não conheço ninguém que cozinhe peixe com uma pá de pedreiro

já agora ... podes dizer uma ... só uma vantagem ... seja ela qual for ... em reavaliar (contabilisticamente) um passe de um jogador

Já vais em 2 frases.

Eu não disse que havia ou não vantagens em reavaliar jogadores, eu respondi ao gup que não acho que o Benfica passe a vida a comprar jogadores para manter o Ativo elevado, pois as amortizações fazem baixar o Ativo. Se fosse por isso o clube reavaliava os passes do jogadores.

Não acho a teoria dele descabida, mas para manter o Ativo elevado há muitas formas de cozinhar a coisa........sem ser com a pá do pedreiro.

Mas reavaliava os passes dos jogadores como?

Dá um exemplo, porque eu nunca vi nada sobre isso.

Quarta-feira vai ser um dia interessante no Estádio da Luz.

Se vierem cá muitos italianos, o museu é capaz de bater um recorde qualquer de visitas num só dia.

As manifestações dos adeptos fora de campo poderão ser tão importantes como o comportamento das equipas dentro de campo.

gup,

Eu sou daqueles gajos que em termos profissionais exijo sempre tudo perfeito, coerente e fundamentado, inclusivamente de mim próprio, mas aqui não estamos na parte profissional, pelo que tudo aquilo coloco é sempre a minha opinião e percepção, sem enormes preparações e com decretos de lei a justificar. Leio alguns R&C do Benfica, mas na vertical e nunca fui à procura para saber como eles fazem na contabilização especifica de um bem. Preocupa-me muito mais quanto custou um jogador e se o gajo vai marcar golos.

Embora não execute contabilidade hoje (uso para efeitos de análise de gestão), aquilo tem muito poucos segredos. É muito mais uma questão de lógica do que leis.

Existe ainda uma diferença grande entre o que se pode ou não fazer contabilisticamente ou o que é aceite fiscalmente. No âmbito dos clubes de futebol e tendo em conta a camada de benefícios fiscais que têm, a primeira é muito mais importante, até pela comunicação que pretendem transmitir para fora.

Olhar para um balanço deve ser como olhar para a fotografia fiel do estado de uma empresa ou organização. Cada componente tem de ser olhado de forma objetiva em primeiro lugar e subjetiva em segundo. Imagina que um cliente te deve 100.000€ há 2 anos. Objetivamente, segundo as normas contabilisticas tu podes considerar como cobrança duvidosa e considerar esse dinheiro como perdido, mas subjetivamente tu sabes que ele te vai pagar pois tem bens para isso e só está à espera que o cliente dele lhe pague, então não levas a cobrança duvidosa. Ou seja, tens sempre a opção de contabilizares consoante aquilo que é o correto, desde que o fundamentes.

Isto é válido para todas as classes de um balanço, desde as disponibilidades, aqui muito mais objetivo, pois ou tens ou não tens (dinheiro em caixa, dinheiro nos bancos, acções em carteira, etc), clientes, fornecedores, estado.......... e bens.

Os bens agora deram-lhe nomes palermas de tangíveis e intangíveis, mas continua a ser algo que é teu e que tem um valor. Imagina que compras um carro por 10.000€, amortizas em 4 anos, ou seja 2.500€ por ano, mas ao fim dos 4 anos o teu carro não vale zero. Nada na lei, mesmo nada, te impede de valorizares o carro em 4.000€ pois tens 3/4 revistas que o valorizam nesse valor se o vendesses. É um lançamento contabilistico facil. Aquilo que não podes é depois considerar as amortizações como custo fiscal, mas isso como eu disse anteriormente, num clube de futebol é secundário.

Quanto ao passe de um jogador de futebol, presumo, sem ir ver, que se trata daquilo que chamam agora de intangível, como se fosse um bem de capital humano ou de capacidade intelectual atingida e que deve ser valorizada.
Ora o mais comum, presumo mais uma vez, é que se lance o valor de aquisição, incluindo comissões, taxas, etc e depois se amortize pelo tempo de contrato que celebrou. Honestamente acho que devem fazer todos isto, contudo Imaginemos o Gaitan. Foi comprado por 8 milhões (contrato de 4 ou 5 anos), o que significa que quando foi vendido valia zero. No entanto uma organização pode avaliar um bem pelo seu valor de aquisição, pelo seu valor de mercado, pelo custo de substituição, etc. O importante é haver coerência. Não podemos considerar que o Gaitan vale por exemplo 20 milhões (pois é o valor médio que 3/4 órgãos de futebol reputados entendem que é isso que ele vale) e depois consideramos que o Ola Jonh vale 12 milhões pois não nos dava jeito considerar as perdas no Holandês que vale 3 ou 4 milhões. Tem de haver coerência.

Imagina por exemplo o Lindlof, na contabilidade do Benfica vale zero, mas sabemos que tem um valor de mercado superior a 20 milhões. Aqui podemos considerar dividir parte do investimento no Seixal pelos jogadores formados, podemos fazer ainda diversas formas de valorização.

Há ainda a hipótese de comprar e vender o passe a um clube satélite detido a 100% pelo clube.

Enfim, como eu disse, há muitas formas de fazer as coisas, mas não acredito que os clubes as façam pois não ganham nada com isso (exceptuando a questão do fair play). Fazer uma operação de regularização do valor dos passes iria criar mais problemas do que os que soluções. Em primeiro lugar iria mostrar ao "mundo" a grande parte dos flops que embora parte do ativo, hoje não valem nada para o mercado, ou seja, seria o evidenciar do erro. Em segundo lugar, mostraria contabilisticamente aquilo que um jogador vale, o que limitaria a negociação em termos de preço. Por fim, os jogadores quando são vendidos dão lugar a uma fatura, pelo que o método atual permite por exemplo, diferir por diversos anos o benefício da venda de um jogador. O Benfica fez isso com o Witsel por exemplo.

Enfim, há muitas coisas que não sei pois não tenho tempo ou paciência para procurar, mas sei que a valorização de ativos pode ser feita de diversas formas. Confio que o Benfica opta pelo método do preço de compra e se o faz, concerteza que tem razão.

Aquilo que não acredito é que se comprem jogadores e vendam todos os anos apenas por causa do valor contabilistico dos mesmos. Existe isso sim uma movimentação obrigatória de mercado para satisfazer empresários, por necessidades do plantel, por promessas aos atletas, por diversos favores, para motivação dos adeptos para se venderem lugares anuais, etc.

Tenho muita fé no Hortinha

O RV tem um plantel na cabeça e para mim é este:

GR - 3
Julio César, Ederson, Paulo Lopes

DD - 2
Nelson Semedo, André Almeida

DE - 2
Eliseu, Grimaldo
Reinaldo na B

DC - 4
Luisão, Lindlof, Lisandro, Jardel
Kalaica na B

Trinco e Box to Box - 5
Fejsa, Samaris, Celis, Horta, 8 a contratar
Pizzi pode jogar a 8
André Almeida pode ser trinco

Extremos - 5
Pizzi, Cervi, Zivkovic, Carrillo, Carcela ou Salvio

Avançados - 4
Jonas, Jimenez, Mitroglou e Guedes

Esta é a equipa que o RV tem na cabeça, resta saber o que dará o mercado a nível de saídas.
Do plantel atual falta aqui o Talisca, o Benitez, Rui Fonte, João Teixeira e Jovic. Dificilmente ficará algum destes.
Entre Salvio e Carcela pelo menos 1 deles sai ou os 2.

Boa primeira parte do Benfica, apesar de alguma falta de eficácia...

Mas está, nitidamente a evoluir...

Muitas substituições agora na segunda parte, veremos como corre...

Bom jogo do Benfica, para mim o melhor da pré época...

As " coisas" parecem já bem assimiladas, defensivamente seguros, ofensivamente boas combinações e bons ataques...

O melhor para mim, foi Horta, pressiona bem e tem boa técnica, apenas algumas precipitações, que serão corrigidas com facilidade. Para já, o lugar é dele...também já um fácil entendimento com Fedja, como sempre, bem...

Grimaldo também muito bem, com boas subidas. O lugar na Lateral esquerda tem que ser dele...

Bom, isto promete...

Cuidado com o Grimaldo em muitos jogos. É que ele não se lembra que é lateral, ou seja, convém lá estar quando a outra equipa ataca. Não pode ser o 2º extremo, senão dá cabo da equipa.

Se jogar o Grimaldo e o Nelson Semedo temos 4 extremos em campo. É perigoso. Estes jogadores têm de melhorar o seu posicionamento defensivo e saber ler melhor o jogo.

Se falarmos em termos de qualidade, os 2 estão estupendos. Mas não podem comprometer a defesa.

O Grimaldo é muito melhor ofensivamente, mas penso que está a melhorar defensivamente, mas talvez ai, ainda não esteja no ponto...

O Semedo vai ter ainda que lutar com o A.Almeida...veremos em quem o Vitoria aposta...

Pelo que me parece, e resumindo, também não conheces um exemplo real, de um clube que participe nas competições europeias, ter até hoje reavaliado um jogador seu de uma forma menos ortodoxa.
Usando por exemplo o método do justo valor.

Confesso, com agrado que gostei muito do SLB nesta pré-época: bons automatismos, razoável condição fisíca,um (já) bom nível competitivo, agradáveis reforços, com Cervi e A. Horta à cabeça, confirmações como Grimaldo, G. Guedes e até Carillo, sem falar em Jardel, Jonas, Fejsa, Mitroglou, etc..etc.. . Pena Rui Fonte não ter aproveitado a oportunidade. Abriu o apetite para os sócios e simpatizantes o que vai contribuir para a previsivel enchente 4.ª feira, para a Eusébio Cup.

Na verdade, o que conta é partir de agosto, mas hoje, por hoje a equipa está melhor que à 1 ano, o que cria legitimas expectativas para lutar pelo tetra.

Gostei da forma como o Benfica quase vulgarizou uma equipa que é forte. Não pareceu, mas é.
Sobretudo atrevés de organização e pressão.
Os gajos viam-se à rasca para saír com a bola controlada.

Carrillo tem de melhorar a forma. Tem falta de ritmo. Sem isso, não serve de nada ter técnica ou visão de jogo.
Cervi a adaptar-se bem.
O Jonas no final também parecia estar à rasca. Mais 5 minutos de jogo, e se calhar teria de saír.
Outros jogadores já em boa forma.
Gonçalo bem como 2º avançado.
Horta a melhorar bastante. Naquela posição pelo menos será um suplente de grande qualidade. Para saber se poderá ser um titular de grande qualidade acho que ainda temos de esperar.

Até agora, as coisas estão a correr de forma tranquila.
A equipa tem evoluido naturalmente, e começa-se a perceber como o Rui Vitória está a separar o trigo do joio.

Tinha-me esquecido de outro factor que acho que merece destaque... o Sálvio parece estar a melhorar!