
Re: Três historias insólitas
Bom ano para toda a gente! Neste ano de 2009 que começou há exactamente 48 minutos (TIEDP - Tempo de Início de Escrita Deste Post), e também para atender ao pedido do confrade Joaquimm (que se conseguiu antecipar a mim como primeiro postador de 2009...

), eis a história do pai da GP a que me referi no final do ano passado

(E já agora, bom Ano Novo, gente!)
"FILHA, NÃO ENCONTRO O JARRO DA ÁGUA"
Aqui há um par de anos, fui fazer uma visita a uma GP que atendia na Avenida do Brasil. Moça portuguesa discreta e bonitinha, vinte e bastantes anos, muito simpática e acolhedora. Era a primeira vez que a visitava, e apesar do acolhimento ter sido impecável, notei-a um tudo nada nervosa. Perguntei-lhe se estava tudo bem e ela respondeu-me que sim, é que ainda era tenrinha na actividade e estava com um bocado de nervoso miudinho. Pareceu-me perfeitamente plausível e não pensei mais nisso.
Fomos para o quarto, tomámos o nosso duche, esfregámo-nos um no outro tipo fósforo e lixa de caixa dos ditos, tombámos na cama, mexe aqui lambe ali, ela começa a fazer-me um muito apreciável oral... quando de repente, estava a menina com a boca na botija toda, entra no quarto um senhor de idade com um ar bastante atarantado e, olhando para ela como se eu não estivesse ali, não estivessemos os dois em pelota, e ela não estivesse oralmente empenhada na minha pila até ao rés-do-chão, e diz: "Filha, não encontro o jarro da água!".
A GP ficou branca como a cal, eu fiquei de todas as cores, e o velhote ficou ali especado no meio do quarto. O que se passou? O pai da menina sofria de Alzheimer e ela não tinha com quem o deixar quando vinha trabalhar para o apartamento. Pelo que o trazia e deixava fechado numa sala a ver televisão quando chegavam clientes. Mas como estatisticamente estas coisas têm que suceder, calhou ser comigo que ela se esqueceu de fechar a porta da sala à chave e o velhote teve sede, saiu, não encontrou a cozinha (ou o jarro da água) e entrou no quarto para perguntar à filha onde estava. Foi a primeira e última vez que tive acompanhamento familiar durante uma pinada com uma GP.