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 Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro 
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Mensagem Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
Confrade Matic

eu e a maioria dos confrades que leram o seu post, acreditamos que o Matic está convencido que na maioria dos desempregados, o subsídio desperta a preguiça inata que está em todos nós ... aliás a sua experiência veio confirmar o seu pressentimento ...

para si, o subsídio não resolve temporariamente o problema das pessoas, mas antes pelo contrário acaba por ser obstáculo à resolução da questão ...

surgem as oportunidades, e o que faz o tuga em geral ?
vira a cara à solução, e recusa no conforto do subsídio ...

o tuga encontra no desemprego finalmente as suas férias grandes pagas pelos outros ...

eu não penso assim, a maioria das pessoas desempregadas não são preguiçosas ...
se soubesse a quantidade de pessoas que já me pediu um cunha para ir trabalhar para Angola porque não têm solução em Portugal ... desde pedreiros, vendedores, bancários, engenheiros, arquitectos, professores etc ... em várias profissões, idades, habilitações e currículos, todos querem trabalhar e reconquistar a esperança num futuro melhor ...

é só isso que quero deixar bem vincado ...

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10 Nov 2013

 
 
Diamante
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
O tuga como diz, não é nem mais nem menos preguiçoso que os outros.

Podem é haver leis de impulso ao emprego e desincentivo ao desemprego por opção própria.

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10 Nov 2013
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
para quem tem filhos, e já teve de recorrer às urgências de pediatria, e passou por uma má solução médica por um deficiente diagnóstico, percebeu na carne o potencial de danos de um aprendiz de feiticeiro ...

uma parte do desemprego seria evitável, nomeadamente nos sectores transaccionáveis virados para exportação ...

mas os aprendizes de feiticeiros (ou por outras palavras os economistas do excel) erraram, em parte do diagnóstico (causas da perda da competitividade externa), e em parte nos remédios (principalmente nos famosos multiplicadores) ...

em medicina e em farmácia, felizmente é possível experimentar em ratinhos ...

em economia, à falta de ratinhos, eles descobriram o Coelhinho Voluntário ...

na actual situação não é preciso ficar doente e ir parar às urgências para conhecer o potencial da imbecilidade ...

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10 Nov 2013
Platina
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
Confrade Kwacha

Estou, nesta matéria, totalmente de acordo com TUDO O que postou. Foi brilhante na abordagem e liminar nos argumentos. Parabéns. :smt023

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10 Nov 2013
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
Querem ver o que é aproveitar-se do subsidio de desemprego nas terrinhas pequenas?
vão aqui ao lado a espanha.
Família de 4 ou 5 elementos, um trabalha, não interessa em quê.
Ao fim de alguns meses é despedido, só no papel, porque continua lá a trabalhar e o irmão, ou o que seja, no papel fica com o emprego dele. O primeiro recebe o subsidio de desemprego e o segundo o ordenado (lá acertam contas entre eles).
Claro logo que faz o tempo mínimo, que é muito pouco, a coisa roda.
Assim temos um gajo que trabalha, e os outros são sustentados pelo estado.
Isto foi um espanhol que me explicou...

10 Nov 2013
Diamante
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
MTangas,

E acha que em Portugal isso não acontece? Infelizmente acontece.

A imbecilidade e a incoerência é permitirmos isso.

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11 Nov 2013
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
nas contrapartidas dos 11% + 23,75% sempre existiram fraudes em diversos lados

1º nas prestações sociais: no sub. desemprego, no rsi, nas baixas médicas, nas reformas por invalidez, no abono de família, etc
2º nos encargos de saúde: nas receitas médicas, nas análises clínicas e exames complementares, nas camas de ambulatório, etc


os rombos financeiros registados no 2º grupo, sempre foram superiores aos do 1º grupo
de qualquer das formas, muito se tem evoluído no combate a todas as formas de fraude

mas ainda persistem alguns problemas de gestão e controlo de todo um sistema (casamento efectivo das bases de dados)
exemplo disso, foi a notícia recente de um homem reformado ter recebido uma nota de cobrança de despesas de um parto !!!

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11 Nov 2013
Diamante
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
kwacha Escreveu:
Confrade Matic

eu e a maioria dos confrades que leram o seu post, acreditamos que o Matic está convencido que na maioria dos desempregados, o subsídio desperta a preguiça inata que está em todos nós ... aliás a sua experiência veio confirmar o seu pressentimento ...

para si, o subsídio não resolve temporariamente o problema das pessoas, mas antes pelo contrário acaba por ser obstáculo à resolução da questão ...

surgem as oportunidades, e o que faz o tuga em geral ?
vira a cara à solução, e recusa no conforto do subsídio ...

o tuga encontra no desemprego finalmente as suas férias grandes pagas pelos outros ...

eu não penso assim, a maioria das pessoas desempregadas não são preguiçosas ...
se soubesse a quantidade de pessoas que já me pediu um cunha para ir trabalhar para Angola porque não têm solução em Portugal ... desde pedreiros, vendedores, bancários, engenheiros, arquitectos, professores etc ... em várias profissões, idades, habilitações e currículos, todos querem trabalhar e reconquistar a esperança num futuro melhor ...

é só isso que quero deixar bem vincado ...


Ao viver num estado democrático, tenho o direito a ter as minhas opiniões, mas não só, tenho o direito de as defender e muitas vezes de as entregar a quem tem o poder de decisão. É isso que tenho feito toda a vida. Não assobio para o lado.

O que acontece algumas vezes é que não sou diplomata nem demagogo quando digo o que penso, não escrevo para agradar a maioria. Talvez por isso posso ter mais dificuldade em fazer passar as minhas ideias.

Para que fique claro:
1.Não acho que o português seja preguiçoso, curiosamente até abordo precisamente o contrário com clientes estrangeiros, até porque a ideia no estrangeiro, fruto da emigração da geração passada, é de que o português é trabalhador;
2.Não acho que os desempregados por definição sejam preguiçosos;
3.Acho que o fundo de desemprego, nos moldes em que está é um inibidor de trabalhar;
4.Acho que no fundo de desemprego se recebe pouco e se deveria receber mais pois a diferença para o vencimento enquanto trabalhavam é bastante grande, mas em contrapartida os beneficiários trabalhavam 15/20 horas por semana;
5.Acho que a inactividade por muito tempo é negativa para os desempregados, principalmente psicologicamente;
6.Acho que o facto de haver desempregados a receber fundo de desemprego e a trabalhar ao mesmo tempo, assim como quem está de baixa e trabalha ao mesmo tempo ou quem recebe mais de 5.000€ por mês e recebe o RSI é uma chaga social;
7.Acho que financeiramente o estado (todos nós) sairia beneficiado se houvesse um impedimento temporal para que os desempregados pudessem trabalhar e receber o fundo de desemprego ao mesmo tempo, ou seja, se trabalhar as tais 20 horas, para além de contribuir para o país, não poderá trabalhar noutro sítio e continua com tempo para procura activa de emprego;
8.Nada tenho contra o estado social, muito pelo contrário. Quero é que seja justo.

Só queria deixar isto bem vincado

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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
Desemprego

estou convencido que uma parte do desemprego poderia ser resolvida num espaço de tempo até 3 anos, através de uma retoma rápida do crescimento económico ...

como ?

acelerando o incremento das exportações, mais os seus efeitos indirectos e multiplicadores na restante economia ...

ok ! e como se faz ?

estou convencido através da conjugação e articulação dos seguintes instrumentos:

- cativando os restantes 6 mil milhões disponíveis da linha para os bancos, do financiamento da troika (3,5% do PIB);
- utilizar este dinheiro, negociando correctamente, para abrir ou expandir linhas de crédito a mercados emergentes;
- reorientar parte do pacote de ajudas comunitárias, para apoiar o investimento empresarial e a criação de emprego;
- mexer nos incentivos fiscais, e dar maior enfoque à exportação e à criação de emprego;


o mercado exportador é imenso, e por enquanto existem muitas oportunidades para os nossos produtos e serviços e para a nossa mão-de-obra;

a nossa crise de desemprego passa acima de tudo por as empresas não terem clientes, e o Estado tem a obrigação de ajudar a encontrar clientes às empresas portuguesas;

quando muitos pensam que só deve existir menos Estado na economia, eu entendo que deve existir é melhor Estado :smt023

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11 Nov 2013
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
kwacha Escreveu:
quando muitos pensam que só deve existir menos Estado na economia, eu entendo que deve existir é melhor Estado


Essa é daquelas afirmações com que, do BE ao PP, toda a gente está de acordo. A porc* torce o rabo é quando se trata de definir, preto no branco, o que é "melhor Estado".

Edit: a "bácora" é censurada?... :smt107

11 Nov 2013
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
Isso nunca vai dar em nada... temos uns politicozinhos que estao preocupados é em ganhar as próximas eleições, o estilo de politica que se faz em Portugal assemelha-se ao "jogo do galo", quando a equipa da "laranja" faz uma jogado num canto, a equipa da "rosa" vai logo cortar a jogada :smt013


Mesmo que qualquer uma das equipa da tenha uma boa jogada, rapidamente a outra a bloqueia, pois deixar o adversário ter sucesso, inviabiliza a médio/longo termo um hipotético sucesso eleitoral... badd

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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
Tinoni Escreveu:
kwacha Escreveu:
quando muitos pensam que só deve existir menos Estado na economia, eu entendo que deve existir é melhor Estado


Essa é daquelas afirmações com que, do BE ao PP, toda a gente está de acordo. A porc* torce o rabo é quando se trata de definir, preto no branco, o que é "melhor Estado".

Edit: a "bácora" é censurada?... :smt107



um exemplo simples de melhor Estado:

em Outubro, Moçambique negociou com a França uma encomenda de 30 barcos de médio porte (vigilância e patrulhamento da costa, cabotagem de mercadorias, e de pesca); A França disponibilizou uma linha de crédito colaterizada com matérias-primas;

Portugal passou ao lado; o estaleiros de Viana do Castelo e outros tinham todas as condições técnicas e de preço para competir; o problema era o financiamento; o Estado Português falhou redondamente;

este é o exemplo claro de que é um bom Estado ou um mau Estado ...

de facto na Assembleia da República nenhum partido ficou aborrecido com a notícia ](*,)

mas como se costuma dizer, para quê dar pérolas a porcos ?

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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
apesar da taxa de câmbio ter estado sempre acima de 1,37
apesar de todas as merdolas e confusões dos políticos ...


Exportações cresceram 5,8% no terceiro trimestre
http://economico.sapo.pt/noticias/exportacoes-cresceram-58-no-terceiro-trimestre_181372.html

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11 Nov 2013
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
Matic Escreveu:
Fundo de desemprego, nos moldes actuais, leva à preguiça e ao trabalho informal
3.Acho que o fundo de desemprego, nos moldes em que está é um inibidor de trabalhar;

:smt023
Partilho das mesmas experiências que tens com malta que diz que o valor não compensa face ao subsídio que recebe.
"Por mais 100€ prefiro ficar em casa"... ui... são tantos... mas claro que não são todos entre os atuais 900.000.
Matic Escreveu:
5.Acho que a inactividade por muito tempo é negativa para os desempregados, principalmente psicologicamente;

:smt023
Meu caro, "psicologicamente" é a versão "apaixonante"... a versão mundo real é que o desemprego conduz à rápida deterioração da própria qualificação da pessoa.

Descodificando a coisa, há muito desempregado (até posso dizer qualificado porque são esses que me batem à porta) a receber subsídio desemprego sobre ordenados valentes, cujo valor está acima do valor hoje pago aos seus anteriores empregos. E no mundo dos negócios, isto levou uma valentíssima reviravolta, com o valor dos serviços a desvalorizar de forma abismal face à sua valorização antes de 2011... quando digo abismal, digo que eu próprio faço projetos cujo valor hoje é 70%-80% do valor antes 2011. Como se ultrapassa isso?... substituindo trabalho por tecnologia e apresentando soluções low cost que não visam o ponto bom, mas tão somente o melhor possível desde que aceitável (e principalmente, dentro do orçamento disponível).
Adiante... neste enquadramento, o racional do desempregado é simples, e também racional: máximizar o seu rendimento. Contudo, esquece-se que o fator crítico do seu sucesso enquanto pessoa não é a maximização do seu rendimento, mas a manutenção da sua competência e empregabilidade. Competência e empregabilidade adquirem-se estudando ou trabalhando, não é ficando em casa a adorar a pílula.
Quem anda nesta linha de raciocínio de maximização do retorno por via do subsídio de desemprego, simplesmente tem os dias contados. A economia não vai virar tão cedo, e quando virar, já não sabe nada do que sabia. Por um lado, deixou de conhecer realidades diferentes que o valorizavam profissionalmente e perdeu oportunidades de crescimento que se geram numa dinâmica de trabalho. Por outro lado, entre um desempregado com 2 anos e um recém-licenciado, prefere-se um recém-licenciado simplesmente porque o esforço interno de incorporação na equipa é o mesmo.

Quando um desempregado perceber que a diferença entre 800€ do desemprego e 900€ por desempenho profissional é tão diferente como da noite para o dia, está dado o 1º passo... mas quantos têm essa visão quando no outro prato da balança estão mais 100€, o conforto do sofá à frente do TV Cine e a compaixão de dizer aos amigos "eh pah, por mais 100€, não compensava... só de gasolina pagava mais 30"? Decerto muito criticaram o PPC dizer "emigrem"... parece-vos que foi um mau conselho?

Desculpem por eu ser um gajo muito competitivo, mas em contexto de trabalho / mundo dos negócios, lógicas de passividade / orientadas para o conformismo, simplesmente acabaram. As pessoas, em todos os momentos, e em todas as circunstâncias do seu quotidiano, tem que demonstrar que vale a pena investir nelas, que vão evoluir, e que querem construir.

---

A proporcionalidade nos regimes contributivos, pensões, previdências e quejandos:

Há algum tempo, houve um movimento de contestação aos cortes nas "reformas douradas" liderado por um ex quadro do BCP que foi vaiado de cima a baixo. Portanto, a sociedade não parece estar propriamente disposta a aceitar o princípio de benefícios proporcionais às contribuições. Outra questão ainda é se é sustentável para a sociedade que, inversamente, alguém que nada desconte também a nada tem direito... por exemplo, a minha avô tem * anos, meteu 6 filhos contribuintes neste pais, nunca fez um desconto, e recebe 200 e picos euros/mês... anda alegremente aos meses entre os filhos... gosto de estar com ela :smt023

Salvo erro na Suiça (ou Noruega, Finlândia... ali à volta) a reforma tem um teto máximo de 1.700€... lá perceberam que a sociedade de hoje não tem as mesmas dinâmicas do tempo em que Bismarck criou a génese do que veio a ser a segurança social. Portanto, o trabalhador suiço não recebe o que tem direito e que pagou na sua carreira contributiva... estes suiços são muito tolos, não são ?? :lol:

---

Direitos disto e daquilo que foram desvalorizados na lei do trabalho and so on...

Conversa mais surreal. Hoje em dia, a realidade em que vivemos não é regional (ao nível do pais). É planetária. E isto significa que hoje estamos todos sentaditos nas nossas poltronas a teclar num PC e nem parece, mas estamos a competir com chinocas baratos, indianos qualificados, norte-americanos tecnologicamente muito evoluídos e orientados para acrescentar valor... E quando digo competir, não é só empresas nos seus negócios, é também estados que competem por recursos (crédito barato, pessoas qualificadas, etc).

Hoje em dia a racionalidade está instalada em todo o mundo, e muito (só para não dizer tudo) dos direitos que referem terem sido delapidados com a nova lei do trabalho, ninguém quer incluir na conta de exploração que define o custo de um produto / serviço (nem empresas, nem estados)... simplesmente porque há concorrentes em que o valor desses itens não entra no deve/haver e com isso torna-os mais competitivos e ganham mais negócios/recursos. Na racionalidade que se expande pelo mundo, a tendência é para todos esses benefícos acabarem.

Só para terem uma noçãozita de como vai o mundo... sabem que no Japão (10º país no indice de desenvolvimento humano) o ministro das finanças considerou publicamente que os idosos deveriam “morrer rapidamente” para aliviar o Estado do pagamento das contas com saúde? Tem a noção do que é um país como Portugal concorrer contra isto? Sabem que 60% dos custos com um cidadão no mundo desenvolvido, estão nos seus últimos 6 meses de vida? Empresas em países que não tem segurança social, que não pagam IRC, onde as pessoas são mais qualificadas... o que menos falta por aí é paises onde um investidor pode ter melhor retorno, ajustar rapidamente o seu plano de negócios, etc, etc... do que Portugal! Ou pensam que todos os empregos que havia em Portugal desapareceram mesmo??

O que tenho a dizer sobre isto é simples: qualquer que seja a solução, a melhor opção passa sempre por antecipar o choque e adaptar rapidamente e de preferência antes dos outros.

kwacha Escreveu:
e o que podemos dizer dos mais de 300.000 desempregados que estão vivos e não recebem subsídio ? vigaristas ?

Pessoalmente, acho que são. Não são todos, decerto. Mas esquemas como o que o MTangas referiu em espanha, conheço PALETES delas: 1 familiar trabalha e tem recibos verdes que servem a outros familiares que recebem RSIs e afins.
Seria interessante uma análise etnográfica dessa malta, para ver como vivem hà muito tempo sem qualquer fonte de rendimento.
Há tanto desempregado para a realidade portuguesa, mas tanto, e há tanto tempo que é impossível não haver esquemas manhosos subjacentes à manutenção da sua sobrevivência. Porque é que os métodos indiciários não são extensivéis a todas as pessoas singulares ? É a tal questão... se 300.000 desempregados contribuissem com +100€ / mês de IRS/SS e -Sub Desemprego / RSI, teriamos mais 360 milhões de euros no OGE pelo lado da receita e menos uns milhões valentes pelo lado da despesa.

kwacha Escreveu:
acelerando o incremento das exportações, mais os seus efeitos indirectos e multiplicadores na restante economia...

Acho que começa a ser mais do mesmo... a economia tem exportado melhor desde 2011, mas há 1 ano que os mensalitos se mantém na banda 3.5 - 4.5 mM€... se ao fim de 2 anos de orientação para o mercado externo, não passamos disto, para mim é um sinal de que o aparelho produtivo optimizou o processo, mas não tem capacidade produtiva para ir mais além.

O mercado exportador é, sem dúvida, a única coisa que nos resta. Mas é altamente dependente de financiamento de longo prazo, e os bancos emprestarem dinheiro a quem precisa... tá quieto. Sem esquecer também que o mercado exportador é também muito competitivo, e o grosso das nossas exportações não são nichos de mercado com elevado valor acrescentado.

ab.

12 Nov 2013
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Mensagem Re: Orçamento de Estado - O destino do nosso dinheiro
mais uma notícia contra o triunfo dos porcos (ou bácoros)

Cerealis quer chegar a 2015 com 25% das vendas no exterior
http://economico.sapo.pt/noticias/cerealis-quer-chegar-a-2015-com-25-das-vendas-no-exterior_181483.html

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