Vejo que caro Jolinho está desejoso da ver novas caras na politica portuguesa e noto uma certa sedução pelas caras larocas das miúdas bloquistas, aliás foi isso que seduziu muitos votantes, masculinos e femininos...

Se isso fosse sinal de verdadeiras mudanças, até era capaz de ir atrás, miúdas e de caras larocas também são a minha perdição...

Mas como o confrade Prof já adiantou, o panorama não é nada famoso, tudo indica que o ano de 2016 será complicado, cá e lá fora e depois a situação portuguesa continua tão, mas tão frágil, que ao mínimo tremor de países como a Alemanhã, as consequências podem ser trágicas...

É fácil prometer mundos e fundos, como salários mínimos a 600 euros ou a abolição total da sobretaxa, reposicoes de salários e pensões, descida do IVA da electricidade ou da restauração e o mais que se verá...

Mas por vezes a realidade é muito dura, nada dada a floreados pueris...

Aguardemos, o que ai vem, mas sem grandes ilusões...

as pessoas são importantes ... mas as estratégias políticas são decisivas

do que se percebe das negociações através da comunicação social, é mau

parece que ... BE e PC apresentaram e negoceiam um caderno de encargos

parece que ... o PS se limita a suavizar e acomodar as despesas inerentes

se isto tudo for verdade ... então começamos mal ... e vamos acabar pior

veremos dia 9

Sabemos que o ano de 2016 é complicado, é um facto, e uma coisa é para mim evidente: um partido político dizer que não um tratado orçamental é muito mau não significa que está a dizer que não vai cumprir o acordado; significa apenas que vai fazer tudo o que está ao seu alcance para conseguir melhorá-lo.

O que tivemos nestes quatro anos? Um lacaio de Bruxelas. Não é isso já suficiente mau, desprestigiante e desmoralizador? "Um chefe fraco faz fraca a forte gente" é um ditado bem conhecido, e eu acho que já chega de gente fraca.

Quanto a diminuição de impostos e reposição de salários, não duvido que ela aconteça, mas não será de um dia para o outro. Imagino que seja faseada e dependente de serem atingidas certas condições.

Sim, estes 4 anos foram maus, a tal fomos obrigados. No fim os resultados compensaram os sacrifícios. Agora era a altura de vermos se estes "paus mandados" podiam e sabiam fazer as coisas sem a troika cá.

Mas parece que gostamos muito da austeridade, estamos a pedir mais. Que vontade que o povo tem de voltarmos ao que nos levou a 2011

2011 foi quando a coisa piorou

Mas precisionismos a parte, e natural que a malta aproveite os euros que tem (e nao tem) para ter um nivel de bem estar (e consumo) melhor do que nos ultimos anos, deprimentes.


Sustentavel? Pa, nao facam perguntas complicadas.

Deixa lá isso do sustentável, isso são coisas que os capitalistas inventaram.

Amanhã vou estoirar o plafond todo do meu cartão de crédito. Quem paga? Isso não importa.

Essa e a tua ideia de um domingo bem passado? Estourar plafonds?

Nao era nada mal pensado. Gastar todo o dinheiro do banco e ainda o plafond do cartão de crédito. Conseguia fazer umas coisas bem giras. Quando o plafond acabasse ainda comprava umas quantas coisas a prestações.

Não é a ideia que nos querem passar? Que os 4 anos de sofrimento não eram precisos e que temos é de gastar dinheiro para subir o PIB através do consumo? Podiam era lembrar-se que o consumo faz subir as importações e lá desce o PIB outra vez.

Mas agora vem aí o Natal e há coisas tão giras para comprar, não vamos pensar nessas coisas chatas como pagar aquilo que compramos. Depois do Natal logo vemos como pagamos ou se podemos reestruturar a dívida dos cartões de crédito. Será que os bancos me perdoam algumas dívidas se eu lhes disser que não tenho como pagar?

Matic, não é nada disso. Não me compete defender ninguém, até porque eu confio muito pouco em unsquerem é barulho e outros, mas há coisas que não podemos deixar de ter em conta.

A sociedade está organizada em grupos e cada grupo tem as suas preferências. Vimos aqui ao fórum e encontramos uma certa inclinação nas pessoas, vamos a um fórum sobre outro tema e encontramos uma semelhante ou diferente.

O importante é o seguinte: a sociedade tem que ser equilibrada e tem que haver lugar e direitos para todos. Esta história de as pessoas dizerem mal umas das outras é que é intolerável. O que é que o deputado do PSD tem que o torne mais recomendável do que o do BE?

Eu estou no privado (imaginemos). Sou dentista; muitos dos meus pacientes são professores. Eu quero que cortem no salário deles, porque não produzem, porque são comunistas, porque querem é barulho? Não, eu quero que eles ganhem bem e justo, porque são os professores dos meus filhos e para que eles tenham dinheiro para tratar os dentes e pagarem as consultas.

até parece que ...
as famílias endividadas, caloteiras e preguiçosas votaram na esquerda ... e as famílias equilibradas, honestas e trabalhadoras votaram na direita

como diria o Passos
estás um piegas do karalho ... com um governo de esquerda radical ... é a tua grande oportunidade ... emigra ... porque este país não é para ti

a bipolarização no seu "melhor"

***

a propósito de dívidas e deficits ... segundo Miguel Cadilhe ... não foi o Cavaco Silva o pai desta trampa ?

Tens razão Jolinho. A sociedade está organizada por grupos e não nos compete criticá-los pois não há nenhum grupo que seja melhor ou pior que os outros. Por exemplo o estado islâmico, é um grupo e não posso criticá-lo, pois deverá ter as suas coisas positivas. O EI foi só um exemplo exagerado.

Falando do exemplo português. Logicamente que nada tenho contra as pessoas, apenas contra ideologias. Estou convicto que não existe melhor pessoa no parlamento que o Jerónimo de Sousa, mas as suas ideologias políticas a meu ver não servem para nós enquanto país. Ele diz: "por uma política alternativa, patriótica e de esquerda", isto quer dizer exatamente o que? Nada, absolutamente nada. É um vazio de quem sabe que nunca chega ao governo e pode dizer o que quiser. O pior é que quando lho metem nas mãos, as demagogias e promessas utopias foram tantas que só pode sair asneira.

Uma vez, num almoço de negócios, dizia eu: "o PCP nunca servirá para governar ou fazer parte de um governo, mas acho uma força importante de equilíbrio num parlamento, pois serve de contra-balanço e alerta para alguns abusos que possam existir".
Respondeu-me um senhor, ex-secretário de estado do PS, já com alguma idade: "então se assim é, diga-me em quantos países europeus está representado o partido comunista no parlamento?"
Impossível refutar este ponto de vista. Aquilo que para nós é a evidência de uma necessidade de uma política de esquerda, patriótica e de igualdade, parece que só a nós faz falta.

Quanto ao BE já tenho mais dificuldade em encontrar definições para as suas políticas. Aquilo é um grupo que se formou à volta do Louça e das suas ideias, composto por inconformados e utópicos. Este já é comum nos dias de hoje, pois vemos em todos os países algo semelhante. É muito engraçado a desempregada dona de casa ou o rapaz universitário das artes no parlamento. Pode ser giro, mas eu não queria este partido a governar o meu país ou com influência na governação.

Portanto, há grupos e temos de os respeitar, mas eles não são iguais, são diferentes e uns fazem mais falta que outros, principalmente no que a governar diz respeito. Vejo muita demagogia em Portugal. Ser do contra, só porque sim. Se ele diz vermelho o outro tem de dizer azul, mesmo que no seu íntimo ele achasse que era vermelho.

a propósito da idoneidade das pessoas ... vejamos o caso do recém empossado Ministro da Administração Interna ... Calvão da Silva

"Se o conselho de amigo de longa data para ir para Angola, e não para a Bulgária, exercer a profissão no sector imobiliário que exercia em Portugal, se revelou certeiro, e propiciou resultados lucrativos no exercício dessa profissão, nada impede essa
liberalidade feita ao amigo."
excerto do parecer feito por Calvão da Silva a pedido de Ricardo Salgado e que permitiu ao Banco de Portugal e a Carlos Costa manter Ricardo Salgado à frente do BES em finais de 2013
http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/Esclarecimentospublicos/Documents/BES_ParecerCalvaoSilva.pdf

será que o convite de Passos Coelho a sua nomeação por Cavaco Silva é uma liberalidade aceite pelos eleitores da PaF ?

Mas que resultados!? A divida continua a crescer e é cada vez maior, até termos defice vai sempre crescer, já vai agora em 130% do pib ou coisa do género...!? O defice com o novo banco será quanto? 7%? Impostos já são dos mais altos da europa, alias o ultimo escalão do irs tem dos impostos mais elevados ou ate o mais elevado pelo que aumento das receitas será nulo se o país não crescer; evidente que a solução da esquerda aumentando a despesa vai agravar ainda mais o cenário, espero bem que não haja aumentos caso contrário arriscamos medidas bem piores do que as que tivemos. E contra mim falo.
A solução passa sim por atrair investimento primário com irc baixo isso sim seria a unica forma de atrair dinheiro e entao posteriormente distribuir de forma mais justa, como faz a Irlanda isso sim era aquilo que deviamos reivindicar. Agora sem dinheiro vamos distribuir o quê?!

Pedro, em 2011 tivemos um programa imposto ao nosso país.

Qual o país que tem uma intervenção deste género e não aumenta a dívida, aumenta os impostos, aumenta o desemprego?

O sucesso da legislatura anterior e que o fez ganhar as eleições foi só uma: no fim do período contratado mandamos a troika embora, ou seja, o objetivo foi cumprido.

Lembro as notícias há 2 anos em que todos acreditavam que seria impossível cumprir e que teríamos um 2º resgate, depois já não havia 2º resgate mas ia haver programa cautelar. Afinal foi saída limpa, contra todas as espetativas.

Se este governo merecia ter a oportunidade de governar sem troika? Eu acho que sim.
Se os dirigentes socialistas têm vergonha na cara? Eu acho que não, pelo menos os que estão a apoiar o Costa.

Quanto à sua ideia do IRC, existe um programa em vigor de descida do IRC que já começou e que dentro de alguns anos iríamos ter dos IRC's mais baixos da Europa. Não sei o que acontecerá agora.

Lembro que hoje a grande maioria das empresas em Portugal paga 17% de IRC, antes era 25%. Para aquelas empresas com lucros acima dos 15.000€ vamos em 23% e a descer 2% ao ano. Não sei se isto se vai manter ou não.

Li por alto a entrevista dada hoje por Catarina Martins, subitamente mais adulta, a considerar que seria demagógico pensar em ordenados mínimos de 600 paus!!!

Que diferença da Catarina demagógica...

Mas que pensará disso, Jerónimo e a rectaguarda da Intersindical?

Mesmo o descongelamento das pensões e cauteloso, para já só as pensões mais baixas terão aumentos...

Entretanto, para Jerónimo, tudo continua inconclusivo, para Catarina, o acordo já esta "fechado"...