Quando uma GP inicia a sua actividade há, para a maioria – penso eu – uma série de alterações da sua vida que vão muito além do trabalho propriamente dito.

Pretenderá provavelmente esconder o seu ofício de vizinhos, familiares e amigos, restringindo a um mínimo o número de pessoas que sabem aquilo que realmente fazem.

O segundo telemóvel é necessidade evidente mas não isento de riscos, os horários de trabalho não serão também muito difíceis de justificar, mas quando se somam os maiores cuidados (para algumas) com a manicure, cabeleireiro, depilação etc, já fica menos simples. Quando entre amigos ou família falam dos respectivos empregos, os silêncios vão ficando difíceis de gerir. E quando a prima lhe diz que vai ter com ela ao emprego para almoçarem juntas, fica mesmo complicado.

E o namorado ou pretendente que quer ir buscá-la ao trabalho? E a gestão do kit-puta? E como já foi referido, os eventuais encontros com “amigos” difíceis de explicar? E como justificar o rendimento acima da média?

Nao e nada facil mas pelo que vejo e penso que seja verdade quando uma Gps entra nesta vida e sem namorado e com uma familia que nao seja muito proxima dela ou entao sao Gps que vao pra longe das familias sendo assim mais facil de esconder o que fazem.
No caso de terem outros empregos penso que so estaram disponiveis fora do horario de trabalho podendo claro atender as chamadas no seu outro telm de clientes de vez em quando pra nao dar mta bandeira...

Pois é!
Levaste-me às lágrimas Piotr.

Essas por entre outras dificuldades serão uma parte do preço a pagar para entrar nesta vida de alto rendimento
Mas julgo que tem piores partes ainda, se realmente ela levar a coisa a serio e trabalhar direitinho


Radar

O pior e acontece com muitas é que além de pagarem esse preço nunca chegam a ter a tal vida de alto rendimento.
É que as despesas para se cuidarem também são muito maiores.
Por isso vês muitas a trabalhar uma vida e chegam ao fim sem nada.
Como em tudo na vida, a questão não está só em ganhar muito, passa também pelo estilo de vida, pelo controle emocional e psicológico e pela boa gerência do quanto ganham.
Não é assim tão simples como parece, como também não julguem ser a tal vida de grandes aforros, para a grande maioria delas.

Caro Joma ainda hoje guardo comigo um ditado que minha mãe me ensinou
"O dinheiro não é de quem o ganha é de quem o poupa"
Não interessa elas ganharem 4/5.000€ e gastarem ele todo
Pois é mesmo assim que a maioria faz, é tudo uma cambada de desmioladas mesmo
Tão sempre a pensar amanhã vem mais, e por ai vão ano após ano até que já não vem porra nenhuma mais
E por final tentam.... e na maioria das vezes conseguem.... enganar algum otario que fique com elas
E que lhes sustente a continuidade da vida de excessos a que estão habituadas

Radar

E digo mais, não se deixem enganar quando ouvem da boca delas a porra de que ganham muito e têm mundos e fundos, mas continuam porque gostam.
Isso é conversa delas para se convencerem a elas próprias.
Pois se tivessem muito e não precisassem, fodiam só com quem gostassem e de borla.
O resto são cantigas.

...exactamente, mas mais ainda, é que quando se diz que elas gastam muito dinheiro para se "cuidarem", eu digo que muitas delas andam nessa vida para se "cuidarem", isto é, tornam-se GPs para ganharem muita guita para esturrarem nas cabeleireiras, manicures, pedicures, perfumes, roupas e outras merdas em exagero.

um abraço

O objectivo é ganhar dinheiro facil, gasta-lo todo ou seja a maioria vive em ''momentos de fantasia'' pois como gastam tudo e na hora de se retirarem nao têm nada guardado ou investido....

Algumas trabalham por objectivos: uma lipo, 250gr de silicone, coxinhas reforçadas... e quanto a isso há que reconhecer que são determinadas no tentar atingir as metas. Mas a verdade é que a maioria nem tem metas para além dos dias seguintes...

Mas vivam as excepções, que também há casos de sucesso pessoal
Sobretudo quando os objectivos principais passam pela casa lá em Minas, antes do retoque na mama e no bum-bum

Mas será que isso acrescenta alguma coisa à qualidade do serviço Apesar de tudo, penso que sim

De acordo Piotr. Há excepções. Mesmo no caso de portuguesas.
Conheço um caso, em que ela tem um carácter forte. Luta por objectivos bem concretos.
Concentra-se nesses mesmos objectivos quase ao ponto de se tornarem numa obsessão.
É persistente, lutadora e com toda a certeza irá alcançar o que pretende.
E isso nota-se na qualidade de serviços. No modo de estar, completamente diferente das suas congéneres.
Existe nestes casos, uma diferença tão grande em relação às outras, que parece viverem em mundos diferentes.
E o caso que conheço, assim ela o queira e continue ligada ao mundo real que a rodeia, não se deixando levar por falsas fantasias, sempre com o sentido de responsabilidade que a define, e concerteza lá chegará.
Não sou futurologista, mas se continuar no rumo que traçou e continuar a levar o seu projecto orgulhosamente (e com razão) sem fugir do seu caminho, vencerá. Tem todas as condições, conhecimentos e inteligência para vencer.
Também é verdade que terá de ser paciente e não querer tudo repentinamente, saber separar o trigo do joio, rodear-se das pessoas certas, para que mais tarde colha os frutos e saboreie a vitória almejada com toda a justiça.
Oxalá que sim, e eu ficaria muito satisfeito e feliz a assistir ao seu sucesso.

Portanto, caro Piotr, há excepções, como em tudo na vida, si-senhor.

No seguimento da vossa troca de opiniões, mais uma achega...

Talvez pelo anos que vivi exilado, e da comparação com as experiência que fui tendo existe um dado que me salta à vista.

Pelo menos no porto, as miúdas tem de uma forma geral, uma total inaptidão para "gerir a carreira".

Ou seja, não tem planeamento absolutamente nenhum, eventualmente quando acabarem a carreira, estão no ponto de partida; financeiramente falando, mas com vícios de consumo incomportáveis para uma profissão dita "normal".
Como diz o piotr, é chapa ganha, chapa gasta... e depois dá bronca...

Mais, o nível de atendimento é de uma forma geral básico, e então quando apanham um TD positivo de uma forista mais respeitado, aquilo é só facturar um atrás do outro, não se apercebendo que da meia dúzia que "despacharam" naquele dia só 1 vai repetir... Se tivessem optado por atender 3, se calhar 2 repetiam e a médio prazo ia ser mais benéfico... Mas quem é lhes mete isto naquelas cabecinhas ocas ?? Quem é que lhes explica que tem que poupar para montar o cabeleireirozito lá na terra ?

Foi só uma achega que este tema dá pano para mangas...


E Joma, sei a quem te referes...

Estou completamente sintonizado contigo WK.
Fizeste um retrato real da forma de estar das gp's.
O exemplo que dei é uma excepção à regra.



Tens a certeza WK? E se sabes, o teu post foi uma grande contribuição e um alerta para o mundo real. É isso mesmo

Não, eu nisto das mulheres em geral nunca tenho certezas. Dessa forma nunca me engano, nem abro "o flanco"

ou melhor, abri uma vez, e ainda hoje estou a pagar por isso..., mas não me arrependo dessa excepção

Desculpa lá mas estava a editar e a completar o post, ao mesmo tempo que respondias.
Mas genericamente estamos de acordo, e em suma com este diálogo contribuimos de certa forma, se assim o quiserem, para meter juízo na cabecinha dessas meninas.
É que o chico-espertismo de algumas leva-as a ter a falsa ilusão da realidade dos negócios cá fora. Muitas das vezes, e concerteza o sabes tão bem como eu, bem mais agressivo e muito mais complicado que o delas, com muito mais traições e abutres sempre prontos pró assalto.
Digo isto, precisamente com o intuito de que aceitem estes conselhos gratuitos, de quem não estando ligado a esse negócio, tem experiência de vida, muitas das vezes bem mais complicadas, falo em questões comerciais do que aquelas que muitas vezes se julga.
Basta num negócio que estamos a fechar uma pequena falha, um pequeno pormenor que até parece sem importância para se perder dezenas e até centenas de milhares de euros.