Este é o primeiro tópico que abro aqui e, provavelmente, muito pouco interessante para a maioria mas é uma questão que me tem ocupado algum tempo na minha cabeça.

O que é que as gp´s fazem, mais tarde, na vida?

Sei que algumas juntam dinheiro suficiente para abrir um negócio só delas (aqui, no brasil ou de onde elas vêm), outras têm a sorte de encontrar alguém para casarem, outras ficam "patroas" e mantêm-se na "vida" e outras vão-se mantendo no activo até levarem uma vida miserável... Enfim!

Gostava de saber a opinião de mais pessoas e casos que conheçam.

Cumprimentos







PS: ainda não postei nenhum td porque já há algum tempo que não tenho feito.

Concordo com o Johnnie.

Ser GP é como ser futebolista, tem que se ganhar o mais possível porque a carreira normalmente é curta.

Quem não conseguir sair da profissão acabará inevitavelmente na decadência.

Embora haja excepções, como tuda na vida. Lembro-me de ter lido algures que a GP mais velha do RLD de Amesterdão tinha 70 e tal anos, e que já só atendia clientes habituais. Devia estar mesmo muito conservada, ou então esses "clientes" são uns grandes taradões.

Olha, sinceramente sei de um ou dois casos que juntaram dinheiro para comprar uma casa, ou um terreno...
Mas não deixaram de trabalhar.
Esta vida é um vicio muito grande. Elas estão habituadas a ter bastante dinheiro e a um certo luxo que a maior parte das pessoas não tem! O problema é que a maior parte não tem cabeça e hoje ganha 200 e gasta os 200 e depois pensa: amanhã faço mais e junto. Mas o problema é que é sempre amanhã... E quando dão por ela já se passaram anos e ainda aqui estão sem nada e a continuar a trabalhar. Esta é a realidade da maior parte das GP. Há fepois aquelas que já tem filhos e aí sim, continuam a trabalhar mas porque tem um objectivo!!!
Mas de resto...

Eu continuo a achar que são mais as vozes que as nozes. Estou habituado a ir para o hotel, mas tenho feito algumas nas casas próprias. Sempre que o fiz, tirando uma honrosa excepção ou duas, não vi casas faustosas nem luxos particulares nelas. Relógios triviais, nada de jóias caras nos dedos nem tão pouco sapato ou lingerie cara.

Mas a minha é uma opinião, quem sou eu, mermãos!

DC

DC atenção que para a maior parte delas ter um rendimento de 1.000 ou 1.500€ por mês é imenso dinheiro, e claro que com esse dinheiro é impossivel observar "luxos", pagar renda, enviar dinheiro para o Brasil e comprar o belo do terreno para construir o Palácio...
É um engano pensar que todas fazem fortunas...

Mas meus caros amigos, lembrem-se que GP não são só as que trabalham no seu apartamento. Eu também nunca vi nenhuma com um apartamento cheio luxo. Para quê isso? Para quê gastar com uma coisa que não é delas e que nas suas mentes estão por ali temporáriamente!?
Lembrem-se das que fazem praça, nas casas de 24h... Há quem passe quase o ano inteiro a fazer praça e por isso despesas com rendas não existem.

Tópico complicado... Complicadíssimo. A saída é quase tão complicada como a entrada. Existem variadíssimas questões que não foram postas. Vou segui-lo com atenção e postarei opinião mais para diante...

Concordo com tudo o que foi dito acima pelos vários confrades, segui de perto alguns casos que se passaram de acordo com o descrito.
Ressalvo apenas que acho que a saída é mais difícil que a entrada, são frequentes as recaídas, as crises de reajustamento não são fáceis de ultrapassar sem um pouco de sorte.
Sendo as afirmações neste tópico razoavelmente pacíficas e consensuais, espero como o Joma, que algum confrade nos traga algo de novo

Era nestas que gostava de ver testemunhos honestos de gps, feitos na primeira pessoa,

Realmente pelo meu conhecimento na causa, a saída é bem difícil. Das que conheço e voltaram a entrar, as histórias até são diferentes.
Mas como é assunto complicado, e respeito bastante as ditas, não vou meter foice em seara alheia, no entanto acho que a ideia do DC é brilhante.
Isto é, serem as próprias, e compreendo que nem todas estejam à vontade para o fazer, a falarem no assunto e se assim for, espero que ninguém as julgue, porque nesse caso, nem sequer vale a pena falar do assunto. É complicado. Assunto sério e complicadíssimo meus amigos...

E achas que o complicado está aonde, na parte psicologica delas ou em aprenderem a viver como outra pessoa sem se prostituir?!

Eu sei de vários casos, porque costumo ser muito fiel à GP de que "gasto" e portanto acompanho os casos até mesmo ao fim. Pelo que vi há pouco na secção "idade dos confrades", fiquei banzado de pertencer à faixa etária menos numerosa (+ de 50). Realmente, nesta faixa etária já há poucos confrades internautas. Mesmo assim, ainda posso falar, por exemplo, da Bia, uma zuca espectacular quando não bebia, que exercia a sua actividade nos anos 90 no Gallery, no Elefante e no Hipopótamo e que foi sendo corrida dos ditos locais à medida que ia "arrumando encrencas" após sérios problemas de etilização. Ela abandonou a nobre actividade e está agora (com 41 anos) em Berlim a lavar escadas. Vai-se safando e estou à espera que volte a aparecer por cá para lhe passar a mão pelo pelo. Também sei do caso da estrela maior da Cova da Onça (alguém ainda se lembra desta excelente casa? - só os velhos da minha idade!) que não digo o nome porque não interessa, que está bem na vida, com 46 aninhos e ainda atende em casa dela alguns dos velhos clientes (por exemplo, eu). Outros casos do meu conhecimento, efectivamente acabam como os confrades dizem: Casamento, regresso a terras de Vera Cruz com alguns cobres ou queda na lama.
Saudações foristas para todos

ecosutra, pelo que sei, o complicado está no ganhar sem arrecadar. Habituam-se a um estilo de vida, que muitas vezes até é compartilhado com o chamado namorado, vivendo este praticamente à custa da miúda, sem ela dar por isso. Quando saí, apanha o mundo real, que é muito diferente. O manguela, que está habituado a viver à sombra delas, pressina-as de diversas maneiras. O estilo de vida já não é o mesmo, já que elas não facturam e eles não conseguem, após o abandono da parte delas, manter o mesmo nível de vida. Os familiares começam a notar as diferenças, nos hábitos adquiridos. As perguntas e as dúvidas começam a aparecer. Aí tudo se complica e volta ao princípio. Isto pode ser um dos motivos. Mas há mais e variadíssimos, girando tudo quase sempre à volta do mesmo. Estilo de vida. Responsabilidades assumidas. Hábitos criados que se tornam quase em vícios. Pressões dos ditos delfins, que sabem tudo sobre a vida delas. O receio da parte delas que eles lhes ponham a vida a nú perante a sociedade, família e amigos. O acomodar da parte delas, apesar de nas mais das vezes já não gostarem dos delfins, mas sim receá-los. Terem dúvidas, sempre que aparece outro homem nas suas vidas, se não será igual ou pior que o anterior, recomeçando tudo de novo para ir dar ao mesmo ou pior. Na dúvida ficam com o que têm, levando-as a uma vida sempre vigiada e de falsa protecção a todos os níveis. Enfim, assunto sério, do qual gosto pouco de falar, porque cada caso é um caso, não se podendo generalizar, nem especular. Complicado para elas e para quem assiste, muitas vezes impotente, porque como em qualquer vicio, é preciso coragem, força de vontade e grande capacidade de sacrifício para subverter o rumo das coisas.
Esta opinião é demasiado simplista, já que, a mim pessoalmente, custa bastante explanar este assunto que é demasiado sério, não se podendo abordá-lo de ânimo leve e em tão poucas linhas.

joma, é verdade que não devemos generalizar, são inumeras as razões tanto para se entrar nessa vida como para sair e para a manter. Em cada cabeça uma razão!
Pessoalmente e pelo que conheço dos exemplos que presenciei, nenhuma das situações se podem considerar "normais". São pessoas desequilibradas e desesperadas por alguma razão.

Acho que muita tinta havia de correr neste tópico se o espaço fosse aberto a outras realidades. Falei outro dia sobre a Miena Cavali, uma italiana boa, que deixou o porno série A pelo escorts, como ela diz. Percebe-se que tem formação, vida, amigos, até as luzes da imprensa em cima. A cicciolina dizia que ela era a sua continuadora. A Milena diz que quer fazer isto até estar em forma porque gosta, e aceita contratos de publicidade. A reforma, diz ela, é aos 65, ms aos 42 ela sai, e depois quer fazer política. Acho que há muitas realidades nisto, e estamos a insistir no estereotipo.

DC