disso. Dizia que não tinha coragem de ir para a cama com alguém sem sentir nada, mas a sua situação era díficil e tinha um filho menor. Felizmente essa mulher não chegou a prostituir-se, apesar de ter colocado um anúncio com fotos que permaneceu online durante bastante tempo. Este caso é real e recente, neste momento essa senhora procura outras alternativas para pagar as suas dividas e recomeçar a vida sem o marido que faleceu à meses e estando desempregada.

Ou seja, apesar de haver quem anda nessa vida pelos mais variados motivos, há pessoas que realmente o fazem porque estão em condições muito más.

E apesar de chamar à atenção, não quero que ninguém se sinta mal por minha causa.

Um dia ouvi dizer esta frase "as acompanhantes quando casam são as mulheres mais sérias!". Pois realmente há certamente muito boas mulheres nessa vida.

Também já ouvi dizer "que quem anda na prostituição não quer dizer que seja melhor do que quem não anda". É verdade, pois há tanta boa gente que frequenta esses sítios ou que se prostitui. E é importante entender os motivos de cada um , compreender e respeitar, pois afinal este é um assunto delicado e que merece ser debatido com o total respeito entre todos.

Se legalizassem a prostituição em Portugal, tal como em outros paises (nossos pareceiros da UE), já seria um trabalho digno ou não ?

O que o confrade coco pretende com o seu tópico neste forum é assim como alguém pedir aos fabricantes de armas que intercedam para acabar com as guerras. Não faz sentido. Parece que os utilizadores do forum não estão interessados que as meninas mudem de vida e nos deixem.

As GP's têm primeiro que querer sair desta actividade. E, como alguém muito bem disse, não é a trabalhar 10 ou mais horas por dia com salário minimo que vai cativar estas boazonas. Este país não dá oportunidades condignas a quase ninguém.

Elas, ao fim de uns anos, lá acabam por abandonar a actividade, quanto mais não seja pelo fim da data de validade.

E a legalização, podia, na realidade, ser uma solução. De resto num país tão pró-liberal (com a despenalização do aborto; permissão do casamento gay, etc) ninguém percebe como é que a prostituição ainda não foi legalizada. É que o estado ainda angariava receita com isso, ao invés de ter despesa, como acontece com a execução da lei da despenalização do aborto.