Há 3 meses eu diria que tal cenário seria impossível.

Hoje até acho que será o mais normal.

enquanto não conhecemos os resultados das negociações sobre a proposta grega ... quero deixar três notas, a meu ver, relevantes e simples

1) a divulgação deste documento (rasurado e alterado a vermelho) foi uma humilhação gratuita e desnecessária sobre a Grécia;

2) desde de 20/Fev/2015, foi pela 1ª vez, que este governo grego, entregou uma proposta concreta, abrangente e quantificada;

3) a proposta grega incide praticamente sobre a receita, não tem uma medida estrutural, e esquece o deficit das contas externas;

Caro Confrade,
Também temo que isso aconteça! Não que as pessoas concordem com a coligação, mas também não vêem alternativa no Costa!

O problema é a falta de de alternativa governativa, nesse sentido é natural que as pessoas se refugiem no que já conhecem!
É de lamentar!

Grécia sem fumo branco
http://expresso.sapo.pt/economia/2015-06-25-Grecia-sem-fumo-branco.-Credores-querem-mais-23-mil-milhoes-de-austeridade


"Rotundo não dos credores
Só que a abordagem de Atenas para alcançar uma consolidação orçamental de 1,51% do PIB em 2015 (mais 0,01% do que exigido pelos credores oficiais) e de 2,87% (mais 0,37% do que exigido pelos credores) levou um rotundo “não” desde logo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Um “não” que se soube por via de tweets do próprio Tsipras na quarta-feira.

Os credores oficiais rejeitaram liminarmente a estratégia de Atenas de consolidação orçamental em 2015 e 2016 por via do aumento das contribuições para a segurança social (equivalente à TSU), de um imposto especial em 2015 sobre os lucros das grandes empresas e de uma subida de três pontos percentuais do IVA, para referir as rubricas mais importantes.

Não aceitam, de todo, que Atenas não mexa nas pensões atuais, que não compense as decisões negativas dos Tribunais gregos sobre a reforma das pensões de 2012 com medidas equivalentes, e que o governo dê a garantia que não mexe nos níveis de salários dos funcionários públicos auferidos em dezembro de 2014.

O que os credores não aceitam
Há três medidas mais importantes de aumento da carga fiscal e das contribuições que foram censuradas.

O corretor vermelho de revisão eliminou logo no PDF a criação de um imposto especial em 2015 de 12% sobre os lucros acima de 500 mil euros das grandes empresas (o que afetaria 1500 contribuintes).

Segue-se a revisão da pretendida subida do IRC de 26% para 29% - os credores aceitam uma subida para 28%. Uma divergência de 1 ponto percentual no aumento.

Sobre o aumento da contribuição para a segurança social de empregadores e empregados (equivalente à TSU), os credores oficiais nem querem ouvir falar. Pelo contrário querem que desça dos atuais 20%. Atenas propunha um aumento de 3,9 pontos percentuais de modo a regressar ao nível do verão de 2014.

Onde querem mais
Os credores oficiais não aceitam que o governo não mexa no IRS em 2016.Querem subidas para os rendimentos de patrões e trabalhadores por conta própria (que implicam aumentos de carga fiscal de 55% a 100% sobre estes contribuintes). As deduções à colecta para o IRS aplicadas aos residentes permanentes nas ilhas com níveis de rendimento mais baixos são eliminadas.


Na rubrica da Defesa querem uma poupança adicional de 200 milhões de euros em compras a fornecedores e efetivos, ou seja elevar o corte para 400 milhões nos dois anos.

As contribuições dos pensionistas para o sistema de saúde devem subir mais, de 4% para 6%, e não apenas para 5% como pretende o governo.

A contribuição de solidariedade tem de aumentar também para escalões mais baixos de rendimentos (de 12 mil a 30 mil euros por ano).

A lei da reforma de pensões tem de ser aplicada. As decisões dos Tribunais contra a reforma de pensões de 2012 têm de ser “compensadas”. A abolição da atual legislação sobre reforma antecipada tem de entrar em vigor já a 1 de julho e não a 31 de outubro, como pretendia o governo. A idade oficial de reforma de 67 anos é progressivamente aplicada até 2022 (e não 2025 como queria o governo) e passa a ter apenas duas exceções consagradas na lei: profissões de alto desgaste e famílias com filhos com necessidades especiais. Esta nova regra é aplicada a partir de 30 de junho de 2015 e não 1 de janeiro de 2016, como pretendia o governo.


Não pode ser dada qualquer garantia aos funcionários públicos que os salários que auferiam no final de 2014 não serão tocados.

Finalmente, a maior fatia de divergência – a coleta de IVA tem de gerar mais 700 milhões de euros do que propõe o governo (que avançava com 2040 milhões nos dois anos, com uma subida substancial em 2016). Os credores querem receitas anuais do IVA a valer em termos líquidos 1% do PIB e não 0,74% este ano e no próximo, como propõe o governo.


Os credores aceitam aparentemente os três escalões de IVA propostos por Atenas (6%, 13% e 23%), e parecem abandonar a redução para dois escalões (11% e 23%), mas querem mexidas nas categorias abrangidas de modo a esvaziar o máximo possível a taxa mais baixa e a intermédia.


A mais importante mexida na proposta de Atenas diz respeito ao IVA para a restauração que deve subir para 23%. Mas os credores oficiais deixam ficar os hotéis, a energia e a água no escalão de 13% e aceitam medicamentos, livros e bilhetes de cinema nos 6%, como pretende o governo."

bailout / default / exit

99,99% das pessoas quando casam não estabelecem regras para o divórcio, para a falta grave ou para a 2ª oportunidade
no entanto, existe uma minoria de 0,01%, que o faz ... por causa do seu património, do seu negócio ou da sua profissão

a União Europeia, e em particular a Zona Euro, apesar dos seus quinze anos de existência, não tem o roteiro desenhado

estou só a falar da dimensão económica e financeira ... porque a questão política associada ... é ainda mais complexa

Penso que estes avanças e recuos significam que as negociações estão a avançar. Acho que se passou da conversa fiada para a fase em que as coisas são mesmo para decidir - e, não o esqueçamos, os eleitos de cada país têm um mandato conferido para tratar dos assuntos internos apenas.

Agora esperemos para ver acordos a serem alcançados e a matéria a ter que passar nos parlamentos nacionais. Vai dar muito basqueiro.

Sr. Anti Austeridade
Paul Krugman

Breaking Greece
http://krugman.blogs.nytimes.com/2015/06/25/breaking-greece/?_r=0

Não concordo!
A Alemanha é o país que mais ganha com o euro!

Porque exporta muito mais com o euro a ser mantido baixo a custa dos países do sul.

no final dos anos setenta ... num lugarejo qualquer da zona centro do rectângulo, nasceu uma criatura "dotada"
a sua infância e adolescência decorreram de forma feliz em meio rústico ... o mundo exterior conhece-o pela Tv

atingiu a maioridade ... seguiu para a capital para ser doutor ... com o esforço dos pais mais a bolso de estudo
dobrado o milénio, deslumbra-se com um novo de oportunidades e facilidades específicas do meio cosmopolita

apesar de ser cábula, consegue concluir os estudos de forma expedita ... com a ajuda europeia encontra emprego
um estágio numa multinacional de serviços ... salário mediano, trabalho algo puxado, carro de serviço em 2ª mão

um belo dia descobre um "negócio" ... despede-se ... com apoios europeus e do estado ... monta a sua empresa
deslumbra-se com as primeiras "jogadas" ... o crédito é fácil e barato ... compra o carro dos seus sonhos ... BMW

o negócio conhece os primeiros desaires ... mas a nossa criatura não desanima ... pelo contrário ... pede + crédito
afinal de contas é para isso que foi feito o dinheiro ... mas o negócio vai de mal a pior ... os clientes desapareceram

a primavera está no fim ... e a nossa criatura ruma ao Algarve, para alugar casa no Verão, para as merecidas férias
habituado à máxima "que tristezas não pagam dívidas" ... avança para uma noitada em grande ... e bem molhada

em plena EN125, o vistoso BMW deslocava-se a 190 Km/hora ... quando surgiu um controlo da brigada de trânsito
excesso de velocidade e embriaguez ... multado e carta apreendida ... foi a tribunal ... pena ... trabalho comunitário

volvidas poucas semanas, e apesar de não ter pago o seguro do carro e estar impedido de conduzir ... pegou no BMW
foi a um jantar de negócios à procura de um novo rumo para o seu negócio ... a coisa correu mal ... ficou desapontado

triste e enervado voltou à estrada ... nervoso e inquieto ... pisou um risco contínuo ... abuzinava por tudo e por nada
acelerações repentinas ... travagens bruscas ... adivinhava-se um acidente ... até que bateu na traseira de 1 Mercedes

a outra viatura era conduzida por um europeu ... a polícia apareceu para tomar conta da ocorrência ... o mundo desabou
tinha a carta apreendida, o seguro do carro tinha expirado ... e ainda por cima tinha sido ele a bater na traseira do outro

quando chegou ao tribunal ... depois de muito pensar ... alegou o seguinte ... ele era uma vítima ... do monstruoso BMW
e de toda uma forma de estar na vida consumista e capitalista, imposta de fora para dentro, e garantida por dinheiro fácil

entre 2003 e 2013

o euro valorizou contra o dólar, começou a 1,05 atingiu o pico em 2008/09 a 1,55 e regressou em 2013 a 1,35

agora reparem no quadro para a evolução das contas externas das economias europeias com o resto do mundo

vejam bem os valores registados pela Alemanha e pelos outros ... vale mais que toda a Europa junta

a informação completa e detalhada sobre a dívida externa grega
os valores, as datas, as taxas, os credores, os gráficos ... tudo

WSJ
http://graphics.wsj.com/greece-debt-timeline/

Visão realista de Paul Krugman :

http://www.infogrecia.net/2015/06/o-fmi ... l-krugman/

para os confrades e confreiras que têm problemas de memória e sofrem de solidariedade aguda ...

http://observador.pt/2015/02/20/1985-quando-grecia-exigiu-mais-dinheiro-para-aceitar-portugal-na-cee/

traços gerais dos credores

http://economico.sapo.pt/noticias/afinal-o-que-querem-os-credores-para-a-grecia_222071.html

possível desenho para uma saída controlada ?

http://economico.sapo.pt/noticias/zona-euro-acena-com-16-mil-milhoes-a-grecia-e-alargamento-do-resgate_222115.html