Uma das grandes desculpas dos povos quando entalados é.. " ah e tal nós não tivemos culpa, a culpa é dos políticos.." que fique de uma vez por todas demonstrada a falsidade e a desresponsabilização que se tenta incutir nos povos no sentido de ganhar as próximas eleições ou de desculpar os povos pelas más decisões...

O caso Grego é o claro exemplo de que quem escolheu sempre os políticos e as politicas foram os gregos, a maioria claro, quem pôs la o syriza não foi a união europeia, havia partidos que podiam ter dado um rumo diferente, assim ou acolhem o caminho que traçaram ou o mudam neste referendo onde se ganha o sim o syriza mais cedo ou mais tarde cai e teremos novas eleições na Grécia adiando ainda mais o destino do país... e depois não venham com desculpas quem perdeu a batalha ou escolheu o caminho foi o povo grego...

Em portugal a mesma coisa, a escolha acertada no próximo governo fará toda a diferença, vamos ver se depois há desculpas... a mim não me parece que haja lugar a desculpas e caso houvesse tomates as manifes não eram politicas mas sim em prol de causas maiores como contra os que querem caminhos radicais, contra a falta de rigor orçamental, contra pagar tudo a todos, contra as greves, etc....

Vamos ver mas domingo vai ser interessante e e segunda feira vai ser um dia poderoso para as bolsas....

Opinião informada, sobre um "inside man" Phillipe Legrain!

http://www.infogrecia.net/2015/06/atena ... e-barroso/

os políticos europeus deveriam estar calados durante esta semana
temos de respeitar com serenidade e inteligência o resultado grego

como português ... e como europeu ... desejo a vitória clara do NÃO
se o SIM vencer ... será tudo mais perigoso para europeus e gregos

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este é o momento para os políticos encararem com coragem e verdade
a solução da Grécia é fora do Euro ... de forma protegida e controlada

o ajustamento tem de ser feito por uma desvalorização controlada
Europa (e FMI) têm de reestruturar e efectuar um haircut à dívida
talvez uma desvalorização inicial de 15% e ajuste posterior suave
haircut de 25% e moratória nos 2 primeiros anos de juros e capital
indexação do juro da dívida publica ao superavit do saldo primário
implementação de um mini plano Juncker no investimento publico
o problema principal será sempre a negociação dos colaterais gregos
porque este plano necessita de pelo menos de dois ciclos eleitorais
são as garantias políticas de fidelização e entrosamento futuro

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o NÃO é a solução mais positiva ... tem mais vantagens que desvantagens ... tanto para os gregos como para os europeus

do ponto de vista político

1) devolve a credibilidade (Tsipras) e a estabilidade (coligação) ao actual governo
2) evita o caos de governabilidade, eleições antecipadas e subida do extremismo
3) reforça a capacidade negocial dos gregos (devolvendo o Syriza à sua origem)
4) permite aos europeus encontrar uma solução para a Grécia mas fora do Euro
5) acaba por envolver mais os americanos na solução (através do FMI e da Nato)
6) vai obrigar a acelerar todo processo de consolidação monetária na Zona Euro
7) vai colocar dificuldades eleitorais acrescidas aos governos português e espanhol
vai "legitimar" a "chantagem" britânica sobre a Alemanha acerca do seu referendo
9) irá atrasar o processo de adesão ao Euro por parte da Polónia e de outros estados

do ponto de vista económico e financeiro

1) permitiria equacionar com "normalidade" o cenário da saída do Euro (ficando na UE)
2) obrigaria o FMI a repensar e a evoluir na abordagem terapêutica aos deficits externos
3) facilitaria a Zona Euro pensar na proposta do PPC sobre um Fundo Monetário Europeu
4) haveria espaço para reescrever o Tratado Orçamental e a sua articulação com o BCE
5) a possibilidade de toda a Zona Euro regressar a um patamar de inflação perto dos 2%

do ponto de vista social

1) afastava esta dicotomia mediática entre credores e devedores que divide mais a Europa
2) com o regresso da inflação seria mais fácil o ajustamento a devedores e a contribuintes

do ponto de vista geopolítico

1) recentrar o enfoque da Europa na sua incipiente e frouxa política externa e de segurança
2) não perder o pé nos Balcãs ... manter em segurança o processo de adesão destes países

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apesar das enormes diferenças ... o problema grego permite imaginar ... os problemas se a Turquia estivesse num processo de adesão

Concordo que para a Europa era melhor que a Grecia saisse.
Mas infelizmente o povo grego vai votar sim..... os bancos fechados e o limite de levantamento de dinheiro esta a deixar no gregos a ideia de que se a grecia sai da "Europa" perdem parte dos depositos...... ce la vie

a nova carta de Tsipras

http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-06-30-Traduzida-e-integral-a-carta-em-que-Tsipras-pede-mais-dois-anos

E o Syriza ganhou com 36% dos votos expressos. Como vai agora conseguir que a maioria dos eleitores vote "não"?

jolinho

com o desenrolar da história ... e sabes que muito depende como ela é contada à população ... a sensação de humilhação é crescente entre o povo grego

eu ainda não entendi ... quais são os partidos políticos gregos ou organizações que apoiam o SIM

o que eu já percebi ... é que é o MEDO que sustenta o SIM, o medo de perder o pouco que se tem

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se juntares ao Syriza, a extrema direita, os nacionalistas, e os votos das ilhas ... passas claramente a barreira dos 50%

não consigo ainda determinar qual seria o mais indicado se o sim se o não... o que acho é que a Grécia tem de fazer o seu trabalho de reformas e ajustamento para que o orçamento seja viável, esquecendo a divida, primeiro as contas de casa quer para o orçamento anual quer para o crescimento e depois pensar na divida.

Acho que é isso que todos os credores querem, quando se empresta dinheiro, um dos objectivos máximos é que com esse dinheiro exista crescimento e melhoria dos orçamentos, no sentido de aumentar o PIB e não de aumentar a despesa.

É aqui que não entendo, nem encontro uma explicação clara e inequívoca desta situação, ou seja:

- Proposta da Europa e resultados esperados.
- Proposta da Grécia e resultados esperados.

Não pode haver politica quando o assunto são números e tudo isto se baseia em números, não é possível continuar a emprestar apenas e só para pagar divida, nem torna-la tão grande que estrangula tudo o resto assim a primeira coisa é fechar a torneira.

E não vejo isso a ser discutido de forma clara...

Na minha opinião a solução passa por (e para todos):

1 - a Grécia ter um orçamento viável e que permita o crescimento sem continuar a aumentar a divida de forma desmesurada.

2- Dentro do Fundo que o PPC propõe e a semelhança do dinheiro que vem por exemplo para o portugal 2020 que é grátis, não é um empréstimo e são 25 mil milhões.. ter duas componentes nesse fundo:

- Uma para a parte de solidariedade ou seja o suporte social para desemprego, complementos etc... do caos que gera um ajustamento na sociedade
- Outra parte para o crescimento tal como portugal 2020 para ajudar as empresas a crescer e contratar pessoas..

3- Juntando estas duas componentes deve-se dar um prazo para que surtam efeito tipo 1 a 2 anos

4- O plano de pagamento da divida deve ser feito tendo como premissa os temas atrás descritos, e não coloco a hipótese de haircut, acho que isso é simples de mais, cada um é responsável... quanto muito fazer como se fazia nos emp a habitação que se colocava uma parte do capital a pagar para o final e assim fazia-se as contas com um valor inicial menor de capital e juros... (200.000€ total ficavam 100.000€ para pagar no final e 100.000€ faz-se a conta normal de pagamento de capital e juros) e todos sabemos que pagamos a nossa casa 2 a 3 vezes se passar o tempo completo por isso não creio que o credores percam com esta medida.

Se vamos por caminhos que são agressivos para a europa e para os gregos vamos todos perder... agora se o governo da Grécia não assume nem cumpre as suas responsabilidades sem demagogias... FFFFFOOOOOOORRRRRRAAAAAAAAA!!!!

Porque é que se perdoa a divida á Grécia e não a Portugal, Irlanda, Espanha, Itália e outros países (quase todos) com dividas. Qual o critério para perdoar a uns e não a outros. E depois de perdoar a divida deve-se continuar a emprestar? Com que dinheiro?

numa negociação tão dura e difícil, e feita em parte no espaço mediático, é normal que ambas as partes errem por excesso ou defeito
a Europa e a comunidade internacional, através dos seus líderes, tinham a obrigação de não deixar descarrilar o processo nas curvas

tenho de confessar ... Tsipras surpreende-me a cada esquina do problema ... como é possível sugerir a suspensão do referendo ?

então o fulano, argumentando que não tinha sido eleito para aceitar um plano de austeridade, transfere para o povo a responsabilidade

agora volta atrás, propondo correcções ao plano europeu de austeridade, e como contrapartida retira o referendo ... brincadeira não é ?

Lagarde tem razão ... garotos imprudentes, sem estratégia e de pouca táctica ... verdadeiros aprendizes da Teoria dos Jogos

É o mesmo povo que à 30 anos atrás não queria o alargamento para Portugal e Espanha à CEE. Continua o mesmo discurso a pedir mais dinheiro.....

http://observador.pt/2015/02/20/1985-qu ... al-na-cee/

Bem dito e bem lembrado...

este problema tem diversas dimensões ... a questão política e a conjuntura internacional são elementos essenciais para perceber a atitude dos credores

Qual o critério para perdoar a uns e não a outros ?

o critério nº 1 é o rácio ( Dívida Pública / PIB ) ... a partir de um determinado valor não tem solução no seu todo

vou dar exemplo rudimentar (ou redutor porque não levo em consideração outras variáveis relevantes)

crescimento médio do PIB entre 2,5% - 3,0%
saldo orçamental primário entre 1,5% - 2,0%
saldo das contas externas entre 1,0% - 1,5%

a sustentabilidade para a dívida publica andará no limiar dos 120% do PIB

a taxa de juro média tem de estar correlacionada com o valor do saldo primário, e a amortização de capital com o saldo das contas externas

E depois de perdoar a divida deve-se continuar a emprestar ? Com que dinheiro ?

a resposta é sim ... para duas finalidades: revolving de dívida e investimento

com que dinheiro ? em função da finalidade existem diversos mecanismos ... FEEF (revolving) ... BEI (investimento)

Já agora recomendo este artigo...

http://observador.pt/opiniao/grecia-a-e ... os-outros/