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 Dia Internacional de Não-Prostituição 
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Mensagem Dia Internacional de Não-Prostituição
Um evento virtual organizado pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, um movimento feminista que tem uma posição de defesa do abolicionismo na prostituição, modelo que busca a erradicação da prostituição, e que defende criminalizar tudo o que estiver relacionado com o exercício dessa atividade, independentemente de haver ou não consentimento.
Uma variante desse abolicionismo que tem sido implantado em alguns países (França, Suécia, e outros) criminaliza o lenocínio e penaliza os clientes, mas não persegue legalmente quem presta serviços sexuais remunerados. Está a ser muito debatido na Espanha que modelo adoptar.
Em Portugal há também uma inevitável divisão de opiniões, com um silêncio ou atitude discreta constrangida de algumas partes e um ensaio de ativismo ruidoso de outras.




https://plataformamulheres.org.pt/event ... stituicao/

Evento: “Primeiro as sobreviventes: construir uma sociedade livre de prostituição”
7 de outubro / 15:00-17:00

Por ocasião do Dia Internacional de Não-Prostituição, juntem-se a nós para o nosso webinar “Primeiro as sobreviventes: construir uma sociedade livre de prostituição” no dia 7 de outubro, das 15h00 às 17h00 (CET).

Nos últimos dois anos, a resolução Noichl no Parlamento Europeu (2023), o relatório da Relatora Especial das Nações Unidas sobre a Violência contra as Mulheres, Reem Alsalem (2024), e a decisão do TEDH no caso M.A e Outros vs. França (2024) destacaram uma questão: a prostituição nunca deve ser trivializada como “trabalho sexual”. Trata-se de uma forma de violência que se alimenta de várias formas de desigualdades sistémicas baseadas na exploração, no sexo, na pobreza, na idade, na etnia e no estatuto migratório. As mulheres e as raparigas são as mais afetadas pela prostituição, representando 90% das pessoas em situação de prostituição, enquanto 97% dos chamados “compradores de sexo” são homens. Em outras palavras, a igualdade entre mulheres e homens e a verdadeira liberdade sexual não podem ser alcançadas enquanto a prostituição existir.

Este webinar reunirá, portanto, sobreviventes, organizações de defesa dos direitos das mulheres e aliadas/os das sobreviventes que atuam juntas/os por uma sociedade igualitária onde mulheres e raparigas estejam livres da violência, abordando a realidade da prostituição, a sua trivialização nos últimos anos e discutindo formas de avançar nos níveis internacional, europeu e nacional.


Inscrevam-se através deste link até ao dia 4 de outubro. Apenas quem se inscrever receberá o link para assistir ao webinar na manhã do evento.



Realço uma frase deste texto: "a igualdade entre mulheres e homens e a verdadeira liberdade sexual não podem ser alcançadas enquanto a prostituição existir", com um comentário pessoal: defendo o combate ao tráfico e à violência e exploração sexual, e a sociedade tem formas de exercer de forma eficaz esse combate, quando quer; mas a sexualidade de homens e mulheres não é e nunca será igual, nem os seus comportamentos sociais em função dela; uma sociedade nunca terá liberdade sexual se perseguir mulheres que por sua autodeterminação decidem prestar serviços sexuais remunerados, ou homens dispostos a recorrer a esses serviços; uma sociedade que proíba a prestação ou a procura de serviços sexuais terá, entre outros, um aumento de problemas de repressão sexual, violência, manifestações de desequilíbrio psíquico e deterioração de saúde física, disfunções familiares e divórcios, confrontos no fim de jogos de futebol e manchas indeléveis nos lençóis nas casernas.

Estarei sempre aberto a um debate cordial com as abolicionistas sobre o tema, e até a um jantar à luz de velas, mas no final cada um paga a sua conta.

26 Set 2024

 
 
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TD's nos últs 90 dias: 16 - Catedrático
Mensagem Re: Dia Internacional de Não-Prostituição
Excelente tópico confrade Doncorleone :smt023

É ridículo em pleno séc. 21 ainda haverem pessoas a quererem mandar no corpo das outras.
Podem chamar-se o que quiserem (Plataforma Mulheres, Mães de Bragança ou Inquisição) mas a m*rda é a mesma: pessoas que querem vergar os outros à sua própria moral e geralmente aos seus próprios interesses embora nunca o admitam (é sempre para "ajudar" os outros que fazem as maiores barbaridades).
São abusadores que não me merecem qualquer respeito badd

Dito isto vamos lá à coisa...

Não há nada de errado em relações sexuais consensuais entre adultos. Quer haja uma transação comercial ou não.
Pode ser (e é muitas vezes) uma troca entre humanos onde ambos saem a ganhar.
Claro que também há situações de abuso na prostituição como há no futebol, em partidos políticos, em igrejas e em qualquer atividade. Não vamos eliminar a atividade porque fazê-lo seria estúpido e opressivo. Deve-se tentar eliminar sim o abuso. Isso de "cortar o mal pela raiz" é mentalidade medieval.
Ilegalizar a atividade vai empoderar pessoas que vendem serviços paralelos que só encarecem a oferta e promovem (esses sim) situações de abuso.
Uma profissional do sexo deve poder ir a uma esquadra de polícia como qualquer outro cidadão e ser levada a sério. Acho que ainda não estamos nesse ponto infelizmente.

O trabalho sexual pode ser muito empoderador para muitas pessoas (mulheres e homens).
Desde logo permite a muitas pessoas um nível de rendimento que de outra forma não teriam acesso. As GPs que conheço (privilegio as independentes que trabalham a partir de apartamentos) parecem todas mulheres independentes muito senhoras do seu nariz.
Adicionalmente é uma atividade que pode proporcionar muito prazer (à própria e a outros) o que é por si só empoderador. Se me pagassem 100e à hora para ter sexo com mulheres que eu achasse sexualmente atraentes assinava já e tentaria fazê-lo tanto quanto possível, nesta altura da minha vida... 2 ou 3 vezes ao dia suponho, pelo menos no início [bigsmile]
Há mulheres que conseguem ter sexo 10 vezes num dia e estar bem dispostas e prontas para o 11º :smt045

Há todo o tipo de mulheres e a mesma mulher muda muito ao longo dos anos.
Algumas mulheres odeiam sexo. Outras adoram.
Para uma mulher que adore sexo esta parece-me uma excelente forma de se empoderar relativamente rápido e ganhar independência, quer seja de um chefe, quer de um parceiro, quer das esmolas do padre ou do político local. Aliás, basta qualquer mulher ter essa opção que já lhe confere um grau adicional de independencia.

Infelizmente ainda há muitas pessoas que em vez de mulheres fortes e independentes preferem escravas subjugadas a morais caducas. Felizmente são cada vez menos e creio que nunca foi tão seguro (pelo menos em Portugal) vender e comprar serviços sexuais

10 Mar 2025
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