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 Saúde e Bem Estar - Informações úteis 
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Platina
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Mensagem Saúde e Bem Estar - Informações úteis
Tâmaras israelitas protegem contra doença cardiovascular, mostra estudo

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Todas as nove variedades de tâmara cultivadas em Israel e encontradas em qualquer prateleira de supermercado têm características que as tornam melhores do que outras variedades em ajudar a proteger aqueles que as consomem contra doenças cardiovasculares.

Isso foi recém-demonstrado pelo professor Michael Aviram e seus colegas do Centro Médico Rambam de Haifa e do Instituto de Tecnologia Technion de Israel.

A pesquisa foi publicada na prestigiada revista Journal of Agriculture Food Chemistry.

Aviram e sua equipe, incluindo o médico Hamutal Borochov-Neori, do Centro de Pesquisa e Tecnologia de Arava, no sudeste, estudam os benefícios das tâmaras para a saúde há algum tempo.

As variedades mais eficientes são as amarelas Barhi, Deri, Medjool e Halawi. As outras variedades de tâmaras são Amari, Deglet, Noor, Hadrawi e Hayani.

Há ainda cerca de 20 variedades cultivadas em várias partes do mundo, como a África do Norte e o estado americano do Arizona, mas as variedades israelenses produzidas no Vale do Jordão e em Arava (e em Jericó, na Autoridade Palestina) são as melhores, diz Aviram.

Aviram disse ao The Jerusalem Post no domingo que, independentemente de as tâmaras serem consumidas frescas ou secas, o consumo do silano (o caldo da fruta) pode oferecer pouca melhora aos sistemas cardiovasculares saudáveis.

Como o silano é um concentrado doce que não contém fibras, está distante de uma solução real.

Um estudo publicado pelos pesquisadores na mesma revista há quatro anos mostrou que comer três tâmaras por dia não aumenta os níveis de açúcar no sangue de pessoas saudáveis, mas reduz os triglicerídeos do sangue e até “melhora a qualidade” do colesterol sanguíneo ao reduzir sua oxidação. Esses efeitos diminuem o risco de doenças cardíacas, derrames e outras doenças vasculares, afirmaram.

Um remédio de 5.000 anos

Segundo Aviram, porém, como as tâmaras contêm muito açúcar, não são recomendadas para diabéticos e não reduzirão os níveis de açúcar no sangue nesse grupo.

Ele diz que comer uma pequena quantidade de romãs pode reduzir um pouco o açúcar no sangue em diabéticos, mas isso não é recomendado como uma dieta regular.

Em 2009, Aviram foi o primeiro a mostrar que os antioxidantes do grupo de polifenóis encontrados nas romãs, no vinho tinto e no óleo de oliva ajudam a remover placas no interior das artérias. Na nova pesquisa, a equipe descobriu que as tâmaras podem provocar a desaceleração e até a regressão da aterosclerose (acúmulo de placas de gordura) nas artérias coronárias e que ingerir uma das três variedades específicas é mais eficaz.

O material nas tâmaras tem a clara capacidade de acelerar a remoção do excesso de colesterol das células endoteliais dentro dos vasos sanguíneos, disse a equipe.

As tâmaras são cultivadas no Oriente Médio, no Norte da África e na Península Arábica há mais de 5.000 anos, afirma o novo artigo. Escritos de antigos religiosos e da medicina tradicional destacam as tâmaras por seus benefícios à saúde, mas não os comprovam.

Não se sabia nada sobre o colesterol na antiguidade, mas os efeitos antibacterianos e antifungos eram observados, ainda que não se soubesse como isso funcionava.

As tâmaras têm alto conteúdo de açúcar, mas também são uma rica fonte de fibras, aderem a radicais danosos e sem oxigênio e os removem do corpo. Também têm uma abundância de minerais como potássio, zinco, magnésio e cálcio.

Os pesquisadores de Haifa recomendam seguir uma dieta mediterrânea – com sua variedade de vegetais e frutas (incluindo as tâmaras), peixe, grãos integrais e óleo de oliva – em vez de consumir apenas um ou dois ingredientes, de forma que uma completa gama de fatores oxidativos causadores da aterosclerose possa ser neutralizada.

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31 Mai 2013

 
 
Platina
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Mensagem Re: Saúde e Bem Estar - Informações úteis
Alimentação
By: Patricia Fonseca (Visão)

Dieta dos dois dias nas bocas do mundo

É a dieta mais popular do momento - e ameaça tornar-se uma das mais controversas, ao propor que dois dias de restrições bastam para que, depois, durante cinco dias por semana, possamos comer tudo o que quisermos (sim, doces incluídos).

CONHEÇA OS PRÓS E CONTRAS E ALGUNS MENUS

Ciclicamente, surge um livro de dietas assim, que voa das prateleiras como pãezinhos quentes. As promessas nem sequer precisam de ser novas: emagrecer, sem muitos sacrifícios, e depressa. A receita continua a funcionar, talvez por conter tudo o que as mulheres querem ouvir. Contudo, esta Dieta dos 2 dias (Ed. Lua de Papel, 214 pág., €14,90), que acaba de chegar às livrarias portuguesas, tem alguns ingredientes originais: a começar por contestar a ideia de que devemos comer muitas vezes ao dia. "Alguns estudos sugerem que a ingestão regular de pequenas refeições é vantajosa para a saúde, desde que não acabemos a comer mais. Infelizmente, no mundo real é exatamente isso que acontece", defende o britânico Michael Mosley, que se formou em Medicina mas fez a sua carreira como produtor e apresentador de documentários da BBC, nas áreas da saúde e da ciência.

Em média, quem petisca ao longo do dia come mais 300 calorias do que o recomendável, o que pode ser suficiente para arruinar qualquer tentativa de emagrecimento. O que propõe, então, Mosley? Exatamente o contrário: que fiquemos muitas horas sem comer.
O elogio do jejum
Ainda está aí? Só a ideia de poder passar fome basta para assustar quem pondera aventurar-se numa (ou em mais uma...) dieta. Esse é, talvez, o principal motivo de desmotivação para quem tem excesso de peso mas continua a comer como se não houvesse amanhã. Era precisamente a situação do autor, no início de 2012: aos 55 anos, pesava 85 quilos (com um índice de massa corporal de 26, ligeiramente acima do saudável), tinha o colesterol elevado e era pré-diabético. Em teoria, queria ser mais saudável e perder a barriga; na prática, não estava disposto a grandes sacrifícios para o conseguir. Foi então que o desafiaram a tornar-se cobaia de um documentário da série Horizon, da BBC, para explorar a ciência subjacente ao prolongamento da vida.

Nas últimas décadas, os estudos mais promissores indicam todos o mesmo caminho: praticar uma dieta muito restritiva a nível calórico, fazendo jejuns de forma regular. "Ainda não se sabe ao certo porque é que isto acontece, mas o argumento evolucionista parece ser o seguinte: enquanto temos comida abundante, os nossos corpos estão acima de tudo interessados em crescer, em fazer sexo e em reproduzir-se", nota Mosley. Quando decidimos jejuar, "a reação inicial é de choque. O cérebro recebe sinais a lembrar que estamos com fome, incitando-nos a procurar alguma coisa para comer. Mas nós resistimos. E, numa situação de fome, não vale a pena despender energia em crescimento ou sexo. Em vez disso, a coisa mais sensata que o corpo pode fazer é gastar a sua preciosa energia em reparações, levando-se a si mesmo para o equivalente celular de uma oficina e mantendo-se numa forma razoável até os bons tempos regressarem".

O jejum promove assim o estado geral de saúde e, consequentemente, a longevidade. De caminho, perdem-se os quilos excessivos, que, além de inestéticos, carregam consigo a culpa de algumas das mais mortíferas doenças do mundo ocidental.

Corpo e mente

O problema, como bem nota o médico logo no início do livro, é que a maioria dos comuns mortais não tem a força suficiente para se manter num regime tão ditatorial, passando fome o resto da sua (com alguma sorte) longa vida... Mosley ficou por isso entusiasmado quando descobriu que os mesmos resultados estavam a ser alcançados em ensaios clínicos testando o jejum em dias alternados. De qualquer forma, não comer dia sim, dia não, ainda não soava bem. Mas havia esperança: um estudo com ratinhos em que dois dias de abstinência pareciam bastar para compensar os excessos do resto da semana. Estava decidido: essa seria a experiência que estava disposto a filmar para a BBC, como cobaia.

O documentário Eat, fast, live longer (Coma, jejue, viva mais) foi transmitido durante os Jogos Olímpicos de Londres, em agosto de 2012, e, apesar da concorrência de peso, bateu recordes de audiências, sendo visto por 3 milhões de espectadores. Os britânicos ficaram fascinados com a ideia de fazer os chamados "sacrifícios" de uma dieta apenas duas vezes por semana, tendo depois liberdade para comer "normalmente" - pizzas, bolos e gelados incluídos. Até porque os dois dias de jejum preveem, na verdade, duas refeições: o pequeno-almoço e o jantar, que devem ser leves, totalizando um total de 500 calorias, no caso das mulheres, e 600 calorias, no caso dos homens (ver Menu). Nos dias de liberdade, a população estudada acabou por não comer de forma desregrada. E o médico, apesar de salientar que a perda de peso se mantém, lembra que os benefícios para a saúde são maiores quando se reduz o consumo de açúcares e gorduras.

A partir daí, gerou-se um efeito bola de neve: Mosley escreveu um artigo para o Telegraph (já lido no site do jornal por mais de um milhão de pessoas) e, no final do ano passado, a jornalista de moda Mimi Spencer, muito influente nos media britânicos, publicou um relato da sua própria batalha contra o peso - vencida, finalmente, aos 45 anos, graças à dieta dos 2 dias. "Perdi 10 quilos e sinto-me fabulosa", anunciava. Foi então que teve a ideia de propor a Michael Mosley uma parceria, para a publicação de um livro que explicasse em detalhe os fundamentos do regime e as formas de ultrapassar o calvário dos jejuns.

Publicado no início deste ano em Inglaterra, chegou na primavera aos EUA e, agora, estende a sua influência pelo resto da Europa - Portugal incluído, onde chega com um post-it fluorescente colado na capa, anunciando ser "o livro de dietas mais vendido em todo o mundo".

Se será uma moda passageira ou uma tendência alimentar para ficar, só o tempo o dirá. Mas não podemos ignorar que, por mais que o nosso organismo esteja geneticamente preparado para lidar com períodos de fome, do ponto de vista emocional a história é muito diferente. Como canta Leonard Cohen, os seres humanos "andam sempre à procura de coisas para fazer entre as refeições".

Prós & Contras

PRÓS - Nuno Borges, diretor da Associação Portuguesa de Nutricionistas - "O jejum alternado tem mostrado resultados muito promissores, perde-se mesmo peso. E não comer durante 12, 24 ou 36 horas não é prejudicial para a maioria das pessoas, pelo contrário. Só desaconselharia esta dieta a diabéticos. De resto, sabemos que mesmo uma redução de 3 ou 4 kg já tem impactos muito positivos na saúde."

CONTRAS - Daniela Seabra, nutricionista - "Não podemos enfiar o mesmo chapéu em todas as cabeças. Se eu, Daniela, estiver sem comer 4 ou 5 horas, fico ansiosa, irritada, nem consigo trabalhar. Os estudos têm resultados ótimos em ratinhos mas o ser humano não é só fisiologia: a parte emocional é crucial em qualquer dieta. Quem quiser perder peso tem de deixar de comer lixo, fazer exercício e beber água. O resto é conversa."

MENU O que se pode comer nos 2 dias de dieta*

DIA 1 - 2.ª feira
8h, pequeno-almoço: Papas de aveia com mirtilos frescos (190 calorias)
20h, jantar
Frango salteado com legumes e uma tangerina (306 calorias)
Total de calorias: 496

DIA 2 - 5.ª feira
8h, pequeno-almoço: Maçã fatiada, manga e um ovo cozido (223 calorias)
20h, jantar
Salada de atum, feijão e alho. Molho: alho esmagado, raspa e sumo de limão e vinagre de vinho branco (267 calorias)
Total de calorias: 490

*Entre as refeições devem manter-se 12 h de jejum. Pode beber-se água, chá e café. Em SOS, comer pedaços de maçã ou morangos

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04 Jun 2013
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Mensagem Re: Saúde e Bem Estar - Informações úteis
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04 Jun 2013
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Mensagem Re: Saúde e Bem Estar - Informações úteis
Dor no nervo ciático é sintoma de hérnia de disco em 90% dos casos

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A cirurgia é indicada só para pacientes graves que não melhoram com tratamentos conservadores

Muitas vezes interpretada como doença, a dor no nervo ciático – aquela que se inicia na região lombar, passa pelas nádegas e vai até a parte mais baixa de uma ou das duas pernas – é na verdade um sintoma de outro problema.

Na grande maioria das vezes, cerca de 90% das queixas, o motivo é uma hérnia de disco que, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), afeta cerca de cinco milhões de brasileiros. Os outros 10% podem ter causas como atividades físicas pesadas, posturas erradas, tumores e fraturas na coluna.

De acordo com o médico Alexandre Elias, neurocirurgião especialista em coluna, chefe do setor de cirurgia da coluna vertebral na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a hérnia de disco é uma doença que ocorre pelo desgaste ou trauma dos discos vertebrais lombares ou cervicais, que acabam pressionando as raízes nervosas mais próximas, provocando a dor. Com o passar do tempo, o problema chega a interferir na qualidade de vida, até mesmo limitando atividades rotineiras.

"Além da dor no nervo ciático, acompanhada de dormência e fraqueza que correm para as pernas e dedos, o paciente pode apresentar ainda sintomas como formigamento e dor na região do quadril", alerta Elias.

"Mais comum em pessoas entre 30 e 50 anos, o problema acontece quando o disco intervertebral é enfraquecido ou sobrecarregado, sofrendo pequenas fissuras e rompendo as fibras que o constituem. Isto faz com que o núcleo pulposo (um material semelhante a uma gelatina de cor esbranquiçada que fica dentro de cada disco e que serve como amortecedor da coluna) ultrapasse seus limites, isto é, vá para fora do disco, pressionando o nervo que passa bem ali ao lado, no caso o ciático", reforça o profissional.

Outros fatores

Fatores como envelhecimento natural, exercícios físicos intensos praticados por atletas "de fim de semana"; o vício de manter a coluna com postura errada, ou o hábito de carregar pesadas mochilas nas costas (que começa ainda na infância) prejudicam a coluna ao longo do tempo e também levam à dor no nervo ciático.
Muitos homens têm o costume de levar a carteira no bolso de trás da calça, sempre do mesmo lado, e não a tiram de lá quando sentam no carro, nem quando chegam ao trabalho. Acabam passando várias horas do dia com um desequilíbrio na postura em função da carteira no bolso. Anos depois, começam a aparecer as dores e a pessoa nem imagina o motivo

Rogério Sawaia, ortopedista
O ortopedista Rogério Sawaia, do Hospital Samaritano de São Paulo, lembra que existem vícios de postura que não são percebidos no dia a dia: "Muitos homens têm o costume de levar a carteira no bolso de trás da calça, sempre do mesmo lado, e não a tiram de lá quando sentam no carro, nem quando chegam ao trabalho. Acabam passando várias horas do dia com um desequilíbrio na postura em função da carteira no bolso. Anos depois, começam a aparecer as dores e a pessoa nem imagina o motivo".

Para avaliar se a dor no nervo ciático é decorrente de hérnia de disco ou de alguma outra causa, deve-se procurar um especialista, que poderá dar o diagnóstico correto. "O exame é clínico e só pode ser feito pelo médico, que analisará o quadro e, dependendo do caso, solicitará exames", explica Elias.

Tratamentos

Em relação ao tratamento, o médico Alexandre Elias conta que, em 90% dos casos, a dor é bem controlada com medicamentos (anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares). E que podem ser acompanhados de fisioterapia analgésica, RPG ou acupuntura, sempre sob orientação médica.

"A acupuntura, por exemplo, é amplamente empregada para aliviar a dor. E a melhora já ocorre após algumas sessões. Mas, ao contrário do que se pensa, apenas os pacientes graves, que não apresentam melhora da dor com os tratamentos conservadores, possuem indicação para cirurgia", complementa.

Nestes casos, a técnica cirúrgica empregada é videolaparoscópica, em que são feitos pequenos cortes na pele e no músculo para remover esse material gelatinoso que causa a pressão contra o nervo, com o auxílio de um microscópio. Em 95% dos casos, a melhora do paciente é significante ou definitiva.

"Apenas a remoção da hérnia é suficiente na extrema maioria dos casos. Alguns pacientes, no entanto, podem necessitar de cirurgias maiores e invasivas, como o implante de parafusos que, no entanto, é importante observar, deve ser considerada uma rara e última opção", pondera Elias.

Roger Brock, neurologista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, complementa: "A técnica para remoção de hérnia é realizada apenas em 5 a 10% dos pacientes. A dor de hérnia de disco só leva à cirurgia quando o paciente tem a chamada dor refratária, que persiste após cerca de quatro meses de tratamento e repouso".
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A dor no nervo ciático se inicia na região lombar, passa pelas nádegas e afeta até as pernas


Mudança de hábito

O especialista do Hospital Sírio Libanês comenta ainda que, para evitar o problema, é preciso adquirir hábitos saudáveis como: cuidar da postura, carregar peso de forma correta, praticar atividade física com orientação, não ter sobrepeso, não ser sedentário e não ficar horas seguidas sentado no trabalho. "Deve-se mudar a posição, levantar, alongar e caminhar em intervalos de uma hora durante o trabalho ou estudo", ensina.

Alexandre Elias afirma também que é importante praticar atividade física regular e ter o peso equilibrado: "Assim, a musculatura se mantém mais firme, o que ajuda a preservar a coluna no lugar e sem sobrecarga, contribuindo para afastar as dores do nervo ciático. Porém, atividades físicas como caminhar ou nadar são contraindicadas durante uma crise aguda (com dor forte) porque existe o risco de se agravar o problema".

E o médico Rogério Sawaia, por sua vez, recomenda: "Desde criança, deve-se observar a postura. Ao assistir TV, ao estudar, ao brincar. E a mochila da escola deve ser a de rodinhas, para não ter de carregar o peso do material. Além disso, é preciso escolher atividades físicas que não forcem a coluna, a exemplo da natação. Já outras práticas esportivas que envolvam saltos frequentes e sem o devido preparo da musculatura, como acontece muitas vezes com crianças que praticam ginástica olímpica, devem ser evitadas para afastar problemas futuros", conclui.

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06 Jun 2013
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Mensagem Re: Saúde e Bem Estar - Informações úteis
Conheça alguns mitos e verdades sobre a dor na região lombar

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Uma das principais causas da lombalgia é o excesso de peso. VERDADE: "Como aumenta a pressão na região, o sobrepeso origina, sim, a dor nas costas", diz o ortopedista e médico do esporte Maurício Póvoa Barbosa. "Músculos e articulações são sobrecarregados", completa o também ortopedista e traumatologista Marco Antonio Ambrósio. "Engordar pode ser um fator adicional para a ocorrência, porém não conclusivo", arremata o neurocirurgião Alexandre Walter de Campos. Há outros agentes: erros posturais, principalmente, e ainda prática de exercícios abusiva e sem acompanhamento, envelhecimento natural do corpo (já que ossos e músculos perdem densidade, aumentando risco de lesões), falta de condicionamento físico, gravidez, questões emocionais e distúrbios como hérnia de disco, artrose, osteoporose, inflamações pélvicas, leucemia, anemia e males articulares degenerativos

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A lombalgia pode atingir as pernas, além da região lombar. VERDADE: como nosso corpo todo é interligado, salienta o ortopedista Maurício Barbosa, isso pode acontecer. O colega Marco Antonio Ambrósio explica que toda a inervação sensitiva e motora dos membros inferiores nasce no plexo lombosacral. "As raízes nervosas que emergem da medula espinhal atravessam pequenos espaços entre as vértebras, chamados de forames. Se, por algum motivo, tais espaços forem diminuídos e as raízes comprimidas, o indivíduo apresentará dor irradiada para as pernas, a conhecida ciática. As principais causas são as hérnias discais e as artroses lombares"

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Nem sempre o exame clínico é suficiente para o diagnóstico. PARCIALMENTE VERDADE: "O exame clínico é fundamental para saber o que está acontecendo, estabelecendo diretrizes de investigação complementar e posterior tratamento", defende o ortopedista Marco Antonio Ambrósio. O também ortopedista Maurício Póvoa Barbosa assina embaixo: "o exame pode não ser suficiente, porém é a base de qualquer diagnóstico". Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a mapear o tamanho da lesão e a exata área onde está localizada. Importante: quanto antes diagnosticar e tratar a disfunção, melhor, para evitar complicações maiores e permitir o retorno às atividades diárias normais"

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É possível tratar a dor, e resolver o problema, em poucos meses. MITO: o tratamento envolve diferentes áreas e mudanças de hábito, dependendo muito da ajuda do próprio paciente. "Na conduta clínica, entra em cena uma somatória de terapias capazes de devolver o bem-estar ao indivíduo, porém este processo demanda tempo e requer a colaboração irrestrita de quem está sendo tratado", enfatiza o médico do esporte Marco Antonio Ambrósio. Para chegar ao melhor caminho, é preciso avaliar o histórico de cada pessoa e, a partir daí, indicar repouso, medicamentos, fisioterapia, exercícios físicos, RPG (Reeducação Postural Global) e até cirurgia, se for o caso. Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser empregados, assim como cuidados cotidianos: evitar movimentos errados, não ficar acima do peso, manter uma postura correta ao sentar e deitar, levantar a cada duas horas em viagens de longa duração, fazer alongamentos ao longo do dia e, após uma rotina com atividades intensas ou quando se ficou muito tempo em pé, deitar com as pernas para cima, apoiadas em um travesseiro, para relaxar a coluna

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A atividade física é um dos melhores tratamentos para o distúrbio. VERDADE: "Quando a origem do problema é muscular, o exercício orientado é uma das mais valiosas armas para combater a dor", considera o neurocirurgião Alexandre Walter de Campos. "Além de combater o excesso de peso, um dos vilões da lombalgia, o treino deve incluir alongamento antes e depois, o que sempre ajuda bastante", completa o ortopedista Maurício Póvoa Barbosa. De fato, indivíduos que realizam atividade física de forma regular e controlada, com bom volume de massa (trofismo) e alongamento muscular, apresentam risco menor de desenvolver quadro de dor nas costas. As modalidades mais indicadas são as de baixo impacto, como caminhada, hidroginástica, natação, alongamento e abdominais. É importante fazer ginástica sob orientação profissional, com intensidade progressiva para melhorar o condicionamento e fortalecer as regiões atingidas

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Na fase aguda, o exercício não é indicado. VERDADE: neste período, o paciente precisa de repouso e deve evitar os treinos, que poderiam piorar a dor. Uma boa opção para os momentos de crise é deitar de lado, em posição fetal, com as pernas encolhidas. Qualquer movimento de tração, manipulação, torção, alongamento e massagem não são indicados. Mas, tão logo a crise acabe, a prática regular de exercícios deve ser retomada. "Após o tratamento da lombalgia, para evitar recorrência ou piora, medidas de reabilitação, condicionamento físico, correção postural, adequação dietética e controle de peso são muito importantes - e, nesse momento, é ótimo fazer atividades esportivas", indica o neurocirurgião Alexandre Walter de Campos

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É possível prevenir a lombalgia com cuidados simples no dia a dia. VERDADE: a correção postural, por exemplo, é a primeira providência a ser tomada, especialmente a maneira como a pessoa senta na escola ou no trabalho. "A prevenção da lombalgia de origem muscular e sobrecarga na coluna começa com controle de peso, condicionamento muscular e ajuste postural nas diversas atividades cotidianas", sustenta o neurocirurgião Alexandre Walter de Campos. Várias outras atitudes ajudam, conforme indica o ortopedista Maurício Póvoa Barbosa: evitar carregar peso; não permanecer curvado por muito tempo; quando se abaixar, flexionar os joelhos sem dobrar a coluna; evitar colchão mole ou duro demais, principalmente se o indivíduo é muito magro; prestar atenção na postura em todas as situações, como ao dirigir automóvel, por exemplo; manter um bom alongamento muscular, especialmente das pernas; para quem trabalha em pé, tomar todo o cuidado com a coluna; e, quando fizer exercício com peso, proteger as costas deitando ou sentando com apoio. O público que fica muito tempo na mesma posição deve fazer intervalos para alongar a coluna e minimizar a pressão e o esforço na região lombar. Último toque: tratamentos alternativos, como fórmulas e massagens, só devem ser adotados com o aval do médico especializado no assunto

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06 Jun 2013
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Mensagem Re: Saúde e Bem Estar - Informações úteis
Conheça alguns mitos e verdades sobre alzheimer

O primeiro sintoma do alzheimer é a perda da memória MITO: não é apenas a perda da memória que sinaliza o alzheimer. A doença atinge inicialmente a parte do cérebro que controla a linguagem, a memória e o raciocínio, outros sintomas podem indicar sua chegada. "Esquecimentos persistentes de fatos recentes, recados, compromissos, dificuldades com planejamento de atividades, cálculos, controle das finanças, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade de executar tarefas rotineiras e alterações de comportamento (como comportamentos inesperados, inadequados, incomuns para aquela pessoa) são os primeiros sinais da doença de alzheimer", explica o psiquiatra Cássio Bottino, professor do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer;

Quem tem este mal esquece coisas que acabaram de acontecer, mas lembra fatos antigos. VERDADE: as primeiras alterações sofridas pelos pacientes é na memória recente, ou seja, a pessoa tem dificuldade de recordar eventos que acabaram de acontecer, mas consegue se lembrar sem problemas de algo que aconteceu na infância, por exemplo. "A doença afeta primeiramente o hipocampo, por isso as pessoas experimentam dificuldade em recordar fatos recentes, mas se lembra do que aconteceu muitos anos atrás", explica o psiquiatra Orestes Forlenza, professor pesquisador do Laboratório de Neurociências da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP);

Quem tem alzheimer não consegue compreender o que se passa ao seu redor. MITO: a pessoa com a doença, apesar das dificuldades de memória e dos outros sintomas, se mantém consciente do que acontece ao seu redor. Apenas nos estágios avançados isso pode mudar. "Há que se ressaltar que, embora precise de cuidados, o idoso com alzheimer não passa a ser uma criança. Ele continua sendo fonte de sabedoria e experiência e merece o respeito antes dispensado a ele e tem que ter garantido seu papel e espaço nas relações familiares", enfatiza a psicóloga Fernanda Gouveia Paulino, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer.

Doenças cardiovasculares aumentam o risco de desenvolver a doença. VERDADE: doenças cardiovasculares e cerebrovasculares podem aumentar o risco de vários tipos de demência e também da doença de alzheimer. "Assim, é importante o diagnóstico e seguir as orientações do profissional de saúde, tratando qualquer tipo de doença, e principalmente mudando em qualquer idade a maneira de viver", afirma o geriatra Paulo Canineu, professor da Faculdade de Medicina da PUC São Paulo e diretor do Instituto Paulo Canineu;

Alimentos que contêm ômega 3 ajudam a prevenir o mal de Alzheimer. PARCIALMENTE VERDADE: a alimentação não evita a doença, mas se for saudável, pobre em gorduras e bem balanceada certamente contribui para menos problemas cardiovasculares que podem agravar o quadro de demência. "Alimentos ricos em vitamina B12, cálcio e flavonoides contribuem para retardar o quadro ao menos em estudos de grandes populações", aponta o psiquiatra Jerson Laks, coordenador do Centro para Doença de Alzheimer e outros transtornos relacionados ao idoso e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

Esquecer as coisas significa ter o mal de Alzheimer. MITO: problemas de memória podem estar relacionados a diversos fatores, como outras demências, ou até mesmo estresse e depressão. Além disso, a doença de alzheimer vai atingir as memórias recentes, enquanto memória de fatos acontecidos há mais tempo (como na infância) são preservadas. "A pessoa com alzheimer tem sua memória de curto prazo comprometida, demonstrando dificuldade cada vez maior de memorizar, de registrar novas informações, de aprender coisas novas. No entanto, sua memória episódica, ou seja, de longo prazo, está preservada", aponta o psiquiatra Orestes Forlenza, professor pesquisador do Laboratório de Neurociências da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP;

Receber um diagnóstico de alzheimer significa que a vida acabou. MITO: receber um diagnóstico de alzheimer é chocante e assustador, tanto para a pessoa quanto para a família. Mas não significa que a vida acabou. Atualmente, com o tratamento adequado, uma pessoa com a doença pode te ruma sobrevida de até 20 anos. "Muitos pacientes, se bem estimulados, têm excelente qualidade de vida, divertem-se, relacionam-se de maneira prazerosa e agradável e levam uma vida bem organizada", afirma a psicóloga Fernanda Gouveia Paulino, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz);

A prática de exercícios físicos é importante para pessoas com alzheimer. VERDADE: exercitar-se pode retardar a manifestação da doença, assim como amenizar seus sintomas. "O exercício físico ao longo da vida retarda o aparecimento da doença. Também ajuda - e muito - os pacientes e seus cuidadores a terem uma melhor qualidade de vida", ressalta Jerson Laks, coordenador do Centro para Doença de Alzheimer e Outros Transtornos Relacionados ao Idoso e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

É possível evitar o mal de Alzheimer. PARCIALMENTE VERDADE: é possível tentar prevenir, mas ainda não existem evidências científicas mostrando que é possível evitar a doença. "Atividades cognitivas, boa alimentação e exercícios físicos podem contribuir para retardar o início, porque aumentam a reserva cognitiva e podem ajudar a pessoa a desenvolver estratégias para lidar com os deficits, mas não impedem o desenvolvimento da doença", aponta Cássio Bottino, professor do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Especialistas também concordam que prevenir as doenças cardiovasculares pode colaborar para prevenir o alzheimer;

Jogos de raciocínio, como palavras cruzadas e sudoku, ajudam a evitar a doença. MITO: jogos de raciocínio podem ajudar amenizar os sintomas e até colaborar para o tratamento do alzheimer, mas não significa que vão evitar que uma pessoa desenvolva a doença. "Através destas atividades cognitivas que despertam os indivíduos para novas aprendizagens e bons desafios, combinados com uma boa interação social, podem abrir-se novos circuitos cerebrais e, assim, aumentar a chamada reserva cognitiva. Levará mais tempo para o cérebro ser danificado. Mas não se pode dizer que evitam a doença", afirma o geriatra Paulo Canineu, professor da Faculdade de Medicina da PUC São Paulo e diretor do Instituto Paulo Canineu;

O alzheimer atinge apenas idosos. MITO: apesar da doença atingir mais os idosos, ela também pode se desenvolver em pessoas com menos de 65 anos. "A Doença de Alzheimer de Início Precoce (Daip), que atinge pessoas com menos de 65 anos, é mais rara (cerca de 10% do total) e é caracterizada por um declínio mais rápido das funções cognitivas", explica o psiquiatra Orestes Forlenza, professor pesquisador do Laboratório de Neurociências da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP);

Se alguém na minha família tem ou teve alzheimer, eu também terei. MITO: não há evidências científicas que comprovem com segurança a hereditariedade da doença. "Ainda não sabemos todos os mecanismos genéticos envolvidos na doença de alzheimer. Alguns genes já estão reconhecidos, mas ainda há um bom caminho a andar nesse sentido para sabermos exatamente quais os principais responsáveis", aponta Jerson Laks, coordenador do Centro para Doença de Alzheimer e outros transtornos relacionados ao idoso e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

Mal de Alzheimer não tem cura. VERDADE: infelizmente não há cura. Porém, existem tratamentos que retardam a evolução da doença e outros que minimizam os distúrbios no humor e comportamento. "Existem medicamentos que podem retardar a progressão da doença e que possibilitam uma melhora expressiva. Nas fases mais avançadas, também é possível contar com terapias não medicamentosas, como terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia etc, que ajudam muito a amenizar os sintomas e a melhorar qualidade de vida", explica o psiquiatra Orestes Forlenza, professor pesquisador do Laboratório de Neurociências da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP);

Pancadas na cabeça podem acarretar o mal de Alzheimer. VERDADE: estudo da Universidade da Pensilvânia (EUA) realizado pelo neurologista Tracy McIntosh e publicado no "Journal of Neuroscience" relacionou pancadas e ferimentos na cabeça com o desenvolvimento do alzheimer. De acordo com a pesquisa, a concentração cerebral de proteínas que contribuem para a formação das placas senis (um dos fatores por trás da doença) aumenta após um traumatismo craniano. Outra pesquisa, feita pela Universidade de Rochester (EUA), afirma que receber pancadas repetidas na cabeça criam lesões permanentes, mas imperceptíveis, que podem desencadear doenças neurológicas. Isso poderia explicar o caso de boxeadores como o brasileiro Maguila, recentemente diagnosticado com alzheimer;

Mulheres têm mais chances de desenvolver alzheimer. VERDADE: o mal de Alzheimer afeta duas vezes mais as mulheres que os homens, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2012. Para quem chegou aos 65 anos, o risco futuro de surgir alzheimer é de 12% a 19% no sexo feminino; e de 6% a 10% nos homens. Como a doença está relacionada com a idade, parte da explicação está no fato de que as mulheres tendem a viver mais. Porém os mecanismos biológicos por trás dessa diferença tão grande ainda não foram completamente compreendidos.

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Beber ou não beber leite, eis a questão?
By Pedro Carvalho (nutricionista)
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Hoje em dia, escrever sobre o leite é comprar uma guerra. Quer se fale dos seus benefícios, quer dos seus efeitos menos positivos para a saúde, extremam-se rapidamente posições como em mais nenhum alimento, o que desde já é revelador de uma verdade inquestionável: o leite diz-nos muito.

Esta forte ligação do leite à nossa cultura (começando no leite materno, atravessando o leite escolar e acabando na tradicional “meia de leite”) deveria também apetrechar de bastante bom senso todos aqueles que publicamente falam do leite sendo ou não profissionais de saúde.

Sobre o leite e a saúde há muitos mitos, meias verdades e conclusões falaciosas. Abordando algumas delas, à cabeça vem-nos sempre a questão de sermos os únicos mamíferos a beber leite após a amamentação (já rebatida aqui) e da elevada prevalência de intolerância à lactose na população mundial - cerca de 70% - que “deve querer dizer qualquer coisa” (também já discutida em artigos anteriores).

A mais recente “machadada” na reputação do leite partiu da parte da Universidade de Harvard que, em 2011, excluiu aparentemente os lacticínios do seu guia de alimentação saudável, colocando em causa o benefício destes na prevenção da osteoporose e reforçando o aumento do risco de alguns tipos de cancro associado ao seu consumo.

De facto, esta exclusão foi apenas aparente, uma vez que apesar dos lacticínios não estarem presentes na sua representação gráfica “Prato Saudável” (como está na nossa Roda dos Alimentos, por exemplo), os autores do guia referem que poderão ser ingeridas 1 a 2 porções de lacticínios diariamente. O argumento para a limitação deste valor passa pelo aumento do risco de cancro da próstata (que foi de facto verificado, mas para ingestões elevadas de leite gordo e já depois do diagnóstico da doença) e potencialmente de cancro do ovário (risco modesto e não observado para o leite em particular, apenas para a ingestão de lactose equivalente a 3 ou mais porções diárias de lacticínios). Curiosamente o efeito protector do leite no cancro do cólon não foi abordado neste guia, o que revela o quão difícil é (até para os melhores) deixar de lado o “coração” quando se fala de um alimento que suscita tantos amores e ódios.

Também o efeito do leite na saúde óssea tem merecido ampla discussão pois, afinal, “como se explica que alguns países na Ásia, África e América do Sul exibam uma baixa prevalência de osteoporose com uma ingestão de lacticínios quase inexistente?” Quando falamos de saúde óssea, mais do que nunca devemos abordar de forma integrada o estilo de vida e não apenas a alimentação e a mera soma de todos os nutrientes que dela fazem parte. Tentar estabelecer uma relação entre densidade mineral óssea e ingestão de leite/cálcio é abusiva pois para ela contribuem muitas outras variáveis como os níveis circulantes de vitamina D (provenientes da alimentação e exposição solar), exercício físico com “impacto” (como corrida, caminhada e musculação), ingestão de vitamina K, ingestão abusiva de proteína, cafeína e refrigerantes com ácido fosfórico e flutuações hormonais (sobretudo nas mulheres após a menopausa). É uma conjugação favorável de todos estes factores (que raramente se vê nos países ocidentais) que explica que algumas populações com baixíssima ingestão de cálcio e lacticínios apresentem uma prevalência de osteoporose também ela muito baixa.

Já no que diz respeito à associação entre a ingestão de leite e doenças cardiovasculares, esta tem sido nula (mesmo para lacticínios gordos) ou até fracamente negativa, o que reflecte o seu já reconhecido papel benéfico na redução da pressão arterial (em associação a frutas e hortícolas) e a falta de ligação entre gorduras saturadas (sobretudo os ácidos gordos de cadeia curta presentes no leite) e risco cardiovascular. Também ao nível da gestão do peso, a ingestão de leite e lacticínios parece dar um “empurrãozinho” extra ao aumentar a perda de peso e massa gorda e preservando a massa muscular em indivíduos já “em dieta” (o que é bastante diferente de dizer que o leite emagrece!).

Assim, como em quase tudo na vida, o consumo regular de leite tem vantagens e desvantagens. Hoje em dia pode não ser um alimento tão essencial como já se chegou a pensar, mas está longe de merecer toda a diabolização existente à sua volta.

Em resumo:

- Se tem a “vantagem genética” de tolerar bem o leite, aproveite! Não deixe de beber mas também não beba demasiado;

- Prefira as opções meio gordas ou magras se estiver a tentar perder peso;

- Pesando todos os prós e contras, o leite apresenta mais benefícios para a saúde do que malefícios;

- Se é intolerante à lactose pode sempre experimentar outras opções de leite sem lactose ou iogurtes (das alternativas de soja falaremos num próximo artigo);

- Se é “intolerante ao leite” não por questões fisiológicas mas por princípio, respeite quem tem uma opinião diferente;

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