Nos idos da minha escola primária, portanto, há quase cinquenta anos, era usual exibirmos, pelo menos alguns de nós, a habilidade de saber de cor uma lengalenga de contornos surreais, que nos parecia, não só ser o suprassumo do humor, como vir a propósito... sabe-se lá hoje de quê. Era meia noite em ponto Só faltava um quarto de hora O sol raiava entre as trevas de um claro dia Um homem, sentado num banco de pau-pedra Apoiado numa mesa de pernas para o ar Lia o seu jornal sem letras Com os seus óculos sem lentes À luz de um candeeiro apagado...
...e a coisa continuava por aí fora até à exaustão. Permanece o mistério sobre o que nos faria recitar a lengalenga e ainda por cima achar-lhe graça, a que vem agora somar-se outro ainda maior: Por que carga de água fui eu lembrar-me desta estória ao apreciar o desenvolvimento mediático dos “argumentos” de campanha de (quase!) todos os candidatos à eleição para Presidente da República?
Será que esta campanha está, na verdade, a atingir níveis de "surrealismo" superiores ao das nossas lengalengas de garotos?Será que os candidatos do sistema estão de facto interessados em, até ao fim da campanha, não fazerem mais do que escavar e atirar toneladas de lixo para “tapar” o vazio das ideias políticas que era suposto estarem em debate? Será que só o meu candidato, Francisco Lopes, está disponível para discutir política (a Presidência da República é um cargo político!), deixando no seu devido lugar e claramente separadas as questões criminais, das questões políticas (ou mesmo éticas), nestas tristes estórias das ações hipertrofiadas de Cavaco Silva, no BPN, ou dos textos de prosa poética/publicitária de Manuel Alegre, no BPP?Faça-se a justiça de registar que Fernando Nobre também não quer falar destas sujeiras... mas na verdade, Fernando Nobre não quer falar disto, nem de quase nada, já que, ostensivamente, detesta política e políticos, detesta partidos... e baralha-se um pouco a discutir assuntos cuja complexidade ultrapasse a da galinha a correr com pedaços de pão no bico. Desconfio até que a sua costela monárquica o faz detestar a própria República a que quer presidir... mas isso nunca veremos
http://pt-br.paperblog.com/presidenciai ... ice-52690/

Esqueceram-se do Coelho. Nesse vale a pena votar: cada voto nele o Jardim agrava o AVC e os outros perdem alguma legitimidade.
VOTA COELHO e dá uma rapidinha...

Virtualmente, a maioria dos participantes deste forum serão posteriores à época em que não havia eleições e, se as havia, estavam à cabeça contaminadas e já se sabia quem seria o vencedor.
Hoje temos eleições e, independentemente para que orgãos se destinem, deveremos considerar que estas são livres e não existem vencedores à cabeça. Isto, meus senhores, é uma vitória que deveremos preservar.
Naturalmente discutem-se pontos que não interessam a ninguém e desvirtuam-se os fins a que se destinam, isto é, é utópico que os candidatos a PR discutam programas de governo ou ensaiem soluções para ultrapassar a crise, no entanto, tudo isto faz parte da Democracia.
Vejam que, até candidatos como o Coelho têm lugar, apesar de custar dinheiro ao erário público, mas é assim e felizmente que é.
Por favor, levem a sério a Democracia que, como alguém dizia, não é perfeita mas é o melhor dos sistemas.
Litlehouse

O liding que me desculpe a franqueza mas com o Francisco Lopes não se discute politica. Oiço esta cassete à trinta e tal anos e nem para um ritmo mais moderno mudaram.

Nada a desculpar, pois o texto não é meu conforme o link acima postado e que agora repito:
http://pt-br.paperblog.com/presidenciai ... ice-52690/

Apenas achei engraçado para por á discussão

Caro Alfacinha de Gema,

Sem dúvida que a "cassete" é a mesma...

Agora, haverá razões para a mudar?

O que tenho visto é exactamente o agravar dos problemas registados à trinta e tal anos.

há a ilusão q agora temos escolha, ao contrário de há 40 ou 50 anos atrás, mas a verdade é que quem manda em pt, desde o 25 de abril, são os mesmos (ps e psd). é vê-los a comer juntos, irem a reuniões do grupo bilderberg e pasme-se ou não grande parte deles a são filhos dos politicos ou gente do poder e capital do pré 25 de abril. governam para o povo ou para o interesse das elites?

Afinal qual é o pensamento dos candidatos relativamente à temática da GPs?

Sim, porque o que não falta em Portugal são GPs e putanheiros. E sobre esta assunto que a tantos diz respeito (e que enquanto houver mundo estará sempre na ordem do dia, pois faz parte da natureza humana, quer se queira quer não), nem uma palavra dos canditados!

Falam sobre o que não interessa, mas não falam sobre o que nos trouxe até aqui (tendo claramente alguns deles culpas no cartório) e o que, no entender deles, deveria ser feito para minimizar os sacrifícios que temos à nossa frente.

Mas que se foda! Já tenho experiência de vida suficiente para dizer que o povo tuga tem os políticos (e o sistema político que é tudo menos democrático) que merece.

Isto nos próximos anos vai ser melhor que andar na montanha russa, por isso, enjoy de ride!