Saudações Carissimos Confrades!!!
A história que vos trago aqui aconteceu há uns 20 anos, ainda eu era uma criança.
Aqui perto de onde moro, havia uma P... ( sim porque de GP não tinha nada, era uma figura digna de filmes de terror, nem precisava de máscara nem dos elásticos) já nos seus 40's mas a aparentar 70's.
Como o estado normal dela era embriagada, só fazia uns biscates nos dias em que estava mais sóbria e os clientes resumiam-se a um ou outro velho rebarbado ( e com certeza com miopia em estado avançado) que a troco de umas moedas lá iam molhar o pincel. A abordagem era algo surreal... a figura sentava na mesa de uma explanada onde paravam os velhos que passavam tardes a practicar essa grandiosa práctica desportiva de seu nome... Dominó

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Passado uns minutos lá ia ela e um dos "desportistas" para o prédio em frente (casa dela) ou quando não dava, iam até á horta e a coisa era feita na barraca.
Certo dia, numa das suas incursões á esplanada, lá aparece um dos seus habituais clientes e barraca com eles.
Estava o velho todo satisfeito a apreciar o BJ, quando: AAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!
A P... acaba de ter um ataque cardiaco e afinca os dentes no pau do velho, que a esta hora gritava a plenos pulmões: "Oh put* não mo mordas!!!". A dita p... acabou por morrer ali mesmo. Agora imaginem o que foi quando chegou o INEM e restantes entidades e viram a gaja estendida e o velho agarrado á gaita a ganir de dor que nem um cão.
O velho além de ter ido para o hospital quase sem gaita e de ter sido interrogado na esquadra, foi alvo de chacota durante algum tempo e ainda hoje pessoal que sabia o que se passava se lembra e solta gargalhadas quando se fala nesta história.
A parte triste desta situação, além da morte da p... foi o facto de ter deixado dois filhos, um deles menor e o outro na altura referenciado como toxicodependente.
Agora perguntam os Confrades: Mas oh Shining, se eras uma criança, como te lembras disto tudo?
É simples, numa freguesia pequena, onde na altura ainda muita senhora se dedicava apenas ás tarefas domésticas, as noticias corriam rápido e a situação foi motivo de conversa na rua ou em qualquer loja.
Outra razão foi o facto de um dos filhos da defunta ter sido meu colega de escola e de eu ter assistido a várias situações no minimo desagradáveis, que, acreditem, não desejo ao meu pior inimigo.