Lembro-me de, há uns 20 anos atrás, estar a comer uma GP numa pensão rasca no porto e ter utilizado a expressão "ir às GPs"; a miúda em questão explicou-me que preferia ser tratada por "prostituta", e não por "put*". Embora muitas não tenham problemas com a expressão, outras ficam magoadas se nós, mesmo no calor da coisa, as chamamos de GPs.
Não percebo bem o problema. Talvez eja questão de definição. Para mim, "put*" não é insulto, pelo menos não quando o usamos para definir uma mulher que estamos a comer. Uma put*, para mim, é uma mulher que fode bem, que gosta de fder, que é boa a foder. O facto de se pagar, se ser de graça, ou de se ter que dar alguma contrapartida, é irrelevante.
Aliás, tenho menos respeito por aquelas mulheres que nunca serão capazes de se entregar sexualmente a um homem. Tive uma amiga, há anos, que gostaria de comer, e fiz-lhe ver isso; ela recusou-se porque não era "uma mulher dessas"; contudo, fornicava a torto e a dieito com homens casados, desde que estes se armassem em coitadinhos e se queixassem de ser infelizes com as muljheres; ela chegara a sugerir que, se eu estivesse mal no meu casamento, ela fornicaria comigo na boa! E contudo achava-se casta, santa, pura, uma pobre coitada que era enganada por homens casados que, depois de foderem com ela, regressavam às mulheres. E ela, mesmo sabendo isso, não se coibia de o repetir.
Uma prostituta, para mim, não tem qualquer interesse. O problema de uma prostituta é que nos pode dar tudo o que quisermos, desde que se pague o devido preço, mas no final ficamos com a sensação de que não recebemos nada. Por isso me afastei das lides.
Uma put*, por outro lado, deixa-nos preenchidos, satisfeitos, independentemente de se pagar ou não. Conheci miúdas que fornicavam a qualquer altura, em qualquer lado, que até o cú davam, o tempo que se quisesse, e gozavam com isso. Eram autênticas GPs. E tenho mais respeito por elas que pela tal amiga "pura e casta" que só fornicava se lhe mentissem. Como tenho respeito por boas GPs, de pensão ou rua, que valem o dinheiro que se lhes paga e muito mais, porque nos fazem sentir bem quando as fodemos. E isto é algo que depende da atitude delas, e não do facto de estarem a ser pagas ou não.
Por isso é que acho que "ser put*" é um previlégio de poucas, uma qualidade que devemos apreciar em qualquer mulher; e que "ser prostituta", como muitas gostam de ser tratadas, as menospreza, minimiza, enxovalha, porque faz delas meras "trabalhadoras do sexo", aborrecidas, insatisfeitas e inúteis.
Por isso, para mim, GP há-de ser sempre Grande put*, e ainda bem que assim é. E que continuem a sê-lo.
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