
Re: Vida dura de Pinguim...
Idalecio Boaventura Escreveu:
A parte dos super-heróis talvez seja como compensação de sentimentos de inferioridade?
Ora nem mais, (o) amig(o) Idalécio não posta TDs mas de quando em vez atira cá para fora uns comentários que pelo seu caracter divertido acabam por obrigar a pensar.
Aproveitando a deixa, na minha opinião, diria que, num quadro um pouco mais elaborado entende-se que a empatia gerada pelos mais diferentes tipos de personagens referidos possa ter mais a haver com um processo projectivo que, não funciona, necessariamente, de uma forma tão simples e básica.
Trata-se de um processo de projecção de valores, de sentimentos, talvez de emoções, que tende a valorizar mais o sujeito que se projecta do que a própria imagem que é objecto da projectação. Não é tanto o querer ser como mas sim, o ser como. Trata-se, por analogia, dum problema de posição relativamente à face de um espelho. Quem está fora e quem está dentro. Porque, nem sempre é fácil descortinar a verdadeira imagem e, quando pouco avisado, quem está fora e vê as duas tende a escolher a imagem errada. É um erro fácil, quase um lugar comum.
De resto, a verdade dos avatares não está na imagem, essa pouco esconde, acabando mesmo por ser vazia. A verdade está na sua relação também de verdade com as palavras e com as ideias expressas, também elas verdadeiras, que, a eles, os autores fazem associar. Vida, alegria, brincadeira, amizade, conhecimento, educação, etc.. Com o estabelecimento dessa relação gera-se então aquilo a que podemos chamar de "identidade verdadeira".
O problema é quando as palavras, as ideias e os valores não são verdadeiros ou então, e isso já é patológico, quando também não é verdadeira a sua relação com, neste caso, o dito avatar ou com a designação que o torna reconhecivel. Gera-se então uma "identidade falsa"; pouco ou nada interessante e consequentemente desprovida de significado.
desculpem as linhas mas de momento foi o que me ocorreu sobre o assunto
abraço