Agora não entendi, confrade RS... O post, não é da autoria do Dragon?!? Afinal a prosa (brilhante, aliás...) é desse tal Mario Ribeirinho Soares, seja ele quem for...

Caro "dicksteel"

Deve ter sido um caso de telepatia entre o "Dragon" e esse Mário Ribeirinho Soares.

Ou é a primeira vez que se descobre a verdadeira identidade de um Usuário, simultaneamente um homónimo (será pseudónimo?)do outro, ou então tenho que reconhecer a sapiência apenas por ter sabido plagiar algo que merece ser plagiado.

Nunca fui, não sou e já não resta muito tempo para ainda vir a ser fã do Bochechas. Mas essa só pode ser para rir...

Por acaso, o mais idiota que ele hoje disse foi outra coisa: "Para substituir Passos, diz que é preciso um primeiro-ministro “que governe o país com patriotismo e sentido de Estado”. No fundo, “um governante com alma, que saiba falar com o povo e saiba ouvir e cumprir a Constituição e a democracia”. Questionado sobre se acha que António José Seguro está preparado para ser essa alternativa, responde que “está, com certeza”, uma vez o líder do PS “tem dito frequentemente que vai ser primeiro-ministro”. “Se ele diz isso é porque quer ser e tem alternativa desde que haja eleições". http://www.publico.pt/politica/noticia/mario-soares-diz-que-alguns-membros-do-governo-sao-delinquentes-1608973

para ser PM deveria existir um mínimo exigível
e seria reunir as seguintes condições pessoais:

- que incuta confiança
- que estude, planeie e execute
- que comunique simples e eficaz
- que corra riscos e assuma os erros
- que tenha visão e transmita esperança
- que procure crescer e aposte nos portugueses

Kwacha,

Estamos optimistas hoje????

Mesmo que essa personagem existisse seria colocada de parte pelos proprios partidos.

Assumir os erros? hahahahahahahahah

Matic

"correr riscos e assumir os erros", eu sei que não faz parte da nossa cultura

por sorte, no minha vida profissional, encontrei algumas chefias diferentes,

"errei" ou "errámos" "por isto ou por aquilo" são expressões gratificantes,

é o primeiro passo para voltar ao bom caminho ...

e estou certo que os portugueses aceitariam a assunção do erro se conhecessem previamente os riscos

Sabes Kwacha,

As coisas que dizes são muito pertinentes e concordo com 90% das mesmas. Em relação ao perfil estaria correcto, mas é utópico por causa das expectativas e lobbys dentro dos próprios partidos.

Aqui há uns 2 meses disseste que os partidos não teriam outra hipótese senão aceitar um governo de salvação nacional (quando da saída do Gaspar e do amuo do Portas) e se te lembras respondi que isso não iria acontecer porque o PS não queria, o que infelizmente se veio a verificar.

O problema são os próprios partidos e o facto de que os líderes estão reféns das expectativas dos pesos pesados.

Veja-se o caso do tonto do Seguro, que ou muito me engano (espero bem que me engane) será o nosso próximo 1º ministro. As características dele estão longe das que indicaste, diria até a léguas. O homem cada vez que vê o António Costa faz xixi pelas pernas abaixo e quase implora para ele não se candidatar a secretário geral. Ele anda mais preocupado com o seu futuro como líder do PS do que a lançar bases para ter o cargo mais importante em Portugal.
O PS de ontem, hoje e amanhã tem demasiada gente a fazer contra-peso para que seja possível alguém ter ideias próprias e lançar bases para um novo rumo. Este tipo nem sequer tem tomates para enfrentar os barões do PS e principalmente a área socrática e negociar um OE decente e convergente com o PSD, que é o que o país necessitaria neste momento. O que vamos ter é um OE feito por PSD/PP com o PS a dizer que foi posto de lado e depois vota contra, para não se comprometer e ver se as pessoas se esquecem de quem nos levou a isto.

Em relação ao Passos Coelho encontramos várias características dentro das mencionadas. Ninguém pode dizer que ele não tem um rumo (a ideologia dele é conhecida e ele tem-na aplicado goste-se ou não) ou que não é corajoso e que arrisca. O problema dele é a tal questão do não assumir os erros e virar para outros rumos e aí temos o gajo mais teimoso à face da terra.
Mas até aqui os partidos são um problema. O Passos Coelho para se tornar presidente do PSD andou durante 2 anos a fazer promessas nas concelhias e depois ficou com o rabo preso, para além de que muitas das medidas tomadas ou melhor, muitas das medidas não tomadas contra alguns sectores de actividade que têm ficado isentos de austeridade, devem-se a lobbys internos do partido.

Quer no PS, quer no PSD ninguém quer um líder com as características que indicaste..... Infelizmente

Caro Matic, caro kwacha e caros confrades,
penso que o modelo que o kwacha fala e' um Antonio Oliveira Salazar, mas um dos tempos modernos com uns updates. Se estes politicos de merda tivessem metade da verticalidade do homem, andava Portugal muito bem.

Olha... o Clube "Volta António!" de regresso... (mas agora com updates )

Vamos começar pelo António ...
Bastava estar um pouco atento ao que tenho escrito, para perceber que nada poderia estar mais errado ...
Aliás para quem como eu, que tive o meu pai preso 4 anos em Peniche, seria no mínimo um anormal ...
Voltando ao tal António e fazendo o contraponto às características mencionadas:

- incutia medo e desconfiança
- comunicava de forma arcaica
- era cobarde (não corria riscos) e errou várias vezes (a culpa era sempre dos inimigos da pátria)
- tinha uma visão desfasada do mundo (orgulhosamente sós) e sem esperança (emigração dos anos 60)
- nunca quis crescer e desenvolver, sempre com medo de perder o controlo, passámos ao lado do desenvolvimento europeu;

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sobre as características para um PM, fui exigente nem poderia ser de outra forma ...
julgo que existem algumas pessoas que congregam os diversos itens mencionados ...

de propósito deixei de fora a característica essencial, e que resolve as reticências partidárias: o carisma

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Matic

sobre a crise do "irrevogável" e a solução governativa prevista ...
se te recordas das circunstâncias, na altura dei como "boa" a avaliação de Cavaco, isto é, os credores não acreditariam noutra solução governativa para negociar com credibilidade a 8ª e a 9ª avaliação e para elaborar o orçamento de 2014, e lançar as bases para o programa cautelar até 2017/8 ...
pelos vistos a situação não seria tão má quanto isso, mas a dois meses das eleições alemãs, a Merkel terá imposto aos 3 partidos um compromisso numérico, infelizmente nós não sabemos mas os tais mercados já sabem alguma coisa, e sinal disso é a queda das taxas das nossas obrigações a 5 e 10 anos ...

Mário Soares, o Arauto do Austeridade



By: Ricardo Lima (Maio 2012)

Crise: Quando Mário Soares defendia o plano do FMI:

Em Agosto de 1983, o Governo do Bloco Central PS-PSD, assinou um memorando de entendimento com o Fundo Monetário Internacional. Os impostos subiram, os preços dispararam, a moeda desvalorizou, o crédito acabou, o desemprego e os salários em atraso tornaram-se numa chaga social e havia bolsas de fome por todo o país. O primeiro-ministro era Mário Soares. Veja como o homem que hoje quer rasgar o acordo com a troika defendia os sacrifícios pedidos aos portugueses.

“Os problemas económicos em Portugal são fáceis de explicar e a única coisa a fazer é apertar o cinto”. DN, 27 de Maio de 1984

“Não se fazem omoletas sem ovos. Evidentemente teremos de partir alguns”. DN, 01 de Maio de 1984

“Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que estamos a aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço feito por este governo.” JN, 28 de Abril de 1984

“Quando nos reunimos com os macroeconomistas, todos reconhecem com gradações subtis ou simples nuances que a política que está a ser seguida é a necessária para Portugal”. Idem

“Fomos obrigados a fazer, sem contemplações, o diagnóstico dos nossos males colectivos e a indicar a terapêutica possível” RTP, 1 de Junho de 1984. Idem, ibidem

“A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós” RTP, 1 de Junho de 1984

“Portugal habituara-se a viver, demasiado tempo, acima dos seus meios e recursos”. Idem

“O importante é saber se invertemos ou não a corrida para o abismo em que nos instalámos irresponsavelmente”. Idem, ibidem

“[O desemprego e os salário em atraso], isso é uma questão das empresas e não do Estado. Isso é uma questão que faz parte do livre jogo das empresas e dos trabalhadores (…). O Estado só deve garantir o subsídio de desemprego”. JN, 28 de Abril de 1984

“O que sucede é que uma empresa quando entra em falência… deve pura e simplesmente falir. (…) Só uma concepção estatal e colectivista da sociedade é que atribui ao Estado essa responsabilidade. Idem

“Anunciámos medidas de rigor e dissemos em que consistia a política de austeridade, dura mas necessária, para readquirirmos o controlo da situação financeira, reduzirmos os défices e nos pormos ao abrigo de humilhantes dependências exteriores, sem que o pais caminharia, necessariamente para a bancarrota e o desastre”. RTP, 1 de Junho de 1984

“Pedi que com imaginação e capacidade criadora o Ministério das Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgiram estes novos impostos”. 1ª Página, 6 de Dezembro de 1983

“Posso garantir que não irá faltar aos portugueses nem trabalho nem salários”. DN, 19 de Fevereiro de 1984

“A CGTP concentra-se em reivindicações políticas com menosprezo dos interesses dos trabalhadores que pretende representar” RTP, 1 de Junho de1984

“A imprensa portuguesa ainda não se habituou suficientemente à democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem completamente falsa.” Der Spiegel, 21 de Abril de 1984

“Basta circular pelo País e atentar nas inscrições nas paredes. Uma verdadeira agressão quotidiana que é intolerável que não seja punida na lei. Sê-lo-á”. RTP, 31 de Maio de 1984

“A Associação 25 de Abril é qualquer coisa que não devia ser permitida a militares em serviço” La Republica, 28 de Abril de 1984

“As finanças públicas são como uma manta que, puxada para a cabeça deixa os pés de fora e, puxada para os pés deixa a cabeça descoberta”. Correio da Manhã, 29 de Outubro de 1984

“Não foi, de facto, com alegria no coração que aceitei ser primeiro-ministro. Não é agradável para a imagem de um politico sê-lo nas condições actuais” JN, 28 de Abril de 1984

“Temos pronta a Lei das Rendas, já depois de submetida a discussão pública, devidamente corrigida”. RTP, 1 de Junho de 1984

“Dentro de seis meses o país vai considerar-me um herói”. 6 de Junho de 1984

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1-Considera-se herói e salvador único (omitindo o ministro que à data tomou as decisões e de facto fez), visionário e superior ao resto da raça (como se viu no caso da multa na auto-estrada).
2-Hoje, apresenta as críticas sem contemplações para com a verdade, coincidente.
3-Nota-se que o PS está muito acima de Portugal, como sempre esteve (aplica-se a lei “vale tudo”).
4-Tem graves problemas em manter posições equidistantes até nas questões mais relevantes.

Em relação ao governo de salvação nacional disse-o na altura e repito. Seria a melhor solução, mas o PS não quer pois os barões querem o poder sozinhos.

Será que o carisma tem força para combater os lobbys de um partido? Tenho muitas dúvidas. Acho que atualmente só é líder quem preste vassalagem a condes e barões partidários. Gostava tanto de estar errado.

Uma palavra ao kwacha,
lamento imenso saber que o seu pai esteve preso 4 anos. Reconheço que a ditadura teve aspectos bastante negativos também, sedo que houve muitos atropelos inaceitáveis. Não sou defensor de ditaduras mas não tenho problemas em reconhecer que o nosso ditador também pegou num pais em farrapos e fez coisas bastante positivas, e contextualizado a' época (logo depois da primeira guerra, passando pela segunda e o depois guerra) devo dizer que teve erros e deveria ter saído mais cedo do poder; mas quais eram os nomes indicados na altura para o substituir? O meu amigo Kwacha pode responder? O que defendia o resto que ai andava? Que visão politica de desenvolvimento tinham? Pode responder?

Uma palavra ao Tinoni,
O amigo ou e' muito obtuso ou sofre de miopia grave. Recomendava algumas leituras mas como ja' sei que e' partidário do "tudo e nada", não vale a pena. Eu gostava de saber a sua opinião, pois não faz parte do "clube do António", mas sera' que faz parte do clube dos politiqueiros do momento? Ou e' daqueles do partido da ideologia? Ou e' dos NIM? Aqueles do nem não nem sim, não têm opinião, seguem o rebanho?!

E muito fácil ver e falar do que se fez mal, agora ter olhos para ver o que foi bem feito e' que parece so' ser para alguns, isto em Portugal e' cronico. "O António", foi só um dos mais inteligentes e brilhantes estadistas deste pais. Errou, claro que errou e claro que a ditadura teve aspectos muito negativos, mas so' ver os aspectos negativos e' miopia. Temos de ver em perspectiva. Primeiro, temos de saber quando o homem foi para o poder e em que condições internas e externas. Vamos la' a uma aula de historia:
O homem foi convidado para uma pasta que ninguém queria, num pais de gente embrutecida e atrasada, com poucos recursos, em que o que havia mais eram greves e em que pouco se trabalhava, em que as lutas de poder eram ao mês sim mês não, isto internamente. Externamente, nos anos 30 aqui ao nosso lado havia uma guerra civil que nos podia arrastar, e ainda mais perigoso, podíamos virar província dos Espanhóis. De referir também que a nível mundial e europeu, tínhamos saído da primeira guerra mundial não há muito tempo e havia muita desordem na europa, e o comercio não estava organizado como esta hoje. O homem teve de se desenrascar com muito poucos meios para safar Portugal do conflito Espanhol, e teve uma escolha acertada, como a historia o veio a mostrar. Acabou por ter Franco como devedor de uma divida que mais la' pra frente deu muito jeito.
Depois veio a segunda guerra mundial nos anos 40, o homem mais uma vez teve de se desenrascar numa europa a ferro e fogo, jogando dos dois lados, do lado dos aliados e do lado dos Alemães, e ao mesmo tempo afinando com Franco uma politica de neutralidade da península ibérica, coisa fácil portanto.
Salazar (imagino que burro para muitos) conseguiu controlar Franco, conseguiu convencer os dois lados, Aliados e Alemanha (sendo astuto em nunca arreliar nem Inglaterra nem Alemanha), e ainda conseguiu conservar as colonias e as trocas marítima. Outra coisa pouca para um homem tao tacanho...
O homem nasceu pobre, era católico e tinha traços que aos olhos de hoje eram perfeitamente tacanhos? Sim e' verdade, mas contextualizando a' época, não era muito diferente do que se via na europa. Claro que nós tugas adoramos comparar Portugal a uma Alemanha, uma Inglaterra ou uns EUA lololol miopia portanto. O homem agarrou num pais muito pobre, onde não havia nada senão agricultura e muita muita gente embrutecida e tacanha. Claro esta' que também ele tinha um pouco disso na sua genética, mas isso era Portugal...
O homem tinha nojo da vida parlamentar e dos partidos? Tinha, mas e nos hoje não temos?! O homem gostava de ordem e trabalho? Gostava, e nos hoje não proclamamos isso?! Fazer politica e' para porcos que querem chupar o pais, governar e' muito diferente de politica, hoje ninguém percebe isso, anda tudo a' mama e Portugal sem rumo.
O homem agarrou na pasta das finanças num pais em que não havia tal coisa, era o caos total com uma pobreza extrema e total desordem. Teve muita visão e tomou medidas muito acertadas na desfeita pasta das finanças, controlando a despesa e melhorando a coleta da receita. Ja' na altura havia problemas com a divida publica e deficit. Pôs mão no controlo das despesas dos ministérios, e foi amortizando a divida publica externa, passando de 44% em 26 para 5% nos anos 40 (coisa pouca portanto, os de hoje deviam por os olhos nisto e ter muita vergonha). Reparemos que isto num período entre uma guerra e outra, com a europa cheia de revoluções e o comunismo a avançar. Teve politicas de obras publicas, tentou aumentar a produção agrícola/alimentar e manteve o preço dos produtos base inalterados. Melhorou a rede elétrica deste pais, deu inicio a' nova construção rodoviária, portuária e ferroviária; e mais uma vez digo no instável período de uma guerra e outra.
O rendimento nacional de 26 a 39 aumentou para quase o dobro e isto durante a segunda guerra mundial, em que a europa ficou de rastos, o rendimento nacional estagnou e pouco decaiu (outra coisa muito mal feito dirão alguns iluminados). Chegamos a ter um crescimento de 6% ao ano, e isto num pais de labregos e camponeses que desde a' muito tempo estávamos bem longe da europa desenvolvida.
Ficou la' tempo demais? Se calhar ficou, mas qual era a alternativa na altura? Era voltar ao mesmo? Era o comunismo? Eram os líricos da altura que estavam cheios de ideologia? Eram os monárquicos? Eram os politiqueiros da altura? Tenham juízo meus amigos...
Temos sempre no nosso pensamento o comando deste pobre pais por um misto de ditador com liberal, como se isso fosse possível... Quando temos la' bandalhos chicos espertos armados em liberais (todos desde o 25 de abril) detestamos porque e' só mama e roubos, quando temos mão pesada de um ditador que mete as coisas nas ordem também detestamos pois o povo português não esta' para receber ordens e trabalhar a serio, preferimos novelas e roubos a olhos vistos...