Permitam-me a intromissão...
Aqui fica o meu contributo para o desanuviamento do fórum.
Afinal os culpados originais da prostituição na Península Ibérica foram os Fenícios e os Gregos (sim, novamente eles, os inventores da democracia e pioneiros da bancarrota de Estado)
A páginas tantas de um velho cartapácio poeirento, mais precisamente pp. 19-20 da edição de 1887 de Alfredo de Amorim Pessoa intitulado
História da prostituição em Portugal desde os tempos mais remotos da Lusitania até nossos dias por Alfredo de Amorim Pessoa. Estudo dos costumes do povo portuguez atravez dos seculos para servir de complemento à História da Prostituição por Pedro Dufour ensina-nos o narrador na sua prosa inconfundivelmente arcaica:
“Não era só o commercio e as artes que as galés phenicias transportavam, sulcando rapidamente o mar para as terras occidentaes. Juntamente com Melkart (deus principal), vinha o simulacro de Astarté, e o culto d’esta deusa impura teria de preverter os costumes simples dos primitivos habitadores das regiões da Ibéria.
De Babylonia, a grande cidade corrompida, a prostituição espalhara-se largamente como um flagello pela África, e pela Ásia até ao fundo do Egypto e da Persia”.
“Sob este nome (Astarté) deificavam-se os órgãos sexuaes da mulher. Era o culto impuro inventado pelos homens, e as mulheres não tardaram a imital-os, inventando o culto da natureza máscula, deificada em Adónis, que foi mais tarde o lúbrico Priapo, adorado no Occidente”.
“A lei da hospitalidade impunha aos phenicios o dever de prostituírem suas filhas aos estrangeiros. O hospede não podia sem desdouro recusar este testemunho de benevolência, e o chefe de família era o próprio que apresentava a victima para o sacrifício obsceno.
Quando os phenicios aportaram à Hespanha, e povoaram de cidades o litoral, os templos de Vénus multiplicaram-se em todos os seus estabelecimentos. A marinha mercante d’este povo encarregava-se de levar a toda a parte a corrupção que o infestava, e cada novo empório aceitava de bom grado um culto que lisongeava todas as paixões. Em volta dos templos da deusa impura, levantavam-se tendas, onde as raparigas iam sacrificar à Vénus phenicia. De principio, estes sacrifícios obscenos não tinham carácter religioso. Os navegadores estabeleciam ao longo das costas logares de prostituição, onde podessem encontrar facilmente o prazer, depois de uma longa travessia. Com o andar dos tempos, os sacerdotes associaram a estas orgias a ideia religiosa, invocando para proteger o recinto dissoluto a Venus fecunda dos seus altares”.
Esta bíblia do conhecimento historico-puteirístico serviu de actualização reconhecidamente importante deste sector industrial, cujo estudo se havia iniciado com est'outro senhor de seu nome Pedro Dufour, na sua
História da prostituição em todos os povos do mundo desde a mais remota antiguidade até aos nossos dias ... por Pedro Dufour, notavelmente ampliada e enriquecida com valiosos estudos por D. Amancio Peratoner e outros escriptores, e seguida de um importante trabalho sobre a Historia da prostituição em Portugal, desde os tempos mais obscuros da Lusitania até nossos dias publicada em Lisboa no longínquo ano de 1885 (ambas as obras citadas encontram-se disponíveis na Biblioteca
online da Universidade de Toronto, Canadá).
O autor acreditava piamente que a prostituição se encaminhava para o seu próprio fim… Discursando sobre este “vasto e curiosíssimo assumpto” da GPs. Resolveu por isso escrever esta História, para que as gerações vindouras não esquecessem as “glórias” passadas, ou melhor, a decadente má-vida que invoca nas seguintes definições
- “Abandono à impudicia”
- “Desregramento de Vida”
- “Abandono ilegitimo que uma mulher faz do seu corpo a outra pessoa, para que esta tenha com ella prazeres proibidos”
- ou simplesmente o “Trafico obsceno do corpo humano”
Finalizando, e para que não restem dúvidas...a culpa de haver GPs neste país é deles. Dos contrabandistas Fenícios e dos Gregos depravados.
“Industriados pelos phenicios no commercio e nas artes, os povos do littoral da Ibéria, não tardaram também a imitar-lhes a corrupção. A prostituição teve por essa épocha nos estabelecimentos phenicios na Península o mesmo carácter que este povo imprimia a todas as suas manifestações. Antes do casamento, as raparigas iam fazer o sacrifício do pudor, para ganharem o dote, e tinham o direito de escolherem marido, quando a quantia ganha d’este modo era consideravel”.
“Os gregos não tardaram também a seguir a esteira dos phenicios e a estabelecer colónias nas costas orientaes da Hespanha. A communicação que estes povos tiveram com os habitantes da Lusitânia, embora não fosse muito extensa nem muito intima, contribuiu no emtanto para lhes corromper cada vez mais os costumes. Os Gregos eram um povo eminentemente corruptor. Uma nação, cujas crenças religiosas constituíam apenas um conjuncto de lendas impuras, devia ser essencialmente dada ao goso sensual.
A Grécia recebeu da Ásia o culto de Vénus e de Adónis, e como se estas duas divindades impuras não bastassem, deu-lhes uma infinidade de nomes differentes, e havia em toda a nação quasi tantas Vénus como templos e estatuas. A historia de cada um dos deuses era apenas um hymno voluptuoso composto em honra dos prazeres sensuaes”.
“Temos, pois, os indígenas da Lusitânia em communicação com os phenicios e os gregos, acceitando os seus costumes, e tomando parte na espantosa corrupção d’estes povos”.
Agora são os nativos da Lusitânia que fodem as nativas de outras terras. Mas isso fica para outro tópico.
