A ida às GPs pode ser metaforizada como uma ida ao casino, mais especificamente como jogar nas roletas.
Um cliente chega toda contente ao local, encontra-se com a míuda
e começa o convívio. As luzes apagam-se e encontramo-nos numa sala deserta de um casino, com três roletas.
Começa a girar a primeira roleta. É especial por ter cem ranhuras, em que só uma é premiada. Normalmente, a bola não cai na ranhura premiada por uma questão de probabilidade, e nada de mais acontece. Mas no caso raro de acertar, uma roleta ao lado começa a rodar. Esta também tem 100 ranhuras, mas tem várias premiadas, podendo variar de 5 a 20. No caso de haver mais uma vez um bulls-eye, uma terceira e última roleta começa lentamente a girar. Mais sombria, esta também como as outras tem as 100 ranhuras, em que há umas cinco premiadas. No caso de a bola cair pela terceira vez numa ranhura premiada, as luzes do casino desligam-se, e voltamos a ver o cliente com a GP, já a vestir as roupas para se ir embora. A sua cara é pálida, alguma coisa aconteceu.
Ele ainda não sabe, mas acabou de ganhar uma autêntica lotaria. O prémio? Viver o resto da vida HIV positivo.
(Nota: a probabilidade de isto acontecer na realidade é semelhante a ganhar um euromilhões. Simplesmente achei que era uma maneira interessante de pôr a questão)
É que temos por aqui sintomatologia depressiva...
