Quando me apercebi que estava próximo de completar 1000 posts neste forum comecei por ter a ideia, não original, de publicar um TD que considerasse especial, ou simplesmente diferente. Procurei relembrar alguns momentos do passado que julgasse apropriado recordar ou evocar e por esse motivo soneguei, confesso, algumas experiências pensando que, quando o momento chegasse, poderia então publica-las. Na realidade, cheguei mesmo a escreve-los.
Porém, ontem à noite, quando realizei que o próximo post era de facto o nº1000 repensei o assunto e não fui em frente.
Lembrei-me de algumas conversas e de alguns momentos com alguns Confrades e Confradesas que tenho como mais próximos e acabei por assumir um aspecto que, ao longo desta caminhada forística, tenho vindo a realizar.
Este fórum, pela sua actual dimensão, pela sua dinâmica, pela sua vivacidade acabou por ser bem mais do que um lugar virtual onde se expõem troféus de caça e onde se procuram Gps. Hoje vejo este fórum como um lugar eclético onde o sexo também é tema mas onde muito mais se discute e onde muito se aprende.
Neste espírito, verifico que ao longo de quase 2 anos, desde que me registei com este nick, e ao longo de 1000 posts que se traduziram em intervenções mais e menos interessantes, mais e menos oportunas, a sua grande maioria centrava-se naquilo que temos como “Sala de Convívio”; facto sobejamente demonstrativo da diverisdade e ecletismo que referi.
Por este motivo, por esse mesmo ecletismo e diversidade e, sobretudo, pelo espírito de confraria que aos poucos se foi instalando, que me entusiasma e convida a fazer parte, abstive-me de prosseguir com a minha ideia inicial em publicar o
tal “TD”.
Sinto que sendo mais interessante e mais verdadeiro, achei que era mais genuíno da minha parte dirigir antes este 1000º post ao Fórum e aos seus Membros que, ao longo deste tempo, ao longo de muitas noites, de muitas horas cativaram a minha atenção e a minha presença, umas vezes mais outras vezes menos assídua, resultando sempre num tempo bem passado que não tenho, por diversos motivos, como perdido.
Ao Forum

dirijo o TD respectivo:
Nome:

Idade: Intemporal
Nacionalidade: Português mas de âmbito internacional
Peso: Toneladas de GigaBytes
Cor: Multicolor
Rosto: Apelativo e expressivo
Disposição: Excelente e contangiante
Atitude: Viciante
Preço: Grátis
Tomei conhecimento do

por acaso (como aliás já tinha referido num post anterior). Informei-me sobre as condições e inscrevi-me. No principio não senti grande afinidade nem envolvimento. Achei tudo um bocado distante e não tive grande vontade em voltar.
Com o passar dos dias senti alguma curiosidade em perceber o motivo por não ter sido cativado. E em benefício da dúvida voltei. Pensei que, realmente, a forma como as coisas correm dependem muito do nosso próprio empenho e talvez aquilo que esperamos em troca surja a partir de alguma coisa que também nós temos de dar. Comecei a falar mais das minhas experiências e a dar ao fórum os meus modestos contributos sem estar sempre à espera que me fossem oferecidas coisas que se calhar nada tinha feito por merece-las.
Cocluí que a minha primeira impressão tinha sido precipitada e que tinha avaliado mal a situação. De facto, fui regressando mais vezes, sem grande assiduidade é verdade, mas cada vez mais com maior frequência.
Ao fim de uns tempos, comecei a sentir que o meu interesse tambem acabava por ser correspondido. Aquilo que me parecia, de início, uma coisa sem vida afinal tinha muitas vozes, todas muito diferentes mas todas elas com a sua identidade. Surgiam respostas de quando em vez, e algumas Mps também.
Houve depois um tempo de interregono. O fórum ausentou-se por uns tempos, quase como se fosse uma GP brasileira de férias à terra natal. Nessa altura fiquei tramado. Realizei que as visitas que fazia ao fim da noite, e às vezes durante o dia, afinal já faziam parte do quotidiano e que me chateava à brava não o poder frequentar.
Passado tempo recebi um email a dizer que o forum tinha voltado. E, para grande tranquilidade minha, regressei na hora para matar saudades, rever e relembrar histórias. Daí em diante passei a ser mais regular. Passei a conhecer os cantos à casa e a conhecer melhor os seus frequentadores.
Senti que o gelo tinha finalmente sido quebrado, que havia lugar para todos, inclusivamente para mim. Desde então, as visitas passaram a ser diárias e em pouco tempo passei a ter o forum sempre online numa janela própria do meu computador. Mesmo sem intervir, sentia a curiosidade de saber o que se ia passando. Ria-me com os comentários, interessava-me por alguns temas, experimentava a curiosidade de alguns assuntos e despertava a minha atenção para um dos temas centrais, os Tds.
Hoje sou frequentador assiduo e recomendo. Vejo no fórum uma comunidade heterogénea e interessante com figuras às vezes surpreendentes. Habituei-me aos comentários de alguns personagens que hoje já quase não dispenso e à curiosidade da opinião de outros. Vejo o fórum com uma vida própria, cativante pela envolvência e pela pluralidade de expressão traduzida num humor muito particular, às vezes corrosivo, outras vezes ingénuo mas sempre “boa onda”.
Independentemente disso, passei a olhar tudo isto de uma forma particularmente interessante. Ao princípio considerava esta frequência como a expressão de uma vida dupla, de um segredo impartilhavel. Hoje, apesar de continuar a sentir essa duplicidade compreendi que é possível mante-la, transportando para dentro dela, com sinceridade e modéstia, a minha própria identidade, ou uma parte dela. Para mim, foi um passo determinante na medida em que finalmente me dei conta que afinal não era o único e que, talvez, muitos dos restantes membros se encontravam em situação semelhante. O fórum, desde aí alargou-se para lá de um simples web site. Surgiram as tertúlias, os encontros divertidos ao fim da noite no messenger, as brincadeiras, o hábito das confidências com alguns membros mais próximo, os jantares, alguns almoços e algumas relações que se permitem já classificar de amigas. A tudo o que se criou, ou vem criando agradeço e congratulo.
A todos os membros, Confrades e Confradesas, envio um abraço porém, não queria deixar de partilhar este sentimento especial com alguns dos que me têm sido mais próximos e com os quais tenho partilhado mais as aventuras e desventuras desta caminhada. Refiro-me, ao Radar, aos meus companheiros de tertúlia Marsapio e Eduardob e a um significativo grupo de “Pratas” como o Beret, o Martini, o JM354, o Cyber, o James, o Vertigo, Ruc, Torpedo e Safado. Entre as meninas envio, naturalmente, um beijinho a todas e em especial, à Miss Shag Well, à “CatWoman”, à Debbie e à “petite” Marina.
A todos bem haja!