Pois....todos os dias aparecem novos 'dependentes'

economia paralela

citando o jornal Público, o Observatório de Economia e Gestão de Fraude, da Faculdade de Economia do Porto, revelou que a economia paralela em Portugal, em 2012, subiu 26,7% do PIB atingindo um montante próximo dos 44 mil milhões de euros;

apesar de desconhecer os autores e a metodologia destes cálculos, estou certo que o estuda pugna pela honestidade intelectual;

a ser verdade esta realidade, a primeira conclusão que retiro, é que desconheço uma boa parte deste país;

depois olhei para a minha economia pessoal e doméstica, e tentei percepcionar em que medida eu interagia com a tal economia paralela; resolvi fazer o meu balanço pessoal:

- as minhas receitas estão confinadas ao meu salário (pago todos os impostos e taxas exigíveis) e as uns trocos com juros de um depósito a prazo (aqui o banco faz a respectiva retenção);

- do lado das despesas a esmagadora maioria são efectuadas com agentes económicos regulares do ponto vista fiscal: comprei o carro no stand da marca e lá faço a manutenção é tudo com factura; compro a comida, o vestuário e calçado em estabelecimentos insuspeitos como hipermercados e lojas de marca, e todos passam factura; faço uma ou duas viagens de férias através de agências de viagens sempre com facturas; compro livros, música e gadgets na FNAC; meto gasóleo na BP e na Galp; as despesas escolares sempre com factura; as despesas médicas (felizmente poucas) foram em hospitais e farmácias mas sempre pela via da segurança social; também não é o tabaco nem a despesa com o euromilhões; não é a electricidade, a água, o telefone e a internet; depois disto tudo sobram uns trocos ... uma parte ponho de lado no banco a outra parte "gasto comigo";

- gasto comigo, em jantares, nos copos e nas meninas ... partindo do princípio que 50% dos restaurantes, dos bares e discotecas onde vou (e vai meio mundo aqui em Lisboa) são contribuintes honestos e declaram todas as suas receitas ... subsistem os outros 50%, mais as meninas, e é aqui que reside o meu contributo para a economia paralela;

a segunda conclusão que retiro, é que não são portugueses como eu, que fazem "produzem" tão gorda economia paralela;

insatisfeito pensei um pouco mais, e recordei-me de dois episódios na minha vida pessoal que deram um contributo para economia paralela: quando comprei casa, o valor declarado às finanças foi inferior ao real; mas estou certo que dos 2 milhões de casas compradas nos últimos 20 anos pelos portugueses, a esmagadora maioria procedeu de igual forma;

a terceira conclusão que retiro, é que foi o sector da construção e imobiliário quem mais promoveu e beneficiou da economia paralela no passado, mas no presente com a derrocada do sector, o seu contributo é pouco relevante ...

assim sendo, continuo sem chegar aos números apresentados, a lembrar 26,7% do PIB (44 mil milhões euros) ...

vamos lá recapitular de outra forma, será que os portugueses em média gastam 26,7% do seu rendimento nos seguintes segmentos:
- despesas com profissionais liberais (médicos, advogados, mestre de obras, beleza, mecânicos etc);
- despesas com pequeno comércio itinerante (ciganos, feirantes e afins etc);
- despesas menos lícitas (prostituição, jogo clandestino etc);
- despesas ilícitas (droga, armas etc);

será que é verdade ? não ... não é verdade ! então como se explica a conclusão do estudo ?

se olharmos pelo lado da produção e do rendimento, encontramos alguns casos como por exemplo:
- os pequenos agricultores produzem bens para auto consumo e para venda em circuitos comerciais não declarados;
- os profissionais liberais que têm um património não condizente com o nível de rendimento declarado;
- haverá com certeza mais uns pequenos grupos mas pouco expressivos;


em resumo, Portugal tem quase 7 milhões de pessoas como trabalhadores por conta de outrem ou reformados, tem mais 2 milhões de jovens, e cerca de 1 milhão de desempregados (ou em situação de subemprego) ...
pergunta como é possível a economia paralela representar 26,7% do PIB ?



em minha opinião eu julgo existir um equívoco no estudo, à semelhança de outros estudos feitos lá fora, e que se prende com o regime de isenções e benefícios fiscais, que distorcem os números ... estou convencido, se fossem retiradas a maioria das isenções e dos benefícios fiscais, a realidade económica e fiscal hoje em dia seria diferente, e os números seriam inferiores a 15% ...

Quando apresentaram esse estudo, também disseram uma coisa que vai no sentido do que disseste: não é a pequena economia informal que é responsável por este valor.
São os grandes valores, dos grandes desvios que não estão registados. Coisas como por exemplo os 8 milhões do Ricardo Salgado.

Já agora sei de várias empresas em que 25% ou mais dos rendimentos dos seus quadros é "pago" em despesas. Ou seja líquido de irs e SS. Mas estes valores não estão propriamente fora do sistema...

Confrade MTangas

o caso dos 8 milhões do Ricardo Salgado é muito simples ...

o dito senhor mais o construtor José Guilherme, em 2006, compraram um terreno em Luanda Sul à empresa onde eu trabalhei ... no final de 2011, foi concluída a venda do imobiliário construído nesse terreno e distribuídos os lucros ... uma parte foram reinvestidos em Luanda e a outra parte foram expatriados ao abrigo da Lei do Investimento Estrangeiro ...

é aqui que reside a questão ... o fulano já pagou em Angola impostos sobre esses lucros, e ao trazer o dinheiro para Portugal é obrigado a declarar e a pagar IRS sobre esse dinheiro cá ...

é justo ? qualquer resposta tem em parte alguma razão ...

no entanto, existem mais de 80.000 portugueses a trabalhar em Angola, com rendimentos anuais entre os 30.000 e os 100.000 euros, e que não pagam um tostão de IRS em Portugal ... é verdade que são quantias muito diferentes, mas isso basta para terem um tratamento diferenciado do Ricardo Salgado ?

em conclusão, os 8 milhões do Ricardo Salgado e os salários dos 80.000 portugueses não são economia paralela, aliás estão perfeitamente espelhados na balança de pagamentos, numa rubrica de transferências unilaterais, numa sub-rubrica denominada invisíveis correntes (não tem carácter depreciativo) ...

Oeiras elegeu o espírito do encarcerado ...
o concelho com mais licenciados por m2 ...

provavelmente muitos eleitores de Isaltino aplaudem de pé Paulo Morais ...
estranho ... talvez porque roubar só é mau quando somos nós as vítimas ...

quando se esgotaram todos os expedientes e finalmente foi detido ...
pensei, a justiça veio tarde mas funciona, punindo uma falta grave ...
precipitadamente concluí que seria exemplo dissuasor para muitos ...
desenganei-me quando vi o episódio dos festejos à volta da prisão ...

de facto o divórcio entre muitos eleitores e os políticos não resulta de qualquer exigência ética ...

depois do episódio caricato
que a polícia, o procurador e o juiz não saberem do paradeiro do Oliveira e Costa do BPN
e o homem saber pela tv do sucedido e ligar para o tribunal a dizer "eu estou em casa"

agora novo episódio caricato
afinal os papeis da análise aos swaps apareceram, estavam mal arquivados ...
segundo parece, os funcionários numa primeira busca não os encontraram ...
e como era urgente uma resposta à ministra, disseram "foram destruídos" ...

de facto a incompetência e a incúria são atributos muito apreciados na função pública ...

Esta aplica-se mesmo a velha máxima:
Nunca atribuas à maldade o que mais facilmente se pode atribuir à estupidez

Um gritante caso de descrédito de políticos do nosso tempo

Um gritante caso de descrédito em políticos do nosso tempo

http://www.angonoticias.com/Artigos/item/40135/machete-diz-que-quis-apaziguar-relacoes-com-angola

Este pintas já foi contratado para a animação cultural


Enquanto o gajo manda umas bacoradas, vão-se enchendo uns telejornais e umas capas de jornal e o caravana do resto da vilanagem vai passando de fininho

Visto assim também acho confrade, o mal que é estas " pintas " são pagas por todos nós e este até já tem curriculum que baste ...

Como já vi escrito algures é o Relvas 2.0!
Como diz o safado enquanto se fala dele não se fala de outras coisas bem mais importantes.

já agora o que o embaixador americano reportou sobre o fulano: http://www.wikileaks.org/plusd/cables/0 ... 780_a.html

Olhe que não, confrade, olhe que não... No "privado" há, também, muita incompetência...

Exemplos? Apenas três (entre muitos...) O meu irmão, pediu a cessação do contrato com a ZON há e 3 anos. Até hoje continua a ter a box em casa com ele e a visualizar 50 canais. Á borliú... E ele não deve ser o único.
Outro exemplo: Fui cliente Vodafone, desde 1997. O ano passado, pedi a portabilidade para outro operador. Acredita que nunca fui contacto pela Vodafone, para saber qual/quais os motivos da mudança para outro operador. Incompreensível.
Aconteceu exatamente com a minha anterior seguradora: 15 anos, após os quais solicitei a mudança para a concorrência. Nem um telefonema, efectuado, para aferir dos motivo/razões para a minha decisão.

Se isto não é, (entre outros adjectivos) incompetência e incúria não sei o que é...
E não vou falar da empresa que auditou o BPN, (penso que foi a KPMG) ou da Arthur Anderson que auditou as contas da agora famosa ENRON. Tudo empresas privadas e altamente cotadas. Pois...

Como no privado, há funcionalismo público bom, e funcionalismo publico, mau.

Nem tudo o que é privado é bom e nem tudo o que é publico é mau.

Isso é o que o governo desse F.D.P. do PPC quer passar, desde o início deste triste mandato.

A nós compete "filtar" a informação que vai circulando.

O que eu acho mais graça neste governo, sao os pseudo-"leaks" de informação sobre as medidas de austeridade:



algum acessor do conselho de ministros deve ligar ao jornalistas de alguns pasquins e encomenda a capa o dia seguinte:


"Aumento 500% de imposto e 500 mil funcionarios para a rua"...


Nesta semana não se fala de outra coisa, o ppl guincha que nao aguenta mais, todos os comentadores vem ao pequeno ecra antever o obvio, organizam-se manifs, os comboios e o metro faz greve


Passado uma semana vem o Paulo Portas, diz que com medidas destas tira bilhete para o parque Edu... digo, para o Caldas (ou para as caldas??)



No dia seguinte, vem o porta voz do governo, dizer que afinal o aumento de impostos é só de 50% e só vem 50 mil funcionarios para rua...



O ppl suspira de alivio, os comentadores vem dizer o obvio, as manifs ficam as mostas e os cabroes dos gajos da CP e do METRO fazem nova greve...




A sequencia é previsivel... e temos que dar a mao à palmatoria: estes FDP do governo são maquiavelicamente geniais

tenho fundadas dúvidas na genialidade destes cabeçudos ...

creio mais na conjugação de 3 factores:
a) falta de coordenação política;
b) lutas intestinas no governo;
c) ensaios para troika ver e ler;